A ciência tem-se afastada cada vez mais do dualismo cartesiano que separa inequivocamente mente e corpo. Actualmente existe uma área denominada por psicossomática, que no sentido lato, se interessa pela forma como mente e corpo interagem e, sobretudo, como factores de índole "psicológica" podem originar ou contribuir para problemas somáticos (do corpo).
Estando a comunidade científica cada vez mais sensibilizada para esta interface, foi publicada uma notícia no jornal "Cienciahoje" (http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49326&op=all), onde se pode ler, como dores nas costas, tonturas, mal-estar gástrico e, principalmente, falta de apetite sexual e fadiga, podem ser sinais de depressão.
Estes sintomas são na maior parte das vezes reportados ao médico de família estimando-se que 35% de casos deste tipo de depressão mascarada não seja diagnosticada. Nestes casos é, por exemplo, frequente existirem dores resistentes a analgésicos.
Estes sintomas são muitas vezes o rosto de uma depressão abafada ou o grito do “corpo” que a “mente” não consegue exprimir.
É importante estar atento à forma multifacetada pela qual a ansiedade e/ou depressão se podem manifestar: é hoje sabido que a persistência destes afectos negativos influência negativamente a postura, tensão, energia, hormonas, digestão, sono, apetite, etc.
Afinal o bem-estar (bem como o mal-estar) é sempre geral e bio-psicológico: se sofro fisicamente, fico abatido e triste; se estou stressado ou deprimido todo o meu corpo se ressente podendo dar origem a toda uma panóplia de dores e mal-estares físicos.