No meu trabalho diário com jovens e suas famílias, as
diferenças de mentalidades, formas de ser e de estar, imperam.
No livro "Tenho medo de ir à Escola" num capítulo exclusivamente dedicado a este tema, debruço-me sobre o que os pais dizem e querem e vice-versa:
No livro "Tenho medo de ir à Escola" num capítulo exclusivamente dedicado a este tema, debruço-me sobre o que os pais dizem e querem e vice-versa:
“Ora cada vez mais assistimos a meninas de 10 anos a lidarem com as
questões das alterações hormonais, com o início da menarca (1ª menstruação),
com a pele a alterar, e inevitavelmente com flutuações de humor, que vão desde
a agressividade, tristeza, felicidade, apatia, preguiça, agitação… Estas
alterações, de início mais tardio nos rapazes, “obrigam” a uma grande mudança
na dinâmica familiar e a uma necessidade de reorganização para se conseguir acompanhar
todas estas modificações.”
Na realidade as perspetivas dos pais e dos filhos são distintas e cada uma, à sua maneira, são válidas, mas como lá chegar? Como será possível que estas suas entidades consigam chegar a um acordo e compreenderem-se?
Nalguns casos será mesmo necessária ajuda externa, pois a comunicação já atingiu um nível tão incompreensível, que um "tradutor" terá que decifrar o discurso de cada uma das partes para que voltem a falar a mesma língua.
Se na sua família considera que já chegou a este ponto procure ajuda especializada, se ainda não aconteceu mas percebe que a relação está a mudar, então talvez seja a altura ideal para refletir e compreender o que deve mudar para que consiga manter, ainda que com dias melhores que outros, como é natural, um nível adequado de comunicação.
“Quando
tinha catorze anos, o meu pai era tão ignorante que não o conseguia suportar.
Mas quando fiz vinte e um, parecia-me incrível o quanto ele aprendera apenas em
sete anos.”
Mark
Twain
(in
Tenho Medo de ir à Escola, Editora Esfera dos Livros - fevereiro de 2014)
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