sexta-feira, abril 09, 2010

Projecto Intimidades: Divulgação da Investigação e Solicitação de Participação

A colega Luana Cunha Ferreira está a desenvolver uma investigação e solicita a participação de todos.

A investigação de Doutoramento "Projecto Intimidades", focada na intimidade conjugal e agora apoiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), já está a decorrer!

Precisamos de casais casados (não interessa há quanto tempo) ou em união de facto (que vivam juntos há pelo menos 2 anos) e que tenham pelo menos o 9º ano.

Queremos casais de várias idades (sem limite de idade), com ou sem filhos, urbanos ou rurais, de todos os espectros políticos, altos ou baixos, magros ou gordos, etc.

Agradecemos imenso a vossa ajuda na divulgação aos vossos amigos e familiares. Mesmo que não possa/não queira participar, há sempre um amigo que tem um amigo que pode conhecer alguém que queira participar.

O contacto para participar é projectointimidades@gmail.com ou o 91 330 1540.


Mais informações sobre o estudo no site do projecto: https://sites.google.com/site/intimacyanddesire/


Obrigada!

Steve Jobs fala sobre si na Universidade de Standford

http://www.youtube.com/watch?v=UF8uR6Z6KLc

domingo, abril 04, 2010

Aulas e conferências pelo YouTube

Hoje em dia podemos ver e ouvir aulas e conferências sobre os mais variados temas de elevadíssima qualidade.

Esta tarde estive ouvir uma aula de Clifford Nass, da Stanford University sobre a forma como a fala é importante na interacção com pessoas e computadores. Achei muito interessante. É uma aula longa (1h20min), mas bem interessante e na minha opinião vale a pena.




Wired for Speech: Voice Interactions with People and Computers

sexta-feira, abril 02, 2010

Mobbing: o bullying nas empresas




O mobbing é um fenómeno antigo - tal como o bullying - mas que está a ser olhado por novos ângulos e progressivamente vai-se alargando a consciência das enormes implicações do seu poder destrutivo. Na minha opinião - e apesar de não estudos que a possam fundamentar - o mobbing pode ser o grande responsável pela falta de produtividade no tecido empresarial português.

De acordo com Leymann o mobbing é uma forma de terrorismo psicológico que implica uma atitude hostil e não ética praticada de forma sistemática - e não ocasional ou episódica - por parte de uma ou mais pessoas, eminentemente, no confronto com um só individuo, o qual, por causa do mobbing, acaba por se encontrar numa situação indefesa e torna-se objecto de uma serie de iniciativas vexatórias e persecutórias. Estas iniciativas ocorrem com uma certa frequência (estatisticamente: pelo menos uma vez por semana) e durante um certo período de tempo (estatisticamente: pelo menos durante 6 meses). Por causa da grande frequência e da longa duração do comportamento hostil, esta forma de mau trato provoca consideráveis sofrimentos mentais, psicossomáticos e sociais. Ver The Mobbing Encyclopaedia.

As consequências do mobbing a longo prazo são profundamente prejudiciais para a integridade e bem-estar psicológica da pessoa podendo, inclusivamente, originar descompensações e desorganizações psicopatologicas de difícil recuperação. As vitimas de mobbing são muitas vezes - mas não sempre - pessoas psiquicamente frágeis, com perturbações depressivas, fóbicas e ansiosas latentes ou em estados iniciais que são fracamente agravadas pela exposição ao mobbing.

A pessoa vitima de mobbing ou mobizado é frequentemente uma pessoa que mostra falta de confiança em si próprio, desvaloriza-se sistematicamente, é desadaptado ao ambiente laboral e insuficientemente integrado. Por iniciativa própria, mesmo quando é evidente que não cometeu erros ou que não foi culpado de nada, assume para si e para os outros o erro de tudo e convence-se com facilidade que se engana sempre e que erra em tudo. As pessoas que por mérito próprio ou com qualidades pessoais e profissionais muito evidentes também podem ser vitimas de mobbing estimulado pelo ciume e pela inveja dos colegas.

Encontrei um artigo muito interessante de um advogado português - Messias Carvalho - e aconselho a sua leitura a todos os interessados neste assunto. http://www.ctoc.pt/downloads/files/1155034857_40a49.pdf

quinta-feira, abril 01, 2010

VII Conferência PSICOLOGIA NOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS



LOCAL
Auditório GlaxoSmithKline
Rua Dr. António Loureiro Borges, 3
Arquiparque - Miraflores
1495-131 Lisboa


SECRETARIADO
Ana Paula Sousa / Margarida Alvadia
VII Conferência PCSP
Departamento de Formação Permanente
Rua Jardim do Tabaco, 34 | 1149-041 Lisboa
Tel.: 218 811 785 | Fax: 218 860 954
e-mail: dfp@ispa.pt | www.ispa.pt

quarta-feira, março 31, 2010

2 º ENCONTRO DA AP

Nas palavras de Coimbra de Matos, Presidente da Direcção da AP, "Desenvolvimento e Depressão" interroga a depressão como factor de atraso, suspensão ou regressão do desenvolvimento e o trabalho de compreensão e resolução da depressão como catalizador da retoma e sustentação do desenvolvimento; vale dizer, indaga da passagem do círculo vicioso da inibição e retracção para o círculo virtuoso da realização e expansão, nos planos individual e colectivo. Do debate, entretanto aberto, esperam-se mais e melhores perguntas.

A AP é uma associação sem fins lucrativos que tem como principais objectivos a divulgação científica e técnica da Psicanálise, a promoção da investigação e a formação em Psicanálise e em Psicoterapia Psicanalítica, a realização de cursos teóricos e práticos, seminários, colóquios e congressos, assim como a prestação de serviços à comunidade nestas áreas.

terça-feira, março 30, 2010

I Colóquio Internacional Música, Comunicação e Desenvolvimento Humano



Mais informações em: http://cesem.fcsh.unl.pt/

MAIS BUNKERS E BLOQUEIOS

Mãozinha amiga (outra) fez-me chegar estas duas fotografias de bunkers já domados, grafitizados, abonecados.
Não deixam de ser bunkers da segunda guerra, parte da muralha do Atlântico que Hitler mandou construir na costa atlântica da Europa. Ponham os olhos neles. São a nossa vergonha. Enfeitados ou não. Foi há 70 anos.
Não evitaram o desmbarque dos Aliados, como hitler esperava, mas morreram milhões de pessoas.
A "Europa" é uma construção recente - muito frágil. Tenhamos cuidado com ela, é o que eu desejo.

domingo, março 21, 2010

BlOQUEIOS E DEPRESSÃO



 Alguém sabe o que é isto? Pois a costa da Normandia tem várias destas horríveis construções, que levaram até Paul Virilio a escrever um livro com fotografias
 (ver em: http://www.infoamerica.org/teoria/virilio1.htm)

Os nazis, quando ocuparam França, construiram ao longo da costa aquilo a que chamavam a Muralha do Atlântico. São de cimento e fazem na paisagem uma mancha sinistra. Convinha que não esquêcessemos por que estão ali. O bunker onde eu andei, às escuras (são obviamente construções abandonadas), era  concêntrico e assustador. Claustróbico. Não ponho uma fotografia tirada por mim porque esta do Paul Virilio é muito melhor.

A depressão, especialmente se agravada e melancólica, é como um bunker. Nada lá penetra, nem a luz do dia. As memórias são pesadas e enchem o espaço inteiro. Não há futuro, só há passado.
Toda a energia vital retirou-se para dentro do indivíduo e é posta ao serviço da auto-recriminação constante. Os outros deixam praticamente de existir. A pessoa está fortificada dentro do bunker. Julga ela. Também Hitler pensou que a muralha do Atlântico evitaria o desembarque dos Aliados.
A melancolia pode ser muito grave e levar até ao suicídio. Por outro lado, tem gozado ao longo dos séculos de uma certa aura de criatividade. Já Aristóteles falava disso.
Alguns dizem que as pessoas melancólicas têm dentro delas um ideal tão forte que o seu ego nunca consegue atingir essa perfeição e castiga-se constantemente por essa razão.
A questão é: como podemos acalentar dentro de nós um ideal tão forte, tão omnipotente e tão tirânico que nos leva a rastejar sempre que imaginamos que não estamos a corresponder às suas exigências? Pensem nisso e no extaordinário poder que demos a alguém ou a alguma coisa. Como é possível?

quinta-feira, março 18, 2010

quarta-feira, março 17, 2010

Curso de Introdução ao Pensamento Crítico Contemporâneo em Lisboa

Curso de Introdução ao Pensamento Crítico Contemporâneo

“Estética e Política”



Organização: UNIPOP (www.u-ni-pop.blogspot.com)/ Fábrica Braço de Prata

Inscrições, no valor de 25 €, através de pccestetica@gmail.com

Preço por sessão: 5 € (mediante disponibilidade de lugares)

De 10 de Abril a 05 de Junho de 2010

Aos sábados, das 18h00 às 20h00

Na Fábrica Braço de Prata

Rua da Fábrica do Material de Guerra, n.º 1

1950 LISBOA



Entre política e estética, há uma longa história de mútuas suspeitas, denúncias e incompreensões, que têm coexistido com uma intensa e fértil, ainda que por vezes clandestina, interdependência. Tomamos a ambivalência que marca esta relação como testemunho de um terreno comum que importa revisitar, longe das caricaturas habituais, mas igualmente sem elidir as tensões que o constituem. O espaço para que esta discussão seja pensável de forma simultaneamente esclarecedora e crítica permanece em construção: o objectivo primordial deste curso é, por isso mesmo, o de contribuir para a sua criação, visibilidade e alargamento.



PROGRAMA

10 de Abril

Apresentação do curso por Manuel Deniz Silva e Miguel Cardoso

Kant por Adriana Veríssimo Serrão



17 de Abril

Hegel por Miguel Cardoso

Marx por José Bragança de Miranda



24 de Abril

Nietzsche por Nuno Nabais

Freud por João Peneda



8 de Maio

Oficina de leitura:

“O inconsciente político do sublime. Em torno de Lyotard e Rancière”

Orientação: Manuel Deniz Silva



15 de Maio

Walter Benjamin por Pedro Boléo

Theodor W. Adorno por João Pedro Cachopo



22 de Maio

Gilles Deleuze por Catarina Pombo

Guy Debord por Ricardo Noronha



29 de Maio

Jacques Rancière por Vanessa Brito

Giorgio Agamben por António Guerreiro



05 de Junho

Debate de encerramento: “Estética e Política”

Silvina Rodrigues Lopes

Manuel Gusmão

Mário Vieira de Carvalho



Apresentação do Curso de Introdução ao Pensamento Crítico Contemporâneo: “Estética e Política”:



Entre política e estética, há uma longa história de mútuas suspeitas, denúncias e incompreensões, que têm coexistido com uma intensa e fértil, ainda que por vezes clandestina, interdependência. Tomamos a ambivalência que marca esta relação como testemunho de um terreno comum que importa revisitar, longe das caricaturas habituais, mas igualmente sem elidir as tensões que o constituem.

O espaço para que esta discussão seja pensável de forma simultaneamente esclarecedora e crítica permanece em construção: o objectivo primordial deste curso é, por isso mesmo, o de contribuir para a sua criação, visibilidade e alargamento. Tal trabalho preparatório implica reinscrever a estética na trajectória da nossa modernidade histórica e filosófica, com todas as contradições que isso acarreta, perceber o quanto as categorias políticas que marcam a nossa contemporaneidade devem a conceptualizações estéticas, bem como submeter o campo estético a uma análise crítica, confrontando-o com as suas exclusões e ângulos cegos.

Partimos para estas interrogações com a premissa de que a sociedade em que vivemos é atravessada por divisões e conflitos a que o estético não é imune, mas a que também não pode ser reduzido. Isto implica uma dupla rejeição: da inflação do potencial crítico da obra de arte, assente na ideia de que o estético é por si só emancipador, por um lado; e, por outro, da redução do estético ao ideológico e do recurso à sua explicação sociológica que neutraliza o seu potencial crítico.

De um ponto de vista político, a estética tem sido simultaneamente subestimada e sobrestimada. Sendo plural, contraditória – e inseparável das práticas artísticas a cujo perímetro, porém, não se restringe –, é muitas vezes reduzida ora à apreciação de obras de arte, ora a uma forma de consumo cultural privatizada que constituiria um abrigo imune às intrusões da história, aos constrangimentos do social e à vulgaridade dos interesses. Devemos entender as razões desta cristalização, trazer à luz a forma como um certo discurso filosófico estético institui tais divisões e não meramente as reflecte, e submetê-la a uma crítica feroz.

Contudo, entender a estética a partir desta versão redutora é deixar pelo caminho muitas outras definições e, desse modo, excluir as tensões que a atravessam. O estético é também o espaço que questiona os limites e esquadrias da razão, que confronta uma visão idealista do mundo com o seu substrato material e a sua imanência sensível, que trabalha nas zonas cinzentas em que a nossa experiência e a nossa praxis são ainda órfãs de um conceito que as balize. É ainda o espaço daquilo a que Rancière chamou a ‘partilha do sensível’, ou seja, da ordem que estrutura a nossa inclusão e exclusão num mundo comum, os modos de percepção, os lugares, os limites e os horizontes da nossa visibilidade e participação nele. O espaço, em suma, da nossa mundanidade.

Porque compreender o presente implica perceber a sua densidade histórica, propomos, na primeira parte do curso, um percurso arqueológico através de Kant, Hegel e Marx, Freud e Nietzsche. Partir destas figuras permitirá mapear a emergência de uma campo de reflexão sobre o estético, reconfigurar criticamente a própria noção de estética, bem como procurar pontos de contacto entre o estético e o político em lugares menos habituais. Destes autores emergirá uma constelação de problemáticas que têm estado na base de importantes debates contemporâneas. Pretendemos interrogá-los enveredando, na segunda parte do curso, pelos pensamentos de Benjamin e Adorno, Debord e Deleuze, Agamben e Rancière.

Padre Rodrigues e o fim do Celibato

Achei interessante a perspectiva sóbria e personalizada que o Padre Rodrigues, entrevistado pelo jorna "I", nos revela a propósito do Celibato e outras questões mais ou menos associadas como a homosexualidade e a pedofilia.

A entrevista pode ser vista no link:


http://www.ionline.pt/conteudo/51474-padre-rodrigues-o-celibato-imposto-pela-igreja-acaba-ser-uma-medida-antinatural

domingo, março 14, 2010

INSINCERIDADE (Vasco Graça-Moura)





Insinceridade

quis-nos aos dois enlaçados
meu amor ao lusco-fusco
mas sem saber o que busco:
há poentes desolados
e o vento às vezes é brusco

nem o cheiro a maresia                           (foto: CP)
a rebate nas marés
na costa de lés a lés
mais tempo nos duraria
do que a espuma a nossos pés

a vida no sol-poente
fica assim num triste enleio
entre melindre e receio
de que a sombra se acrescente
e nós perdidos no meio

sem perdão e sem disfarce,
sem deixar uma pegada
por sobre a areia molhada,
a ver o dia apagar-se
e a noite feita de nada

por isso afinal não quero
ir contigo ao lusco-fusco,
meu amor, nem é sincero
fingir eu que assim te espero,
sem saber bem o que busco.

Vasco Graça Moura, in Antologia dos Sessenta Anos

sábado, março 13, 2010

Reportagem sobre Bullying - a ver

http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/linhadafrente/?k=1-parte-do-Linha-da-Frente-de-2010-03-11.rtp&post=7011

quinta-feira, março 11, 2010

Continuar de olhos fechados...

“Pedro Frazão, psicólogo e membro da Sociedade Portuguesa de Suicidologia, alertou ontem para a necessidade de articulação entre os serviços dos ministérios da Educação e da Saúde, no sentido de promover um plano de intervenção junto de alunos, professores e funcionários da escola de Mirandela que era frequentada por Leandro, o menino que há uma semana se encontra desaparecido nas águas do Tua.”

In Publico 11/03/2010

http://www.publico.pt/Sociedade/apoio-psicologico-a-colegas-de-leandro-na-escola-de-mirandela-considerado-urgente_1426547

segunda-feira, março 08, 2010

Poema do século XX - Fernando Pessoa

Por falar no amor lembrei-me da primeira parte de um dos meus poemas preferidos que pode ser relacionada com a auto-compaixão (ou amor próprio), a verdade e o sofrimento humano:


A criança que fui chora na estrada.

Deixei-a ali quando vim ser quem sou;

Mas hoje, vendo que o que sou é nada,

Quero ir buscar quem fui onde ficou.


(...)

sábado, março 06, 2010

POEMA DO SEC XVII: Marbeuf

ET LA MER ET L'AMOUR ONT L'AMER POUR PARTAGE


Et la mer et l'amour ont l'amer pour partage,

Et la mer est amère, et l'amour est amer,

L'on s'abîme en l'amour aussi bien qu'en la mer,

Car la mer et l'amour ne sont point sans orage.



Celui qui craint les eaux qu'il demeure au rivage,

Celui qui craint les maux qu'on souffre pour aimer,

Qu'il ne se laisse pas à l'amour enflammer,

Et tous deux ils seront sans hasard de naufrage.



La mère de l'amour eut la mer pour berceau,

Le feu sort de l'amour, sa mère sort de l'eau,

Mais l'eau contre ce feu ne peut fournir des armes.



Si l'eau pouvait éteindre un brasier amoureux,

Ton amour qui me brûle est si fort douloureux,

Que j'eusse éteint son feu de la mer de mes larmes

 
Pierre de MARBEUF (1596-1645)

quarta-feira, março 03, 2010

O AMOR (Eugénio de Andrade)


O Amor

Estou a amar-te como o frio
corta os lábios.

A arrancar a raiz
ao mais diminuto dos rios.

A inundar-te de facas,
de saliva esperma lume.

Estou a rodear de agulhas
a boca mais vulnerável

A marcar sobre os teus flancos
o itinerário da espuma

Assim é o amor: mortal e navegável.

Eugénio de Andrade  ("Obscuro Domínio")

domingo, fevereiro 28, 2010

TESOURINHO MUSICAL

http://www.youtube.com/watch?v=UsLq9rnnTCM

Song for whoever

POESIA: "TERNURA"

As nossas vidas estão uma chatice. É a crise, quando não mesmo o desemprego, a falta de perspectivas para o futuro, a sensação de que estamos a ser mal governados e que vamos acabar, como país, numa espécie de pobreza envergonhada, sem saída. País de velhos de onde os jovens com mais competências e/ou mais coragem já emigraram.
Estamos com falta de imaginação, de criatividade, de gosto pela vida. Ensimesmados, carregamos um fardo de séculos aos ombros, e já não há lugar para o prazer, para o gozo, para o lúdico, para a originalidade. Para a alegria de viver.
A poesia é, de certo modo, uma panaceia. Eu sei. Não é ela que nos irá assegurar a redução do défice, ou evitar a diminuição (fatal) do poder de compra. Mas a poesia permite-nos ver, no meio da desesperança, que é possível a vida, e a palavra que também faz a vida. E que os amantes são eternos.
Assim, decidi começar a publicar aqui os meus poemas preferidos, em português. No blog em inglês (http://lisboncpc.blogspot.com) encontrarão os meus poetas anglo-saxónicos preferidos.E começo hoje com um poema de David Mourão-Ferreira, um grande, enorme, poeta que eu ainda conheci pessoalmente e que sabia do que falava.



Ternura

Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...

Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...

Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...

Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!

David Mourão-Ferreira, in Infinito Pessoal
(Fonte: citador.pt)

sábado, fevereiro 27, 2010

Reforma

Governo quer subir idade da reforma para os 67 anos diz o Diário Digital
O Governo garante que não vai mexer na idade das reformas durante os próximos três anos diz o Correio da Manhã.

Apesar de não conseguir perceber o que irá acontecer, esta questão levantou-me uma outra.

A idade da reforma é avaliada segundo anos de trabalho, mas, há quem trabalhe durante 40 ou 50 a realizar 40 horas semanais. E há quem trabalhe os mesmos anos a realizar 50/60 horas semanais. Nestes casos e considerando 40 anos de trabalho, as 10 horas semanais de diferença passam a fazer mesmo muita diferença.
Nestes casos as coisas não deveriam ser diferentes?

Quem trabalha 10/12 horas por dia chega aos 65/67 anos de idade nas mesmas condições que alguém que trabalhou a um ritmo de 8h/dia ao longo da vida?

Sei que existem condições diferenciadas para alguns profissionais (quem trabalhou por turnos ou para quem tem profissões de risco) mas, e as horas de trabalho?

terça-feira, fevereiro 23, 2010

CONGO: O MATADOURO

Há regiões do mundo que parecem, misteriosamente,  não atrair as atenções dos media. Como se estivessem por detrás de uma pesada cortina de silêncio, enquanto pela calada se vão cometendo as maiores, quase indizíveis, atrocidades.
Nicholas Kristoff, que escreve para o New York Times e para o i, é uma excepção. Os relatos que ele nos faz sobre o Congo são horríveis: milícias que cortam carne das vítimas  ainda vivas e as obriga, a comê-la. Meninas repetidamente violadas ao longo de meses, anos, por bandos de homens, cujos orgãos internos ficam completamente destruídos. Pessoas esventradas diante da família. E fico-me por aqui.
Esta guerra no Congo já ceifou, em 10 anos, quase sete milhões de vida.
Causas: são muitas e complexas, mas passam certamente pela posse do  minério, pelos ódios étnicos, pelas questões nos países vizinhos, como é o caso do Ruanda, que de algum modo também exportou esta guerra.
De que mais será capaz o homem? Lemos e pasmamos perante tais níveis de  crueldade.
Que fazer?

domingo, fevereiro 21, 2010

Leitura Interessante!


Cada Vez mais os formatos dos livros estão a mudar!

Com as novas tecnologias os autores estão a conseguir difundir mais facilmente os seus trabalhos, mas isto não quer dizer que consigam mais facilmente recompensas financeiras.


Como exemplo disto deixo em baixo um livro escrito sob a forma de blog:

Espero que apreciem!


Isabel é a serialização em blog de um romance de linguagem bem escolhida mas não erudita e conta a história de Vicente Vaz, um jovem idealista professor de Francês que acabou de ser pai. Vicente está dividido entre as suas obrigações de pai, de professor, de marido num casamento infeliz e as mágoas de um amor passado revividas através de um livro de um autor misterioso ao qual ele tem uma ligação inexplicável…
Para ler este romance do princípio, por favor comecem em http://vicentevaz.blogspot.com/2008/10/captulo-i-parte-1-renascimento.html e continuem através do arquivo do blog (http://vicentevaz.blogspot.com/).


VOANDO SOBRE AS ONDAS A CAMINHO DA VITÓRIA


O veleiro de regata, o BMW Oracle, voando sobre sobre as ondas, na Taça da América, que decorreu em Valência.
A vela deste  barco tem menos dois metros do que a ponte 25 de Abril!
Vale apena googlar o barco e a regata - as imagens são lindíssimas e distraem-nos um pouco das desgraças que por cá vão sucedendo. A mais recente tragédia na Madeira faz-nos pensar como somos (ainda?) frágeis perante as forças da natureza.


O poder da comida - obsidade infantil

O chefe Jamie Oliver's apresenta uma comunicação nos Ted Talks chamando a atenção do público para o perigo de estarmos na terceira geração (em Portugal penso que devemos estar na segunda ou até mesmo ainda na primeira) em que as crianças não aprendem a cozinhar em casa com a sua família. As crianças não desenvolvam as competências mínimas de cozinha e tornam-se adultos incapazes de cozinhar os pratos mais simples e transmitem essa ignorância aos seus próprios filhos.

Incapazes de cozinhar as famílias viram-se cada vez mais para a comida de plástico, gerando um problema de saúde publica de enorme gravidade (obesidade, doenças coronárias, etc.) e com custos sociais (financeiros e não só) de proporções gigantescas e que tende a aumentar a cada ano que passa.

Jamie apela a que se ensine a cozinhar na escolaridade obrigatória. Diz ele: "Nenhuma criança deveria de sair da escola sem saber cozinhar pelo menos 10 pratos elementares".

Um apelo e um ponto de vista que vale a pena ouvir e ver.


sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Ciclo de Psicoterapia regressa à Almedina do Atrium Saldanha



Ciclo de Psicoterapia regressa à Almedina do Atrium Saldanha no dia 22, segunda-feira , pelas 19:00 horas

Na próxima segunda-feira, dia 22 de Fevereiro, pelas 19:00 horas, regressa à livraria Almedina do Atrium Saldanha, o ciclo de PSICOTERAPIA que durante cinco sessões abordará algumas das principais correntes da Psicoterapia contemporânea, com especialistas que mostrarão a sua visão e as suas experiências.

Com moderação do Dr. Thomas Riepenhausen, a primeira sessão será dedicada ao tema «Comportamentalista», com a presença do Dr. Afonso de Albuquerque (Psiquiatra, ex-director do Serviço de Psicoterapia Comportamental do Hospital Júlio de Matos) e da Dra. Catarina Soares (Psicóloga clínica, directora do Serviço de Psicoterapia Comportamental do Hospital Júlio de Matos).

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Rei Édipo no Teatro Nacional D. Maria II





18 de Fevereiro « 28 de Março

O "Não" é necessário, mas o Amor essencial.

Foi aqui colocado um post sobre a necessidade do "Não" na educação das crianças. Concordo totalmente, mas (inspirada num texto* de Coimbra de Matos) acrescento. O "Não" é necessário mas o Amor é o fundamental.

Como diz o autor:

"(...) tudo começa e se mantém pelo amor - incondicional e não cobrador - dos pais/educadores para os filhos/discípulos; desde o nascimento ao fim da adolescência. Pensar o contrário é não reconhecer os direitos da infância. Mais nada.
Continuar a insistir nas obrigações das crianças mais não é do que alimentar a tirania dos adultos.
Queremos um mundo de pessoas que cresceram com amor e em razão do amor; e não um mundo de pessoas (não-pessoas) que medraram sob o medo e pela pressão da culpa. Só assim teremos um mundo onde vale a pena viver.
À velha recomendação que «de pequenino se torce o pepino» deve substituir-se o lema de que «para crescer é preciso envolver». Como diz Francine Ferland (...) «Nunca amamos excessivamente uma criança»."


Dizer "Não" é conter e proteger através dos limites. "Não", não significa tirania, controlo e sobretudo não significa privação de qualquer espécie, muito menos de Amor.


*in "Vária: Existo porque fui amado" António Coimbra de Matos - 2007.

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Crazy Like Us: The Globalization of the American Psyche


Ethan Watters é o autor deste livro, que aborda a forma como as categorias psicopatologicas oriundas e difundidas nos Estados Unidos chegaram a novos povos e culturas e onde é analisado o impacto positivo e negativo desta forma de aculturação.

From Publishers Weekly
If you thought McDonald's and strip malls were the ugliest of America's cultural exports, think again. Western ideas about mental illness-from anorexia to post-traumatic stress disorder, schizophrenia, general anxiety and clinical depression-as well as Western treatments have been sweeping the globe with alarming speed, argues journalist Watters (Urban Tribes), and are doing far more damage than Big Macs and the Gap. In this well-traveled, deeply reported book, Watters takes readers from Hong Kong to Zanzibar, to Tsunami ravaged Sri Lanka, to illustrate how distinctly American psychological disorders have played in far-off locales, and how Western treatments, from experimental, unproven drugs to talk therapy, have clashed with local customs, understandings and religions. While the book emphasizes anthropological findings at the occasional expense of medical context, and at times skitters into a broad indictment of drug companies and Western science, Watters builds a powerful case. He argues convincingly that cultural differences belie any sort of western template for diagnosing and treating mental illness, and that the rapid spread of American culture threatens our very understanding of the human mind: "We should worry about the loss of diversity in the world's differing conceptions of treatments for mental illness in the same way we worry about the loss of biodiversity in nature."

Copyright © Reed Business Information, a division of Reed Elsevier Inc. All rights reserved.

DESIGN E BEM-ESTAR


Mãozinha amiga, muito amiga, fez-me chegar esta imagem de uma clínica de psicoterapia em Tóquio, design da firma Nendo (vénia...).
Aquilo que parecem ser portas, são pinturas nas paredes (trompe l'oeil). As pessoas, terapeutas e clientes, entram e saem das salas através de portas embutidas em estantes e paredes, quase invisíveis, e que deslizam. É a inversão da noção tradicional da neutralidade fria que impera em alguns destes espaços. Devo dizer desde já que não é o caso das instalações da Psicronos na João Crisóstomo, em Lisboa, de design moderno e refinado, mas noutra linha (mais pub-style).
À at. da nossa directora clínica, que sei que gosta do bom gosto, perdoe-se-me o pleonasmo.

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Os emails da Ordem dos Psicólogos...

Partilho convosco o email que recebi da Ordem dos Psicólogos... tirem as vossas conclusões, façam as vossas interpretações, visões, projecções...
Quanto a mim, mais parece um email tipificado da dita "old school" da função pública (salvaguardando que nada tenho contra a função pública)... um email impessoal, e quase que proíbitivo... "por favor não nos liguem nem nos batam à porta porque estamos cheios de trabalho"! Ou seja, qualquer dúvida o site responde, ou então se nos tentar ligar... houve apenas um sinal de ocupado!!


quinta-feira, fevereiro 11, 2010

O Não também ajuda a crescer


Ontem ouvi na rádio que este livro "O não também ajuda a crescer" de uma psicóloga espanhola Reys estava a ser um sucesso em Espanha.


Sobre este assunto deixo-vos umas palavras do pediatra Brazelton:


"uma criança que não é disciplinada não se sente amada. E disciplinar é ensinar uma criança a controlar-se a si própria. Este auto controlo vai permitir que a criança desenvolva sob três elementos importantes na construção da sua personalidade: auto-estima, altruísmo e a sede de conhecimento. Uma criança aprende a sentir-se bem com ela própria, a gostar de si. Depois, sentindo-se confiante, é capaz de se preocupar com os outros. Por fim essa estabilidade emocional dá-lhe inteligência e apetência para aprender. A motivação pelo conhecimento é construída com o afecto e na interacção com os pais"

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Think before you post

Comemora-se hoje o DIA EUROPEU da INTERNET SEGURA, com o lema: Think before you post

Deixo-vos um link onde podem ter acesso a alguns conselhos:

http://www.tvciencia.pt/tvcnot/pagnot/tvcnot03.asp?codpub=22&codnot=33

É bom pensarmos nestas questões, quanto mais não seja para ensinar os nossos adolescentes a se protegerem, pois vivem na internet. É importante que se saibam defender. O bullying e o assédio sexual por intermédio das novas tecnologias está em crescendo.

domingo, fevereiro 07, 2010

Plataforma informática para tratamento clínico de fobias

Neste artigo do Publico - http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/laboratorio-do-porto-desenvolve-plataforma-informatica-para-tratamento-clinico-de-fobias_1421445 é referido o desenvolvimento de uma plataforma informática que irá, tanto quanto percebi, simular a exposição ao vivo em determinados contextos fóbicos.

Esta plataforma poderá ser um instrumento muito útil para os colegas de cognitivo-comportamental. É sempre interessante ver as novas aplicações tecnológicas ao serviço da saúde mental.

Esta plataforma foi desenvolvida pelo Laboratório de Expressão Facial da Emoção da Universidade Fernando Pessoa. Este laboratório tem vindo a fazer um trabalho bastante interessante e inovador.

Controvérsias em relação à Ordem dos Psicólogos

Alguns colegas estão a assinar uma petição que se opõe a algumas exigências da recém-criada ordem dos psicólogos.

Leia mais em http://www.ionline.pt/conteudo/45544-psicologos-peticao-contra-inscricao-obrigatoria-na-ordem-conta-ja-com-800-assinaturas

sábado, fevereiro 06, 2010

Trauma e EMDR


O trauma é um acontecimento experienciado subjectivamente com grandes níveis de ansiedade e stress. Todos nós já passámos por situações semelhantes, com maior ou menor gravidade (subjectiva).
A vivência de situações traumáticas deixa muitas vezes sequelas psicológicas que causam sofrimento e perturbam o "normal" funcionamento diário. O exemplo típico é a "Sindrome de Perturbação de Pós-stress Traumático", conhecida pela sua presença em alguns ex-combatentes de guerra. Associado ou não a esta sindrome podem surgir sintomas como a irritabilidade, flash-backs, perturbações do sono, pensamentos intrusivos, etc.

O tratamento das sequelas destes acontecimentos vivenciados com grande stress era, até há duas décadas atrás, relativamente difícil de tratar, exigindo grande esforço emocional por parte da pessoa vítima de trauma e muitas vezes exigia um tratamento a médio/longo prazo.

Em 1987 começou a ser desenvolvido nos Estados Unidos um método inovador de tratamento de várias perturbações psicológicas, com especial destaque para os traumas - o EMDR. O EMDR (Rapid Eye Movement Desensitization and Reprocessing, em português, "dessensibilização e reprocessamento por movimentos oculares") é uma forma de psicoterapia que, pelas peculiaridades da sua prática, apresenta um nível de eficácia muito elevado, num número reduzido de sessões.

Muito brevemente, a sua técnica mais inovadora e característica, consiste na estimulação bilateral - por exemplo, seguir com os olhos um alvo que se move de um lado para o outro. Observa-se que esta estimulação ocular, em associação com a revivência corporal, cognitiva e emocional do trauma, parece permitir um processamento acelerado da vivência traumática, integrando-a de forma harmoniosa na história pessoal da pessoa. O movimento rápido dos olhos parece activar um processo semelhante ao que se activa espontaneamente na fase REM (Rapid Eye Movements), dos sonhos, durante o sono, e que se pensa ser muito importante no processamento ("digestão cognitivo-emocional") de vivências e memórias.

O sucesso da sua prática levou a que actualmente existam centenas de milhar de terapeutas EMDR espalhados por todo todo mundo (incluido a Psicronos, no nosso país) bem como uma vasta investigação científica oriunda das várias áreas científicas como a psicologia, a psiquiatria, as neurociências...

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

A não Violência e a Educação

No post anterior falei-vos de um factores de risco associados ao Bullying, e acabei por não referir nada acerca do Seminário que se realizou no passado sábado, dia 30 de Janeiro, em Portimão.

Este seminário teve como ponto de partida o dia da não violência e da educação para se poder falar nas questões associadas ao Bullying, mas, acima de tudo, se poder abordar o tema da violência saudável e a sua expressão grupal e daqui podermos extrapolar para as questões associadas ao Bullying, que se assume como um sub-tipo de violência.

Contou com a presença de 3 oradoras pertences à nossa Clínica e outras individualidades de Portugal e Espanha.

Ficou patente, na voz da Drª Ana Almeida que a violência é um impulso natural e que a questão não reside na existência da violência, mas sim na incapacidade de a gerir, controlar e canalizar, pois enquanto a repressão for a única forma de resposta perante esta, ela irá sempre irromper e encontrar novas formas de se fazer sentir.

A violência é, num certo sentido, uma necessidade humana básica e todas as crianças têm que encontrar formas adequadas de a integrar nas suas vidas.

A violência saudável/construtiva é a capacidade de criar rupturas, de construir separações, de afirmar a diferença e fazer opções, é a capacidade de dizer não, de agir em prol de uma mudança, de lutar por uma regalia.

Também foram abordadas as questões inerentes aos grupos, donde a sua dinâmica assenta num cruzar de emoções de uns e doutros e podem ter resultados mais ou menos adequados.

Estas questões são particularmente importantes nas adolescência, pois nos adolescentes a identidade ainda está pouco formada e são facilmente manipuláveis em grupo.

A Drª Clara Pracana ressaltou a necessidade de facilitar e estimular o pensamento dos adolescentes e ajudá-los a construir a sua identidade individual e aumentar o auto-conhecimento e auto-confiança

O Dr. Carlos Poiares alertou também para a questão de que se se cresce sem transgressão, vão fazê-la mais tarde; é fundamental a esta acerdermos e que a saibamos gerir.

No final deste dia intenso e tão rico ficou claro que é a falar de cidadania que podemos combater estes actos, que há uma necessidade de luta e que a escola pode agilizar meios de contenção da violência.

É necessário dotarmos as nossas crianças e jovens, e até alguns adultos, de capacidades para lidarem com o insucesso; serem capaz de tolerar a violência e transformá-la em violência construtiva.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Superprotecção - (ionline)


Ainda de "resseca" do seminário ocorrido no passado sábado em Portimão com o tema "Bullying, a não violência e a educação", o qual foi um sucesso com uma adesão massiva por parte dos participantes e deixando perceber o quanto este tema inqueta pais, professores, educadores, auxiliares de acção educativa...


Hoje ao ler uma notícia no ionline, lembrei-me do seminário, pois esta notícia fala de uma educadora que lançou um livro chamado: "Crianças: o perigo é bom e recomenda-se" (para mais pormenores leiam a notícia)




Para além de toda a polémica, o que aqui quero ressaltar é o facto da superprotecção dos pais ser um dos factores de perigo associados ao bullying..


Para além de se poder repercutir noutros aspectos da personalidade


quinta-feira, janeiro 28, 2010

Haiti

A ternura e o amor chegam a todos os palcos, mas chegam a sobrepor-se ao cenário?


Foto retirada da fotogaleria do Público com seguinte descrição:
Uma das fotografias favoritas de Barria. Entrevistado pelo “Independent”, o fotógrafo descreve: “Não prestei muita atenção à fotografia naquela altura. Há uma quantidade inacreditável de fumo, mas apesar de quase tudo à volta parecer horrível, há qualquer coisa acerca da forma como eles dão as mãos que simplesmente faz com que a fotografia resulte. De certa forma, é um momento terno”

quarta-feira, janeiro 27, 2010

"Das weisse Band"

Estranhos acontecimentos que se assemelham a rituais de punição ocorrem numa pequena vila no norte da Alemanha nos anos que precedem a 1ª Guerra Mundial...
As preocupações e dramas da vila cedo se esvanecem com a ameaça do rebentamento da Guerra . Mais tarde o professor da vila reflecte: "Não teriam sido estes eventos os germes das tragédias que se sucederam? Não terão sido os actos bárbaros então perpetrados uma consequência natural da educação desses indivíduos?
Recomendo vivamente o último filme de Michael Haneke, "O laço branco".

sexta-feira, janeiro 22, 2010

O MISTERIOSO ADMIRADOR DE POE


ANNABEL LEE

It was many and many a year ago,
In a kingdom by the sea,
That a maiden there lived whom you may know
By the name of ANNABEL LEE;
And this maiden she lived with no other thought
Than to love and be loved by me.

I was a child and she was a child,
In this kingdom by the sea;
But we loved with a love that was more than love-
I and my Annabel Lee;
With a love that the winged seraphs of heaven
Coveted her and me.

And this was the reason that, long ago,
In this kingdom by the sea,
A wind blew out of a cloud, chilling
My beautiful Annabel Lee;
So that her highborn kinsman came
And bore her away from me,
To shut her up in a sepulchre
In this kingdom by the sea.

The angels, not half so happy in heaven,
Went envying her and me-
Yes!- that was the reason (as all men know,
In this kingdom by the sea)
That the wind came out of the cloud by night,
Chilling and killing my Annabel Lee.

But our love it was stronger by far than the love
Of those who were older than we-
Of many far wiser than we-
And neither the angels in heaven above,
Nor the demons down under the sea,
Can ever dissever my soul from the soul
Of the beautiful Annabel Lee.

For the moon never beams without bringing me dreams
Of the beautiful Annabel Lee;
And the stars never rise but I feel the bright eyes
Of the beautiful Annabel Lee;
And so, all the night-tide, I lie down by the side
Of my darling- my darling- my life and my bride,
In the sepulchre there by the sea,
In her tomb by the sounding sea.

Edgar Allan Poe 


O poeta nasceu a 19 de Janeiro de 1809 e morreu em 1849. DE acordo com o jornal  The Guardian, na passada 4ª feira foi a primeira vez em 60 anos que um seu fiel e constante admirador não apareceu para depositar sobre o seu túmulo 3 rosas e meia garrafa de conhaque, como sempre fez. Terá morrido? Estará doente? Ninguém sabe. 
A poesia de  E. A. Poe continua, no entanto, connosco. Happy Birthday Mr. Poe!

quinta-feira, janeiro 21, 2010

DE ONDE VEM O NOSSO BEM-ESTAR?

http://www.ionline.pt/conteudo/42950-os-grandes-prazeres-humanos-comida-sexo-e-dar

Mais uma interessante crónica de Nicholas Kristof no i de hoje. É sobre a felicidade, ou melhor dizendo sobre a forma de criarmos para nós próprios motivos e momentos de felicidade, e  no papel que a ajuda aos outros pode ter na consecussão desse objectivo que é, ao mesmo tempo - maravilha das maravilhas - egoísta e altruísta.