quarta-feira, outubro 08, 2008
Música no ISPA
No Instituto Superior de Psicologia Aplicada, dia 24 de Outubro pelas 21.30h no Salão Nobre vai realizar-se um concerto interessante “Stockholm Lisboa Project”.
A não perder. Preço só 7,5€
segunda-feira, outubro 06, 2008
Ser da terra...
A Gente Não Lê
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
Rezar o terço ao fim da tarde
Só para espantar a solidão
Rogar a deus que nos guarde
Confiar-lhe o destino na mão
Que adianta saber as marés
Os frutos e as sementeiras
Tratar por tu os ofícios
Entender o suão e os animais
Falar o dialecto da terra
Conhecer-lhe o corpo pelos sinais
E do resto entender mal
Soletrar assinar em cruz
Não ver os vultos furtivos
Que nos tramam por trás da luz
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
A gente morre logo ao nascer
Com olhos rasos de lezíria
De boca em boca passar o saber
Com os provérbios que ficam na gíria
De que nos vale esta pureza
Sem ler fica-se pederneira
Agita-se a solidão cá no fundo
Fica-se sentado à soleira
A ouvir os ruídos do mundo
E a entendê-los à nossa maneira
Carregar a superstição
De ser pequeno ser ninguém
E não quebrar a tradição
Que dos nossos avós já vem
Composição: Carlos Tê / Rui Veloso
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
Rezar o terço ao fim da tarde
Só para espantar a solidão
Rogar a deus que nos guarde
Confiar-lhe o destino na mão
Que adianta saber as marés
Os frutos e as sementeiras
Tratar por tu os ofícios
Entender o suão e os animais
Falar o dialecto da terra
Conhecer-lhe o corpo pelos sinais
E do resto entender mal
Soletrar assinar em cruz
Não ver os vultos furtivos
Que nos tramam por trás da luz
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
A gente morre logo ao nascer
Com olhos rasos de lezíria
De boca em boca passar o saber
Com os provérbios que ficam na gíria
De que nos vale esta pureza
Sem ler fica-se pederneira
Agita-se a solidão cá no fundo
Fica-se sentado à soleira
A ouvir os ruídos do mundo
E a entendê-los à nossa maneira
Carregar a superstição
De ser pequeno ser ninguém
E não quebrar a tradição
Que dos nossos avós já vem
Composição: Carlos Tê / Rui Veloso
A Clara Pracana na Prova Oral
Quem não teve oportunidade de ouvir a Clara Pracana no programa do Fernando Alvim, Prova Oral, poderá fazê-lo através do site da Antena 3 no Podcast.
http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?prog=1070
domingo, outubro 05, 2008
Seminário em Ourém - 11 de Outubro
A APDAF- Associação para a Promoção e Dinamização do Apoio à Família está a organizar um seminário para este próximo sábado sobre:
Bullying: violência e agressividade nas nossas escolas.
Uma responsabilidade de todos nós.
O que é que nós, pais e professores, podemos fazer?
Uma responsabilidade de todos nós.
O que é que nós, pais e professores, podemos fazer?
Este seminário contará com a presença da Dr.ª Fernanda Asseiceira – Professora e Deputada da Assembleia da Republica ligada ás questões de violência nas escolas Portuguesas, e com a minha presença - Tânia Paias, na qualidade de Psicóloga Clínica
O seminário decorrerá nas instalações da APDAF entre as 9h30 e as 13h30h
sábado, outubro 04, 2008
STOP ao Cancro do Cólo do Útero
Uma colega enviou-me um email a solicitar a divulgação da necessidade de assinar uma petição para que cancro do colo do útero venha a ser discutido no parlamento europeu, de modo a que os rastreios sejam uma realidade em todos os países, nomeadamente em Portugal, onde só existe na região centro.
Parece-me ser um tema do maior interesse e é tão simples contribuir, bastam dois minutos. Colabore também assinando a petição em www.cervicalcancerpetition.eu
Parece-me ser um tema do maior interesse e é tão simples contribuir, bastam dois minutos. Colabore também assinando a petição em www.cervicalcancerpetition.eu
quarta-feira, outubro 01, 2008
SIMPÓSIO REVISTA INTERACÇÕES
Realiza-se na próxima sexta-feira, dia 3 de outubro,pelas 10 horas o simpósio subordinado ao tema "Carlos Amaral Dias e o Nexus Psicanalítico" no Instituto Superior Miguel Torga em Coimbra.
10h – 13h
ABERTURA
pelo Editor
O TRABALHO DE TECER A VIDA
Biografia comentada por José Henrique Dias
A OBRA E SUAS AUTORIZAÇÕES: AUTORIA E AUTORIDADE
PARA PENSAR
Conferências proferidas por António Coimbra de Matos e Clara Pracana
INTERVENÇÃO
de Carlos Amaral Dias
15h – 18h
QUAL O ESTADO DA INTERACÇÃO ENTRE PSICANÁLISE E SOCIEDADE, NO MUNDO DE HOJE?
Discussão de Ana Vasconcelos e a Audiência com Carlos Amaral Dias
Encerramento
Instituto Superior Miguel Torga Sala nº 1 do Edifício da Rua Augusta, nº 46
Tel: (+351) 239 488 030
Fax: (+351) 239 488 031
ismt@ismt.pt
http://www.ismt.pt/
domingo, setembro 28, 2008
O palhaço!
Uma história que me contou uma sra brasileira.
No interior do Brasil havia uma aldeia muito pequena e isolada, com poucos habitantes.
Havia lá um palhaço que tinha um espectáculo muito animado. Todos os dias dava um espectáculo na praça da aldeia, e não havia quem não risse com esse palhaço, todo mundo ficava pra cima com o espectáculo desse palhaço.
Um dia, lá no médico da aldeia, chega um sr que diz:
-"Dr. eu estou muito deprimido, estou muito em baixo, estou pensando até acabar com a minha vida".
O médico responde: "Não faz isso, que se passa com você? Você não tem família, pensa na sua família, pensa no seu trabalho, você não pode fazer isso".
-"Eu não tou aguentando mais, tou mesmo muito em baixo, não dá mais"
-"Espera, você vai fazer o seguinte; há um palhaço que todo o dia faz um espectáculo na praça, e que faz todo o mundo rir, não há quem não fique pra cima quando vê o espectáculo do palhaço, você vai ver esse palhaço e vai ver que fica melhor"
-"Dr, se esse é o meu remédio, eu estou arruinado, é que o palhaço, sou eu!"
No interior do Brasil havia uma aldeia muito pequena e isolada, com poucos habitantes.
Havia lá um palhaço que tinha um espectáculo muito animado. Todos os dias dava um espectáculo na praça da aldeia, e não havia quem não risse com esse palhaço, todo mundo ficava pra cima com o espectáculo desse palhaço.
Um dia, lá no médico da aldeia, chega um sr que diz:
-"Dr. eu estou muito deprimido, estou muito em baixo, estou pensando até acabar com a minha vida".
O médico responde: "Não faz isso, que se passa com você? Você não tem família, pensa na sua família, pensa no seu trabalho, você não pode fazer isso".
-"Eu não tou aguentando mais, tou mesmo muito em baixo, não dá mais"
-"Espera, você vai fazer o seguinte; há um palhaço que todo o dia faz um espectáculo na praça, e que faz todo o mundo rir, não há quem não fique pra cima quando vê o espectáculo do palhaço, você vai ver esse palhaço e vai ver que fica melhor"
-"Dr, se esse é o meu remédio, eu estou arruinado, é que o palhaço, sou eu!"
quarta-feira, setembro 17, 2008
cardo cravado em querer: desejo encarnado
dói-me ser a Flor do Cardo
não ter a mão de ninguém
tenho a estranha natureza
de florir com a tristeza
e com ela me dar bem
dói-me o Tejo e dói-me a Lua
dói-me a luz dessa aguarela
tudo o que foi criação
se transforma em solidão
visto da minha janela
o tempo não me diz nada
já nada em mim se consome
não sou principio nem fim
já nada chama por mim
até me dói o meu nome
dói-me ser a Flor do Cardo
não ter a mão de ninguém
hei-de ser Cravo Encarnado
que vive em pé separado
e acaba na mão de alguém
letra joão monge, o silêncio da escuta, ou a voz de aldina duarte
não ter a mão de ninguém
tenho a estranha natureza
de florir com a tristeza
e com ela me dar bem
dói-me o Tejo e dói-me a Lua
dói-me a luz dessa aguarela
tudo o que foi criação
se transforma em solidão
visto da minha janela
o tempo não me diz nada
já nada em mim se consome
não sou principio nem fim
já nada chama por mim
até me dói o meu nome
dói-me ser a Flor do Cardo
não ter a mão de ninguém
hei-de ser Cravo Encarnado
que vive em pé separado
e acaba na mão de alguém
letra joão monge, o silêncio da escuta, ou a voz de aldina duarte
quinta-feira, setembro 04, 2008
O Pastor Amoroso
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Uma das coisas que as férias permitem é o descobrir de novos horizontes através da leitura de algo completamente novo como a poesia de Alberto Caeiro. Este é descrito como “ O argonauta das sensações verdadeiras” por Fernando Pessoa. A descrição efectuada por Ricardo Reis é mais extensa “A vida de Caeiro não pode narrar-se pois que não há nada nela de que narrar. Seus poemas são o que nele houve de vida.”
Será que uma vida simples é vazia de emoções? Para Alberto Caeiro as emoções eram a própria vida… mas será que a felicidade depende só das emoções?
Deixo esta provocação aos leitores!
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Uma das coisas que as férias permitem é o descobrir de novos horizontes através da leitura de algo completamente novo como a poesia de Alberto Caeiro. Este é descrito como “ O argonauta das sensações verdadeiras” por Fernando Pessoa. A descrição efectuada por Ricardo Reis é mais extensa “A vida de Caeiro não pode narrar-se pois que não há nada nela de que narrar. Seus poemas são o que nele houve de vida.”
Será que uma vida simples é vazia de emoções? Para Alberto Caeiro as emoções eram a própria vida… mas será que a felicidade depende só das emoções?
Deixo esta provocação aos leitores!
Até breve!
quarta-feira, setembro 03, 2008
Encontros … Num dia diferente
ENCONTROS … NUM DIA DIFERENTE
Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão
16 de Outubro 2008
Decorre a 16 de Outubro de 2008, no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA) o evento «Encontros num Dia Diferente», um evento direccionado a pessoas portadoras de deficiência, familiares e demais interessados.
A actividade é promovida pelo Serviço de Lesões Vertebro-Medulares do CMRA e pelo Núcleo de Animação Cultural e Recreativa.
Durante a manhã serão organizadas sessões para partilha de experiências de pessoas portadoras de deficiência e seus familiares e durante a tarde serão realizadas várias actividade tais como: dança, relaxamento, Pilates, basquetebol, hipismo, atelier de pintura e ténis, além de haver um espaço para exposições.
As inscrições são gratuitas, centradas no Núcleo de Animação Cultural e Recreativa do CMRA, até 30 de Setembro. Peça a sua ficha de inscrição para cristina.vazalmeida@scml.pt
sexta-feira, agosto 29, 2008
Escuridão mundial
Escuridão mundial
Escuridão mundial: No dia 17 de Setembro de 2008 das 21:50 às 22:00 horas propõe-se apagar todas as luzes e se possível todos os aparelhos eléctricos, para o nosso planeta poder 'respirar'.
Se a resposta for massiva, a poupança energética pode ser brutal.
Só 10 minutos, para ver o que acontece.
Sim, estaremos 10 minutos às escuras, podemos acender uma vela e simplesmente
ficar a olhar para ela, estaremos a respirar nós e o planeta.
Lembrem-se que a união faz a força e a Internet pode ter muito poder e podemos
mesmo fazer algo em grande.
Parece-me uma sugestão interessante. Vou segui-la. E vocês?
Escuridão mundial: No dia 17 de Setembro de 2008 das 21:50 às 22:00 horas propõe-se apagar todas as luzes e se possível todos os aparelhos eléctricos, para o nosso planeta poder 'respirar'.
Se a resposta for massiva, a poupança energética pode ser brutal.
Só 10 minutos, para ver o que acontece.
Sim, estaremos 10 minutos às escuras, podemos acender uma vela e simplesmente
ficar a olhar para ela, estaremos a respirar nós e o planeta.
Lembrem-se que a união faz a força e a Internet pode ter muito poder e podemos
mesmo fazer algo em grande.
Parece-me uma sugestão interessante. Vou segui-la. E vocês?
terça-feira, agosto 19, 2008
Liberdade! Por Fernando Pessoa
Liberdade
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira.
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original,
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa…
Livros são papeis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quando é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças…
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca…
Muito se pode dizer acerca deste poema de Fernando Pessoa, mas para mim a ideia principal é chegar a um estado de liberdade através das coisas simples da vida… mas isso é simplesmente cada vez mais impossível nos dias que correm!
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira.
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original,
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa…
Livros são papeis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quando é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças…
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca…
Muito se pode dizer acerca deste poema de Fernando Pessoa, mas para mim a ideia principal é chegar a um estado de liberdade através das coisas simples da vida… mas isso é simplesmente cada vez mais impossível nos dias que correm!
quinta-feira, agosto 14, 2008
Mad World
Original dos britânicos Tears for Fears, Mad World encontrou novo apogeu com a versão de Gary Jules para a banda sonora do filme Donnie Darko.
Deixo-vos a letra e o clip da versão de Gary Jules.
All around me are familiar faces
worn out places,
worn out faces
Bright and early for the daily races
Going nowhere, going nowhere
Their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head I wanna drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very very,
mad world, mad world
Children waiting for the day they feel good
Happy Birthday, Happy Birthday
And I feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me what's my lesson
Look right through me, look right through me
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very very,
mad world, mad world
Enlarging your world,
mad world
http://www.youtube.com/watch?v=4N3N1MlvVc4
Deixo-vos a letra e o clip da versão de Gary Jules.
All around me are familiar faces
worn out places,
worn out faces
Bright and early for the daily races
Going nowhere, going nowhere
Their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head I wanna drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very very,
mad world, mad world
Children waiting for the day they feel good
Happy Birthday, Happy Birthday
And I feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me what's my lesson
Look right through me, look right through me
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very very,
mad world, mad world
Enlarging your world,
mad world
http://www.youtube.com/watch?v=4N3N1MlvVc4
segunda-feira, agosto 11, 2008
Médicos preferem... A cultura do Prozac...
"Medicamentos substituem psicanálise de Freud
Sente-se deprimido, ansioso, dorme mal e não consegue trabalhar. Se for a um médico, o mais provável é que saia do consultório com várias receitas de antidepressivos e ansiolíticos, em vez de novas marcações para fazer psicoterapia ou psicanálise. Esta é, pelo menos, a conclusão de um estudo publicado na “Archives of General Psichiatry”. O estudo foi feito nos Estados Unidos, mas traça um retrato fiel do que se passa hoje nos países ocidentais.
(Sofia Lobato Dias - Diário Económico)
A equipa de cientistas liderada pelo médico Ramin Mojtabai analisou os arquivos das consultas de psiquiatria entre 1996 e 2005 e concluiu que houve uma grande queda no número de médicos que fazem psicoterapia: apenas 29% de todas as consultas de psiquiatria incluíram sessões de psicoterapia, ao passo que em 1996 e 1997, 44% das consultas dos psiquiatras incluíam técnicas psicoterapêuticas.
In Diario Económico on-line de 11/08/2008
In Diario Económico on-line de 11/08/2008
Mas há mais para explorar na edição impressa de hoje...
"Os psiquiatras hoje ganham mais se fizerem consultas de 15 minutos para a prescrição de medicamentos do que se fizerem uma consulta de 45 minutos de psicoterapia" Ramin Mojtabai em entrevista à Reuters.
"A maioria dos estudos mostra a superioridade dos medicamentos em vez da psicoterapia", diz o Presidente da Associação Internos de Psiquiatria ao Diário Económico."
sábado, agosto 09, 2008
quinta-feira, agosto 07, 2008
terça-feira, agosto 05, 2008
sábado, agosto 02, 2008
O desenvolvimento do bebé até aos 3 anos
Muitos pais têm naturalmente algumas preocupações em relação ao crescimento dos seus filhos. Será que ele(a) está a crescer de acordo com o que seria esperado para sua idade? Existem naturalmente variações de criança para criança. Há crianças com ritmos de crescimento mais rápidos e outras mais lento e esse ritmo deve ser respeitado, se bem que se possa e deva estimular as competências que possam estar um pouco menos desenvolvidas. As aquisições que se apresentam de seguida associadas a uma determinada idade devem ser entendidas apenas como um indicador, se o seu filho(a) ainda não desenvolveu a competência assinalada para a sua faixa etária não é motivo para preocupação deverá simplesmente estimulá-lo mais na aquisição dessa mesma competência.
No primeiro ano de vida o bebé faz inúmeras aquisições.
Aos 12 meses já é capaz de:
Andar apoiando-se nos moveis
Gosta particularmente de colocar os objectos uns dentro dos outros
É capaz de abrir gavetas e portas de armários baixas
Expressa as suas emoções de uma forma reconhecível e explicita
Atira beijinhos
É capaz de pronunciar algumas palavras que já são compreensíveis
Se bem que entenda as proibições, gosta de lhes desobedecer de forma consciente, como forma de "marcar o seu território"
Quando lhe mostramos agrado por algo que tenha feito bem ou com graça, repete o que fez.
Dos 12 aos 15 meses:
Gatinha com habilidade apoiando-se nas mãos e nos pés
Caminha com certa firmeza sem necessidade que ninguém o ajude
Consegue meter objectos dentro de caixas
Diverte-se atirando coisas ao chão para ouvir o ruído que faz ao cair
Com um lápis nas mãos faz riscos sobre um papel
Mediante gestos, sons e atitudes é capaz de expressar as suas emoções
Reconhece e pronuncia algumas palavras simples como "mamã" e "papá"
Compreende perguntas simples que lhe são dirigidas
Identifica imagens
Quando consegue fazer com que os outros se riam com uma atitude sua, repete-a constantemente
Sente-se muito feliz na presença de pessoas
Entende quase tudo o que se lhe diz, mas por vezes não quer obedecer às ordens que se lhe dão
Dos 15 aos 20 meses:
Caminha com passos ainda não muito firmes e com muita precaução
Baixa-se e levanta-se sozinho
Para subir escadas inicialmente fá-lo de gatas e depois trepa
É capaz de voltar as páginas de um livro, se bem que ainda as queira rasgar
Imita acções, gestos e sons, sobretudo dos animais
A sua memória já lhe permite recordar onde está algo que lhe mandem buscar
Quando pinta, substitui os riscos por manchas
Conhece pelo menos 10 palavras e entende significados opostos como dentro e fora, bom e mau, aqui e ali
Quer sempre os brinquedos das outras crianças
Gosta de brincar perto de outras crianças, mas não com elas
Prefere a companhia de adultos
Expressa o seu amor pelos membros da família, pelos seus brinquedos e pelos animais de estimação, caso existam.
Dos 21 aos 24 meses:
Sobe e desce escadas sem se apoiar com as mãos, mas colocando ainda os dois pés em cada degrau
Já consegue comer e beber sozinho sem entornar demasiadas coisas na mesa
Já consegue calçar e descalçar as meias e os sapatos sem ajuda
O seu vocabulário é enriquecido com várias dezenas de palavras, mas muitas delas querem dizer coisas diferentes
Já é capaz de se reconhecer ao espelho
Pede tudo o que quer: comida, água, um brinquedo e até... para ir ao bacio!
Sabe o significado do Não e do Sim
Desenha gatafunhos
Imita os pais em tudo o que eles fazem
Começa a zangar-se menos com as outras crianças e já brinca com elas, se bem que por pouco tempo
Gosta de chamar a atenção dos adultos realizando acções do género de os agarrar, zangar-se com eles e inclusivamente bater-lhes
Dos 24 aos 30 meses:
Corre e dá pontapés numa bola quase sem cair
Ainda não sabe travar uma corrida e é difícil dobrar uma esquina
Dança acompanhado ao ritmo de uma música que seja do seu agrado
Consegue amontoar vários objectos em equilíbrio
As suas mãos já têm agilidade necessária para desenroscar uma tampa, abotoar um botão e subir e descer um fecho éclair
O seu vocabulário já é de cerca de 300 palavras e consegue construir frases empregando verbos
A sua capacidade de atenção aumenta imenso
As cores interessam-lhe e já as consegue distinguir, se bem que ainda não as consiga nomear
Pronuncia o seu próprio nome para falar de si mesmo
Explode em birras com bastante frequência
Tenta sempre impor a sua vontade
Procura a independência, mas com a autorização dos pais
Dos 30 aos 36 meses:
Salta mantendo os dois pés no ar
O seu equilíbrio já lhe permite saltar de costas e saltar "ao pé-coxinho"
Despe-se sozinho
Quando vê o seu nome escrito em letras maiúsculas, reconhece-o
O seu vocabulário já tem aproximadamente mil palavras e usa-as com desenvoltura e fluidez
Já sabe o nome das cores
Sabe que há meninos e meninas e está consciente do grupo a que pertence
Entende o sentido do conceito "amanhã"
Continua a ser egoísta e não entende que todos não aprovem o que faz
Começa a ser social com outras crianças
Pode sentir diversos medos: da escuridão, dos animais, das pessoas diferentes, etc.
sexta-feira, agosto 01, 2008
"Mulheres ao Espelho"
Mãe, eu quero ir-me embora – a vida não é nada
daquilo que disseste quando os meus seios começaram
a crescer. O amor foi tão parco, a solidão tão grande,
murcharam tão depressa as rosas que me deram –
se é que me deram flores, já não tenho a certeza, mas tu
deves lembrar-te porque disseste que isso ia acontecer.
Mãe, eu quero ir-me embora – os meus sonhos estão
cheios de pedras e de terra; e, quando fecho os olhos,
só vejo uns olhos parados no meu rosto e nada mais
que a escuridão por cima. Ainda por cima, matei todos
os sonhos que tiveste para mim – tenho a casa vazia,
deitei-me com mais homens do que aqueles que amei
e o que amei de verdade nunca acordou comigo.
Mãe, eu quero ir-me embora – nenhum sorriso abre
caminho no meu rosto e os beijos azedam na minha boca.
Tu sabes que não gosto de deixar-te sozinha, mas desta vez
não chames pelo meu nome, não me peças que fique –
as lágrimas impedem-me de caminhar e eu tenho de ir-me
embora, tu sabes, a tinta com que escrevo é o sangue
de uma ferida que se foi encostando ao meu peito como
uma cama se afeiçoa a um corpo que vai vendo crescer.
Mãe, eu vou-me embora – esperei a vida inteira por quem
nunca me amou e perdi tudo, até o medo de morrer. A esta
hora as ruas estão desertas e as janelas convidam à viagem.
Para ficar, bastava-me uma voz que me chamasse, mas
essa voz, tu sabes, não é a tua – a última canção sobre
o meu corpo já foi há muito tempo e desde então os dias
foram sempre tão compridos, e o amor tão parco, e a solidão
tão grande, e as rosas que disseste um dia que chegariam
virão já amanhã, mas desta vez, tu sabes, não as verei murchar.
Poema dito e escrito por Maria do Rosário Pedreira em "Mulheres ao Espelho" - Aldina Duarte (Roda-Lá Music, 2008)
daquilo que disseste quando os meus seios começaram
a crescer. O amor foi tão parco, a solidão tão grande,
murcharam tão depressa as rosas que me deram –
se é que me deram flores, já não tenho a certeza, mas tu
deves lembrar-te porque disseste que isso ia acontecer.
Mãe, eu quero ir-me embora – os meus sonhos estão
cheios de pedras e de terra; e, quando fecho os olhos,
só vejo uns olhos parados no meu rosto e nada mais
que a escuridão por cima. Ainda por cima, matei todos
os sonhos que tiveste para mim – tenho a casa vazia,
deitei-me com mais homens do que aqueles que amei
e o que amei de verdade nunca acordou comigo.
Mãe, eu quero ir-me embora – nenhum sorriso abre
caminho no meu rosto e os beijos azedam na minha boca.
Tu sabes que não gosto de deixar-te sozinha, mas desta vez
não chames pelo meu nome, não me peças que fique –
as lágrimas impedem-me de caminhar e eu tenho de ir-me
embora, tu sabes, a tinta com que escrevo é o sangue
de uma ferida que se foi encostando ao meu peito como
uma cama se afeiçoa a um corpo que vai vendo crescer.
Mãe, eu vou-me embora – esperei a vida inteira por quem
nunca me amou e perdi tudo, até o medo de morrer. A esta
hora as ruas estão desertas e as janelas convidam à viagem.
Para ficar, bastava-me uma voz que me chamasse, mas
essa voz, tu sabes, não é a tua – a última canção sobre
o meu corpo já foi há muito tempo e desde então os dias
foram sempre tão compridos, e o amor tão parco, e a solidão
tão grande, e as rosas que disseste um dia que chegariam
virão já amanhã, mas desta vez, tu sabes, não as verei murchar.
Poema dito e escrito por Maria do Rosário Pedreira em "Mulheres ao Espelho" - Aldina Duarte (Roda-Lá Music, 2008)
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