segunda-feira, fevereiro 17, 2014
Perturbações do Sono nas Crianças
Uma Imagem Vale Mil Emoções: O Corpo e o Trabalho de Imagens em Psicodrama. - workshop
quinta-feira, fevereiro 13, 2014
A Loucura e o Amor
- Vamos brincar às escondidas?
- O que é isso? - perguntou a Curiosidade.
- É uma brincadeira. Eu conto até cem enquanto vocês se escondem. Quando eu terminar, vou à vossa procura...
Todos aceitaram, menos o Medo e a Preguiça. E a loucura começou a contar:
-1,2,3,...
A Pressa escondeu-se primeiro, no primeiro lugar que viu.
A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore.
A Alegria correu para o meio do jardim.
A Tristeza começou a chorar, pois não encontrava um lugar apropriado para se esconder.
A Inveja acompanhou o Triunfo e escondeu-se perto dele debaixo de uma pedra.
A Loucura continuava a contar e os seus amigos iam-se escondendo.
O Desespero ficou desesperado ao ver que a Loucura já estava nos noventa e nove.
- CEM! - (Gritou a Loucura) - Vou começar a procurar...
A primeira a aparecer foi a Curiosidade, já que não aguentava mais, pois queria saber quem seria o próximo a contar.
Ao olhar para o lado, a Loucura viu a Dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar para se esconder. E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez…
Quando estavam todos reunidos, a Curiosidade perguntou:
- Onde está o Amor?
Ninguém o tinha visto.
A Loucura começou a procurá-lo. Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer. Procurando por todos os lados, a Loucura viu uma roseira, pegou num pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito.
Era o Amor, gritava por ter furado o olho com um espinho. A Loucura não sabia o que fazer. Pediu desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu segui-lo para sempre. O Amor aceitou as desculpas."
O CÉREBRO DOS ADOLESCENTES
Fala-nos da influência do córtex pré-frontal na tomada de decisões, no planeamento, na inibição dos impulsos e na consciência de si e dos outros. Aborda ainda o desenvolvimento do "cérebro social" e na forma como o contexto propicia respostas automáticas instintivas, a capacidade de ler as emoções dos outros e de avaliar o seu ponto de vista.
Por que razão os adolescentes se colocam mais em risco, porque é que têm dificuldade em colocar-se no lugar do outro (principalmente dos pais!), porque procuram a recompensa e têm dificuldade em adiá-la?
Termina com uma reflexão sobre a importãncia do conhecimento do cérebro na educação (parental e escolar) e no tratamento dos adolescentes. Lança ainda a questão: Porque não aproveitar o lado aparentemente mais negativo da adolescência para potenciar a aprendizagem e a criatividade?
Vale a pena ver:
http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/sarah_jayne_blakemore_the_mysterious_workings_of_the_adolescent_brain.html
Alexandra Barros
Psicóloga e Psicoterapeuta
http://www.psicronos.pt/consultas/neuropsicologia_17.html
quarta-feira, fevereiro 12, 2014
Saiba Se o Seu Inconsciente Conspira Contra a Sua Vida Amorosa
segunda-feira, fevereiro 10, 2014
Perseguição do governo chinês aos seguidores de Falun Gong
Ontem vi um documentário na Sic Noticias, no programa Toda a Verdade que me deixou particularmente chocada e sensibilizada. Estive o resto da tarde (ou mesmo dia) a tentar descobrir na net informações adicionais sobre a questão e a informar-me sobre a corrente filosófica/religiosa que deu origem a tamanha perseguição iniciada em 1999 e que se prolonga até à actualidade.
Segundo consegui perceber os adeptos e praticantes de uma disciplina mental que corresponde a uma filosofia de vida e à pratica de uma sequência de exercícios, do género do Tai Chi Chuan ou Chi Cung, denominada pelo seu criador Mestre Li Hongzhi de Falun Cong. Esta prática, considerada como uma prática avançada de cultivo da mente e do corpo, teve inicio em 1992 e em 1999 já tinha ganho 100 milhões de adeptos na China. Espalhou-se muito rapidamente e foi muito facilmente absorvida pela população chinesa. Segunda alguns estudiosos e divulgadores das atrocidades praticadas pelo governo chinês sobre os seus praticamente, foi esta rápida expansão que gerou no governo uma sensação de ameaça e a necessidade da sua extinção. Em 1999 por decreto a prática do Falun Cong foi considerada ilegal e os seus praticantes e adeptos perseguidos, presos e torturados. Milhares de pessoas foram presas, o governo constitui campos de prisioneiros específicos, semelhantes a campos de concentração para alojar estas pessoas, submetendo-as a torturas arrepiantes e a trabalhos forçados. Sob tortura os praticantes são (o verbo está propositadamente no presente porque é algo que continua a acontecer) obrigados (a única saída possível) a renunciarem à pratica do Falun Cong e são sujeitos a uma lavagem cerebral para se tornarem opositores do Falun Cong.
Em 1994, 5 anos antes do inicio da perseguição dos adeptos do Falun Cong (pratica inicialmente estimulada pelo próprio governo) o Mestre Li Hongzhi resolveu divulgar a pratica pelo mundo e acabou por ficar a residir nos Estados Unidos (onde vive atualmente), tendo adquirido direitos de cidadão americano. Enquanto cidadão americano ficou protegido e não foi sujeito a extradição como exigia o governo chinês. Desde o inicio da perseguição que a actividade do Mestre é muito discreta aparecendo apenas algumas comunicações deles no site americano da prática Falun Cong - http://en.minghui.org/.
Os praticantes de Falun Gong prisioneiros para além de serem sujeitos às praticas habituais de tortura - espancamento e privação de sono, são sujeitos a mutilações várias e a serem preservados como dadores de orgãos vivos. Existem relatos tenebrosos só inimagináveis em filmes de terror ou associados à segunda guerra mundial e aos nazis. Há relatos de mulheres gravidas de 8 meses obrigadas a abortar após ambos (feto e mãe) terem sido sujeitos às mais diversas torturas. Relato de uma mulher cujo o coração foi retirado do corpo sem anestesia e ainda em vida (segundo o medico testemunha morreu quando lhe cortaram a artéria ou a veia do coração, directamente no coração), relato da mulher de um medico que dizia ter retirado mais de 2 mil córneas para transplante. O comercio de transplante de órgãos vitais e não só tem subido muito rapidamente nos últimos anos graças a estes prisioneiros que são mortos nas salas de operações por remoção de todos os seus órgãos passiveis de serem vendidos e transplantados para os europeus e americanos sedentos de transplantes fáceis, rápidos e de doadores saudáveis. A pratica do Falun Cong parece deixar os seus praticantes particularmente saudáveis e que, por isso mesmo, são excelentes "dadores compelidos" de órgãos.
Isto passa-se agora! Na Actualidade!
O grupo de praticantes perseguido de forma selvagem e sujeitos a tratamentos totalmente desumanos tem como lema: Verdade, Tolerância e Benevolência.
O Mestre Li Hongzhi já foi proposto várias vezes para prémio Nobel da Paz
domingo, fevereiro 09, 2014
O trauma, o medo e a ansiedade. Parte 1.
Estou a escrever uma comunicação para apresentar num congresso international e, por essa razão, tive de reler uma série de obras que dizem respeito ao trauma.
Ao fazer este trabalho de revisão e de investigação, ocorreu-me que talvez fosse útil tentar escrever um pequeno texto que, de forma simplificada mas sem deixar de ser rigorosa, pudesse informar os nossos leitores em que consiste o trauma.
A palavra caíu há muito na linguagem comum e não é raro ouvir dizer algo como "fiquei traumatizada com o que me aconteceu quando...". É um uso pouco rigoroso da palavra, porque uma das características do trauma é não nos lembrarmos dele, ou pelo menos de tudo o que aconteceu quando o trauma teve lugar.
A palavra, que vem do grego ferida, passou a significar algo que nos marcou. Existe também na linguagem médica, como por exemplo na expressão traumatismo craniano. Como já fui vítima de um, sei bem o que quer dizer, e a verdade é que não me lembro nada do que aconteceu nos momentos a seguir à ocorrência do acidente. Foi como se tudo se me tivesse apagado da memória. Mas apagou-se, realmente? É possível que, dada a violência do embate sobre o lado direito do meu corpo, com inúmeras fracturas, eu não me recorde sequer da dor? Para onde foram essas memórias, se é que existem?
Foram perguntas um pouco semelhantes a estas que Freud colocou quando começou a estudar o problema do trauma, agora já não físico mas psíquico. Freud, que esteve a estudar com Charcot (médico e o grande hipnotizador da época) em Paris entre 1875 e 1876, começou por ligar os traumas às manifestações histéricas. Observava nas pacientes histéricas sujeitas a hipnose que o trauma andava a par com o medo, medo sentido pela criança em determinadas situações de que já não se lembrava (parece que a hipnose conseguia, em certos casos, fazer reviver esse medo e ligá-lo a memórias). O medo é, como se sabe, uma das emoções mais básicas do ser humano, mas também uma das mais frequentes. O medo, em excesso, pode ser inibidor, pode mesmo impedir um desenvolvimento saudável e uma vida vivida plenamente. Este medos, escreveu Freud, poderiam durar décadas, repetir-se um determinadas circunstâncias, sem que a pessoa conseguisse estabelecer a ligação com o primeiro acontecimento.
Dado que se trata de um assunto complexo e mesmo pesado, vou ficar por aqui hoje. Quem quiser saber mais sobre trauma, é favor acompanhar o Salpicos.
Encontramos-nos na parte 2!