terça-feira, agosto 26, 2014

Homossexualidade e Budismo

Visão do budismo sobre a homossexualidade


Esta história foi retirada do facebook de um aluno que presenciou a partilha de opinião sobre a homosexualidade do Precioso Senhor da Dança, S.Ema. Chagdud Tulku Rinpoche. 
Uma senhora, após a palestra do lama sobre a diversidade da vida, perguntou:
- Mestre, o que é um homossexual?
Ele: – Um homossexual é uma pessoa que faz sexo com o mesmo sexo.
Ela: – Acho que o senhor não entendeu… Como o budismo vê o homossexualismo?
Ele: – Nós não vemos o homossexualismo. No budismo, não temos o costume de ver as pessoas fazendo sexo.
Ela [impaciente]: – Mestre, o que eu quero saber é a opinião do budismo sobre pessoas que fazem sexo com o mesmo sexo.
Ele: – Alguém pode dar opinião sobre quem não conhece? Você está falando em “pessoas”. Que pessoas?
Ela [quase louca]: – Qualquer uma! Qualquer uma!
Ele: – Todas as pessoas são milagres.
Ela [começando a espumar]: – O HOMOSSEXUALISMO É CERTO OU ERRADO?
Ele: – Atos homossexuais consensuais são atos de amor.
Tudo isso com a mesma expressão de quem vê um passarinho azul. Seguem-se aplausos e gargalhadas. Rinpoche sorri.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Dalai Lama também foi questionado sobre as agressões contra lésbicas, gays, bissexuais e a comunidade LGBT. 

Ele respondeu ”Isso é errado”, ”É violar direitos humanos. Se duas pessoas realmente se sentem bem dessa maneira e ambos os lados concordam totalmente, então tudo bem”,  Dalai Lama

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Já Thich Nhat Hanh, quando questionado disse: 

O espírito do Budismo é a inclusividade. Olhando profundamente a natureza de uma nuvem, vemos o cosmos. Uma flor é uma flor, mas se olharmos profundamente para ela, veremos o cosmos. Tudo tem um lugar. A base, o fundamento de tudo, é o mesmo. Quando você olha para o oceano, você vê diferentes tipos de ondas, muitos tamanhos e formas, mas todas as ondas têm a água como seu fundamento e substância. Se você nasceu gay ou lésbica, o fundamento do ser é o mesmo que o meu. Nós somos diferentes, mas compartilhamos o mesmo fundamento do ser.” 

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Original de Leonardo Ota, Sobre Budismo 




sexta-feira, agosto 15, 2014

FÉRIAS


O que são férias?


A resposta mais óbvia refere-se ao período em que não se trabalha. É portanto um espaço-tempo mais livre onde podemos utilizar o tempo de outras maneiras e desfrutar de experiências gratificantes.

Para os emigrantes, as férias são muitas vezes sinónimo de reencontro com as famílias, de regresso ao país de origem e à cultura onde foram criados. 

Mas consoante as condições, a personalidade e os gostos pessoais, cada pessoa escolhe à sua maneira como quer passar as suas férias. Estas podem então significar viajar, fazer praia, ir a festivais, fazer hobbies, iniciar novos projetos, fazer outros trabalhos (de verão), juntar a família, juntar amigos ou não fazer nada.

Chamo a atenção para esta última sugestão, "não fazer nada"; basicamente "PARAR". Parar como uma forma não estruturada de meditar: não fazer nada na medida do possível. É portanto relativo: pode querer dizer estar imóvel ou fazer algo que requeira pouca energia ou até algo que de que se goste muito.

Pode ser durante um grande período de tempo (ex. dias) ou pequenos intervalos de minutos. A sua essência? Respirar fundo, auscultar-se, lembrar quem é e o que quer (os seus valores).

Para quê PARAR? Para melhor prosseguir; para me recentrar, reconectar mais e melhor comigo e com o mundo à minha volta; para refletir sobre algo ou simplesmente fazer o ponto da situação ou reganhar o sentido e a vitalidade. As questões mais importantes das nossas vidas (prático-filosóficas) só as podemos encontrar dentro de nós com a serenidade que permite escutar as verdades difíceis e com a lentidão - atenção, dedicação, consciencialização -que preciso para me aperceber delas.

PARAR é deixar a vida acontecer. Não fazer nada é algo de muito profundo; é deixar de reagir compulsivamente ao mundo. É alimentar a ação (centrada e criativa) e diminuir a reatividade (automática e repetitiva).

“Milhares de pessoas que anseiam pela imortalidade não sabem o que fazer numa tarde de chuva” Susan Ertz

domingo, agosto 10, 2014

Palavras e Imagens para o fim de semana


Séneca:

 "Não nos devemos preocupar em viver muito, mas sim em viver plenamente.
Viver muito depende do destino, viver plenamente, depende de nós próprios.
Que interessam os oitenta anos daquele homem passados na inacção?
Ele não viveu, demorou-se nesta vida; não morreu tarde, levou foi muito tempo a morrer. O que importa é ver a partir de que data ele começou a morrer.
Viveu oitenta anos? Não, existiu durante oitenta anos, a menos que se diga que ele viveu no mesmo sentido em que nos referimos à vida das árvores".







quinta-feira, agosto 07, 2014

O pensador e o pensamento


Existe alguma relação entre o pensador e seu pensamento, ou existe apenas pensamento e não um pensador? 
Se não houver pensamentos não há pensador. 
Quando você tem pensamentos, existe um pensador? 
Percebendo a impermanência dos pensamentos, o próprio pensamento cria o pensador que lhe confere permanência; então o pensamento cria o pensador; e o pensador se estabelece como uma entidade permanente apartada dos pensamentos que estão sempre em estado de fluxo. Assim, o pensamento cria o pensador e não o contrário. 
O pensador não cria o pensamento, pois se não houver pensamentos, não há pensador. O pensador se separa de sua origem e tenta estabelecer uma relação, uma relação entre o chamado permanente, que é o pensador criado pelo pensamento, e o impermanente ou transitório, que é o pensamento. Então, ambos são realmente transitórios. Vá investigar o pensamento completamente até seu fim. Reflita nele inteiramente, sinta-o e descubra por si mesmo o que acontece. Descobrirá que não existe absolutamente pensador. Pois quando o pensamento cessa, o pensador não existe. 
Nós pensamos que existem dois estados, o pensador e o pensamento. Estes dois estados são fictícios, irreais. Existe apenas pensamento, e o fardo de pensamento cria o “eu”, o pensador. - 

Krishnamurti, What Are You Doing with Your Life?

sexta-feira, agosto 01, 2014

Referência a algumas perturbações psiquiátricas graves


Eis um video ilustrativo de algumas perturbações psiquiátricas graves, que incorporam ou manifestam aspetos próprios do funcionamento psicótico da personalidade.





Algumas destas perturbações podem também indiciar lesões neurológicas, podendo simultâneamente ter uma origem ou componente psicogénica.