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domingo, fevereiro 22, 2015

Fundamento científico da medicação antidepressiva contestado: O fim dos antidepressivos?


A teoria atual que fundamenta o uso da medicação antidepressiva é a de que a depressão está relacionada com baixos níveis de sorotonina (nos espaços entre as células do cérebro). A medicação funciona de modo a impedir que as células reabsorvam a serotonina, e desta forma os níveis de sorotonina permanecem elevados.

Um grupo de psicólogos e psiquiatras dos EUA e do Canadá levou a cabo uma análise de toda pesquisa em existência no sentido de encontrar fundamentos para esta teoria, que acaba por ter sido a base de toda a pesquisa (farmacológica) sobre a depressão nos últimos 50 anos.

Os autores concluem que a teoria sobre a serotonia está de facto ao contrário, e que a medicação que
aumenta os níveis de serotonina é de facto prejudicial para quem sofre de depressão.

A melhor evidência disponível aponta para um aumento de serotonina (e do seu uso) durante os episódios depressivos, e não um decréscimo. A serotonina, dizem os autores, ajuda o cérebro a adaptar-se à depressão e a redistribuir os seus recursos, atribuindo mais à area do pensamento consciente e menos a outras áreas (crescimento, desenvolvimento, reprodução, função imunitária e resposta ao stress).

Os autores referem que as melhoras nos pacientes que tomam medicação antidepressiva se devem à reação do cérebro em tentar livrar-se dos efeitos da própria medicação, ao passo que esta deveria servir de auxilio a esta mesma função. Em vez de ajudar, a medicação antidepressiva parece interferir ao nível dos próprios mecanismos de recuperação do cérebro, funcionado para a pessoa como um obstáculo à recuperação. Esta é também a explicação que os autores sugerem para o facto de as pessoas que tomam esta medicação se sentirem pior nas primeiras duas semanas.

Um dos autores faz ainda menção de que a medicação antidepressiva deixa os pacientes em pior estado após deixarem a medicação. Este estudo foi publicado no Neuroscience & Biobehavioral Reviews. Sugerimos a leitura integral do artigo em:

http://www.sciencedaily.com/releases/2015/02/150217114119.htm