O papel de um psicoterapeuta em psicoterapia psicanalítica é ajudar quem
o procura a lidar com as suas emoções mais difíceis e a organizar o pensamento.
É uma ajuda e um trabalho contínuo que, no contexto de um encontro específico entre
duas pessoas, resultam no germinar de formas mais adaptativas de lidar com as dificuldades
pessoais, na redução de angústias e insatisfações instaladas nas diferentes
áreas da vida, e na promoção contínua da autonomia individual.
O psicoterapeuta respeita e promove a autonomia e a identidade individuais e procura ajudar a própria pessoa a encontrar dentro de si as respostas que procura para os problemas que a afligem, que comprometem as suas relações e os seus objetivos de vida. O psicoterapeuta é alguém que, ao longo de uma psicoterapia, procura lançar luz sobre aquilo que a própria pessoa até então não pôde ou não conseguiu ver dentro de si, mantendo sempre essa luz acesa, mesmo quando por algum motivo ela parece voltar a apagar-se.
À medida que o "falar" se desenrola em sessão o psicoterapeuta constrói e aplica intervenções que procuram conter a ansiedade e transforma-la em coisas positivas; pôr a pessoa a pensar; oferecer novos pontos de vista; identificar padrões de funcionamento por detrás de dificuldades pessoais e relacionais; construir uma "aliança terapêutica"; ajudar na regulação das emoções e da autoestima; trabalhar resistências internas, etc..
Durante cada sessão muito se passa dentro do psicoterapeuta. Por isso é tão importante e exigente a formação pós-graduada do terapeuta psicanalítico, que envolve um longo processo pessoal de psicanálise (ou psicoterapia psicanalítica) e supervisão contínua durante muitos anos. Ao longo de cada sessão estas são algumas das “tarefas internas” que acontecem no psicoterapeuta:
»Mantém a sua atenção naquilo que lhe é transmitido verbalmente, mas também naquilo que lhe é transmitido não-verbalmente (maior parte do nosso discurso acontece de facto não-verbalmente);
O psicoterapeuta respeita e promove a autonomia e a identidade individuais e procura ajudar a própria pessoa a encontrar dentro de si as respostas que procura para os problemas que a afligem, que comprometem as suas relações e os seus objetivos de vida. O psicoterapeuta é alguém que, ao longo de uma psicoterapia, procura lançar luz sobre aquilo que a própria pessoa até então não pôde ou não conseguiu ver dentro de si, mantendo sempre essa luz acesa, mesmo quando por algum motivo ela parece voltar a apagar-se.
À medida que o "falar" se desenrola em sessão o psicoterapeuta constrói e aplica intervenções que procuram conter a ansiedade e transforma-la em coisas positivas; pôr a pessoa a pensar; oferecer novos pontos de vista; identificar padrões de funcionamento por detrás de dificuldades pessoais e relacionais; construir uma "aliança terapêutica"; ajudar na regulação das emoções e da autoestima; trabalhar resistências internas, etc..
Durante cada sessão muito se passa dentro do psicoterapeuta. Por isso é tão importante e exigente a formação pós-graduada do terapeuta psicanalítico, que envolve um longo processo pessoal de psicanálise (ou psicoterapia psicanalítica) e supervisão contínua durante muitos anos. Ao longo de cada sessão estas são algumas das “tarefas internas” que acontecem no psicoterapeuta:
»Mantém a sua atenção naquilo que lhe é transmitido verbalmente, mas também naquilo que lhe é transmitido não-verbalmente (maior parte do nosso discurso acontece de facto não-verbalmente);
»Procura colocar-se no lugar da pessoa que está à sua frente e tenta
perceber como é experiência daquela pessoa a partir de dentro, como sente e
pensa;
»Procura perceber como é que aquela outra pessoa o faz sentir e que
papeis lhe vão sendo atribuidos (inconscientemente) a cada momento da
psicoterapia;
»Procura perceber como se sente aquela outra pessoa face à presença, posição e função do psicoterapeuta,
bem como face às suas tentativas de ajudar a fazer sentido daquilo que lhe é
transmitido;
»Procura, através da narrativa da pessoa (e não só), perceber quais as suas angústias fundamentais
e as defesas psíquicas centrais (modos tendenciais de fazer face a essas mesmas
angústias, bem como à ansiedade de uma forma geral); procura também aferir a
flexibilidade ou exclusividade no uso dessas defesas (o que se relaciona com o
entendimento da organização e estrutura de personalidade de determinada pessoa);
»Procura outras expressões do mundo inconsciente;
»Procura cruzar tudo o que lhe é dito em sessão, e aquilo de que se apercebe a cada momento da sessão,
com a sua experiência clínica, formação e conhecimentos;
»Procura gerir momentos de incerteza, de desconhecimento ou de dispersão,
esperando pacientemente pelos momentos em que sentidos até então ocultos ou
fugazes parecem emergir, criando oportunidades e potenciando transformações;
»Procura sistematicamente sintetizar tudo isto para que, mediante a sua
sensibilidade, consiga construir e articular as suas intervenções ao longo das
consultas e entre as mesmas, de modo a que estas possam ser úteis e oferecer um efeito
transformativo (psicoterapêutico, integrativo ou maturativo) para a pessoa.
Para além da queixa/pedido trazido à consulta, um terapeuta
psicanalítico irá sempre avaliar o que pode e o que não pode ser mudado, o desenvolvimento
psicológico (como determinada pessoa foi ou não cumprindo todas as etapas
esperadas do desenvolvimento psicológico, e conseguindo ou não os ganhos
maturacionais próprios de cada etapa), a organização defensiva, o mundo
afetivo, as identificações, o mundo interno das relações interpessoais, a forma
de gerir a autoestima e o sistema de crenças adaptativas/desadaptativas. Estas
são informações que o psicoterapeuta guarda para si mesmo, pelo menos num
primeiro momento, servindo enquanto alicerces fundamentais para o diagnóstico
clínico e para a orientação do trabalho clínico a cada etapa da psicoterapia. A
mudança em psicoterapia e as novas situações e emoções que elas trazem e/ou
revelam vão alterando o diagnóstico, o que por sua vez também condiciona
mudanças no curso trabalho clínico e abre portas a novas fases do percurso psicoterapêutico.
O terapeuta psicanalítico ao procurar ajudar quem o procura a conseguir
maior qualidade de vida, torna-se num cuidador que zela pelos interesses mais elevados dos seus clientes. O psicoterapeuta é também alguém com vastos conhecimentos,
experiência pessoal e experiência clínica na área do desenvolvimento psicológico e da personalidade,
normal e patológico, e das funções e princípios mentais universais (por exemplo, o facto da mente não ter capacidade para se curar sozinha dos efeitos de situações traumáticas ou particularmente adversas, sobretudo quando acontecem durante a infância, o que tende a resultar na formação de sintomas e psicopatologia ao longo da vida). Ele é ainda especialista no entendimento de como o ser humano
muda e em que circunstâncias.
É com estas ferramentas que o psicoterapeuta trabalha ao nível da
reabilitação e/ou construção de recursos internos que permitem romper amarras e
quebrar circunstâncias internas e de vida aprisionantes que impedem e privam a
pessoa da oportunidade de uma vida plena.