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segunda-feira, março 30, 2015

O que é a Depressão? (I) - Culpa e Inferioridade


Existem várias tipologias de depressão: Depressão reativa, depressividade ou estrutura depressiva de personalidade, depressão minor, depressão major, depressão de abandono, depressão narcísica, depressão psicótica e depressão branca. A diferença entre estas formas de depressão está na natureza do problema de base e também na forma como este se expressa na organização e estrutura de personalidade especificas de uma dada pessoa.

Falamos aqui sobre a depressão que se caracteriza sobretudo pela culpa e sentimentos de inferioridade - a depressividade ou estrutura depressiva de personalidade - e que configura a própria vulnerabilidade à depressão ou a tendência a episódios de depressão ao longo da vida.

De um ponto de vista psicodinâmico e proeminente, a verdadeira depressão tem origem na infância e resulta da perda ou retirada dos afetos à criança, por parte das pessoas que lhe são mais significativas. Dito por outras palavras, a criança sente perder, que lhe é retirado (ou vive insuficientemente) o amor das principais figuras de vinculação - o desejo de estar e conviver com a criança.

A perda do amor das pessoas significantes na vida da criança é diferente da perda da função destas figuras – os cuidados e a proteção. A perda da função configura uma depressão diferente e mais grave, a depressão de abandono, relacionada com o luto e não com a perda do amor.

Nunca é demais enfatisar que ao falarmos de infância não falamos necessáriamente (ou apenas) do que aconteceu concreta e factualmente nesse periodo, do que é relembrado/reconstruido pela mente consciente da pessoa adulta ou através de relatos conseguidos através de pais, irmãos ou avós, fotos ou videos, por exemplo. Mais importante que isso é a forma como determinada criança viveu dentro de si aquele primeiro periodo da sua vida, a partir de um aparelho psíquico infantil e em desenvolvimento, ou seja, imaturo, limitado, vulnerável e com forte ênfase na fantasia. Todos conheçemos as tendências das crianças a sentirem que são de alguma forma responsáveis por situações muito difíceis que enfrentam logo muito cedo na vida, como por exemplo o divórcio dos pais. As crianças procuram trazer para dentro de si a responsabilidade por essas situações difíceis pois dessa forma sentem que têm controlo por algo que na verdade é demasiado doloroso e está fora do controlo delas. As formas a que as crianças recorrem internamente (e externamente) para lidar com a angústia na infância são inúmeras e complexas, mas todas têm e mesmo fim, o de proteger a fantasia de uma infância feliz, sobretudo quando a realidade rompe com esta fantasia. Mais tarde na vida adulta estas dinâmicas de angústia e defesa podem persistir e gerar um sentimento forte de desconhecimento sobre a raiz do sofrimento.

Por todos estes motivos é importante a qualidade dos cuidados parentais, a sintonia e entendimento claros das necessidades da criança pequena, e a saúde emocional e robustez psicológica por parte dos pais (em particular da mãe). Ajudar a criança a lidar com a angústia e com as suas emoções mais difíceis é sempre fundamental, a partir de uma preocupação genuína com o seu mundo interior. Porque há muitas situações que de um ponto de vista lógico podem parecer inofensivas, mas que do ponto de vista da vida psicológica e emocional da criança podem acabar por ter impactos verdadeiramente nefastos e para toda a vida.

No que respeita à depressão (aquela específica que pretendemos abordar neste curto artigo), esta tende a estruturar-se a partir de dinâmicas relacionais que seguem uma “economia depressígena”, pois tratam de uma relação com uma figura depressígena, indutora de culpa e inferioridade.

A culpa resulta da tendência em idealizar o outro (os outros significativos), e na tendência do outro em culpabilizar (a criança). Trata-se de um outro que induz culpa, se idealiza a si mesmo e se faz idealizar. Alguém que não desculpa mas apenas culpa, que não ama mas capta o amor do outro (da criança). A criança é despojada da sua bondade pela projeção da mesma sobre o outro, ao passo que este outro projeta na criança a sua maldade e absorve a bondade da criança. O resultado é um erro cognitivo de percepção da (falsa) bondade dos outros e da (falsa) maldade do próprio. É uma culpa patológica e ilógica que se instala e provoca alterações patológicas nas estrutura de personalidade.

Por sua vez este outro culpabilizante e esta relação tornam-se angústias e instâncias internas (na criança e no adulto em que ela se transformará) e expressam-se ao longo da vida pela tendência à repetição deste padrão e tipologia de relação noutras relações.

A inferioridade ou baixa autoestima surge por meios análogos, via figuras inferiorizantes, narcísicas e projetivas, que não toleram e repudiam partes internas de si, necessitando evacua-las para os demais (para a criança) através da crítica, por exemplo. Protegem assim a idealização de si mesmos, a sua falsa grandiosidade, à custa da destruição da autoestima alheia (da criança e futuro adulto), da crítica sistemática. O extremo da crítica é a humilhação. A instalação interna desta relação dentro de alguém conduz ao esvaziamento contínuo da autoestima, por mais tentativas de a repor que sejam engendradas. É a voz interior que diz “Não sabes fazer nada!”; “Só fazes porcaria!”, “Burro(a)!”, “Estúpido(a)!”, “Incompetente!”, “Inútil!”. O resultado é o encaminhamento progressivo e a queda na depressão.

A perda do amor das principais figuras de vinculação na infância (e depois na depressão) é também e por si só um fator desnarcisante, contribuindo para o abaixamento da autoestima.

Referência:
A Depressão
António Coimbra de Matos

segunda-feira, março 09, 2015

O que dizer e o que NÃO dizer a alguém que sofre de depressão




Tu és importante
O que dizer: Tu és importante para mim.
O que NÃO dizer: Nunca ninguém disse que a vida era justa.

Deixa-me ajudar
O que dizer: Queres um abraço?
O que NÃO dizer: Pára de ter pena de ti.

A depressão é real
O que dizer: Não estás a ficar louco(a).
O que NÃO dizer: Portanto estás deprimido(a). Não estás sempre?

Há esperança
O que dizer: Não estamos neste mundo para andar a sondar o mal uns dos outros, mas para vermo-nos uns aos outros a chegar onde queremos e achamos que merecemos.
O que NÃO dizer: Tenta não estar tão deprimido(a).

Podes ultrapassar isto
O que dizer:  Quando tudo isto terminar, vou continuar a estar aqui e tu também.
O que NÃO dizer: A culpa é tua.

Vou fazer o melhor possível para entender
O que dizer: Não consigo entender o que estas a sentir, mas posso oferecer-te a minha compaixão.
O que NÃO dizer: Acredita em mim, sei como te sentes. Uma vez estive deprimido(a) durante vários dias.

Não me vais afastar de ti
O que dizer: Não te vou deixar ou abandonar-te.
O que NÃO dizer: Acho que a tua depressão é uma forma de nos castigares.

Gosto de ti e preocupo-me contigo
O que dizer: Amo-te. (Dize-lo apenas se for sentido.)
O que NÃO dizer: Ainda não te fartaste disso do "eu, eu, eu" ?

Vamos ultrapassar isto juntos
O que dizer: Sei que estás num grande sofrimento. Não te vou deixar. Vou cuidar de mim próprio(a), para que não precises de te preocupar que a tua dor possa magoar-me.
O que NÃO dizer: Já experimentaste chá de camomila?


Fonte: http://www.cbsnews.com/pictures/10-things-not-to-say-to-someone-whos-depressed/7/

segunda-feira, março 02, 2015

Memórias de um Percurso Psicoterapêutico

Fica um breve relato de alguém que decidiu partilhar connosco algumas memórias do seu tempo durante a psicoterapia.

"Fazer psicoterapia foi como o iluminar de um mundo que apesar de tão conhecido, se mantinha na verdade tão incógnito e assombrado. Foi como que uma luz que ao longo do tempo desvelava cada vez mais formas que até então permaneciam ocultas e outras vezes confusas. Do assombrado ressurgiam fantasmas antigos que dissimulada e engenhosamente foram conseguindo fazer lar e zona de conforto dentro de mim. Na verdade mais não faziam senão criar tormento, persistir no direito a esse lugar no meu íntimo e tornar a minha vida penosa e inóspita. Cada fantasma exorcizado, cada ferida sarada, cada problema identificado, cada progresso conseguido, era como que assistir a uma alquimia interior contínua. Era assistir à mudança gradual da visão sobre tudo e sobre todos, e consequentemente como as minhas relações fora das sessões também mudavam, se tornavam mais estáveis, mais profundas e mais gratificantes. Foi livrar-me daquilo e daqueles quem me prejudicavam, sobretudo dentro de mim - fantasmas do passado, figuras distorcidas por emoções muito fortes e não "digeridas", padrões automáticos de sentir e agir aprendidos no passado, etc. -, e depois foi fácil isso acontecer também nas minhas relações. Tudo mudou muito dentro e fora de mim. Passou a ser fácil relacionar-me com as pessoas, porque podia agora conhece-las como verdadeiramente eram, e porque me conhecia cada vez mais e mais, sem ilusões ou distorções! Foi um romper de amarras e paredes limitadoras e aprisionantes, lentamente e a cada sessão. Foi um longo caminho de duras batalhas, mas de progressos firmes e bem notórios. Cada progresso foi como uma conquista de liberdade e o desabrochar progressívo de um sentimento cada vez mais tangível de capacidade e possibilidade livre, não condicionada. 

Podia ter feito psicoterapia mais cedo, o que não aconteceu por desconhecimento de muitas coisas, sobretudo da diferença entre aquilo que dentro de nós e nas nossas vidas é normal e aquilo que é sinal de desequilíbrio, e de como o ser humano é perito na auto-ilusão. Algumas leituras e conversas com amigos psicólogos começaram a fazer-me mesmo muito sentido. Quase todos nós achamos que a nossa família é normal, que o nosso passado foi "normal", porque não temos a experiência de ter e estar em nenhuma outra família senão a nossa. Depois quando as coisas mais tarde correm mal nas nossas vidas conseguimos perceber, pela psicoterapia (ou por alguns livros muito úteis), que afinal algumas coisas não correram assim tão bem. Percebemos também porque é que precisámos de criar a visão ou fantasia que tinha corrido tudo bem. A partir daqui as coisas começam a mudar, porque através da psicoterapia vamos conseguindo enfrentar aquilo que outrora não conseguimos sozinhos. Vamos arrumando o sotão e sarando o coração."

- D.

sexta-feira, fevereiro 27, 2015

Como posso saber se necessito de consultar um psicólogo?


Sempre que:

   - Sentir que está diferente e se sentir incomodado com essa diferença

   - Apresentar sintomas de qualquer perturbação psíquica, por exemplo, medos irracionais,
ansiedade, alterações de humor, descontrolo dos impulsos, propensão a beber de mais ou a consumir drogas, alterações do seu comportamento sexual, insegurança excessiva, estados depressivos, etc.

  -  Se perdeu um familiar querido ou se teve que enfrentar uma situação de vida potencialmente traumatizante

  -  Se tem uma doença crónica ou incapacitante

  -  Se tem crises de pânico

  -  Se tem alguma doença física com uma forte componente psicossomática como, por exemplo, alergias, perturbações gastrointestinais, perturbações de pele (queda de cabelo, eritemas, urticária, etc.), tensão arterial alta e outras.

  -  Se se sente triste e sem vontade de viver

  -  Se tem uma baixa autoestima e dificuldades a nível escolar e/ou profissional

  -  Se se emociona com excessiva facilidade

  -  Se os outros o acusam de ser egoísta, frio e distante

  -  Se tem dificuldade em encontrar um parceiro amoroso que o(a) satisfaça(o)

  -  Se tem dificuldade em manter as relações amorosas (salta de namorada(o) frequentemente)

  -  Se se sente excessivamente cansado e desmotivado e os médicos não encontram uma causa física que o justifique

  -  Se está preocupado com o seu filho

  -  Se tem o sentimento que a sua relação conjugal está a sofrer o desgaste do stress do dia-a-dia e teme a rotura

A lista é interminável, se tiver dúvidas envie-nos um e-mail com a sua situação particular que nós tentaremos ajudá-lo(a) a perceber se deve ou não procurar um psicólogo.

www.psicronos.pt | geral@psicronos.pt
Sempre que:
  • Sentir que está diferente e se sentir incomodado com essa diferença
  • Apresentar sintomas de qualquer perturbação psíquica, por exemplo, medos irracionais, ansiedade, alterações de humor, descontrolo dos impulsos, propensão a beber de mais ou a consumir drogas, alterações do seu comportamento sexual, insegurança excessiva, estados depressivos, etc. Veja o nosso glossário sobre psicopatologia em ....
  • Se perdeu um familiar querido ou se teve que enfrentar uma situação de vida potencialmente traumatizante
  • Se tem uma doença crónica ou incapacitante
  • Se tem crises de pânico
  • Se tem alguma doença física com uma forte componente psicossomática como, por exemplo, alergias, perturbações gastrointestinais, perturbações de pele (queda de cabelo, eritemas, urticária, etc.), tensão arterial alta e outras.
  • Se se sente triste e sem vontade de viver
  • Se tem uma baixa autoestima e dificuldades a nível escolar e/ou profissional
  • Se se emociona com excessiva facilidade
  • Se os outros o acusam de ser egoísta, frio e distante
  • Se tem dificuldade em encontrar um parceiro amoroso que o(a) satisfaça(o)
  • Se tem dificuldade em manter as relações amorosas (salta de namorada(o) frequentemente)
  • Se se sente excessivamente cansado e desmotivado e os médicos não encontram uma causa física que o justifique
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domingo, fevereiro 22, 2015

Fundamento científico da medicação antidepressiva contestado: O fim dos antidepressivos?


A teoria atual que fundamenta o uso da medicação antidepressiva é a de que a depressão está relacionada com baixos níveis de sorotonina (nos espaços entre as células do cérebro). A medicação funciona de modo a impedir que as células reabsorvam a serotonina, e desta forma os níveis de sorotonina permanecem elevados.

Um grupo de psicólogos e psiquiatras dos EUA e do Canadá levou a cabo uma análise de toda pesquisa em existência no sentido de encontrar fundamentos para esta teoria, que acaba por ter sido a base de toda a pesquisa (farmacológica) sobre a depressão nos últimos 50 anos.

Os autores concluem que a teoria sobre a serotonia está de facto ao contrário, e que a medicação que
aumenta os níveis de serotonina é de facto prejudicial para quem sofre de depressão.

A melhor evidência disponível aponta para um aumento de serotonina (e do seu uso) durante os episódios depressivos, e não um decréscimo. A serotonina, dizem os autores, ajuda o cérebro a adaptar-se à depressão e a redistribuir os seus recursos, atribuindo mais à area do pensamento consciente e menos a outras áreas (crescimento, desenvolvimento, reprodução, função imunitária e resposta ao stress).

Os autores referem que as melhoras nos pacientes que tomam medicação antidepressiva se devem à reação do cérebro em tentar livrar-se dos efeitos da própria medicação, ao passo que esta deveria servir de auxilio a esta mesma função. Em vez de ajudar, a medicação antidepressiva parece interferir ao nível dos próprios mecanismos de recuperação do cérebro, funcionado para a pessoa como um obstáculo à recuperação. Esta é também a explicação que os autores sugerem para o facto de as pessoas que tomam esta medicação se sentirem pior nas primeiras duas semanas.

Um dos autores faz ainda menção de que a medicação antidepressiva deixa os pacientes em pior estado após deixarem a medicação. Este estudo foi publicado no Neuroscience & Biobehavioral Reviews. Sugerimos a leitura integral do artigo em:

http://www.sciencedaily.com/releases/2015/02/150217114119.htm

terça-feira, fevereiro 17, 2015

Como perceber o que se passa comigo?

 
Todos nós ao longo das nossas vidas sofremos pelo menos em algum momento. Por vezes esse momento prolonga-se mais do que gostariamos e interfere com a nossa vida. Por vezes são ocorrências isoladas, mas com efeitos a longo prazo, ou que parecem nunca ter desaparecido. Por vezes estes momentos e ocorrências são vários na nossa vida. Outras vezes são tantos que parecem nunca terminar e definir mesmo a nossa existência.

Algumas vezes perguntamo-nos se deveriamos ir ao psicólogo fazer um "check up", ou procurar ajuda ou orientação. Muitos acabamos por não o fazer e esperar que as coisas se resolvam por si ou que "a vida" as resolva. Alguns de nós fazemos como que um compromisso entre estas duas coisas e procuramos informação pela internet ou através dos livros, na esperança de encontrarmos nomes, descrições ou alguma compreensão para qualquer coisa que não sabemos ainda o que é. Alternativamente há ainda aqueles de nós que descobrem resposta a grande parte dessas questões precisamente nas aulas de psicopatologia dos cursos de formação em psicologia clínica.

Assim sendo, deixamos hoje a sugestão de duas obras muito úteis a quem procura perceber mais sobre si (e sobre os outros à sua volta e aqueles marcaram as nossas vidas), nomeadamente sobre os aspetos internos mais problemáticos ou problematizantes de cada um de nós. São também obras muito úteis e fundamentais para estudantes de psicologia clínica, psiquiatria e psicoterapeutas.

São obras rigorosas que identificam e descrevem as várias perturbações de personalidade conhecidas (das quais a maioria de nós tem habitualmente um, outro ou mais traços desta ou daquela categoria). Elas detalham sobre organização e estrutura de personalidade, lançando luz sobre o funcionamento psíquico concreto e diferenciado próprio de cada um dos tipos de personalidade. Abordam as origens destas perturbações, os conflitos do desenvolvimento (e não só) que lhes estão por detrás e os mecanismos psíquicos de defesa específicos que as caracterizam. Falam sobretudo daquilo que as pessoas são, e não daquilo que as pessoas têm. Falam sobre o que se entende clínicamente hoje em dia por saúde mental e o que se entende por psicopatologia. Falam detalhadamente sobre funções mentais e sobre os vários níveis em que cada um de nós funciona dentro destas categorias, desde os níveis mais adaptativos até aos mais desadaptativos/patológicos. Falam de plenitude e maturidade, e de sofrimento e impossíbilidade de progressão.


A obra Psychoanalytic Diagnosis (na foto; disponível a tradução brasileira para a segunda revisão da obra lançada mais recentemente) da autora Nancy McWilliams é relativamente acessível, conta com muitos exemplos de casos e oferece muitas referências para outros autores (para aqueles que desejem aprofundar conhecimentos). O Psychodynamic Diagnostic Manual (PDM) (na foto) é fundamentalmente o que o próprio título descreve, um manual de diagnóstico, extendendo-se também à adolescência e infância e contando com algumas ilustrações de caso. O PDM resulta de um esforço conjunto por parte das mais proeminentes associações de psicologia clínica psicanalítica do mundo (Nancy McWilliams é membro da comissão organizadora do PDM Task Force).

Como nota final, ainda que qualquer um destes livros possa oferecer alguma luz ou ajuda, eles não dispensam a consulta presencial de avaliação e diagnóstico com um técnico rigorosamente formado e treino clínico ao longo de anos no exercício do diagnóstico e da psicoterapia clínica.

Boas leituras!

http://www.psicronos.pt/consultas/primeira-consulta_1

terça-feira, dezembro 09, 2014

“E como é que isto se resolve?” / “O que é que eu faço?”


São estas duas das perguntas que por vezes os nossos pacientes nos colocam logo nas primeiras sessões. Neste artigo procuro focar uma dimensão particular que por vezes está por detrás da persistência da pergunta, mesmo após ser respondida de várias formas diferentes pelo psicoterapeuta. 

Algumas vezes a insistência na pergunta remete para uma dificuldade circunscrita na capacidade da própria pessoa em lidar com as suas emoções mais difíceis, bem como para o não ter encontrado ao longo da vida alguém que ajudasse nesta tarefa, através de uma relação priviligiada (como aquela que a psicoterapia oferece e procura construir). Outras vezes pode surgir também como uma defesa contra o entrar em relação (psicoterapêutica, de cura ou transformação) com o psicólogo, como uma fantasia de se conseguir a formula para a cura, mas um medo/resistência a ser-se curado pela outra pessoa e pela relação com ela (onde a cura reside efetivamente!);

Ao longo da vida é importante podermos ir entrando em contacto com as nossas emoções mais difíceis que existem dentro de nós, mas também com as formas como nos tendemos a defender delas e com as situações que lhes foram dando origem.

A essência das pessoas são as suas emoções. Desde a infância os pais (ou outras figuras íntimas) ajudam as crianças a gerir as suas emoções, a identifica-las e a pensar sobre elas. Assim se desenvolve progressivamente e ao longo da vida a capacidade individual da pessoa lidar com as suas emoções, compreende-las e expressa-las.

Por vezes essas primeiras relações não são capazes de dar uma resposta adequada ou suficiente às emoções e ao mundo interior da criança. Ou porque os próprios pais têm relativamente pouco contacto com as suas próprias emoções, ou pouca capacidade de identifica-las e expressa-las, ou porque se defendem delas, ou porque a expressão emocional é desvalorizada num determinado contexto familiar, ou porque vão sendo feitas atribuições erradas às emoções da criança, ou por outros motivos.

Determinadas situações carregam também consigo uma carga emocional que por vezes ultrapassa a própria capacidade do aparelho psiquico de lhes conseguir fazer face, o que resulta em traumas. Muitas vezes, e em simultâneo, a pessoa não consegue encontrar ao longo da vida relações que a ajudem com as suas emoções de uma forma que aquelas primeiras relações não foram capazes de oferecer.

A própria pessoa, incapaz então de lidar com certas emoções e/ou conflitos internos demasiado penosos e incapaz de se organizar psicologicamente em torno destes conteúdos, acaba, numa tentativa desesperada de se livrar da angustia ou da aflição ligada a essas emoções,  por mobilizar defesas internas que as distorcem e abafam. São estas defesas, aliadas à incapacidade de se elaborarem devidamente as emoções originais, que resultam em grande medida naquilo que se entende clinicamente por sintomas e psicopatologia. Por vezes cria-se um movimento de apelo e rejeição da ajuda, em simultâneo, como se o ideal fosse conseguir a fórmula para a auto-cura, para fugir ao medo de uma nova abertura à experiência de sermos cuidados pelo outro (pela sua disponibilidade, pela sua antenção, pelo seu interesse e preocupação, pela sua empatia e pela sua sintonia). E por vezes para se fugir ao medo da abertura traumática da relação de ajuda de um passado longínquo.

Quando existem emoções “não digeridas” dentro de nós, a carga de tensão dessas emoções tende a fazer-se sentir continuamente de uma ou de outra forma, por mais que as origens dessas emoções não consigam ser relembradas, sejam distorcidas ou nunca tenham conseguido ser pensadas ( ligadas a memórias, imagens ou representações, e posteriormente articuladas por palavras). Nestas circunstâncias, o acréscimo de ansiedade na vida (por exemplo através de stress ligado a situações com o trabalho, o fim de uma relação amorosa, um divórcio) pode facilmente levar a uma colapso do equilibrio defensivo interno, criando uma crise emocional intensa na vida de uma pessoa, momento em que a própria procura muitas vezes a  psicoterapia. Outras vezes as defesas intensificam-se de tal forma que acabam por criar todo o tipo de interferências com a vida, tornando-a inviável ou quase inviável. A somatização das emoções é um exemplo da expressão de emoções muito difíceis e não elaboradas ao nível do corpo (dores, sintomas e doenças físicas que aparecem e desaparecem sem causa médica).