sexta-feira, julho 06, 2012

A impaciência terapêutica e a resistência das famílias?


Enquanto psicóloga e terapeuta familiar e de casal, tenho ouvido frequentemente falar de resistência das famílias, resistência dos pacientes, termo que penso ter sido banalizado e mal utilizado, muitas vezes para justificar a impaciência dos terapeutas. Porém, quando Freud inventou esta noção referia-se a mecanismos inconscientes.
A este propósito, concordo com Ausloos, terapeuta familiar, ao referir que isto nos leva a entender as nossas teorias como dogmas, a crer que as nossas soluções é que são boas, impedindo que as famílias encontrem as suas auto-soluções.

Serão os pacientes e famílias resistentes, ou serão prudentes e têm razão para o ser? Parecem existir famílias prudentes porque estão ressentidas e têm necessidade de tempo para experimentar, avaliar, para encontrarem as suas auto-soluções. Estaremos nós a ser incapazes de ver o potencial evolutivo, a não saber esperar, a não respeitar o movimento intrínseco e a sua dinâmica autónoma?

Talvez os pacientes e as famílias tenham sim... necessidade de tempo...

sábado, junho 30, 2012

Frase do(de) (um outro) dia


Se estás aflito por alguma coisa externa, não é ela que te perturba, mas o juízo que dela fazes. E está em teu poder dissipar esse juízo. Mas se a dor provém da tua disposição interior, quem te impede de a corrigir? E se sofres particularmente por não estares a fazer algo que te parece certo, por que não ages, em vez de te lamentares? Um obstáculo insuperável te o impede? Não te aflijas, então, pois a causa de não o estares a fazer não depende de ti. Não vale a pena viver se não o puderes fazer? Parte, então, desta vida satisfeito, como partirias se tivesses logrado êxito no que pretendias fazer, mas sem cólera contra o que se te opôs. 

Marco Aurélio (Imperador Romano), in 'A Fortaleza Interior', há 2000 anos

quinta-feira, junho 28, 2012

Toda a Criança


"Toda a criança, para um desenvolvimento afectivo normal, precisa de amor, consideração e apreço. Lá, onde ficaram carências precoces ou perdas infantis, fica também um prognóstico sombrio - uma patogenicidade marcada."

                                                                                                                       António Coimbra de Matos



terça-feira, junho 26, 2012

A VIDA SECRETA DO CÉREBRO


Aqui fica um fantástico compacto de documentários sobre os mistérios do cérebro, percorrendo as suas especificidades ao longo da vida:



domingo, junho 24, 2012

Cosmopolis de David Cronenberg

Fui ver
Estranho
Nem sei o que dizer
Parecia teatro
Acho que tenho que o ver segunda vez

gosta de ouvir/ler comentários sobre este filme

sábado, junho 23, 2012

SEXUALIDADE FEMININA

Os problemas da sexualidade, neste caso da feminina, parecem estar a passar para o cinema ultimamente. Tivemos há tempo oportunidade de ver "Um Método Perigoso", de D. Cronenberg, sobre a relação extra-conjugal entre o psicanalista suiço Jung e Sabina Spielrein, que acabou também por envolver, a contragosto, Freud.
O filme cuja fotograma publico nese post ainda nao estreou, mas debruça-se sobre um dos velhos tabus da sexualidade: a masturbação.
De acordo com o link que se segue, os médicos do Sec XIX aplicavam-se na obtenção da cura das mulheres "histéricas". Tanta aplicação resultou na mecanização do método curativo, com a invençao do vibrador, como poderão ler no artigo. O Sec XIX tinha contradições espantosas. Muitas delas foram justamente objecto de estudo por parte de Freud, tanto psicologicamente como sociologicamente.
Os anos sessenta do Sec XX, na sequência da invenção da pílula, foram supostamente o momento da libertação. Com exageros, é certo, e que terão banalizado de tal forma o assunto que se corre o risco da des-erotizaçao das relações. Mas no que respeita à masturbação, tenho dúvidas de que os tabus tenham desaparecido. Veremos pelas reacções ao tema.

http://www.youbeauty.com/relationships/vibrators?utm_source=Sailthru&utm_medium=email&utm_term=Newsletter%20Full%20List&utm_campaign=Sex%20Box%20Contest%20-%206%2F21%2F12%20-%20NEW%20TEMPLATE&utm_content=Final

sexta-feira, junho 22, 2012

Bo(c)as intenções há muitas!


Moral da história: muitas vezes é mais fácil pôr uma pedra em cima de um assunto complicado do que se empenhar realmente em resolvê-lo - e às vezes é mesmo preciso ir chamar alguém especializado!

segunda-feira, junho 18, 2012

QUANDO É O CORPO QUE FALA OU ALGUMAS LINHAS SOBRE PSICOSSOMÁTICA


Muito se tem falado sobre psicossomática nos últimos anos. A velha distinção entre mente e corpo está finalmente ultrapassada e hoje já não se dúvida das estreitíssimas relações entre um e outro. E felizmente já é com alguma frequência que os médicos encaminham os pacientes para tratamento psicológico. Por vezes perante a perplexidade dos próprios, que pensam ou comentam - mas isto dói ou, mas isto vê-se e os exames/análises mostram que está lá, como pode ser psicológico?!


Primeiro é importante distinguir entre aquilo que é uma manifestação física de uma ansiedade ou problemática psicológica, mas onde não existe lesão física, como por exemplo certas paralisias de membros, a dita cegueira psicológica, algumas dores de costas, os ataques de pânico, entre outras, daquilo que são doenças em que existe lesão física mas a influência psicológica é evidente observando-se alterações de melhoria ou agravamento do quadro em função da vivência emocional do paciente, e aqui falamos da diabetes, da asma, de certas doenças de pele como a psoriase ou as dermatites, das gastrites, das úlceras, das colites, entre muitas outras.

Portanto, ter uma doença psicossomática não quer dizer que a dor não exista, quer apenas dizer que esta dor para além da parte física traduz também um outro sofrimento, mais silencioso, o qual passou despercebido ao próprio e precisamente por ter passado despercebido passou para o corpo e é o corpo que é portador da mensagem. É como se fosse o corpo que falasse em vez do paciente, pois por algum motivo aquele problema não pôde ser mentalizado, ou seja, trazido à consciência.

O tratamento passa por tentar identificar o mal estar original, trazê-lo para “cima da mesa”, olhá-lo, analisá-lo, enfim, permitir que o paciente o descubra e o possa expressar, pois só assim o corpo se poderá silenciar, ou por outras palavras, com a expressão genuína da emoção de base o corpo deixa de precisar de descarregar esse afeto pela via da expressão física. 

sexta-feira, junho 15, 2012

SER E EXISTIR... NA RELAÇÃO


O re-conhecimento e o co-conhecimento são 2 modos de nos realizarmos pessoalmente. Realização sempre insaciável e cada vez mais sedenta de mais e melhores realizações. É o fundamento do prazer de viver: sentir-se existir no movimento criativamente oscilante entre o encontro e o desencontro com o outro, entre o ponto e o contra-ponto de 2 subjetividades unidas pela empatia e contrastadas pela complementaridade; é o vai-e-vem relacional fundador da co-existência distinta de dois seres.

Da relação nasce a relatividade criadora da minha subjetividade e morre a minha omnipresença absoluta, que nada é porque tudo abarca.

É a existência pela negativa, pelo contraste com o outro, pela idiossincrasia única e particular que me caracteriza e o prazer de existir que daí advém – pelo sentimento de conexão estreita comigo mesmo, com o meu “verdadeiro self” (os meus desejos, necessidades, sentimentos…). 

É ainda a existência pela positiva, pelo que de semelhante existe entre dois seres; é a existência através do reconhecimento empático que o outro faz de mim e que me permite, por seu turno, re-conhecer também o outro. 

O prazer de funcionar ou de existir encontra-se ainda na procura constante e criativa do meu lugar no mundo: desde o mundo socio-político (mais abstracto), ao mundo concreto do aqui e agora; desde a minha postura face à sociedade como um todo, à minha atitude face a um outro ser em particular. 

É a redescoberta e reinvenção contínua do meu ser na expressão, a cada momento única, do encontro singular entre um eu e um mundo.

quarta-feira, junho 13, 2012

Liberdade! e Futuro!




Enquanto sociedade “Não podemos prescindir nem da liberdade, nem do futuro” disse há poucos dias o Professor António Sampaio da Nóvoa num arguto discurso no âmbito das comemorações do 10 de Junho dobre educação, ciência, sociedade e solidariedade.
Se o direito à liberdade e a um futuro são direitos inalianáveis das pessoas, na sua vida em sociedade --numa sociedade democrática que precisamente se funda na ideia da liberdade dos cidadãos--, este direito implica o uso da sua liberdade individual de pensamento, e a afirmação da liberdade interior dos membros da sociedade. 
Podemo-nos perguntar se o seu uso é democrático, e como se desenvolve e faz uso desta liberdade interior e da vontade individual ? A resposta passa seguramente pela educação formal e informal que a sociedade oferece aos seus membros, e a qualidade desta favorecerá e fortalecerá certamente a emergência de indivíduos com mais conhecimento, maior liberdade de pensamento e maior vontade de intervenção na sociedade. Por outro lado se, como sustentava Espinoza. a vontade da sociedade é igual à vontade dos seus membros, podemos perguntarmo-nos também se a falta de clareza dessa vontade da sociedade não nos remete para a falta de clareza da vontade individual.
E outras questões emergem, entre as quais se todas as pessoas se sentem real e igualmente possuidoras, hoje, desse bem, desse direito, como se diz inalianável, de liberdade. Se as pessoas se sentem donas das suas escolhas, seguras de uma capacidade de pensar autónoma e livre, e se lidam realisticamente com os seus medos e ansiedades. Aqui, creio eu, as diferenças abundam, e uma sociedade cuja direcção, cujos valores, cuja vontade vacila, cuja economia vacila, cria muitas e inesperadas tensões e desigualdades que afectam a capacidade de pensar, a capacidade de exercer a liberdade individual, e aumentam as desigualdades e os conflitos manifestos e latentes. E a qualidade da sua saúde mental.
Future, Agim Sulaj, 2009

O futuro, somos nós, é uma frase ouvida, é uma frase sentida. E a confiança no futuro depende em primeira mão na confiança que sentimos, individualmente, em nós próprios. Na vontade que temos. Na capacidade de sugerir ideias novas. Na capacidade de intervir, e de não ficar à espera que os ventos mudem a nosso favor ou, como ecoa na célebre frase do discurso de Kennedy, creio que da sua tomada de posse, “Não te perguntes o que é que o teu país pode fazer por ti, pergunta-te antes o que é que podes fazer por ele”.
Proactividade e iniciativa, auto-confiança, resiliência, estão implícitas neste movimento, e são igualmente características de pessoas com uma evidente robustez psicológica.
Tendo em conta que o contexto social, económico e político em que vivemos nos afecta enquanto seres humanos, na nossa vida familiar, comunitária, profissional, entende-se que se multipliquem vulnerabilidades, aumentem conflitos internos, aconteçam desequilíbrios. E que estas características pessoais tão desejadas, e associadas ao fazer acontecer a liberdade e o futuro esmoreçam. E a acção livre fica tantas vezes bloqueada. E neste quadro, procurar ou sugerir ajuda psicológica ou psicoterapêutica urge, para fazer acontecer a mudança individual, favorecer o fortalecimento da identidade e da liberdade individual. Aja. Por si. Por si e para os outros.
Por um presente que se vive com mais plenitude, com porta aberta para o futuro.
Isabel Botelho

terça-feira, junho 12, 2012

PENSAR? Não existe uma maneira mais fácil?





Face ao post anterior e às palavras de Coimbra de Matos e os dados estatísticos, foi o que se me ocorreu postar.
Através dos cartoons, das imagens, encontramos a vida do dia a dia retratada, não é?

ANTÓNIO COIMBRA de MATOS em entrevista (Câmara Clara, RTP2)


António Coimbra  de Matos foi recentemente reconhecido pela International Forum for Psychoanalytic Education – IFPE  (Distinguished Psychoanalytic Educator Award 2012) , que distingue anualmente uma personalidade de mérito associada à excelência do ensino da psicanálise. Esteve em entrevista no programa Câmara Clara, exibido na RTP2, no passado dia 10 de Junho.


Aborda a ansiedade e a depressão como sintomas clássicos e transversais, bem como a passividade do analisando e a sua diminuição da capacidade de luta, de transformar a realidade.

Considera que existe um exagero no diagnóstico, associado à necessidade de normalização da sociedade, e que pode levar a tratamentos desnecessários. Salienta ainda que Portugal é o país da Europa com maior consumo de psicotrópicos.

Para o psicanalista, a história não se inventa, nem se transforma, mas a existência pode encontrar novos sentidos, e a psicanálise tem como finalidade mudar o estilo de relação, através de uma maior capacidade de adaptação às circunstâncias, mas também de transformação do meio.

Fala-nos de Freud, Balint, Ferenczi, Fairbairn e Winnicott e da evolução da Psicanálise, desmistificando algumas ideias e defendendo o questionamento constante, em detrimento do seguimento da Psicanálise como doutrina. Defende que a psicanálise deve promover a auto-análise e a análise dos outros, no sentido do indivíduo se compreender a si próprio e aos outros.

Salienta a importância de um afeto genuíno e incondicional na relação com o outro, nomeadamente na relação do analista com o analisando, bem como da necessidade de se ser reconhecido.

Aborda ainda a importância do indivíduo desenvolver a resiliência, ou seja de ser capaz de ultrapassar a frustração. A este propósito refere ainda que o importante não é aumentar a frustração da criança para que esta se auto-limite, mas aumentar a capacidade de espera, para que encontre um tempo e um espaço adequados à satisfação.

A entrevista inclui ainda uma peça sobre o psicanalista e a obra de João dos Santos.

António Coimbra de Matos, psicanalista e homem na sua genuinidade e simplicidade.


sábado, junho 09, 2012

O sonho comanda a vida!


Como António Gedeão já dizia, "o sonho comanda a vida". O sonho nocturno mas sobretudo o sonho diurno, as fantasias e as perspectivas futuras de novas e melhores experiências de vida.  

A Psicoterapia é também o lugar do sonho: dos nocturnos, dos do passado, dos que são pesadelos ou dos que ainda estão para sonhar. É muitas vezes a ante-câmara da acção ou mesmo o palco de ensaio de algumas "peças da vida" que, por falta de experiências válidas e validantes, necessitam de algum treino ou, simplesmente, alguma "pre-para-ação". 

É o futuro sonhado nos momentos do presente, a par e passo da elaboração, contenção e superação dos pesadelos de um passado que teima em não o ser ("passado").


quinta-feira, junho 07, 2012

Coimbra de Matos no programa Câmara Clara



       O programa Câmara Clara, daRTP2, emitido no próximo dia 10 Junho, pelas 22h30m conta com a presença do Dr. António Coimbra de Matos.

 
       O programa visa homenagear o Dr. Coimbra  de Matos pelo prémio  com que foi galardoado – Distinguished PsychoanalyticEducator Award 2012 – prémio atribuído pela International Forum forPsychoanalytic Education – IFPE , a qual distingue anualmente uma personalidadede mérito associada à excelência do ensino da psicanálise.

terça-feira, junho 05, 2012

RAZÃO Vs EMOÇÃO


“A mente humana é como o pêndulo de um relógio, que flutua entre a razão e a emoção. A nossa capacidade de tolerar, de empatizar, de nos entregarmos, de nos divertirmos, de intuir, de sonhar é uma das maravilhas que surgem deste complexo movimento. O amor é o seu melhor fruto. Cuidado com os desvios desse pêndulo.” (Augusto Cury)


“A razão é escrava da emoção e existe para racionalizar a experiência emocional.” (Wilfred Bion)

sexta-feira, junho 01, 2012

Memória e a arte de viver

Mais um  discurso muito interessante do Ted Talks sobre a memória, desta vez, por Joshua Foer. O autor não é um psicólogo nem trabalha na área da saúde. É "apenas" um jornalista científico com uma experiência de investigação teórica mas também prática, que o levou a um conhecimento muito apurado e particular sobre a memória e a "experiência". 

Relaciona o processo de codificação da memória com a atenção, o envolvimento emocional com que nos entregamos ao mundo e aos outros, concluindo que a vida é a soma das nossas memórias e as nossas memórias, o produto da intensidade e importância que damos às nossas experiências de vida.





Para todas as crianças e para todos nós adultos!
FELIZ DIA DA CRIANÇA!

terça-feira, maio 29, 2012

EFEITOS DO STRESS GESTACIONAL NO NEURODESENVOLVIMENTO


A exposição materna a excessivos fatores de stress psicossocial durante a gravidez pode ter efeitos negativos no neurodesenvolvimento do feto e da criança, incluindo atraso no desenvolvimento mental e motor, dificuldades no temperamento, e limitações no rendimento intelectual. Os motivos subjacentes prendem-se com alterações na estrutura do cérebro e suas conexões. Foi descoberta recentemente uma ligação direta entre o estado emocional da mãe durante a gravidez e alterações na formação da estrutura cerebral. Filhos de mães que vivenciaram elevados níveis de ansiedade no segundo trimestre de gravidez demonstravam uma diminuição do volume da substância cinzenta em regiões específicas e limitações ao nível das funções executivas.

Um longo, mas muito interessante artigo sobre este assunto em:


VICIADO NO FACEBOOK ?

A "Escala Bergen de Dependência do Facebook", construída no ano passado na Universidade de Bergen na Noruega pela psicóloga Cecilie Schou Andreassen, recorre a seis perguntas que permitem avaliar o tipo de relação que uma pessoa estabelece com a rede social, no sentido de perceber o possível risco de adição.
As perguntas são semelhantes às que se utilizam para descobrir se a pessoa é viciada em álcool ou drogas e permitem cinco modos de resposta gradual ("muito raramente", "raramente", "às vezes", "frequentemente" e "muito frequentemente"). De acordo com a psicóloga e a sua equipa responder "frequentemente" ou "muito frequentemente" mais de quatro vezes pode ser preocupante.

Publicados na revista académica "Psychological Reports", os resultados da investigação mostram como a dependência da rede social é mais comum nas mulheres, nos jovens e nas pessoas mais tímidas, ansiosas e socialmente inseguras, ao passo que regra geral as pessoas mais ambiciosas e organizadas são capazes de gerir melhor a sua relação com o Facebook.

Para aqueles que quiserem testar o seu grau de "vício do Facebook", são seis as questões a responder com a escala de avaliação acima mencionada:
1. Dispende muito tempo a pensar no Facebook e a ligar-se à Internet para usá-lo?
2. Sente a necessidade de usar o Facebook muitas vezes e por longos períodos de tempo?
3. Usa o Facebook na tentativa de esquecer problemas pessoais?
4. Já tentou reduzir a sua utilização do Facebook, mas não conseguiu?
5. Fica inquieto ou nervoso se o proibirem de usar o Facebook?
6. O uso do Facebook já teve efeitos negativos nos seus estudos ou trabalho?

domingo, maio 27, 2012

DANIEL KAHNEMAN

Uma excelente entrevista de Daniel Kahneman à Der Spiegel.
Achei especialmente interessante o que ele diz sobre a memória: é construída a partir de momentos, de picos (bons e maus) e não de tempo.

http://www.spiegel.de/international/zeitgeist/interview-with-daniel-kahneman-on-the-pitfalls-of-intuition-and-memory-a-834407.html

sábado, maio 26, 2012

PRESENTE, PASSADO E FUTURO

Este artigo de Jeffrey Israel na BigThink debruça-se sobre a forma como vivemos o presente, o passado e o futuro. Todos nós conhecemos pessoas saudosistas (ou passadistas que vivem a referir-se ao passado como um paraíso perdido.
Os futuristas podem viver a utopia ou, pelo contrário, viver aterrados com o que "aí virá". E há ainda os "presentistas", que por vezes vivem imersos em rotinas. Ou não...
Podem ler em:

http://bigthink.com/ideas/are-you-a-paster-presentist-or-futurian?page=1

sexta-feira, maio 25, 2012

Ordem dos Psicólogos Portugueses acorda com AXA comparticipação de consultas


Um protocolo celebrado entre a OPP, a SABSEG e a AXA vai permitir que os cidadãos passem a ter acesso a consultas de Psicologia comparticipadas pelos pacotes de seguros de Saúde.


As consultas de Psicologia vão passar a ser comparticipadas e a estar incluídas nos pacotes de seguros de saúde. Para este efeito, a Ordem dos Psicólogos Portugueses estabeleceu um protocolo com a companhia de Seguros AXA, de resto uma empresa já com uma longa tradição de trabalho com Ordens Profissionais.

A partir de agora, os cidadãos poderão usufruir de consultas de psicologia, em pacotes de 12, 18, ou mais sessões, de acordo com as suas necessidades. Além disso, o cliente não depende de outro profissional de saúde para lhe prescrever a consulta. Pode dirigir-se e marcar a consulta directamente com um psicólogo devidamente inscrito na Ordem.

Trata-se de um avanço fundamental para a prática da Psicologia, uma vez que até agora as consultas estavam completamente excluídas dos pacotes de seguros. Numa altura em que o país vive uma época de crise financeira e instabilidade, os cidadãos passam a usufruir de uma maior cobertura e melhores condição de acessibilidade às consultas de Psicologia.

The Way Back





The Way Bach conta a história de um grupo de prisioneiros, que escapa de um campo de concentração, durante a segunda guerra mundial.
            Um filme arrebatador onde a determinação e a esperança da conquista da liberdade conseguem ultrapassar condições adversas à condição humana.

terça-feira, maio 22, 2012

Ainda a polémica DSM V

O The New York Times chamou na semana passada a atenção para o facto de a nova DSM (Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais) eliminar os conceitos de dependência e abuso de álcool, até agora diferenciados, passando a juntar tudo sob o nome de Perturbação pela Utilização de Substâncias. Ainda que sejam considerados 3 níveis distintos desta perturbação, ligeiro, moderado e severo, as estatísticas do alcoolismo vão disparar. Um estudo australiano quantifica esta alteração afirmando que o aumento do número de pessoas diagnosticadas com alcoolismo pode aumentar cerca de 60 %. Só nos E.U.A estima-se que 40% dos estudantes universitários que consomem álcool em excesso possam vir a ser considerados como alcoólicos.

A IMPORTÂNCIA DO "NÃO"


Dizer “Não” aos filhos é uma das dificuldades mais frequentes que os pais apresentam nos dias de hoje. Curiosamente é uma das primeiras palavras, se não mesmo a primeira, que as crianças aprendem. Não é por acaso que por volta dos 15 meses, a criança diz “Não” enquanto explora e olha para os pais pelo canto do olho, antecipando o que vai ouvir. Também não é por acaso que ergue o dedo indicador e refila em resposta à repreensão dos pais. Desde cedo, a criança procura autonomizar-se, recorrendo a um certo negativismo que serve o seu desejo de independência, mas também a procura de proteção.

Quando testa os limites, a criança está a pedir ajuda para aprender o que pode ou não fazer. Como refere o pediatra americano Brazelton, “a disciplina é um projeto de ensino a longo prazo”. O mais importante para a criança é o amor e a aprovação dos pais, pelo que tentará sempre responder e corresponder às suas expetativas. Expetativas consistentes, razoáveis e previsíveis ajudam a criança a ganhar controlo sobre o seu comportamento.

Apesar do aumento significativo do diagnóstico de hiperatividade e da tentativa de o tornar mais rigoroso, muitas destas crianças são, na verdade, “hiper-mal-educadas”. O que não significa que não sejam crianças em sofrimento. Crianças omnipotentes, que querem (ou precisam) controlar tudo e todos, mas que procuram que alguém as controle, ou seja, que as contenha.

Com o ritmo acelerado que a maior parte das famílias vivencia atualmente, a exaustão é inimiga da tolerância. A criança passa todo o dia ansiosa por voltar a ver os seus pais e quando isso acontece, tende a extravasar as emoções. Os pais estão cansados, as crianças estão cansadas, o que por vezes dificulta a gestão do comportamento e das emoções. Por outro lado, os pais sentem-se culpabilizados pela sua ausência, não querendo estragar o pouco tempo que têm com negociações ou repreensões. Talvez em relação com as suas próprias vivências, alguns pais acham que se contrariarem a criança esta vai gostar menos deles, até porque muitas vezes lhes diz “és mau/má, não gosto de ti”. E é nesta altura que os pais devem dizer “mas eu gosto muito de ti, mesmo quando me zango contigo ou tu ficas zangado/a comigo”.

Quando a criança não ouve um “não”, isso vai gratificá-la em algumas situações, mas principalmente vai deixá-la num grande estado de insegurança. Digo muitas vezes aos pais que é como se a criança sentisse que se quiser atirar-se da janela, os pais vão deixar porque, afinal, nunca lhe dizem que não. E esta falta de limites, de contenção, de proteção, deixa a criança com um tremendo sentimento de desamparo. Daí a sua necessidade de controlar o meio, com birras, passagens ao ato, etc. A criança procura ser travada. Para a pedopsiquiatra e psicanalista Maria José Gonçalves, a satisfação imediata, seja em que área da vida da criança for, dificulta-lhes o lidar com a realidade e com os seus constrangimentos". Por este motivo é tão importante a consistência das regras; se se cede uma vez, a criança vai aprender que se insistir muito, vai conseguir o que quer. E este comportamento vai estender-se à relação com os professores e com os amigos, de quem vai sentir rejeição e incompreensão, por se ver confrontada com a frustração a que não está habituada, o que pode alimentar os comportamentos de oposição e até de agressividade. É, por isso, essencial perceber que a realidade tem limites, que existe o certo e o errado, e também desta forma a criança aprenderá a fazer escolhas e a dizer “não” ao que lhe pode fazer mal.

A maior parte das crianças não precisa de muitas regras, nem que estas sejam muito rígidas. Precisam sim de regras consistentes, razoáveis e previsíveis. Aliás, para o psicanalista António Coimbra de Matos, mais do que disciplina, “as crianças precisam de ter um ambiente disciplinado e organizado”.

segunda-feira, maio 21, 2012

PARABÉNS

Pois é, mais um aninho passou e o nosso blog já fez 6 anos.
Estamos todos de parabéns, colaboradores e leitores!

Um dia feliz!

domingo, maio 20, 2012

BURACOS NEGROS

Esta fotografia da NASA mostra estrelas a serem "sugadas" por um buraco negro.
Tudo isto se passa muito longe, num universo indiferente às nossas dores e ansiedades.
Entretanto, na outra ponta do mediterrâneo, joga-se o futuro do sonho europeu. Os bancos rebentam, as pessoas sofrem, as potências realinham-se. A velha história da humanidade, num cenário que já viu mutas convulsões. Há buracos negros perto de nós.

http://www.nasa.gov/mission_pages/chandra/news/H-12-144.html

sábado, maio 19, 2012

Distinguished Psychoanalytic Educator Award 2012

António Coimbra de Matos foi galardoado com o prémio - Distinguished Psychoanalytic Educator Award 2012 - prémio com que o IFPE -  The International Forum for Psychoanalytic Education, distingue anualmente uma "Personalidade de Mérito" associada à excelência do ensino da Psicanálise.

sexta-feira, maio 18, 2012

DSM-V: CONTROVÉRSIAS


Dois terços dos peritos que trabalham para a revisão do manual de referência americano de diagnósticos psiquiátricos, o DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), referem ligações financeiras com a indústria farmacêutica, segundo um estudo publicado na revista Public Library of Science, representando a mesma proporção da revisão precedente.

A publicação da próxima edição, o DSM-5, pela American Psychiatirc Association, está prevista para Maio de 2013. Para além dos conflitos de interesse com a indústria farmacêutica, o DSM é objeto de  inúmeras críticas, nomeadamente, da parte de algumas secções da American Psychological Association e da British Psychological Society, protestando contra a expansão desmedida de diagnósticos psiquiátricos, bem como, contra a tendência para reduzir os critérios para o diagnóstico de variadas perturbações. O risco associa-se à estigmatização e medicação facilitadas, resultando em limitações sociais (ligadas à estigmatização) e compromissos ao nível de saúde decorrentes dos efeitos secundários dos medicamentos abusivamente prescritos.

quinta-feira, maio 17, 2012

Is there such a thing as gender leadership?" 24 Maio às 18h30

Clara Pracana "Is there such a thing as gender leadership?"
Invitation to Chair’s Ladies Event, 24th May, 18:30h, Católica Lisbon

Worldwide the proportion of women in top management posts is only 15%. What explains these results obtained by women in top posts, including in politics? Is there a kind of "female" leadership?
Several studies suggest that women get better results in several items of leadership. The stereotype of women leaders is confirmed: they are attentive, good listeners, have the capacity to communicate and inspire, facilitate the participation, know how to motivate, have the capacity to work and resilience.
They classify higher than men in all dimensions, except one: the "envisioning" (ability of vision combined with strategy). Why is it so?
Another question: why is it that so few girls want to study engineering or mathematics? Are these two issues connected? How can we encourage more women into The Lisbon MBA?
To register click here

EMOCIONALMENTE MUDOS, ou o mundo da alexitimia




"I mean, being a robot's great, but we don't have emotions, and sometimes that makes me very sad." 


Bender, Futurama

O homem de lata do "Feiticeiro de OZ"
Etimologicamente alexitimia quer dizer : sem palavras para as emoções (do grego : a, ausência, lexis, palavra e timia, emoção ).  

As pessoas que têm uma especial dificuldade em identificar e descrever estados emocionais à medida que estes acontecem, e em distinguir os sentimentos das sensações físicas que os acompanham, são apelidadas clinicamente de alexitímicas. 
Na verdade, o conceito de alextimia, foi inicialmente proposto por Sifneos (1972) que trabalhava com doentes psicossomáticos, sofreu revisões posteriores, e define-se actualmente através das seguintes dimensões:
>dificuldade a identificar sentimentos e em distinguir entre sentimentos e sensações físicas de estimulação emocional,
>dificuldade em descrever sentimentos aos outros,
>imaginação diminuída, e
>estilo de pensamento ligado ao mundo exterior.
(Taylor, Bagby e Parker, 1997)
Mr Spock, personagem do "Star Treck"
Os “alexitímicos podem ter, com posterior reflexão, uma sensação vaga de que estavam sob o domínio de uma forte emoção” (por ex.,  uma tristeza chorosa, ou uma ira raivosa) “mas ficam, em geral,  perdidos quando tentam perceber o que levou essas emoções a manifestarem-se”. Por outras palavras, “não conseguem imaginar o que estimulou o seu  humor, a sua disposição. Quando muito podem ter uma sensação desconfortável de algo que mudou no seu corpo” (por ex., o aumento da frequência cardíaca, o corar ou a sensação de borboletas no estômago), e quando pressionados a descrever os seus sentimentos, “os alexitímicos não têm palavras para oferecer, e podem atrapalhar-se, avançar com um resposta forjada ou simplesmente mudar de assunto.”
É frequente o indivíduo “interpretar erradamente a expressão física da emoção como uma expressão física de doença, por exemplo, as lágrimas no rosto tornam-se, não tristeza, mas um defeito no canal lacrimal; o coração acelerado de paixão, uma válvula defeituosa; ou um aperto de ansiedade no estômago, uma apendicite.”
Para estas pessoas  os “estados emocionais podem ser atribuídos a influências adversas de ambiente, como uma mudança no barómetro, tóxicos no ar, ou um colchão desconfortável. É como se houvesse um elo perdido que permitiria que à imaginação formar uma imagem da situação emocional para a mente trabalhar”. 
Stoic Woobie
É importante uma mais clara compreensão desta perturbação, até porque suscita um déficit  comunicacional, de percepção de si e dos outros, com tremendo impacto em toda a esfera relacional (parentalidade, relações conjugais, relações profissionais, etc), e entender que nestas pessoas  as manifestações emocionais surgem muitas vezes travestidas de uma forma somática, e as emoções são geralmente” indiferenciadas, vagas e inespecíficas”.  Não deve ser confundida com outras perturbações ( por ex., com a psicopatia/socopatia, a perturbação de personalidade esquizóide, o estoicismo, e repressão das emoções, a alexitimia masculina normativa, a vergonha e a apatia da fobia social), o que nem sempre é fácil. Também é aconselhável algum cuidado de diagnóstico diferencial, na medida em que subsistem conceitos próximos que se sobrepõem parcialmente a este e co-morbilidades a ter em conta (autismo e síndrome de Asperger, compulsividade obsessiva, perturbações alimentares, perturbações de stress pós traumático, perturbações de personalidade, perturbações depressivas e de ansiedade, perturbações psicossomáticas e abuso de substâncias, doenças e lesões físicas)
Entender as causas (biogénicas ou psicogénicas) desta perturbação tão investigada e tantas vezes associada às perturbações psicossomáticas e doenças físicas em geral, é importante para escolher  a psicoterapia mais adaptada a estas pessoas devendo em geral ser orientada para a melhoria do seu bem estar social e psicológico.
Referência:
Thompson, J. (2009). Emotionally Dumb. An overview of Alexthimia. Australia: Soul Books (eBook). 

segunda-feira, maio 14, 2012

1ª JORNADAS DE PRIMAVERA - ISPA

Têm estado a decorrer as 1ª JORNADAS DE PRIMAVERA no ISPA, sob a coordenação do Prof. Emílio Salgueiro. O programa segue abaixo e parece bem interessante.

19/5- Psicanálise, drama e tragédia - Sófocles, o Rei Édipo e Freud - Nuno Torres

26/5 - Paixão e nostalgia; angústia, medo e terror; curiosidade, triunfo e reparação - Eduardo Sá

2/6 - Afinal, para a psicanálise quem somos nós? E os outros? - Maria José Vidigal

9/6 - Cérebro e mente: mas o que têm as neurociências a ver com a psicanálise? - Emílio Salgueiro

16/6 - Psicanálise e psicoterapias: afinal o que é quês as distingue? Afinal o que é que ‘tratam’? - Nuno Torres





domingo, maio 13, 2012

BONECO DOS MEUS SONHOS (OU PESADELOS)

Uma empresa norte-americana dedica-se a produzir bonecos que correspondam o mais fielmente possível ao desenho da criança.
É uma ideia um pouco perturbante - poderão ler mais aqui.

http://www.childsown.com/

Entre a fantasia e o concreto é suposto existir um território indefinível - o da brincadeira.
E agora?

sábado, maio 12, 2012

Efeito Dessensibilização

No outro dia a almoçar com um colega e amigo falávamos daquilo a que circunstancialmente denominados como o efeito de dessensibilização. O efeito dessensibilização é amoral e manifesta-se sobre coisas boas e menos boas. Quando se manifesta sobre coisas más, desagradáveis é ótimo :-). É uma espécie de efeito inverso ao efeito do trauma que hipersensibiliza. Quando se manifesta sobre coisas boas é uma carga de trabalhos. É o efeito de dessensibilização que faz, entre outras coisas, com que os ricos não consigam ser felizes por serem ricos, habituam-se à riqueza, aos luxos e a tudo aquilo que a disponibilidade financeira ilimitada permite e deixam de ser capazes de a gozar porque dessensibilizaram.

No outro dia, bem antes do referido almoço, ao ver o filme Larry Crowne pensei: porque raio um homem que tem em casa uma mulher linda de morrer como a Julia Roberts, fica em casa a ver pornografia obsessivamente à procura de sites de mulheres com seios grandes?! E hoje, a minha resposta é: efeito de dessensibilização. Podemos até ter por parceira uma mulher linda de morrer como a Charlize Teron (a rapariga da foto) e ao fim de algum tempo o efeito de dessensibilização faz-se sentir e ela deixa de causar o impacto da realização de um sonho.

Claro que o efeito de dessensibilização demora mais a fazer-se sentir numa mulher ou homem lindo de morrer do que na mulher ou homem de beleza comum, mas não é isso que interessa, aquilo que interessa é o efeito de dessensibilização e a forma como ele acaba por burilar e suavizar a vivência emocional banalizando-a, neutralizando-a.

Na minha opinião o efeito de dessensibilização é evitado quando estimulado o efeito de refinamento (ou apuramento) - mais um nome inventado por mim -, este efeito corresponde ao aprimoramento da capacidade de tornar cada vez mais fina a sensibilidade a um determinado assunto, produto, etc. É o efeito gerado pelo melómano, o enólogo (profissional da degustação). A atenção concentrada e a procura do novo e do diferente no igual ou semelhante estimula a acutilância dos sentidos e desenvolve a capacidade de usufruto. Com o efeito de refinamento a mulher e o homem comum descobrem a possibilidade do gozo intensificado que o melómano encontra na escuta de uma obra prima musical ouvida centenas ou milhares de vezes. A intemporalidade de algumas peças musicais está no refinamento da capacidade de escuta a par da inesgotabilidade de uma peça que se cria e enriquece a cada audição.

A voz de Freud com 81 anos.

A voz de Freud com 81 anos.
Uma gravação realizada pela BBC em 1938.

Todos aqueles que estão intimamente ligados à Psicanálise desde há longos anos (e mesmo aqueles que são recém chegados) nutrimos um interesse particular e quase mítico por Freud, esse grande homem da cultura que concebeu e desenvolveu um sistema complexo que permite a compreensão e a modificação do psiquismo: A PSICANÁLISE.

Freud nasceu a 6 de Maio e este post é também uma homenagem ao seu nascimento e à sua memoria.

Ouçam a voz de Freud com 81 anos e compreendam o sofrimento de um tumor que o massacrava para além do insuportável.


Proliferação do mercado de novas drogas


O Observatório Europeu de Drogas e Toxicomanias fez saber que, em 2011, se descobriram 49 drogas novas. Representam o dobro dos anos anteriores acrescentando que o fenómeno está ligado ao crime organizado e cresce “a um ritmo sem precedentes” - é descoberta uma por semana.


Dá que pensar... e inquieta. O “artificial” está cada vez mais a atropelar o “natural”. Novos tempos, novos paradigmas, novas e rápidas mudanças a todos os níveis que exigem adaptação por parte de todos mas também reflexão, monitorização e adaptação (influência) no meio por parte de cada um de nós...

(A notícia pode ser lida na totalidade em http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54021&op=all)

sexta-feira, maio 11, 2012

REDES SOCIAIS - parte II




 O MUNDO da BLOGOSFERA



Este imenso mundo, que todos nós gostamos de percorrer, fonte de sabedoria, conhecimento e transmissão, pode, por vezes tornar-se numa poderosa ferramenta de destruição, maldizer e difamação. Num estudo levado a cabo nos Estados Unidos acerca do tipo de utilizadores das redes sociais, verificou-se que a faixa dos 30 aos 40 era a mais"consumista", seguida da adolescência.

Alertada para o conteúdo de certo tipo de plataformas mais para adolescentes (por uma mãe), pude constatar que era um mundo de maldizer, difamação, puro "corte e costura" sem qualquer teor construtivo ou amigável. Orkut e Springform (especialmente esta última, na altura em que acedi) mais pareciam frentes de combate não poupando no arsenal defensivo e destrutivo, arrasando tudo por onde passavam...

Há relativamente pouco tempo, em conversa com um familiar (grande adepto da blogosfera),  fui novamente alertada para o teor de alguns blogs, comentários, neste caso! De uma maldicência, de uma frieza de conteúdos, de um jargão corrosivo, sem qualquer teor educativo, ou crítica construtiva...

E levou-me a pensar..., onde já vi isto? estarão os adultos a replicar os comportamentos dos adolescentes, ou estarão os adolescentes a replicar os comportamentos dos adultos??