domingo, março 27, 2011

A curva da felicidade


Ainda a propósito do post anterior sobre felicidade quero acrescentar algo sobre um artigo que li há algum tempo e agora reencontrei.

Inês Pedrosa escreveu acerca da capa da "The Economist" que anunciava que "a alegria do envelhecimento (ou porque é que a vida começa aos 46 anos") evidenciando os estudos para medir o grau de felicidade ao longo destas décadas (1º centrados nas variantes económicas, mas agora com ênfase no biológico, psicológico e ambiental).
Refere que a curva da felicidade é em U; começa a descer aos 18 anos e atinge o seu ponto mais baixo entre os 45 e os 50 anos, subindo a partir desta idade. Estes acontecimentos estão relacionados com os filhos: "os filhos são, aliás, uma das razões que explicam que as pessoas comecem a ser mais felizes a partir dos 45 ou 50 anos: está cientificamente provado que o convívio diário com adolescentes (que tende a escassear a partir dessa idade) não contribui para a alegria de viver, sendo outro factor de felicidade o casamento, os segundos ou terceiros casamentos tendem a satisfazer mais do que os primeiros"

Revista única 08.01.2011

3 comentários:

Anónimo disse...

Pergunta de um não especialista:
Não terá o nível de felicidade principalmente a ver com as aspirações e a concretização das mesmas?
Não será a curva em U porque a partir de uma certa idade se 'sonha mais baixinho'?

Clara Pracana disse...

Caro Anónimo,
Sonha-se mais baixinho ou apreciam-se melhor as coisas? As duas eituras são possiveis. No meu post de 25 de Dez sobre este tema e o artigo do Economist, sugeria que, com a idade, as pessoas passam a apreciar coisas a que não ligavam antes, a não ligarem tanto a outras e a zangarem-se menos.

Tania Paias disse...

Olá Anónimo, efectivamente, e como escreveu a minha colega Clara, sonha-se baixinho ou APRECIAM-SE MELHOR AS COISAS? Este artigo que me refiro diz o mesmo, que as pessoas encontram uma forma mais estável de se relacionar consigo mesmas e com os outros.
Mas esse sonhar mais baixinho pode não ter uma conotação depreciativa, mas sim uma forma de reorganizar a vida, de refedinir interesses, objectivos e acima de tudo, prioridades sem nunca se deixar de sonhar...