quarta-feira, dezembro 10, 2008
Declaração Universal dos Direitos Humanos foi proclamada há 60 anos
A propósito da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a nossa colega, Clara Pracana vai participar no programa Janela Aberta do Radio Clube Português pelas 17.30h.
Quem quiser ouvir pode simplesmente ir a http://radioclube.clix.pt/
segunda-feira, dezembro 08, 2008
CONSUMO OU POUPANÇA?
A crise instalou-se, e este país pequenino, pobre e vulnerável, sempre encostado aos grandes, parece ainda mais deprimido. Nos jornais os economistas debatem se as políticas económicas para nos salvar desta desgraça deverão ou não keynesianas. Ou seja, se se deve estimular o consumo, injectando liquidez no sistema ou, pelo contrário, estimular a poupança (ler, a este propósito, o artigo de Francisco Sarsfield Cabral de hoje no Público).
A questão diz respeito a todos nós, porque está em causa não só o nosso quotidiano como o futuro, nosso e dos nossos filhos. Sempre me fez confusão a facilidade (comodismo?) com que os portugueses se abstêm de discutir ou sequer reflectir sobre estes assuntos, como se fosse coisa para “especialistas” e não para o cidadão. Pela minha parte, e apesar de pensar que andámos a consumir demasiado nos últimos anos (nunca a poupança das famílias foi tão baixa) e acima das nossas possibilidades, julgo que há que estimular agora o consumo e controlar a inflação num segundo tempo. Na economia, como na vida, há que proceder na maior parte das vezes a pequenos ajustes que não matem o doente mas que lhe permitam um maior qualidade de vida.
sábado, dezembro 06, 2008
Mimi 1998-2008
Pets e affects
Parece que os homens começaram a domesticar os cães desde muito cedo. Eles connosco, nós com eles. Um, dois, três, uma matilha. Sempre à espera de comida e de festinhas. Insaciáveis.
O que será que nos leva a afeiçoarmo-nos assim a estas bolas de pêlo com um ADN semelhante ao do lobo? Todos já ouvimos pessoas a dizerem que gostam mais dos animais do que das pessoas. Julgo que projectamos neles a fantasia da afeição incondicional, da retribuição, sem falha, do afecto. Achamos que são leais e que morreriam por nós. Embora duvide muito de tal determinação, o que é certo é que eles asseguram um lugar dentro de nós. E depois, como vivem pouco anos, vão-se embora, rapidamente, pisando ao de leve com as patinhas gorduchas.
Pets e affects
Parece que os homens começaram a domesticar os cães desde muito cedo. Eles connosco, nós com eles. Um, dois, três, uma matilha. Sempre à espera de comida e de festinhas. Insaciáveis.
O que será que nos leva a afeiçoarmo-nos assim a estas bolas de pêlo com um ADN semelhante ao do lobo? Todos já ouvimos pessoas a dizerem que gostam mais dos animais do que das pessoas. Julgo que projectamos neles a fantasia da afeição incondicional, da retribuição, sem falha, do afecto. Achamos que são leais e que morreriam por nós. Embora duvide muito de tal determinação, o que é certo é que eles asseguram um lugar dentro de nós. E depois, como vivem pouco anos, vão-se embora, rapidamente, pisando ao de leve com as patinhas gorduchas.
sexta-feira, dezembro 05, 2008
quarta-feira, dezembro 03, 2008
A ilustração científica na construção do conhecimento
Tem início amanhã, dia 4 de Dezembro, o workshop internacional sobre "A ilustração científica na construção do conhecimento", na Faculdade de Ciências da UL, que contará com a presença especial do Professor William Ober, ilustrador científico da editora McGraw-Hill.
Este workshop será realizado nos dias 4 e 5 de Dezembro e terá lugar no Anfiteatro da Fundação da Faculdade de Ciências, com o seguinte programa:
Quinta-feira, 4 de Dezembro de 2008
15h30 | Miguel Faria – História da Ilustração Científica– Linhas orientadoras para a estruturação de uma disciplina
16h30 | Pedro Salgado – Ilustração Científica na actualidade em Portugal
17h30 | Coffee Break
18h00 | William Ober – Conferência Pública sobre Use of Imagery and Design in teaching the science of Biology
Fim das sessões: 19h30
Sexta-feira, 5 de Dezembro de 2008
Manhã
9h30 | Pedro Fernandes – Diários Gráficos: O sketch book e a Ilustração Científica
10h00 | Filipe Franco – Experiência de um ilustrador científico português
10h30| Coffee Break
10h45 | William Ober – The Evolution of Scientific Art from Hand to Digital
12h00| Pedro Salgado – Filme Documentário
Tarde
15h00 | Teresa Bigio e Flávia Neves – O papel da Ilustração Científica na construção do Conhecimento
15h30 | William Ober e Pedro Salgado – workshop prático de ilustração científica
16h30 | Coffee Break
17h00 | William Ober e Pedro Salgado – workshop prático de ilustração científica
segunda-feira, dezembro 01, 2008
Conferência - Cognitive Rehabilitation
COGNITIVE REHABILITATION
Professora Barbara Wilson, University of Cambridge
13 de Dezembro │ 9h-13h │A2 │ Edifício Faculdade Ciências Humanas
CONFERÊNCIA INSERIDA NO MESTRADO EM REABILITAÇÃO NEUROLÓGICA
Inscrições: 10€ - Até 10 de Dezembro
Para mais informações:
Email: doliveira@ics.lisboa.ucp.pt
Tel: 21 721 41 47/ Fax: 21 726 39 80
Professora Barbara Wilson, University of Cambridge
13 de Dezembro │ 9h-13h │A2 │ Edifício Faculdade Ciências Humanas
CONFERÊNCIA INSERIDA NO MESTRADO EM REABILITAÇÃO NEUROLÓGICA
Inscrições: 10€ - Até 10 de Dezembro
Para mais informações:
Email: doliveira@ics.lisboa.ucp.pt
Tel: 21 721 41 47/ Fax: 21 726 39 80
terça-feira, novembro 18, 2008
Colóquio Internacional Fenomenologia, Psicologia e Psicoterapia - 23 e 24 de Janeiro 2009 - ISPA
Gostaríamos de o informar sobre a realização do Colóquio Internacional sobre Fenomenologia, Psicologia e Psicoterapia, a decorrer no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em Lisboa, nos dias 23 e 24 de Janeiro de 2009.
No Colóquio serão debatidos dois temas principais. O primeiro tema relaciona-se com o antigo desígnio de Husserl de constituição de uma Psicologia Fenomenológica, alargando e desenvolvendo as suas teorias da consciência e da subjectividade.
O outro tema incidirá sobre a pertinência da aplicação da Fenomenologia à Psicoterapia. No que diz respeito a este ponto particular, referimo-nos não só à prática do psicoterapeuta e à eficácia dos métodos fenomenológicos na relação terapêutica. Na verdade, estamos sobretudo a pensar nas teorias sobre a subjectividade humana e o significado da vida humana que estão subjacentes às nossas representações sobre saúde e bem-estar. Esperamos que a Fenomenologia nos forneça uma análise da dinâmica da subjectividade e intersubjectividade capaz de nos orientar no contexto psicoterapêutico.
O referido evento pretende assinalar os 70 anos da morte de Edmund Husserl, enquadrando a Fenomenologia de matriz husserliana em novos contextos, mas mantendo-se, todavia, fiel a algumas das suas mais importantes teses e ideias directoras.
O Colóquio é organizado conjuntamente pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada, pelo Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e pela Associação Portuguesa de Filosofia Fenomenológica.
Mais informações e inscrições: Tel.: 218 811 786 / 218 811 700
cii@ispa.pt / www.ispa.pt
CONFERENCISTAS
Pedro ALVES - (Universidade de Lisboa)
André BARATA - (Universidade da Beira Interior)
Fernando BELO - (Universidade de Lisboa)
Rudolf BERNET - (Katholieke Universiteit Leuven)
Irene Borges DUARTE - (Universidade de Évora)
François de GANDT - (Université de Lille III)
Amedeo GIORGI - (Saybrook Institute)
Paula Ponce de LEÃO - (Instituto Superior de Psicologia Aplicada)
Carlos MORUJÃO - (Universidade Católica Portuguesa)
Frederico PEREIRA - (Instituto Superior de Psicologia Aplicada)
Maria Luísa PORTOCARRERO - (Universidade de Coimbra)
Vítor Amorim RODRIGUES - (Instituto Superior de Psicologia Aplicada)
Urbano SINDOCHA - (Universidade da Beira Interior)
Daniel SOUSA - (Instituto Superior de Psicologia Aplicada)
Dan ZAHAVI - (University of Copenhagen)
sexta-feira, novembro 14, 2008
Felix Culpa de Clara Pracana - a não perder
Como eu própria digo na contra-capa do livro:
Este livro é um ensaio sobre a culpa nas suas diversas manifestações, conteudos e elaboração, tanto ao nível do psiquismo individual como colectivo. A autora percorre o caminho subtil e laborioso que nos permite perceber a existência da culpa entranhada na vida psíquica saudável e patológica.
É um estudo ímpar de reflexão teórica e de análise.
Habilmente capítulo após capítulo, percorrendo a matriz original da cultura ocidental e as mais modernas obras psicanalíticas, transporta-nos para o epicentro da culpa que ora nos leva mais longe na conquista da cultura, ora nos esmaga em sentimentos de remorsos e pesar avassaladores.
A psicologia e psicopatologia da culpa são igualmente revisitadas - a culpa sem nome, a autoculpabilização, a pedagogia da culpa, a depressão melancólica, a culpa inconsciente, o masoquismo moral, a reacção terapêutica negativa, etc. -, descobrindo nesse movimento a pulsão de morte e as suas inevitáveis consequências. A culpa é um derivado da pulsão de morte, uma expressão inequívoca da sua existência; mas paradoxalmente é também propulsor da cultura e da civilização. Na culpa e com a culpa, Clara Pracana vê, num certo sentido, o lado positivo da pulsão de morte.
A culpa é, tal como a pulsão de morte, condição do ser humano.
Encomende o seu exemplar aqui - Editora OVNI
quarta-feira, novembro 12, 2008
Seminário: Da criança objecto à criança sujeito
domingo, novembro 09, 2008
A crise e as competências emocionais/soft skills
Como acho que muitos dos leitores deste blog sabem, eu trabalho há muitos anos em áreas relacionadas com a gestão de recursos humanos, o desempenho pessoal e o desenvolvimento de competências, mentoring, etc.. Tenho-me apercebido da necessidade crescente de as pessoas estarem preparadas para enfrentar esta terrível crise económica internacional, que ainda mal começou (até agora tem-se revelado sobretudo na área financeira, o pior vai ser quando chegar mesmo às empresas). Aqueles de quem vai ser exigido mais não são, no entanto, os que estão na minha faixa etária (já algo avançada:)). São os que estão na faixa dos vinte e tal, trinta e quarenta que vão ter de se adaptar rapidamente a novas formas de desempenho e de lidar com a(s) crise(s) – externa e interna.
A verdade é que hoje em dia não basta ter um diploma e as competências técnicas. Os empregadores privilegiam cada vez mais qualidades como a auto-motivação, capacidade de trabalhar em equipa e de motivar os outros, resiliência e capacidade de utilizar as próprias emoções, mesmo em circunstâncias adversas.
Há dois anos leccionei um seminário teórico sobre esta matéria no ISPA, num mestrado. Gostaria de saber agora se haverá interesse da parte de outras pessoas, das mais variadas profissões (comércio, serviços, banca, seguros, informática, etc, etc) em participar num curso mais prático de soft skills, com um número reduzido de participantes.
Fico à espera de reacções dos leitores/bloguistas.
segunda-feira, novembro 03, 2008
Terror sem nome. O que significa?
Esta expressão é usada para referir uma angústia que o paciente sente, com uma forte sensação de "aniquilamento" que o mesmo não consegue descrever usando palavras. Com fequência o terapeuta insiste, equivocadamente, para que o paciente o faça, quando, ao invés, é este que está à espera que alguém o entenda, descodifique e esclareça o que ele próprio não sabe, nem de onde veio a angústia que é tão dolorosa.
D. Zimerman refere a este propósito o verso de Luís de Camões que expressa este terror: "Sinto um...não sei o que; Surge...não sei de onde; Aparece...não sei quando; Mas dói, dói muito; E... não sei por quê".
"Grito"
Edvard Munch
domingo, novembro 02, 2008
Mobbing
Bullying, cyberbullying, bullying homofóbico, mobbing
Muitos são os desígnios de um sub-tipo de violência comum a todos estes termos - a pressão psicológica, a ofensa, as ameaças...
Tal como no Bullying, este não é um conceito novo, apenas ganhou projecção nas últimas décadas e entre nós, começou-se agora a falar nele.
Mobbing deriva do inglês " to mob" que significa agredir. É um tipo de pressão psicológica que ocorre em âmbito laboral e que tem com objectivo principal diminuir as capacidades do trabalhador.
Este tipo de violência é perpectuada em meio laboral por meio de palavras, acções, exposição a situações difíceis, nas quais o trabalhador é humilhado, ridicularizado nas suas funções e capacidades.
Este termo foi proposto pela primeira vez por Konrad Lorenz em contexto etológico no decurso de estudos efectuados com gansos e gaivotas. Neste contexto o mobbing define-se como um ataque colectivo a um alvo considerado perigoso, normalmente um predador. Este ataque é levado a cabo por vocalizações e ameaças à distância, com o objectivo de confundir o predador. Nalgumas espécies este ataque inclui também defecar e vomitar na vítima.
Na década de 80 este termo foi popularizado por Heinz Leymann, considerado o pai do mobbing, que adoptou este conceito da etologia e relacionou-o com a conduta humana nas organizações laborais.
Para se falar em Mobbing vários comportamentos/ataques têm que estar presentes: ataque à vítima; às suas relações socias; à sua vida privada; às suas atitudes; à sua reputação.
Como causas podemos encontrar falta de liderança, inveja, stress, ciúmes...
Como consequências podemos observar uma diminuição na capacidade laboral (certos estudos remetem para uma diminuição na ordem dos 70%), sintomatologia psicossomática tais como dores de cabeça, taquicárdia, gastrites...
Os efeitos desta pressão psicológica são devastadores para a vítima, conduzindo, em casos extremos a baixas sucessivas ou à demissão.
Este é um flagelo que não se circunscreva apenas em termos laborais, uma vez que as suas repercussões acabam por se fazer sentir no ambiente familiar (maior nervosismo. stress constante, depressão...)
Muitos são os desígnios de um sub-tipo de violência comum a todos estes termos - a pressão psicológica, a ofensa, as ameaças...
Tal como no Bullying, este não é um conceito novo, apenas ganhou projecção nas últimas décadas e entre nós, começou-se agora a falar nele.
Mobbing deriva do inglês " to mob" que significa agredir. É um tipo de pressão psicológica que ocorre em âmbito laboral e que tem com objectivo principal diminuir as capacidades do trabalhador.
Este tipo de violência é perpectuada em meio laboral por meio de palavras, acções, exposição a situações difíceis, nas quais o trabalhador é humilhado, ridicularizado nas suas funções e capacidades.
Este termo foi proposto pela primeira vez por Konrad Lorenz em contexto etológico no decurso de estudos efectuados com gansos e gaivotas. Neste contexto o mobbing define-se como um ataque colectivo a um alvo considerado perigoso, normalmente um predador. Este ataque é levado a cabo por vocalizações e ameaças à distância, com o objectivo de confundir o predador. Nalgumas espécies este ataque inclui também defecar e vomitar na vítima.
Na década de 80 este termo foi popularizado por Heinz Leymann, considerado o pai do mobbing, que adoptou este conceito da etologia e relacionou-o com a conduta humana nas organizações laborais.
Para se falar em Mobbing vários comportamentos/ataques têm que estar presentes: ataque à vítima; às suas relações socias; à sua vida privada; às suas atitudes; à sua reputação.
Como causas podemos encontrar falta de liderança, inveja, stress, ciúmes...
Como consequências podemos observar uma diminuição na capacidade laboral (certos estudos remetem para uma diminuição na ordem dos 70%), sintomatologia psicossomática tais como dores de cabeça, taquicárdia, gastrites...
Os efeitos desta pressão psicológica são devastadores para a vítima, conduzindo, em casos extremos a baixas sucessivas ou à demissão.
Este é um flagelo que não se circunscreva apenas em termos laborais, uma vez que as suas repercussões acabam por se fazer sentir no ambiente familiar (maior nervosismo. stress constante, depressão...)
sábado, outubro 25, 2008
A Psicologia Positiva
A Happy Woman de Outubro publica, como habitualmente, vários artigos que dão particular destaque à Psicologia. Entre eles gostava de destacar o artigo sobre Psicologia Positiva.
A Psicologia Positiva é apresentada como uma "nova ciência" diferenciada da Psicologia Clínica. Apesar de concordar em absoluto que a Psicologia Clínica tende a ocupar-se predominantemente da resolução de problemas enquanto a Psicologia Positiva tende a ocupar-se da potenciação do "lado saudável" da pessoa; parece-me que descrevê-las como psicologias opostas acaba por gerar mal-entendidos que podem, em certos contextos, originar a acentuação do estigma associado ao acompanhamento psicológico.
Na minha opinião, as duas formas de psicologia são complementares e mesmo quando um paciente/cliente apresenta um quadro clínico bem identificável, como por exemplo, uma depressão ou uma perturbação de ansiedade, não deixa de ser importante trabalhar com essa pessoa no sentido de potenciar o seu lado saudável. Muitos dos pacientes em acompanhamento psicológico visam apenas o seu desenvolvimento pessoal e apesar de terem "problemas" ou áreas nas quais (ou com as quais) se sentem menos bem, são globalmente pessoas equilibradas e saudáveis do ponto de vista mental.
De qualquer forma a perspectiva da Psicologia Positiva é bastante interessante e oferece um estímulo todos os psicólogos clínicos para se centrarem também sobre a psicologia do bem-estar psicológico e não apenas sobre a perturbação mental.
Deixo-vos um excerto do artigo com a assinatura de Carla Novo que descreve o essencial da Psicologia Positiva:
"O que é a psicologia positiva?
O conceito nasceu, recentemente, quando Martin Seligman, considerado o pai da psicologia positiva e director do centro de psicologia positiva, fez os primeiros estudos sobre a felicidade. Concebeu as três dimensões da felicidade em três etapas: as emoções positivas; o envolvimento e o sentido para a vida. A psicologia positiva assenta nestes três pilares, ela procura ajudar o individuo a focar-se no que tem de bom, nos momentos óptimos e não somente a remexer feridas. Há que falar dos problemas sim, mas sempre na perspectiva das soluções. Construindo o caminho focando-nos nos sucessos. Descortinar o que posso fazer para chegar ao meu objectivo, que é ajustado mediante a realidade. Conseguir de dia para dia mais momentos bons. Encontrar um sentido para a vida, ganhar perspectivas e valorizar sempre o acontecimento. No fundo, os momentos mais felizes estão, muitas vezes, nas pequenas vitórias que conseguimos durante o nosso percurso para a vitória."
In Novo, Carla; "Viagem ao nosso «eu» - o que podemos aprender com a psicologia positiva"; Happy Woman Outubro de 2008
A jornalista, Carla Novo, fez três consultas com a colega Catarina Rivero e descreve a sua impressão e experiência subjectiva. Este artigo contribuiu da melhor forma para a construção de uma imagem positiva da Psicologia.
quarta-feira, outubro 22, 2008
VI Colóquio do Porto - Psicanálise e Cultura O HOMEM E O(s) JOGO(s)
Vai realizar-se nos dias 14 e 15 de Novembro próximo, o VI Colóquio do Porto - Psicanálise e Cultura - O Homem e o(s) Jogo(s). O Colóquio vai decorrer no Porto, Fundação Eng. António de Almeida, Rua Tenente Valadim, 325.
Para obter mais informações ou inscrições, podem ser utilizados os seguintes endereços:
Rua de São João de Brito, 524 – Sala 5, 4100-453 Porto
Tel.: 22 615 45 68 (14h às 19h)
Fax: 22 615 59 41
E-mail: rmnscoelho@mail.telepac.pt
Website: www.sppsicanalise.pt
No site da Sociedade Portuguesa de Psicanálise poderá consultar o programa
poço
Deveria ter sido tu
Com esse coração agulha
A vazar os olhos
De quem o bem te fez
Deveria ter sido tu
Com esses pés de ninguém
Que de esmagar
Só não esmagam uma uva
Deveria ter sido tu
Que me chamavas poço
E vir abeirar-me
Com a tua paixão de nunca cair
Deveria ter sido tu
Com esse copo na mão
E cheio de sorrisos
A brindar às camas seguintes
Deveria ter sido tu, sim
E estar aqui comigo
Com estas mãos no rosto
E as minhas lágrimas sem doerem um pouco
Paulo José Miranda escreveu, o silêncio da escuta, ou a voz de Misia.
Com esse coração agulha
A vazar os olhos
De quem o bem te fez
Deveria ter sido tu
Com esses pés de ninguém
Que de esmagar
Só não esmagam uma uva
Deveria ter sido tu
Que me chamavas poço
E vir abeirar-me
Com a tua paixão de nunca cair
Deveria ter sido tu
Com esse copo na mão
E cheio de sorrisos
A brindar às camas seguintes
Deveria ter sido tu, sim
E estar aqui comigo
Com estas mãos no rosto
E as minhas lágrimas sem doerem um pouco
Paulo José Miranda escreveu, o silêncio da escuta, ou a voz de Misia.
sábado, outubro 18, 2008
BULLYING
Num post anterior informei-vos que iria decorrer, em Ourém, um seminário sobre Bullying.
Hoje quero contar-vos como decorreu (bem sei que já estou um pouco "fora de horas", mas questões de ordem técnica vetaram uma escrita mais atempada)
Basicamente a minha comunicação incidiu sobre o que se entende por Bullying; noções do conceito; contextualização do fenómeno; caracterização das vítimas e agressores e alguns sinais de alerta.
Este seminário contou com a presença da deputada Drª Fernanda Asseiceira, elementos da Câmara de Ourém, do Centro de Emprego de Tomar e uma plateia cheia de professores, alunos, pais/encarregados de educação e pessoal que trabalha directamente com crianças.
A APDAF - (quem organizou este seminário) recolheu informação do fenómeno Bullying junto das crianças com que trabalha tendo aparecido questões muito engraçadas e pertinentes, as quais não quis deixar passar em branco.
Por exemplo:
"O Bullying é um tema recente em Portugal"
Lamentavelmente o Bullying não é um fenómeno novo em Portugal, talvez a projecção deste conceito é que, nos últimos tempos, adquiriu grande projecção.
"O Bullying é fazer mal aos outros - é fazer nódoas negras"
As nódoas negras a que mais devemos estar atentas são as internas, pois o silêncio que corre a par e passo com o Bullying é capaz de produzir efeitos muito nefastos para a criança/adolescente, nomeadamente ao nível da sua auto-estima, capacidade de defesa...
No final do seminário alguns elementos da plateia também colocaram questões e reflexões muito importantes,
tais como:
De que forma podem ajudar os agressores;
Para auxiliá-los é necessário trabalhar a vários níveis (psicológico- dirigido às causas remotas do problema; educativo - modificar as condições que facilitam que se mantenha o Bullying; e também com os familiares)
As crianças de hoje não sabem brincar; A violência é a única forma que têm de passar o tempo.
E quanto ao BRINCAR,
imprescindível,
exigível,
obrigatório,
SAUDÁVEL
é pelo brincar que ensaiamos a vida futura, representamos as situações diárias e ganhamos
confiança para enfrentar a vida futura.
esta é uma forma de prevenção muito eficaz.
É realmente preocupante que as nossas crianças não souberem brincar
Um último aspecto que ainda quero realçar e do qual me apercebi no final do seminário, muitas pessoas ainda não possuem um conhecimento adequado do fenómeno Bullying, apesar de todos já terem ouvido uma ou mais vezes falar sobre o assunto, estão longe de perceber esta realidade, as suas consequências e os sinais de alarme...
quarta-feira, outubro 15, 2008
Congresso "Crianças em Perigo"
Apesar de nascerem cada vez menos crianças, estamos a "produzir" cada vez mais crianças em perigo. Sendo assim, o grande desafio do futuro talvez não seja a discussão sobre a natalidade. Nem a forma de fazer face ao perigo. Mas, sobretudo, acarinhar os recursos saudáveis com os quais deixem de estar "em vias de extinção" e possam ser felizes, simplesmente.
Convidamo-lo, por isso, a estar presente no Congresso "Crianças em Perigo", a decorrer Sábado, dia 15 de Novembro, em Lisboa, no Hotel Olissippo Oriente (Parque das Nações).
Este Congresso será organizado pela Clínica Bebés & Crescidos, sob a Direcção Clínica do Prof. Doutor Eduardo Sá.
Destinar-se-à a Técnicos Superiores e Estudantes, sobretudo das áreas de Serviço Social, Intervenção Social e Comunitária, Sociologia, Educação, Ciências da Educação, Educação Social, Reabilitação Social, Medicina, Direito e Psicologia, mas igualmente a meros interessados na temática do desenvolvimento infantil.
A equipa Bebés & Crescidos
Para mais informações contacte:
Bebés & Crescidos
Rua Machado de Castro, N.7, R/C, Coimbra
Tel/Fax:239 841 109
segunda-feira, outubro 13, 2008
I Colóquio de Psicoterapia Psicanalítica - Modelo (s) em Psicoterapia Psicanalítica
quarta-feira, outubro 08, 2008
Música no ISPA
segunda-feira, outubro 06, 2008
Ser da terra...
A Gente Não Lê
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
Rezar o terço ao fim da tarde
Só para espantar a solidão
Rogar a deus que nos guarde
Confiar-lhe o destino na mão
Que adianta saber as marés
Os frutos e as sementeiras
Tratar por tu os ofícios
Entender o suão e os animais
Falar o dialecto da terra
Conhecer-lhe o corpo pelos sinais
E do resto entender mal
Soletrar assinar em cruz
Não ver os vultos furtivos
Que nos tramam por trás da luz
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
A gente morre logo ao nascer
Com olhos rasos de lezíria
De boca em boca passar o saber
Com os provérbios que ficam na gíria
De que nos vale esta pureza
Sem ler fica-se pederneira
Agita-se a solidão cá no fundo
Fica-se sentado à soleira
A ouvir os ruídos do mundo
E a entendê-los à nossa maneira
Carregar a superstição
De ser pequeno ser ninguém
E não quebrar a tradição
Que dos nossos avós já vem
Composição: Carlos Tê / Rui Veloso
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
Rezar o terço ao fim da tarde
Só para espantar a solidão
Rogar a deus que nos guarde
Confiar-lhe o destino na mão
Que adianta saber as marés
Os frutos e as sementeiras
Tratar por tu os ofícios
Entender o suão e os animais
Falar o dialecto da terra
Conhecer-lhe o corpo pelos sinais
E do resto entender mal
Soletrar assinar em cruz
Não ver os vultos furtivos
Que nos tramam por trás da luz
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
A gente morre logo ao nascer
Com olhos rasos de lezíria
De boca em boca passar o saber
Com os provérbios que ficam na gíria
De que nos vale esta pureza
Sem ler fica-se pederneira
Agita-se a solidão cá no fundo
Fica-se sentado à soleira
A ouvir os ruídos do mundo
E a entendê-los à nossa maneira
Carregar a superstição
De ser pequeno ser ninguém
E não quebrar a tradição
Que dos nossos avós já vem
Composição: Carlos Tê / Rui Veloso
A Clara Pracana na Prova Oral
Quem não teve oportunidade de ouvir a Clara Pracana no programa do Fernando Alvim, Prova Oral, poderá fazê-lo através do site da Antena 3 no Podcast.
http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?prog=1070
domingo, outubro 05, 2008
Seminário em Ourém - 11 de Outubro
A APDAF- Associação para a Promoção e Dinamização do Apoio à Família está a organizar um seminário para este próximo sábado sobre:
Bullying: violência e agressividade nas nossas escolas.
Uma responsabilidade de todos nós.
O que é que nós, pais e professores, podemos fazer?
Uma responsabilidade de todos nós.
O que é que nós, pais e professores, podemos fazer?
Este seminário contará com a presença da Dr.ª Fernanda Asseiceira – Professora e Deputada da Assembleia da Republica ligada ás questões de violência nas escolas Portuguesas, e com a minha presença - Tânia Paias, na qualidade de Psicóloga Clínica
O seminário decorrerá nas instalações da APDAF entre as 9h30 e as 13h30h
sábado, outubro 04, 2008
STOP ao Cancro do Cólo do Útero
Uma colega enviou-me um email a solicitar a divulgação da necessidade de assinar uma petição para que cancro do colo do útero venha a ser discutido no parlamento europeu, de modo a que os rastreios sejam uma realidade em todos os países, nomeadamente em Portugal, onde só existe na região centro.
Parece-me ser um tema do maior interesse e é tão simples contribuir, bastam dois minutos. Colabore também assinando a petição em www.cervicalcancerpetition.eu
Parece-me ser um tema do maior interesse e é tão simples contribuir, bastam dois minutos. Colabore também assinando a petição em www.cervicalcancerpetition.eu
quarta-feira, outubro 01, 2008
SIMPÓSIO REVISTA INTERACÇÕES
Realiza-se na próxima sexta-feira, dia 3 de outubro,pelas 10 horas o simpósio subordinado ao tema "Carlos Amaral Dias e o Nexus Psicanalítico" no Instituto Superior Miguel Torga em Coimbra.
10h – 13h
ABERTURA
pelo Editor
O TRABALHO DE TECER A VIDA
Biografia comentada por José Henrique Dias
A OBRA E SUAS AUTORIZAÇÕES: AUTORIA E AUTORIDADE
PARA PENSAR
Conferências proferidas por António Coimbra de Matos e Clara Pracana
INTERVENÇÃO
de Carlos Amaral Dias
15h – 18h
QUAL O ESTADO DA INTERACÇÃO ENTRE PSICANÁLISE E SOCIEDADE, NO MUNDO DE HOJE?
Discussão de Ana Vasconcelos e a Audiência com Carlos Amaral Dias
Encerramento
Instituto Superior Miguel Torga Sala nº 1 do Edifício da Rua Augusta, nº 46
Tel: (+351) 239 488 030
Fax: (+351) 239 488 031
ismt@ismt.pt
http://www.ismt.pt/
domingo, setembro 28, 2008
O palhaço!
Uma história que me contou uma sra brasileira.
No interior do Brasil havia uma aldeia muito pequena e isolada, com poucos habitantes.
Havia lá um palhaço que tinha um espectáculo muito animado. Todos os dias dava um espectáculo na praça da aldeia, e não havia quem não risse com esse palhaço, todo mundo ficava pra cima com o espectáculo desse palhaço.
Um dia, lá no médico da aldeia, chega um sr que diz:
-"Dr. eu estou muito deprimido, estou muito em baixo, estou pensando até acabar com a minha vida".
O médico responde: "Não faz isso, que se passa com você? Você não tem família, pensa na sua família, pensa no seu trabalho, você não pode fazer isso".
-"Eu não tou aguentando mais, tou mesmo muito em baixo, não dá mais"
-"Espera, você vai fazer o seguinte; há um palhaço que todo o dia faz um espectáculo na praça, e que faz todo o mundo rir, não há quem não fique pra cima quando vê o espectáculo do palhaço, você vai ver esse palhaço e vai ver que fica melhor"
-"Dr, se esse é o meu remédio, eu estou arruinado, é que o palhaço, sou eu!"
No interior do Brasil havia uma aldeia muito pequena e isolada, com poucos habitantes.
Havia lá um palhaço que tinha um espectáculo muito animado. Todos os dias dava um espectáculo na praça da aldeia, e não havia quem não risse com esse palhaço, todo mundo ficava pra cima com o espectáculo desse palhaço.
Um dia, lá no médico da aldeia, chega um sr que diz:
-"Dr. eu estou muito deprimido, estou muito em baixo, estou pensando até acabar com a minha vida".
O médico responde: "Não faz isso, que se passa com você? Você não tem família, pensa na sua família, pensa no seu trabalho, você não pode fazer isso".
-"Eu não tou aguentando mais, tou mesmo muito em baixo, não dá mais"
-"Espera, você vai fazer o seguinte; há um palhaço que todo o dia faz um espectáculo na praça, e que faz todo o mundo rir, não há quem não fique pra cima quando vê o espectáculo do palhaço, você vai ver esse palhaço e vai ver que fica melhor"
-"Dr, se esse é o meu remédio, eu estou arruinado, é que o palhaço, sou eu!"
quarta-feira, setembro 17, 2008
cardo cravado em querer: desejo encarnado
dói-me ser a Flor do Cardo
não ter a mão de ninguém
tenho a estranha natureza
de florir com a tristeza
e com ela me dar bem
dói-me o Tejo e dói-me a Lua
dói-me a luz dessa aguarela
tudo o que foi criação
se transforma em solidão
visto da minha janela
o tempo não me diz nada
já nada em mim se consome
não sou principio nem fim
já nada chama por mim
até me dói o meu nome
dói-me ser a Flor do Cardo
não ter a mão de ninguém
hei-de ser Cravo Encarnado
que vive em pé separado
e acaba na mão de alguém
letra joão monge, o silêncio da escuta, ou a voz de aldina duarte
não ter a mão de ninguém
tenho a estranha natureza
de florir com a tristeza
e com ela me dar bem
dói-me o Tejo e dói-me a Lua
dói-me a luz dessa aguarela
tudo o que foi criação
se transforma em solidão
visto da minha janela
o tempo não me diz nada
já nada em mim se consome
não sou principio nem fim
já nada chama por mim
até me dói o meu nome
dói-me ser a Flor do Cardo
não ter a mão de ninguém
hei-de ser Cravo Encarnado
que vive em pé separado
e acaba na mão de alguém
letra joão monge, o silêncio da escuta, ou a voz de aldina duarte
quinta-feira, setembro 04, 2008
O Pastor Amoroso
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Uma das coisas que as férias permitem é o descobrir de novos horizontes através da leitura de algo completamente novo como a poesia de Alberto Caeiro. Este é descrito como “ O argonauta das sensações verdadeiras” por Fernando Pessoa. A descrição efectuada por Ricardo Reis é mais extensa “A vida de Caeiro não pode narrar-se pois que não há nada nela de que narrar. Seus poemas são o que nele houve de vida.”
Será que uma vida simples é vazia de emoções? Para Alberto Caeiro as emoções eram a própria vida… mas será que a felicidade depende só das emoções?
Deixo esta provocação aos leitores!
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Uma das coisas que as férias permitem é o descobrir de novos horizontes através da leitura de algo completamente novo como a poesia de Alberto Caeiro. Este é descrito como “ O argonauta das sensações verdadeiras” por Fernando Pessoa. A descrição efectuada por Ricardo Reis é mais extensa “A vida de Caeiro não pode narrar-se pois que não há nada nela de que narrar. Seus poemas são o que nele houve de vida.”
Será que uma vida simples é vazia de emoções? Para Alberto Caeiro as emoções eram a própria vida… mas será que a felicidade depende só das emoções?
Deixo esta provocação aos leitores!
Até breve!
quarta-feira, setembro 03, 2008
Encontros … Num dia diferente
ENCONTROS … NUM DIA DIFERENTE
Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão
16 de Outubro 2008
Decorre a 16 de Outubro de 2008, no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA) o evento «Encontros num Dia Diferente», um evento direccionado a pessoas portadoras de deficiência, familiares e demais interessados.
A actividade é promovida pelo Serviço de Lesões Vertebro-Medulares do CMRA e pelo Núcleo de Animação Cultural e Recreativa.
Durante a manhã serão organizadas sessões para partilha de experiências de pessoas portadoras de deficiência e seus familiares e durante a tarde serão realizadas várias actividade tais como: dança, relaxamento, Pilates, basquetebol, hipismo, atelier de pintura e ténis, além de haver um espaço para exposições.
As inscrições são gratuitas, centradas no Núcleo de Animação Cultural e Recreativa do CMRA, até 30 de Setembro. Peça a sua ficha de inscrição para cristina.vazalmeida@scml.pt
sexta-feira, agosto 29, 2008
Escuridão mundial
Escuridão mundial
Escuridão mundial: No dia 17 de Setembro de 2008 das 21:50 às 22:00 horas propõe-se apagar todas as luzes e se possível todos os aparelhos eléctricos, para o nosso planeta poder 'respirar'.
Se a resposta for massiva, a poupança energética pode ser brutal.
Só 10 minutos, para ver o que acontece.
Sim, estaremos 10 minutos às escuras, podemos acender uma vela e simplesmente
ficar a olhar para ela, estaremos a respirar nós e o planeta.
Lembrem-se que a união faz a força e a Internet pode ter muito poder e podemos
mesmo fazer algo em grande.
Parece-me uma sugestão interessante. Vou segui-la. E vocês?
Escuridão mundial: No dia 17 de Setembro de 2008 das 21:50 às 22:00 horas propõe-se apagar todas as luzes e se possível todos os aparelhos eléctricos, para o nosso planeta poder 'respirar'.
Se a resposta for massiva, a poupança energética pode ser brutal.
Só 10 minutos, para ver o que acontece.
Sim, estaremos 10 minutos às escuras, podemos acender uma vela e simplesmente
ficar a olhar para ela, estaremos a respirar nós e o planeta.
Lembrem-se que a união faz a força e a Internet pode ter muito poder e podemos
mesmo fazer algo em grande.
Parece-me uma sugestão interessante. Vou segui-la. E vocês?
terça-feira, agosto 19, 2008
Liberdade! Por Fernando Pessoa
Liberdade
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira.
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original,
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa…
Livros são papeis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quando é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças…
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca…
Muito se pode dizer acerca deste poema de Fernando Pessoa, mas para mim a ideia principal é chegar a um estado de liberdade através das coisas simples da vida… mas isso é simplesmente cada vez mais impossível nos dias que correm!
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira.
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original,
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa…
Livros são papeis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quando é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças…
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca…
Muito se pode dizer acerca deste poema de Fernando Pessoa, mas para mim a ideia principal é chegar a um estado de liberdade através das coisas simples da vida… mas isso é simplesmente cada vez mais impossível nos dias que correm!
quinta-feira, agosto 14, 2008
Mad World
Original dos britânicos Tears for Fears, Mad World encontrou novo apogeu com a versão de Gary Jules para a banda sonora do filme Donnie Darko.
Deixo-vos a letra e o clip da versão de Gary Jules.
All around me are familiar faces
worn out places,
worn out faces
Bright and early for the daily races
Going nowhere, going nowhere
Their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head I wanna drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very very,
mad world, mad world
Children waiting for the day they feel good
Happy Birthday, Happy Birthday
And I feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me what's my lesson
Look right through me, look right through me
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very very,
mad world, mad world
Enlarging your world,
mad world
http://www.youtube.com/watch?v=4N3N1MlvVc4
Deixo-vos a letra e o clip da versão de Gary Jules.
All around me are familiar faces
worn out places,
worn out faces
Bright and early for the daily races
Going nowhere, going nowhere
Their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head I wanna drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very very,
mad world, mad world
Children waiting for the day they feel good
Happy Birthday, Happy Birthday
And I feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me what's my lesson
Look right through me, look right through me
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very very,
mad world, mad world
Enlarging your world,
mad world
http://www.youtube.com/watch?v=4N3N1MlvVc4
segunda-feira, agosto 11, 2008
Médicos preferem... A cultura do Prozac...
"Medicamentos substituem psicanálise de Freud
Sente-se deprimido, ansioso, dorme mal e não consegue trabalhar. Se for a um médico, o mais provável é que saia do consultório com várias receitas de antidepressivos e ansiolíticos, em vez de novas marcações para fazer psicoterapia ou psicanálise. Esta é, pelo menos, a conclusão de um estudo publicado na “Archives of General Psichiatry”. O estudo foi feito nos Estados Unidos, mas traça um retrato fiel do que se passa hoje nos países ocidentais.
(Sofia Lobato Dias - Diário Económico)
A equipa de cientistas liderada pelo médico Ramin Mojtabai analisou os arquivos das consultas de psiquiatria entre 1996 e 2005 e concluiu que houve uma grande queda no número de médicos que fazem psicoterapia: apenas 29% de todas as consultas de psiquiatria incluíram sessões de psicoterapia, ao passo que em 1996 e 1997, 44% das consultas dos psiquiatras incluíam técnicas psicoterapêuticas.
In Diario Económico on-line de 11/08/2008
In Diario Económico on-line de 11/08/2008
Mas há mais para explorar na edição impressa de hoje...
"Os psiquiatras hoje ganham mais se fizerem consultas de 15 minutos para a prescrição de medicamentos do que se fizerem uma consulta de 45 minutos de psicoterapia" Ramin Mojtabai em entrevista à Reuters.
"A maioria dos estudos mostra a superioridade dos medicamentos em vez da psicoterapia", diz o Presidente da Associação Internos de Psiquiatria ao Diário Económico."
sábado, agosto 09, 2008
quinta-feira, agosto 07, 2008
terça-feira, agosto 05, 2008
sábado, agosto 02, 2008
O desenvolvimento do bebé até aos 3 anos
Muitos pais têm naturalmente algumas preocupações em relação ao crescimento dos seus filhos. Será que ele(a) está a crescer de acordo com o que seria esperado para sua idade? Existem naturalmente variações de criança para criança. Há crianças com ritmos de crescimento mais rápidos e outras mais lento e esse ritmo deve ser respeitado, se bem que se possa e deva estimular as competências que possam estar um pouco menos desenvolvidas. As aquisições que se apresentam de seguida associadas a uma determinada idade devem ser entendidas apenas como um indicador, se o seu filho(a) ainda não desenvolveu a competência assinalada para a sua faixa etária não é motivo para preocupação deverá simplesmente estimulá-lo mais na aquisição dessa mesma competência.
No primeiro ano de vida o bebé faz inúmeras aquisições.
Aos 12 meses já é capaz de:
Andar apoiando-se nos moveis
Gosta particularmente de colocar os objectos uns dentro dos outros
É capaz de abrir gavetas e portas de armários baixas
Expressa as suas emoções de uma forma reconhecível e explicita
Atira beijinhos
É capaz de pronunciar algumas palavras que já são compreensíveis
Se bem que entenda as proibições, gosta de lhes desobedecer de forma consciente, como forma de "marcar o seu território"
Quando lhe mostramos agrado por algo que tenha feito bem ou com graça, repete o que fez.
Dos 12 aos 15 meses:
Gatinha com habilidade apoiando-se nas mãos e nos pés
Caminha com certa firmeza sem necessidade que ninguém o ajude
Consegue meter objectos dentro de caixas
Diverte-se atirando coisas ao chão para ouvir o ruído que faz ao cair
Com um lápis nas mãos faz riscos sobre um papel
Mediante gestos, sons e atitudes é capaz de expressar as suas emoções
Reconhece e pronuncia algumas palavras simples como "mamã" e "papá"
Compreende perguntas simples que lhe são dirigidas
Identifica imagens
Quando consegue fazer com que os outros se riam com uma atitude sua, repete-a constantemente
Sente-se muito feliz na presença de pessoas
Entende quase tudo o que se lhe diz, mas por vezes não quer obedecer às ordens que se lhe dão
Dos 15 aos 20 meses:
Caminha com passos ainda não muito firmes e com muita precaução
Baixa-se e levanta-se sozinho
Para subir escadas inicialmente fá-lo de gatas e depois trepa
É capaz de voltar as páginas de um livro, se bem que ainda as queira rasgar
Imita acções, gestos e sons, sobretudo dos animais
A sua memória já lhe permite recordar onde está algo que lhe mandem buscar
Quando pinta, substitui os riscos por manchas
Conhece pelo menos 10 palavras e entende significados opostos como dentro e fora, bom e mau, aqui e ali
Quer sempre os brinquedos das outras crianças
Gosta de brincar perto de outras crianças, mas não com elas
Prefere a companhia de adultos
Expressa o seu amor pelos membros da família, pelos seus brinquedos e pelos animais de estimação, caso existam.
Dos 21 aos 24 meses:
Sobe e desce escadas sem se apoiar com as mãos, mas colocando ainda os dois pés em cada degrau
Já consegue comer e beber sozinho sem entornar demasiadas coisas na mesa
Já consegue calçar e descalçar as meias e os sapatos sem ajuda
O seu vocabulário é enriquecido com várias dezenas de palavras, mas muitas delas querem dizer coisas diferentes
Já é capaz de se reconhecer ao espelho
Pede tudo o que quer: comida, água, um brinquedo e até... para ir ao bacio!
Sabe o significado do Não e do Sim
Desenha gatafunhos
Imita os pais em tudo o que eles fazem
Começa a zangar-se menos com as outras crianças e já brinca com elas, se bem que por pouco tempo
Gosta de chamar a atenção dos adultos realizando acções do género de os agarrar, zangar-se com eles e inclusivamente bater-lhes
Dos 24 aos 30 meses:
Corre e dá pontapés numa bola quase sem cair
Ainda não sabe travar uma corrida e é difícil dobrar uma esquina
Dança acompanhado ao ritmo de uma música que seja do seu agrado
Consegue amontoar vários objectos em equilíbrio
As suas mãos já têm agilidade necessária para desenroscar uma tampa, abotoar um botão e subir e descer um fecho éclair
O seu vocabulário já é de cerca de 300 palavras e consegue construir frases empregando verbos
A sua capacidade de atenção aumenta imenso
As cores interessam-lhe e já as consegue distinguir, se bem que ainda não as consiga nomear
Pronuncia o seu próprio nome para falar de si mesmo
Explode em birras com bastante frequência
Tenta sempre impor a sua vontade
Procura a independência, mas com a autorização dos pais
Dos 30 aos 36 meses:
Salta mantendo os dois pés no ar
O seu equilíbrio já lhe permite saltar de costas e saltar "ao pé-coxinho"
Despe-se sozinho
Quando vê o seu nome escrito em letras maiúsculas, reconhece-o
O seu vocabulário já tem aproximadamente mil palavras e usa-as com desenvoltura e fluidez
Já sabe o nome das cores
Sabe que há meninos e meninas e está consciente do grupo a que pertence
Entende o sentido do conceito "amanhã"
Continua a ser egoísta e não entende que todos não aprovem o que faz
Começa a ser social com outras crianças
Pode sentir diversos medos: da escuridão, dos animais, das pessoas diferentes, etc.
sexta-feira, agosto 01, 2008
"Mulheres ao Espelho"
Mãe, eu quero ir-me embora – a vida não é nada
daquilo que disseste quando os meus seios começaram
a crescer. O amor foi tão parco, a solidão tão grande,
murcharam tão depressa as rosas que me deram –
se é que me deram flores, já não tenho a certeza, mas tu
deves lembrar-te porque disseste que isso ia acontecer.
Mãe, eu quero ir-me embora – os meus sonhos estão
cheios de pedras e de terra; e, quando fecho os olhos,
só vejo uns olhos parados no meu rosto e nada mais
que a escuridão por cima. Ainda por cima, matei todos
os sonhos que tiveste para mim – tenho a casa vazia,
deitei-me com mais homens do que aqueles que amei
e o que amei de verdade nunca acordou comigo.
Mãe, eu quero ir-me embora – nenhum sorriso abre
caminho no meu rosto e os beijos azedam na minha boca.
Tu sabes que não gosto de deixar-te sozinha, mas desta vez
não chames pelo meu nome, não me peças que fique –
as lágrimas impedem-me de caminhar e eu tenho de ir-me
embora, tu sabes, a tinta com que escrevo é o sangue
de uma ferida que se foi encostando ao meu peito como
uma cama se afeiçoa a um corpo que vai vendo crescer.
Mãe, eu vou-me embora – esperei a vida inteira por quem
nunca me amou e perdi tudo, até o medo de morrer. A esta
hora as ruas estão desertas e as janelas convidam à viagem.
Para ficar, bastava-me uma voz que me chamasse, mas
essa voz, tu sabes, não é a tua – a última canção sobre
o meu corpo já foi há muito tempo e desde então os dias
foram sempre tão compridos, e o amor tão parco, e a solidão
tão grande, e as rosas que disseste um dia que chegariam
virão já amanhã, mas desta vez, tu sabes, não as verei murchar.
Poema dito e escrito por Maria do Rosário Pedreira em "Mulheres ao Espelho" - Aldina Duarte (Roda-Lá Music, 2008)
daquilo que disseste quando os meus seios começaram
a crescer. O amor foi tão parco, a solidão tão grande,
murcharam tão depressa as rosas que me deram –
se é que me deram flores, já não tenho a certeza, mas tu
deves lembrar-te porque disseste que isso ia acontecer.
Mãe, eu quero ir-me embora – os meus sonhos estão
cheios de pedras e de terra; e, quando fecho os olhos,
só vejo uns olhos parados no meu rosto e nada mais
que a escuridão por cima. Ainda por cima, matei todos
os sonhos que tiveste para mim – tenho a casa vazia,
deitei-me com mais homens do que aqueles que amei
e o que amei de verdade nunca acordou comigo.
Mãe, eu quero ir-me embora – nenhum sorriso abre
caminho no meu rosto e os beijos azedam na minha boca.
Tu sabes que não gosto de deixar-te sozinha, mas desta vez
não chames pelo meu nome, não me peças que fique –
as lágrimas impedem-me de caminhar e eu tenho de ir-me
embora, tu sabes, a tinta com que escrevo é o sangue
de uma ferida que se foi encostando ao meu peito como
uma cama se afeiçoa a um corpo que vai vendo crescer.
Mãe, eu vou-me embora – esperei a vida inteira por quem
nunca me amou e perdi tudo, até o medo de morrer. A esta
hora as ruas estão desertas e as janelas convidam à viagem.
Para ficar, bastava-me uma voz que me chamasse, mas
essa voz, tu sabes, não é a tua – a última canção sobre
o meu corpo já foi há muito tempo e desde então os dias
foram sempre tão compridos, e o amor tão parco, e a solidão
tão grande, e as rosas que disseste um dia que chegariam
virão já amanhã, mas desta vez, tu sabes, não as verei murchar.
Poema dito e escrito por Maria do Rosário Pedreira em "Mulheres ao Espelho" - Aldina Duarte (Roda-Lá Music, 2008)
segunda-feira, julho 28, 2008
quarta-feira, julho 23, 2008
As músicas de Lorenna McKennitt
Gostaria de partilhar convosco algumas dicas acerca de uma cantora que me tem inspirado ao longo destes anos. Chama-se Lorenna McKennitt e é canadiana. Tem uma voz cristalina e músicas que retratam uma mística de "tempos antigos".
Deixo-vos aqui os links de duas músicas. Para ouvir todo o ano...
http://br.youtube.com/watch?v=s1AcESk7JBA&feature=related
Passado, presente, futuro!
terça-feira, julho 22, 2008
Os pensamentos entre as palavras.
Noutro dia, alguém dizer esta expressão para caracterizar os motivos pelos quais não estava contente com a sua vida. “Eu até sei o que devo fazer, mas surgem uns pensamentos entre as palavras e depois demoro demasiado tempo porque fico inseguro.”
Achei muito interessante esta frase, descreve muito bem um dos objectivos da psicoterapia cognitiva, que é justamente trazer ao conhecimento imediato esses pensamentos de modo a poder verificar até que ponto influenciam a vida de cada um, e de seguida modifica-los para obter melhor qualidade de vida psicológica.
Já tinham pensado nos pensamentos entre as palavras?
Ordem dos Psicólogos
segunda-feira, julho 21, 2008
(des)entendimento
Resposta de Fernando Pessoa a Gaspar Simões, um crítico literário que fez a sua biografia, com algumas interpretações, mais ou menos selvagens, da sua obra e vida:
" ... compreender a essencial inexplicabilidade da alma humana, cercar estes estudos e estas buscas de uma leve aura poética de desentendimento.
Tem talvez qualquer coisa de diplomático, mas até com a verdade, meu querido Gaspar Simões, há que haver diplomacia.".
Penso.
" ... compreender a essencial inexplicabilidade da alma humana, cercar estes estudos e estas buscas de uma leve aura poética de desentendimento.
Tem talvez qualquer coisa de diplomático, mas até com a verdade, meu querido Gaspar Simões, há que haver diplomacia.".
Penso.
quinta-feira, julho 10, 2008
Amanhã: Conferência Aberta no Instituto de Psicanálise em Lisboa
O Instituto de Psicanálise vai abrir as suas portas para acolher a conferência do Prof. Luís Carlos Menezes. A Conferência irá decorrer às 21:30h e a entrada é livre.
Luís Carlos Menezes é Presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de S. Paulo (SBPSP), Psiquiatra, Doutorado pela Universidade de Paris XI. O objectivo desta visita é podermos beneficiar da longa e diversificada experiência formativa e clínica de Luís Carlos Menezes.
Dia 11 de Julho (sexta-feira) às 21.30h
Conferência:
Preservem as Flores Selvagens: aderência, adesão e lucidez - Variações Metapsicológicas sobre o tema do Poder.
Nesta Conferencia o autor, tendo como fio condutor o pensamento de Freud, de Hannah Arendt e de Nietzsche, reflectirá sobre a contra-corrente às imposições massificadoras e conformistas do colectivo.
Esta Conferência, aberta ao público, será comentada por Duarte Cabral de Melo (Arquitecto e Urbanista).
Morada do Instituto de Psicanálise:
Av. da República, 97 - 5º, 1050-190 Lisboa
Tel.: 217 972 108 Fax: 217 936 224
e-mail: institutopsicanalise@gmail.com
terça-feira, julho 01, 2008
Mulher morre na sala de espera de hospital americano perante indiferença de funcionários
Uma mulher norte-americana de 49 anos de idade morreu na sala de espera de um hospital psiquiátrico de Nova Iorque perante a indiferença de seis funcionários, entre os quais dois seguranças. A ajuda chegou 45 minutos depois, mas já era tarde de mais.
A notícia e o video em: http://www.publico.clix.pt/videos/?v=20080701121222&z=1
No vídeo referem que após a divulgação das imagens foram despedidos 6 técnicos, incluindo 2 seguranças.
A meu ver, a punição para a negligencia nestes casos é obviamente necessária mas a questão não se resolve senão com formação.
É nossa obrigação formar os técnicos e profissionais que trabalham na saúde, mas é também obrigação dos técnicos e profissionais procurar formação e informação. Sobretudo na área da saúde mental, onde é tão frequente que aconteçam estas e tantas outras situações horríveis, desumanas e totalmente inadmicíveis.
A notícia e o video em: http://www.publico.clix.pt/videos/?v=20080701121222&z=1
No vídeo referem que após a divulgação das imagens foram despedidos 6 técnicos, incluindo 2 seguranças.
A meu ver, a punição para a negligencia nestes casos é obviamente necessária mas a questão não se resolve senão com formação.
É nossa obrigação formar os técnicos e profissionais que trabalham na saúde, mas é também obrigação dos técnicos e profissionais procurar formação e informação. Sobretudo na área da saúde mental, onde é tão frequente que aconteçam estas e tantas outras situações horríveis, desumanas e totalmente inadmicíveis.
quarta-feira, junho 18, 2008
segunda-feira, junho 16, 2008
Melancolias
As melancolias (vulgarmente chamadas de depressões) são, na sua grande maioria, acima de tudo, lutos mal resolvidos.
“Lutos mal resolvidos” significa que num passado mais ou menos recente existiram situações e/ou acontecimentos sentidos como dolorosos que não puderam ser ultrapassados (i.e, elaborados) adequadamente. É como uma ferida que foi aberta (no passado) e que, não podendo cicatrizar, continua (no presente) a provocar muito sofrimento e a absorver muita energia.
A pessoa que sofre do abatimento e profunda tristeza provocada pela "depressão", foi carregando o sofrimento dentro de si durante muito tempo até que ele acabou por dominá-la completamente, tornando o dia e a noite num “vale de lágrimas” sem sentido e em que as outras pessoas à volta parecem não entender e aceitar o que se passa.
Frequentemente, como a dor e a angústia são tão grandes, recorre-se à medicação e esta pode facilmente começar a ser tomada sem qualquer controlo. A medicação pode ser muito útil mas deverá ser utilizada com muito cuidado e responsabilidade, sempre com aconselhamento e acompanhamento médico, sobretudo de um psiquiatra competente.
Na minha experiência como psicólogo clínico com casos desta natureza, tenho comprovado que uma correcta medicação pode ser uma ajuda importante para que os pacientes se sintam menos angustiados para que depois, num segundo tempo, através de um acompanhamento psicológico regular, seja possível começar a analisar os verdadeiros motivos que os fazem sentir infelizes, desesperados e sobretudo incompreendidos.
Muitas vezes quem sofre de "depressão" não consegue saber exactamente o que provoca o mal-estar e é tarefa do psicólogo identificar a origem da(s) “ferida(s)” para que, ao longo das consultas, se possa iniciar o processo de “cicatrização”.
Não é possível voltar atrás para alterar o passado mas podem ser criadas as condições terapêuticas necessárias para que o presente deixe de ser visto como tão negro e sem saída e a pessoa possa recomeçar a ter esperança e entusiasmo face ao Futuro. Não é voltar atrás à infância mas acertar contas com o passado…
* Este texto foi originalmente publicado no jornal regional Gazeta do Interior.
(quadro: "The Way Home" de Tandi Venter)
sexta-feira, junho 13, 2008
Presumir
Presumimos que sabemos e presumimos que os outros sabem.
Partimos do princípio - para nossa tranquilidade mental - que sabemos bastante mais do que aquilo que verdadeiramente sabemos ou poderíamos saber e de igual forma presumimos, muitas vezes, que os outros sabem muito mais sobre nós, a nossa realidade pessoal, profissional, ideias, pensamentos, emoções, etc., do que verdadeiramente sabem ou poderiam saber. Presumir impede o acesso à realidade e dificulta a todos os níveis a comunicação produtiva e geradora de intimidade e crescimento.
terça-feira, junho 10, 2008
Análise Desenvolvimentista do Processo Terapêutico (ADPT)
28 de Junho – Sala D. João, Hotel Mundial
Sábado das 10h às 13h e das 14.30h às 17.30h
Seminarista: Michael Basseches, Ph. D.
Acerca do autor: Investigação, publicações e ensino relativos ao desenvolvimento cognitivo, social e do ego do adolescente e do adulto, particularmente nos contextos de ensino superior, psicoterapia e supervisão. Este trabalho tem-se traduzido em várias comunicações, conferências e seminários a nível nacional e internacional, bem como em várias publicações.
Programa do Seminário.
I. Introdução: asserções integrativas básicas, contexto desenvolvimentista e a estrutura conceptual da ADPT. Dois aspectos da integração em psicoterapia.
A. Comunalidades entre terapias relativas a recursos que facilitam o desenvolvimento.
B. Comunalidades entre casos bem-sucedidos relativos a movimentos dialécticos identificáveis dentro do movimento desenvolvimentista.
C. Exemplos potenciais de integração terapêutica (i.e. factores comuns ás diversas orientações.
D. Discusão.
II. Motivações para o desenvolvimento da ADPT
A. Desenvolver uma linguagem e estrutura comuns para promover comunicação entre as diferentes orientações.
B. Como a alternativa à investigação tradicional, no sentido da demonstração da eficácia da terapia a nível de “caso único”.
C. Como ferramenta de reflexão pessoal ou de supervisão relativa a casos individuais ou como ferramenta de treino.
III. Ilustração prática do uso de ADPT, demonstrando e descrevendo o modo como a terapia promove o desenvolvimento do paciente.
IV. Demonstração e pratica de competências para utilizar a ADPT na identificação de movimentos dialécticos no contexto da prática terapêutica (apresentação, discussão, exercícios):
A. Identificar recursos e mudanças terapêuticas.
i. Apoio atencional.
ii. Interpretação.
iii. “Enactment”.
B. Identificar movimentos desenvolvimentistas na terapia.
i. Conflitos.
ii. Síntese.
V. Utilizar movimentos desenvolvimentistas específicos para demonstrar e praticar a análise de casos usando o método ADPT (demonstração e exercício)
VI. Quando a terapia se encontra bloqueada, utilizando a ADPT na identificação de problemas centrais na aliança terapêutica (demonstração, discussão)
VII. Discussão da ADPT e da Complementaridade Paradigmática.
Inscrições até 20 de Junho.
As inscrições podem ser efectuadas no secretariado da APTCC (tel. 213210100) e-mail: aptcc@cognitivas.org
Preço:
Sócios ou formandos da APTCC 80 euros
Não sócios 100 euros
Sábado das 10h às 13h e das 14.30h às 17.30h
Seminarista: Michael Basseches, Ph. D.
Acerca do autor: Investigação, publicações e ensino relativos ao desenvolvimento cognitivo, social e do ego do adolescente e do adulto, particularmente nos contextos de ensino superior, psicoterapia e supervisão. Este trabalho tem-se traduzido em várias comunicações, conferências e seminários a nível nacional e internacional, bem como em várias publicações.
Programa do Seminário.
I. Introdução: asserções integrativas básicas, contexto desenvolvimentista e a estrutura conceptual da ADPT. Dois aspectos da integração em psicoterapia.
A. Comunalidades entre terapias relativas a recursos que facilitam o desenvolvimento.
B. Comunalidades entre casos bem-sucedidos relativos a movimentos dialécticos identificáveis dentro do movimento desenvolvimentista.
C. Exemplos potenciais de integração terapêutica (i.e. factores comuns ás diversas orientações.
D. Discusão.
II. Motivações para o desenvolvimento da ADPT
A. Desenvolver uma linguagem e estrutura comuns para promover comunicação entre as diferentes orientações.
B. Como a alternativa à investigação tradicional, no sentido da demonstração da eficácia da terapia a nível de “caso único”.
C. Como ferramenta de reflexão pessoal ou de supervisão relativa a casos individuais ou como ferramenta de treino.
III. Ilustração prática do uso de ADPT, demonstrando e descrevendo o modo como a terapia promove o desenvolvimento do paciente.
IV. Demonstração e pratica de competências para utilizar a ADPT na identificação de movimentos dialécticos no contexto da prática terapêutica (apresentação, discussão, exercícios):
A. Identificar recursos e mudanças terapêuticas.
i. Apoio atencional.
ii. Interpretação.
iii. “Enactment”.
B. Identificar movimentos desenvolvimentistas na terapia.
i. Conflitos.
ii. Síntese.
V. Utilizar movimentos desenvolvimentistas específicos para demonstrar e praticar a análise de casos usando o método ADPT (demonstração e exercício)
VI. Quando a terapia se encontra bloqueada, utilizando a ADPT na identificação de problemas centrais na aliança terapêutica (demonstração, discussão)
VII. Discussão da ADPT e da Complementaridade Paradigmática.
Inscrições até 20 de Junho.
As inscrições podem ser efectuadas no secretariado da APTCC (tel. 213210100) e-mail: aptcc@cognitivas.org
Preço:
Sócios ou formandos da APTCC 80 euros
Não sócios 100 euros
segunda-feira, junho 09, 2008
MÚSICA
Estive no sábado no Teatro Maria Matos a ouvir a música e os poemas de Sharyar Mazgani. Em Portugal desde criança, tem 33 anos e é filho de pais iranianos que abandonaram o país quando ele era miúdo e vieram para Portugal. Por quê, é uma boa pergunta, mas só temos a agradecer à sorte que nos bafejou!
Ouçam o Mazgani no Youtube. Fabuloso!
http://www.youtube.com/watch?v=ItXPgiWzcZQ&NR=1
Ouçam o Mazgani no Youtube. Fabuloso!
http://www.youtube.com/watch?v=ItXPgiWzcZQ&NR=1
Associação Oficinas sem Mestre - Workshop "Animanias" em Aveiro
A Associação Oficinas Sem Mestre é um grupo de trabalho formado por psicólogos, professores, técnicos de serviço social, uma jurista e um jornalista, criado com o intuito de organizar espaços para pensar, trocar experiências, aprender a trabalhar com novos instrumentos e metodologias pedagógicas e terapêuticas e intervir nas áreas da saúde mental e da educação (criando, sempre que possível, parcerias com áreas afins).
No âmbito deste projecto, terá lugar, no dia 14 de Junho (sábado) o Workshop "Animanias", dinamizado por Rui Coimbra (psicólogo clínico) que nos sensibilizará para a utilização da animação cinematográfica como instrumento terapêutico e pedagógico. O workshop decorrerá no Museu da Cidade, em Aveiro, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h. A participação no mesmo custará 30 euros (25 euros para sócios).
No mesmo dia, teremos uma tertúlia de reflexão multidisciplinar aberta a todos os interessados. O psicólogo Rui Coimbra e a psicóloga e artista plástica Joana Patrício partilharão connosco a sua relação com a animação, quer enquanto instrumento de intervenção terapêutica quer como possibilidade de projecção pessoal, criação de narrativas íntimas e, como tal, consolidação da identidade
14 de Junho - Sábado - Museu da Cidade, Aveiro
workshop "ANIMANIAS" (9h30 - 12h30 / 14h-17h)
dinamizado por Rui Coimbra
(psicólogo clínico que utiliza a animação cinematográfica como instrumento terapêutico e pedagógico).
INSCRIÇÕES ATÉ DIA 13 DE JUNHO ATRAVÉS DO EMAIL: oficinasemestre@gmail.com
preço sócio: 25€ / preço para não sócios: 30€
TERTÚLIA (17h30 - entrada livre)
dinamizado por Rui Coimbra e Joana Patrício (psicóloga e artista plástica)
quarta-feira, junho 04, 2008
CRÓNICA
Ser Pai(s) hoje
Hoje em dia os pais questionam-se constantemente sobre seus papéis. Os livros e guias de pais crescem de forma abrupta e, paralelamente, as dúvidas do que é ser um bom educador também se tornam cada vez mais evidentes.
Os pais mais velhos/avós apresentam por vezes um discurso saudosista, dizendo que no tempo deles “é que era. Agora, esta juventude…”, “têm tudo facilitado”, “Eu eduquei-os … sozinha…”, etc. Nem todos, claro! Mas de forma generalizada, na rua, nos transportes, nas escolas, infantários, cabeleireiros e afins, vão-se ouvindo muitos comentários destes. Os pais, por outro lado, vão eles próprios absorvendo tais ditos e indubitavelmente reagem. Uns não aceitam, e podem reagir de forma a ir contra tais comentários e distanciando-se dos próprios pais “mais sabidos”. Outros, mais aflitos, culpabilizam-se e tentam tudo para serem igualmente tão bem capazes como foram os seus e “colam-se” às mezinhas educadoras. Outros ainda, vão sendo pais à sua maneira e seguindo seu “instinto”, aproveitando alguns dos ditos e dicas ancestrais e inovando com as suas próprias experiências, vivendo no seu tempo presente agora a sua parentalidade singular.
É verdade que nos tempos modernos, nesta tal “aldeia global”, tecnocrata e competitiva, os pais não possuem tarefa fácil. Afinal, têm de ser óptimos pais, óptimos profissionais, óptimos maridos e mulheres, óptimos filhos, óptimos, óptimos, óptimos… Outra questão que se poderia colocar, mas neste contexto só iria dispersar, seria qual o valor que a falha ocupa nas nossas cabeças, corações, vida… mas continuando em torno dos “super pais”, não devemos esquecer o valor real dos filhos, pois eles também terão o direito de igual estatuto de super, eles são afinal os super filhos dos super pais!
Talvez correndo o risco de se ser abusivo, estes super filhos são uns coitados! Coitados por caírem na teia dos super. É que até os super heróis ganharam um carácter tão omnipotente que é deveras difícil alcançá-los em valentia. Estes super filhos acabam por sofrer por ter também de ser super bem comportados, super bons desportistas, super giros, super bons alunos, super bons seres sociais, etc e tal.
No meio de tantos super tudo, onde vamos parar?!...
terça-feira, junho 03, 2008
Storytelling
Contar histórias às crianças.
7 de Junho, Sábado das 9.30h às 12.30h e das 14.00h às 16.00h
Na sala 3 da APTCC
(Rua da Misericórdia, 76 Lisboa)
Professora: Marianne Decroes
O seminário decorrerá em Inglês
O seminário centra-se no “storytelling com objectivos pedagógicos, utilizando histórias para ajudar as crianças em situações específicas e para desenvolver a sua imaginação, apresentando diversas experiencias concretas.
Adicionalmente, as histórias estimulam o desenvolvimento de sentimentos saudáveis e ajudam as crianças e adolescentes a ultrapassar a ansiedade. As crianças e jovens criam um contexto para as suas experiencias do dia-a-dia, desenvolvem uma compreensão das situações sociais e imaginam-se a si próprias como indivíduos que conseguem ultrapassar as suas dificuldades e ganhar auto-confiança para lidar com uma diversidade de situações sociais. O seminário procura demonstrar como se podem utilizar histórias tradicionais para atingir estes objectivos, bem como criar histórias para necessidades específicas.
Preço:
Sócios ou formandos da APTCC 50 euros
Não sócios 69 euros
As inscrições podem ser efectuadas no secretariado da APTCC (tel. 213210100) e-mail: aptcc@cognitivas.org
7 de Junho, Sábado das 9.30h às 12.30h e das 14.00h às 16.00h
Na sala 3 da APTCC
(Rua da Misericórdia, 76 Lisboa)
Professora: Marianne Decroes
O seminário decorrerá em Inglês
O seminário centra-se no “storytelling com objectivos pedagógicos, utilizando histórias para ajudar as crianças em situações específicas e para desenvolver a sua imaginação, apresentando diversas experiencias concretas.
Adicionalmente, as histórias estimulam o desenvolvimento de sentimentos saudáveis e ajudam as crianças e adolescentes a ultrapassar a ansiedade. As crianças e jovens criam um contexto para as suas experiencias do dia-a-dia, desenvolvem uma compreensão das situações sociais e imaginam-se a si próprias como indivíduos que conseguem ultrapassar as suas dificuldades e ganhar auto-confiança para lidar com uma diversidade de situações sociais. O seminário procura demonstrar como se podem utilizar histórias tradicionais para atingir estes objectivos, bem como criar histórias para necessidades específicas.
Preço:
Sócios ou formandos da APTCC 50 euros
Não sócios 69 euros
As inscrições podem ser efectuadas no secretariado da APTCC (tel. 213210100) e-mail: aptcc@cognitivas.org
segunda-feira, junho 02, 2008
domingo, junho 01, 2008
A alegria e a dor!
"A alegria ou euforia é o encontro festivo com o outro. É o prazer da inundação do ser no abraço libidinal.
E assim, definimos o investimento do objecto como um movimento da líbido para o outro, que, no seu percurso, investe o próprio.
O prazer vem portanto da actividade de estar com... Nasce do exercício da relação libidinal.
Por outras palavras: o investimento objectal acompanha-se de um investimento narcísico. É o estado amoroso.
A dor, a tristeza, é o deserto relacional. A ausência do outro para investir; o que reflexamente desinveste o próprio.
É a hemorragia da líbido através da ruptura da relação. Rompido o sistema relacional Self-objecto, o indivíduo sangra e sofre.
Perdido o objecto, não há apelo ao movimento libidinal. É então a queda da líbido, que, para não se esgotar na sangria da tristeza, abandona o Self e se refugia no Id (como a seiva das árvores, durante o Inverno: reflui para as raízes).
Para não cair na apatia, na impotência e no desespero, pela certeza da irreversibilidade da perda e a possibilidade da construção imaginária de um novo alvo. E, deste modo, sair do investimento nostálgico do objecto perdido.
A elaboração da perda faz-se, assim, pela mentalização do desprazer.
Fazer algo da dor: criar, pela invenção do imaginário, no espaço dolente da falta.
Sonhar... enquanto não se pode realizar.
Jamais desistir. Porque a "morte", essa, é "vazia; nem dor nem alegria".
Viver, apesar de... apesar da perda, apesar de tudo."
E assim, definimos o investimento do objecto como um movimento da líbido para o outro, que, no seu percurso, investe o próprio.
O prazer vem portanto da actividade de estar com... Nasce do exercício da relação libidinal.
Por outras palavras: o investimento objectal acompanha-se de um investimento narcísico. É o estado amoroso.
A dor, a tristeza, é o deserto relacional. A ausência do outro para investir; o que reflexamente desinveste o próprio.
É a hemorragia da líbido através da ruptura da relação. Rompido o sistema relacional Self-objecto, o indivíduo sangra e sofre.
Perdido o objecto, não há apelo ao movimento libidinal. É então a queda da líbido, que, para não se esgotar na sangria da tristeza, abandona o Self e se refugia no Id (como a seiva das árvores, durante o Inverno: reflui para as raízes).
Para não cair na apatia, na impotência e no desespero, pela certeza da irreversibilidade da perda e a possibilidade da construção imaginária de um novo alvo. E, deste modo, sair do investimento nostálgico do objecto perdido.
A elaboração da perda faz-se, assim, pela mentalização do desprazer.
Fazer algo da dor: criar, pela invenção do imaginário, no espaço dolente da falta.
Sonhar... enquanto não se pode realizar.
Jamais desistir. Porque a "morte", essa, é "vazia; nem dor nem alegria".
Viver, apesar de... apesar da perda, apesar de tudo."
Parte de um texto de António Coimbra de Matos in "A Depressão"
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