sábado, setembro 29, 2012

O TEMPO DA MUDANÇA E A MUDANÇA DO TEMPO




Também na mudança e evolução espiritual não há elevadores... passo a passo se faz o caminho; caminho esse que se faz caminhando...


terça-feira, setembro 25, 2012

GRAVIDEZ TARDIA (II): DEPOIS DOS 35 = RISCO?


Pelo menos até há bem pouco tempo (na verdade, penso que ainda é assim), uma gravidez depois dos 35 anos era automaticamente considerada de risco. Não descurando a maior incidência de alterações e complicações a partir desta idade, esta classificação sem a verificação de fatores pré-existentes pode trazer um risco acrescido: o da ansiedade.

A gravidez requer adaptação a vários níveis e traz consigo ansiedade e angústias normais. À partida, mesmo nos casais que optaram (em contraposição à decisão forçada) por adiar a parentalidade, existe uma ansiedade face à possibilidade ou não de conceberem e face aos receios inerentes ao decorrer da gravidez e do desenvolvimento do bebé. Ao verem a sua gravidez conotada como “de risco”, a ansiedade e os receios podem aumentar exponencialmente e influenciar de forma negativa o processo.

Por um lado, passa a haver uma perceção e uma crença de que o bebé será mais vulnerável e correrá mais riscos, mesmo não tendo havido qualquer problema ou complicação. Por outro lado, esta crença pode levar a uma culpabilidade e a um sentimento de responsabilidade direta sobre a saúde do filho. Este aspeto pode não só afetar a gravidez, como o estilo parental após o nascimento, que poderá ser excessivamente protetor devido a angústias de doença ou mesmo de morte. No extremo, a mãe (e obviamente o pai) pode mobilizar mecanismos de defesa que a impedem de se ligar ao bebé durante a gravidez, e depois, devido ao receio de que não sobreviva. Estes movimentos podem ter consequências devastadoras na saúde mental dos pais e da criança.

Este aspeto implica, portanto, a necessidade dos profissionais de saúde serem sensíveis aos fatores psicológicos e acompanharem o casal não só do ponto de vista médico, mas também no que toca às expetativas e aos receios.

A gravidez tardia (talvez também esta expressão deva ser repensada) é o resultado de mudanças sociais e dos progressos médicos, obrigando por isso a uma mudança nos paradigmas de intervenção.

sábado, setembro 22, 2012

O caminho

Esta ilustração tirada do site massivemov é tão expressiva que não é preciso dizer mais nada.
Ponhamos realização onde está sucesso, e fica melhor ainda.
 
 

A curiosidade

Não é frequente vir nos manuais como sendo uma "soft skill". As é.

A curiosidade, ou seja, a capacidade de nos interessarmos pelas coisas, de querer saber mais, de ir maIs longe, é essencial. Perguntar, inquirir, interrogar. Constantemente, sem medo das criticas dos outros. Uma mente que quer saber é uma mente aberta e com desejo de aprender. Não há melhor garantia para o progresso de uma pessoa.

Seth Godin é um homem com uma mente "fora da caixa", como agora se diz. Vale a pena acompanhar o blog dele. Este é justamente sobre a curiosidade:

http://sethgodin.typepad.com/seths_blog/2012/09/curiosity-was-framed.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+typepad%2Fsethsmainblog+%28Seth%27s+Blog%29

 

sexta-feira, setembro 21, 2012

EMDR em expansão e divulgação

                                     

O EMDR é uma forma de terapia recente e inovadora em constante expansão. Na Psicronos são já vários os psicólogos formadas nesta abordagem devido à sua grande eficácia em certos casos como por ex. pessoas vítimas de traumas. No Brasil foi divulgado mais um artigo sobre esta psicoterapia contribuindo para a sua compreensão:

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/09/18/terapia-que-trabalha-com-movimento-dos-olhos-trata-de-traumas-a-medo-de-aviao.htm

quinta-feira, setembro 20, 2012

Cada mente


"Cada mente é, na realidade, um formigueiro de
predisposições opostas. A ideia da personalidade
como algo com atributos fixos é uma ilusão."

                                                 Lawrence Durrell

terça-feira, setembro 18, 2012

GRAVIDEZ TARDIA: OPÇÃO, NECESSIDADE OU IMPOSIÇÃO? (I)


Uma em cada cinco mulheres adia a gravidez para depois dos 35 anos. Vários fatores contribuem para este aspeto: dificuldades financeiras, aposta na consolidação da carreira, estatística mais animadora no que respeita aos cuidados médicos e a complicações nesta faixa etária, maior índice de divórcios e de instabilidade nos relacionamentos afetivos.

A maior parte das gravidezes tardias são em mulheres com estudos superiores ou, pelo contrário, em níveis sociais mais desfavorecidos, neste caso devido à falta de planeamento familiar.

Há que distinguir a mulher que adia voluntariamente a gravidez, da que “decide” engravidar tardiamente por fatores alheios à sua vontade. Mesmo quando a mulher decide engravidar mais tarde, por exemplo por motivos profissionais, não significa que não tenha esse desejo mais cedo e que não vivencie a pressão social, biológica e intrapsíquica, com ansiedades e angústias relacionadas com a possibilidade de conceber.

Também se assiste a um aumento do número de casais que não consegue conceber, sem que haja condições médicas associados. As mulheres ouvem cada vez mais que irão engravidar quanto abrandarem o ritmo de trabalho, havendo portanto fatores de stress associados. Mas quem se pode dar ao luxo de trabalhar menos nos dias de hoje?

É sabido que a partir dos 35 anos há uma diminuição da fertilidade e que acrescem os riscos para a saúde da mãe e do bebé: maior incidência de abortos, maior risco de diabetes e hipertensão maternas, maior índice de baixo peso à nascença e de sofrimento fetal, maior incidência de anomalias fetais e maior taxa de complicações obstétricas. Há também dados que referem riscos relacionados com a idade do pai, embora a este nível existam menos informações.

Contudo, e apesar de a partir dos 35 anos a gravidez continuar a ser conotada como sendo de risco, existem também cada vez mais dados que indicam que se a mulher for saudável e assegurar os cuidados pré-natais, os riscos são semelhantes aos de uma mulher mais jovem. Assim, os riscos estarão mais associados a fatores pré-existentes, que parecem ser mais frequentes em mulheres mais velhas.

Este é o primeiro post de uma série de reflexões que pretendemos desenvolver. Nos próximos, iremos abordar as vivências e expetativas associadas ao rótulo “de risco”, bem como as particularidades que são descritas no estilo parental dos casais que têm filhos mais tarde.

sábado, setembro 15, 2012

Políticos

Não é só cá que a imagem dos políticos infelizmente se degrada. Este é um engraçado cartoon da Times.

 

quinta-feira, setembro 13, 2012

"O INÍCIO DO ANO LECTIVO" - (VMT)

Na edição de ontem do jornal i li um pequeno artigo de opinião de um jornalista que falava acerca do regresso das  nossas crianças à escola e das notícias divulgadas, ou pelo menos mais noticiadas pelos jornalistas. Referiu que por esta altura de regresso às aulas as notícias são sobre as colocações dos professores, as despesas das famílias mas quase nunca colocam o enfoque nas alterações das rotinas das crianças e jovens.
Este senhor colocou a tónica numa questão que, a meu ver, assume importância fundamental - "...o sentimento de desagrado com que algumas crianças encaram o recomeço das aulas..."
Podemos ler "E espanto-me com os comentários de alguns pais que aceitam com naturalidade e até incentivam o sentimento de desagrado ... e até reconhecem que eles enquanto jovens abominaram a escola, as aulas, os professores, a disciplina.... Já adultos e ainda não perceberam aonde nos conduziu a falta de exigência que invadiu o sistemande ensino das últimas décadas?"
E termina referindo que felizmente conhece muitas crianças que vão para a escola com entusiasmo e ávidos de conhecimento e que são crianças e jovens alegres e, acrescento eu, com objectivos!


Gostar de aprender, sentir-se realizado a querer saber mais são dois dos pilares que devemos tentar cimentar em todos os jovens.
inércia, apatia, falta de vontade são questões transversais na adolescência, mas não têm que se transformar numa "forma de vida"!!

Todo o ser humano necessita de pessoas de referência e os pais e os professores são pessoas por excelência para assumirem este papel. Quem não teve um professor (seja do 1º, 2º, 3º ciclo, secundário ou ensino superior) que assumiu um papel importante na nossa vida, mudou rumos, alterou forma de pensar, estar, ou pelo menos, faz-nos recordar com saudade aquela época...!!!

Eu tive/tenho!!

quarta-feira, setembro 12, 2012

JARDIM DE INFÂNCIA: CHEGOU O DIA!


Por esta altura, muitos pais se deparam com os primeiros dias de adaptação ao Jardim de Infância. Esta é, na maior parte das vezes, a primeira oportunidade (e uma das principais) de adaptação ao mundo exterior.

Muitos são os receios e as angústias nesta nova fase, sobretudo no que respeita à segurança da criança durante o dia. A separação é, frequentemente, um momento doloroso, muitas vezes mais para os pais do que para a criança. “Chora ele/a e choro eu”, dizem muitas vezes. Os pais tendem a sentir-se culpabilizados por acharem que a criança se vai sentir abandonada e esta ansiedade acaba por ser transmitida aos mais pequenos. A criança precisa de sentir que vai ficar num local seguro, com uma educadora que vai cuidar de si durante a ausência dos pais. Daí que uma relação aberta e tranquila com a educadora, bem como a demonstração da confiança que depositam na mesma sejam fatores importantes para que a criança a encare da mesma forma.

Prolongar o momento da separação não será recomendável. É importante despedirem-se com um beijo e um abraço e com a mensagem clara de que os pais voltarão para buscar o filho no final do dia. Depois, respire fundo e não olhe para trás! Por outro lado, sair às escondidas é totalmente desaconselhado. A criança precisa de previsibilidade e o desaparecimento súbito dos pais pode deixá-la bastante assustada e com sentimento de abandono.

No final do dia, há que felicitar a criança e reforçar o facto de terem cumprido a promessa de voltar no final do dia. Algumas crianças correm para os braços dos pais, outras tendem a ignorá-los.

A maior parte das crianças pode chorar nos primeiros minutos da separação, mas depois ficam bem. Por outro lado, muitas crianças têm uma boa adaptação, mas apresentam alguns sinais de regressão, sobretudo em casa. É normal haver algumas alterações no sono e na alimentação, sintomas da reorganização e do processo de autonomização pelo qual a criança está a passar.

domingo, setembro 09, 2012

Toca a andar de bicicleta!

 

A bicicleta está presente em grande número nas principais capitais do mundo e aqui no burgo vai havendo cada vez mais.

É barato, bom para a saúde e emagrece. Só vantagens. Tem os seus perigos, claro, mas em tudo é preciso cautela.


Muitas vezes as pessoas gostariam de experimentar mas nem sabem por onde começar. Eu uso uma bicicleta dobrável, como a que está na ilutração, mas que nao dá para grandes distancias. Tem a vantagem de ter um centro de gravidade baixo, o que a torna mais segura em termos de equilíbrio. Também dá para meter na mala do carro ou levar no autocarro e, claro, meter no elevador ou num canto do escritório.

Na imagem podem ver os vários tipos de bicicleta, vantagens e desvantagens de cada modelo. O meu conselho é o de começarem por pedir uma emprestada para perceberem se querem comprar uma semelhante ou outro modelo.

Mais informações úteis em:


http://www.biketoworkblog.com/your-many-bicycle-choices/


 

sexta-feira, setembro 07, 2012

Frase humana do dia



Not the ones speaking the same language, 
but the ones sharing the same feeling understand each other.


Rumi

sexta-feira, agosto 31, 2012

Mensagem do dia de uma pessoa em análise


"O meu unico conselho é: aceita o que não podes mudar e luta por tudo o que podes mudar até ao teu ultimo fôlego.....se não conseguires não há de ser por não tentares....e chora muito mas depois limpa as lágrimas, põe um sorriso e continua porque a tristeza chega com facilidade mas a alegria e a felicidade temos de lutar por elas....força."

sábado, agosto 25, 2012

Fotografia do gelo

Foto: Olaf Otto Becker

 

 

A vontade humana parece que não tem limites. Mesmo em condições extremas, há pessoas que conseguem encontrar motivação e forças para concretizar os seus objectivos.

Olaf Otto Becker esteve durante meses num dingy (um pequeno bote) na costa oeste da Gronelandia, a tirar fotografias. O resultado é uma maravilha e pode ser visto em:

http://f56.net/en/artists/olaf-otto-becker/olaf-otto-becker-broken-line/


 

quarta-feira, agosto 22, 2012

O lado bom do conflito

Margaret Heffernan, numa excelente Ted Talk, faz-nos perceber que o conflito também é necessário para que possa haver mudanças.

O facto é que todos nós gostamos mais de estar rodeados por pessoas que concordam connosco. A médica de que fala Margaret Heffernan era uma excepção e isso permitiu-lhe fazer uma descoberta importante para a humanidade.

http://www.ted.com/talks/margaret_heffernan_dare_to_disagree.html


 

domingo, agosto 19, 2012

OBSERVAR

Muitas vezes, quando estou numa cidade nova, gosto de observar a multidão que segue a sua vida, caminhos distintos que se cruzam, culturas que se passeiam, formas de estar e pensar que lado a lado vão inebriando a visão e criando uma sinfonia singular.


É num observar, livre de interferências e de juízos, que somos capazes de aceder ao outro - já nos dizia o mestre da mímica
Happy birthday, Charlie Chaplin. This is a circular cigarette card from our George Arents Collection. And now, in his honor, we will be silent.



“Sem a minha mãe, acho que jamais me teria saído bem na mímica. Ela possuía a mímica mais notável que já vi. Por vezes, ficava durante horas à janela a olhar para a rua e reproduzindo com as mãos, os olhos e a expressão de sua fisionomia, tudo o que se passava lá em baixo. E foi observando-a assim que eu aprendi não somente a traduzir as emoções com as minhas mãos e meu rosto, mas sobretudo a estudar o homem.”

                                                                       CHARLIE CHAPLIN

sábado, agosto 18, 2012

Interpretação do desenho infantil

A interpretação do desenho infantil é um tema bastante interessante e num certo sentido inesgotável. Brincar construindo e encenando fantasias e desenhar são formas privilegiadas de comunicação do mundo interno inconsciente ao dispor das crianças.

As crianças, tal como os adultos, estão em permanente contacto com o seu mundo interno e este está por sua vez num permanentemente esforço de elaboração dos estados emocionais vivenciados. Consciente e inconsciente trabalham em sintonia para promover o desenvolvimento emocional e permitir o amadurecimento da criança. Comunicar o que sentimos nas partes mais escondidas de nós próprios e das quais muitas vezes nem temos consciência é tarefa da arte nas suas mais variadas formas e expressões.  A criança encontra no desenho uma via fácil de expressão da suas emoções, sensações, ideias e conceções do mundo, das pessoas e das relações. 

Os desenhos servem tanto para elaborar emoções e situações complicadas de digerir como para dar expressão a desejos, fantasias e modos de apreensão da realidade emocional. Olhar, analisar e interpretar um conjunto de desenhos de uma criança é olhar para o seu mundo interior, para as suas emoções e tentar compreender a sua conceção da realidade. É uma das formas mais ricas de penetrar no mundo interno (por vezes, inconsciente) de uma criança e precisamente porque é olhar indiscreto sobre o mundo mental deve ser feito SEMPRE com o maior respeito pela criança e pela sua vida mental.


PRESENTES

 

Quem não gosta de ser supreendido por um presente ou um ramo de flores, sobretudo por quem não tem como hábito fazê-lo?

Há aqui duas questões curiosas: a primeira é sobre quem não costuma dar presentes. Dar um presente é uma forma de dizer: "penso em ti". Dir-se-ia que as pessoas que não dão presentes sofrem de falta de empatia (não sabem colocar-se na cabeça do outro) e é bem capaz de ser verdade. Quantas vezes não ouvimos dizer: "não faço a mínima ideia do que hei-de dar-lhe". Falta de imaginação ou falta de atenção?

Uma pessoa contou-me há dias que o namorado, em três anos, nunca lhe tinha oferecido nada. O quê, nem um chocolate, um ramo de rosas, um livro, um gelado? É caso para tocar uma campaínha de alarme, de facto...

A outra questão prende-se com aqueles que cobrem o outro de presentes. Às vezes - mas nem sempre - o excesso pode significar uma culpabilidade subjacente, um querer compensar outras faltas, reais ou imaginadas. Assim fazem alguns pais separados com os filhos, não cuidando às vezes de comunicar com eles devidamente.

Mas nem sempre é essa a razão. Há quem goste genuinamente de dar presentes e ver os outros surpreendidos e contentes. Felizmente que estas pessoas existem e tornam as nossas existências mais agradáveis.

 

sexta-feira, agosto 17, 2012

RELAÇÕES COMPLICADAS...


Às vezes podemos queixar-nos de que a nossa parceira ou parceiro não nos trata como gostaríamos ou como achamos que merecemos; mas o que é facto é que, não raro, é um "lápis", que escolhe um "afia" para dormir ao seu lado! É uma relação destinada a ser desgastante e, no limite, anuladora do outro; mas também é a que encaixa melhor!