terça-feira, novembro 18, 2008
Colóquio Internacional Fenomenologia, Psicologia e Psicoterapia - 23 e 24 de Janeiro 2009 - ISPA
Gostaríamos de o informar sobre a realização do Colóquio Internacional sobre Fenomenologia, Psicologia e Psicoterapia, a decorrer no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em Lisboa, nos dias 23 e 24 de Janeiro de 2009.
No Colóquio serão debatidos dois temas principais. O primeiro tema relaciona-se com o antigo desígnio de Husserl de constituição de uma Psicologia Fenomenológica, alargando e desenvolvendo as suas teorias da consciência e da subjectividade.
O outro tema incidirá sobre a pertinência da aplicação da Fenomenologia à Psicoterapia. No que diz respeito a este ponto particular, referimo-nos não só à prática do psicoterapeuta e à eficácia dos métodos fenomenológicos na relação terapêutica. Na verdade, estamos sobretudo a pensar nas teorias sobre a subjectividade humana e o significado da vida humana que estão subjacentes às nossas representações sobre saúde e bem-estar. Esperamos que a Fenomenologia nos forneça uma análise da dinâmica da subjectividade e intersubjectividade capaz de nos orientar no contexto psicoterapêutico.
O referido evento pretende assinalar os 70 anos da morte de Edmund Husserl, enquadrando a Fenomenologia de matriz husserliana em novos contextos, mas mantendo-se, todavia, fiel a algumas das suas mais importantes teses e ideias directoras.
O Colóquio é organizado conjuntamente pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada, pelo Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e pela Associação Portuguesa de Filosofia Fenomenológica.
Mais informações e inscrições: Tel.: 218 811 786 / 218 811 700
cii@ispa.pt / www.ispa.pt
CONFERENCISTAS
Pedro ALVES - (Universidade de Lisboa)
André BARATA - (Universidade da Beira Interior)
Fernando BELO - (Universidade de Lisboa)
Rudolf BERNET - (Katholieke Universiteit Leuven)
Irene Borges DUARTE - (Universidade de Évora)
François de GANDT - (Université de Lille III)
Amedeo GIORGI - (Saybrook Institute)
Paula Ponce de LEÃO - (Instituto Superior de Psicologia Aplicada)
Carlos MORUJÃO - (Universidade Católica Portuguesa)
Frederico PEREIRA - (Instituto Superior de Psicologia Aplicada)
Maria Luísa PORTOCARRERO - (Universidade de Coimbra)
Vítor Amorim RODRIGUES - (Instituto Superior de Psicologia Aplicada)
Urbano SINDOCHA - (Universidade da Beira Interior)
Daniel SOUSA - (Instituto Superior de Psicologia Aplicada)
Dan ZAHAVI - (University of Copenhagen)
sexta-feira, novembro 14, 2008
Felix Culpa de Clara Pracana - a não perder
Como eu própria digo na contra-capa do livro:
Este livro é um ensaio sobre a culpa nas suas diversas manifestações, conteudos e elaboração, tanto ao nível do psiquismo individual como colectivo. A autora percorre o caminho subtil e laborioso que nos permite perceber a existência da culpa entranhada na vida psíquica saudável e patológica.
É um estudo ímpar de reflexão teórica e de análise.
Habilmente capítulo após capítulo, percorrendo a matriz original da cultura ocidental e as mais modernas obras psicanalíticas, transporta-nos para o epicentro da culpa que ora nos leva mais longe na conquista da cultura, ora nos esmaga em sentimentos de remorsos e pesar avassaladores.
A psicologia e psicopatologia da culpa são igualmente revisitadas - a culpa sem nome, a autoculpabilização, a pedagogia da culpa, a depressão melancólica, a culpa inconsciente, o masoquismo moral, a reacção terapêutica negativa, etc. -, descobrindo nesse movimento a pulsão de morte e as suas inevitáveis consequências. A culpa é um derivado da pulsão de morte, uma expressão inequívoca da sua existência; mas paradoxalmente é também propulsor da cultura e da civilização. Na culpa e com a culpa, Clara Pracana vê, num certo sentido, o lado positivo da pulsão de morte.
A culpa é, tal como a pulsão de morte, condição do ser humano.
Encomende o seu exemplar aqui - Editora OVNI
quarta-feira, novembro 12, 2008
Seminário: Da criança objecto à criança sujeito
domingo, novembro 09, 2008
A crise e as competências emocionais/soft skills
Como acho que muitos dos leitores deste blog sabem, eu trabalho há muitos anos em áreas relacionadas com a gestão de recursos humanos, o desempenho pessoal e o desenvolvimento de competências, mentoring, etc.. Tenho-me apercebido da necessidade crescente de as pessoas estarem preparadas para enfrentar esta terrível crise económica internacional, que ainda mal começou (até agora tem-se revelado sobretudo na área financeira, o pior vai ser quando chegar mesmo às empresas). Aqueles de quem vai ser exigido mais não são, no entanto, os que estão na minha faixa etária (já algo avançada:)). São os que estão na faixa dos vinte e tal, trinta e quarenta que vão ter de se adaptar rapidamente a novas formas de desempenho e de lidar com a(s) crise(s) – externa e interna.
A verdade é que hoje em dia não basta ter um diploma e as competências técnicas. Os empregadores privilegiam cada vez mais qualidades como a auto-motivação, capacidade de trabalhar em equipa e de motivar os outros, resiliência e capacidade de utilizar as próprias emoções, mesmo em circunstâncias adversas.
Há dois anos leccionei um seminário teórico sobre esta matéria no ISPA, num mestrado. Gostaria de saber agora se haverá interesse da parte de outras pessoas, das mais variadas profissões (comércio, serviços, banca, seguros, informática, etc, etc) em participar num curso mais prático de soft skills, com um número reduzido de participantes.
Fico à espera de reacções dos leitores/bloguistas.
segunda-feira, novembro 03, 2008
Terror sem nome. O que significa?
Esta expressão é usada para referir uma angústia que o paciente sente, com uma forte sensação de "aniquilamento" que o mesmo não consegue descrever usando palavras. Com fequência o terapeuta insiste, equivocadamente, para que o paciente o faça, quando, ao invés, é este que está à espera que alguém o entenda, descodifique e esclareça o que ele próprio não sabe, nem de onde veio a angústia que é tão dolorosa.
D. Zimerman refere a este propósito o verso de Luís de Camões que expressa este terror: "Sinto um...não sei o que; Surge...não sei de onde; Aparece...não sei quando; Mas dói, dói muito; E... não sei por quê".
"Grito"
Edvard Munch
domingo, novembro 02, 2008
Mobbing
Bullying, cyberbullying, bullying homofóbico, mobbing
Muitos são os desígnios de um sub-tipo de violência comum a todos estes termos - a pressão psicológica, a ofensa, as ameaças...
Tal como no Bullying, este não é um conceito novo, apenas ganhou projecção nas últimas décadas e entre nós, começou-se agora a falar nele.
Mobbing deriva do inglês " to mob" que significa agredir. É um tipo de pressão psicológica que ocorre em âmbito laboral e que tem com objectivo principal diminuir as capacidades do trabalhador.
Este tipo de violência é perpectuada em meio laboral por meio de palavras, acções, exposição a situações difíceis, nas quais o trabalhador é humilhado, ridicularizado nas suas funções e capacidades.
Este termo foi proposto pela primeira vez por Konrad Lorenz em contexto etológico no decurso de estudos efectuados com gansos e gaivotas. Neste contexto o mobbing define-se como um ataque colectivo a um alvo considerado perigoso, normalmente um predador. Este ataque é levado a cabo por vocalizações e ameaças à distância, com o objectivo de confundir o predador. Nalgumas espécies este ataque inclui também defecar e vomitar na vítima.
Na década de 80 este termo foi popularizado por Heinz Leymann, considerado o pai do mobbing, que adoptou este conceito da etologia e relacionou-o com a conduta humana nas organizações laborais.
Para se falar em Mobbing vários comportamentos/ataques têm que estar presentes: ataque à vítima; às suas relações socias; à sua vida privada; às suas atitudes; à sua reputação.
Como causas podemos encontrar falta de liderança, inveja, stress, ciúmes...
Como consequências podemos observar uma diminuição na capacidade laboral (certos estudos remetem para uma diminuição na ordem dos 70%), sintomatologia psicossomática tais como dores de cabeça, taquicárdia, gastrites...
Os efeitos desta pressão psicológica são devastadores para a vítima, conduzindo, em casos extremos a baixas sucessivas ou à demissão.
Este é um flagelo que não se circunscreva apenas em termos laborais, uma vez que as suas repercussões acabam por se fazer sentir no ambiente familiar (maior nervosismo. stress constante, depressão...)
Muitos são os desígnios de um sub-tipo de violência comum a todos estes termos - a pressão psicológica, a ofensa, as ameaças...
Tal como no Bullying, este não é um conceito novo, apenas ganhou projecção nas últimas décadas e entre nós, começou-se agora a falar nele.
Mobbing deriva do inglês " to mob" que significa agredir. É um tipo de pressão psicológica que ocorre em âmbito laboral e que tem com objectivo principal diminuir as capacidades do trabalhador.
Este tipo de violência é perpectuada em meio laboral por meio de palavras, acções, exposição a situações difíceis, nas quais o trabalhador é humilhado, ridicularizado nas suas funções e capacidades.
Este termo foi proposto pela primeira vez por Konrad Lorenz em contexto etológico no decurso de estudos efectuados com gansos e gaivotas. Neste contexto o mobbing define-se como um ataque colectivo a um alvo considerado perigoso, normalmente um predador. Este ataque é levado a cabo por vocalizações e ameaças à distância, com o objectivo de confundir o predador. Nalgumas espécies este ataque inclui também defecar e vomitar na vítima.
Na década de 80 este termo foi popularizado por Heinz Leymann, considerado o pai do mobbing, que adoptou este conceito da etologia e relacionou-o com a conduta humana nas organizações laborais.
Para se falar em Mobbing vários comportamentos/ataques têm que estar presentes: ataque à vítima; às suas relações socias; à sua vida privada; às suas atitudes; à sua reputação.
Como causas podemos encontrar falta de liderança, inveja, stress, ciúmes...
Como consequências podemos observar uma diminuição na capacidade laboral (certos estudos remetem para uma diminuição na ordem dos 70%), sintomatologia psicossomática tais como dores de cabeça, taquicárdia, gastrites...
Os efeitos desta pressão psicológica são devastadores para a vítima, conduzindo, em casos extremos a baixas sucessivas ou à demissão.
Este é um flagelo que não se circunscreva apenas em termos laborais, uma vez que as suas repercussões acabam por se fazer sentir no ambiente familiar (maior nervosismo. stress constante, depressão...)
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