Disfunção erétil pode ser tratada com algumas mudanças no estilo de vida
A disfunção
erétil é a incapacidade de obter e manter uma ereção firme o suficiente
para realizar uma relação sexual. A excitação sexual masculina que
provoca a ereção é um processo complexo que envolve cérebro, nervos,
vasos sanguíneos, músculos, hormonas e emoções. A disfunção erétil pode
ser o resultado de um problema com qualquer um destes fatores ou uma
combinação deles. De modo que o stress, preocupações e saúde mental
podem causar ou agravar a disfunção erétil.
Um estudo publicado no The Journal of Sexual Medicine revelou
que hábitos pouco saudáveis, como problemas com peso, inatividade
física, alto consumo de álcool, tabagismo e uso de drogas, aumentam as
chances de disfunções sexuais nos homens. Ao mesmo tempo, os
pesquisadores liderados por um estudioso do Statens Serum Institut, na Dinamarca, perceberam que tal estilo de vida é mais comum em pessoas sexualmente inativas.
A
análise contou com informações médicas de 5.552 homens e mulheres entre
16 e 97 anos. A partir dos dados, foi possível quantificar a
percentagem de indivíduos com riscos de saúde e disfunção ou inatividade
sexual.
Os
resultados apontaram que 78% dos homens e 91% das mulheres com hábitos
de vida não saudáveis mantinham tal estilo por não terem um parceiro
sexual. Já entre aqueles que tinham parceiros, os riscos de apresentar
disfunções sexuais foi representativo apenas no caso dos homens, com
probabilidade de 71%.
De
acordo com os cientistas, há muitas razões para a disfunção sexual,
incluindo algumas sobre as quais a pessoa não tem controle, como após
tratamentos de cancro.
Entretanto, os hábitos analisados na pesquisa faziam parte de escolhas
individuais e, portanto, cabe a esses mesmos indivíduos decidir melhorar
a sua vida sexual.
Peso e vida sexual
E
manter o peso saudável também é importante para a saúde sexual do
homem. Estudos sugerem alterações da função endotelial em homens obesos
com disfunção erétil. A obesidade é um estado de stress oxidativo
crónico e inflamatório. Homens com um índice de massa corporal (IMC, calculado com o peso em quilos dividido pelo quadrado da altura em metros) maior que 28,7 têm um risco 30% maior em apresentar disfunção erétil do que aqueles com um IMC normal (igual ou menor a 25). A prevalência de excesso de peso ou obesidade em homens com disfunção erétil é de aproximadamente 80%.
O aumento do
estresse oxidativo associado à obesidade pode aumentar a formação de
radicais livres, o que poderia desativar o óxido nítrico, reduzindo a
sua disponibilidade para as células-alvo. Homens obesos que participaram
de programas de perda de peso com modificações dietéticas e aumento da
atividade física tiveram uma redução do estresse oxidativo, associado a
uma melhora do óxido nítrico. Como a atividade de óxido nítrico
prejudicada parece desempenhar um papel importante na patogênese da
disfunção erétil, a maior disponibilidade de óxido nítrico associada com
a perda de peso pode estar relacionada com a melhoria da função erétil
em homens obesos.
Trabalhando a musculatura
No controle da disfunção erétil, os exercícios de Kegel podem colaborar. Eles
consistem na contração e relaxamento dos músculos do assoalho pélvico. O
objetivo é restaurar o tônus e força muscular de modo a prevenir ou
reduzir problemas do pavimento pélvico. Alguns estudos sugerem que os
exercícios de Kegel podem beneficiar alguns homens que têm disfunção
erétil. No entanto, são necessárias mais pesquisas de cunho científico.
Além
disso, os exercícios de Kegel podem ser também benéficos no tratamento
da incontinência urinária, tanto em homens como em mulheres. Para homens
podem fortalecer os músculos do assoalho pélvico, que suportam a bexiga
e o intestino e consequentemente afetam a função sexual.
Fonte: Minha Vida
Dr. Fernando Mesquita
Psicólogo Clínico
Terapeuta Sexual
Psicólogo Clínico
Terapeuta Sexual