sexta-feira, outubro 19, 2012
Violência nas crianças - reflectindo a partir de Alice Miller
Os pais que batem nas crianças (e são agressivos, seja de que forma for), foram eles próprios alvo de violência física e psicológica pelos seus próprios pais. A nossa sociedade, aos poucos, está consciente da devastação psicológica e emocional que todas as formas de violência causam nas crianças e jovens. Desde as antigas "réguadas" a outras formas de humilhação e castigo, a nossa sociedade persistiu durante muito tempo (com o reforço e conivência da Igreja Católica...) com a ideia de que o ser humano teria que ser castigado (física e psicologicamente) para se poder tornar melhor. Aos poucos estamos mudando de uma cultura violenta para uma cultura mais tolerante e protectora dos mais fracos e desprotegidos. Mas muito devagarinho...
Recomendo vivamente a leitura das obras da psicanalista suíça ALICE MILLER, que com o seu esforço e dedicação, conseguiu mostrar a hipocrisia que a sociedade tem face às diversas formas de violência para com as crianças e jovens e o quanto o passado infantil e seus tramas (frutos da violência parental) condicionam e determinam as escolhas violentes dos adultos, que em si ainda mantém essa violência que a que formam sujeitos em criança(mesmo que muitíssimas vezes não sejam disso conscientes.
(NOTA: Agradeço ao Dr. João Ferreira (PSICRONOS), o facto de me ter sugerido as leituras desta psicanalista, que me permitiu aumentar em muito o entendimento que eu tinha destes fenómenos.
terça-feira, outubro 16, 2012
A HISTÓRIA DE UMA GAIVOTA E DO GATO QUE A ENSINOU A VOAR
“Esta é a história do gato Zorbas. Um dia, uma formosa
gaivota apanhada por uma maré negra de petróleo deixa ao cuidado dele, momentos
antes de morrer, o ovo que acabara de pôr. Zorbas, que é um gato de palavra,
cumprirá as duas promessas que faz nesse momento dramático: não só criará a
pequena gaivota, como também a ensinará a voar. Tudo isto com a ajuda dos seus
amigos Secretário, Sabetudo, Barlavento e Colonello, dado que, como se verá, a
tarefa não é fácil, sobretudo para um bando de gatos mais habituados a fazer
frente à vida dura de um porto como o de Hamburgo do que a fazer de pais de uma
cria de gaivota”
Ditosa, a pequena gaivota, apegada à sua nova família, não quer voar. Acha que se irão esquecer dela e quer ser um gato… Mais uma tarefa para Zorbas, que passo a citar:
“Tu és uma gaivota (…), gostamos de ti porque és uma gaivota (…). Não te contradissemos quando te ouvimos grasnar que és um gato, porque nos lisonjeia que queiras ser como nós; mas és diferente e gostamos que sejas diferente (…). Demos-te todo o nosso carinho sem nunca pensarmos em fazer de ti um gato (…). É bom que saibas que contigo aprendemos uma coisa que nos enche de orgulho: aprendemos a apreciar, a respeitar e a gostar de um ser diferente. É muito fácil aceitar e gostar dos que são iguais a nós, mas fazê-lo com alguém diferente é muito difícil (…)”.
Li há tempos esta história escrita por Luís Sepúlveda, uma delícia que se devora num instante, contendo várias mensagens implícitas. Uma das minhas preferidas é esta que citei.
Quantas vezes nos nossos relacionamentos, sejam de que tipo for, procuramos mudar o outro? E quantas vezes procuramos ser o que achamos que os outros querem que sejamos? Vale a pena refletir sobre a aceitação do próprio e do outro, sobre a complementaridade em vez da exclusividade.
Ditosa, a pequena gaivota, apegada à sua nova família, não quer voar. Acha que se irão esquecer dela e quer ser um gato… Mais uma tarefa para Zorbas, que passo a citar:
“Tu és uma gaivota (…), gostamos de ti porque és uma gaivota (…). Não te contradissemos quando te ouvimos grasnar que és um gato, porque nos lisonjeia que queiras ser como nós; mas és diferente e gostamos que sejas diferente (…). Demos-te todo o nosso carinho sem nunca pensarmos em fazer de ti um gato (…). É bom que saibas que contigo aprendemos uma coisa que nos enche de orgulho: aprendemos a apreciar, a respeitar e a gostar de um ser diferente. É muito fácil aceitar e gostar dos que são iguais a nós, mas fazê-lo com alguém diferente é muito difícil (…)”.
Li há tempos esta história escrita por Luís Sepúlveda, uma delícia que se devora num instante, contendo várias mensagens implícitas. Uma das minhas preferidas é esta que citei.
Quantas vezes nos nossos relacionamentos, sejam de que tipo for, procuramos mudar o outro? E quantas vezes procuramos ser o que achamos que os outros querem que sejamos? Vale a pena refletir sobre a aceitação do próprio e do outro, sobre a complementaridade em vez da exclusividade.
segunda-feira, outubro 15, 2012
QUINO - VALORES
À boa maneira de Quino, mais um cartoon que nos alerta para questões fundamentais e que muitas vezes vão sendo negligenciadas.
EFEITO PLACEBO E MAIS ALÉM
O efeito placebo (do latim placere, significando "agradarei") é como se denomina um fármaco ou procedimento inerte, que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos associados à convicção do paciente de que está a ser tratado.
Atualmente, este efeito tem vindo a ser alargado e mitigado com experiências que sugerem que o efeito da mente sobre o corpo não fica por aqui: existem experiências que mostram que, mesmo uma pessoa sabendo que o comprimido que está a tomar não contem nenhuma substância curativa (princípio ativo nulo), existem, ainda assim, efeitos curativos em alguns casos. Ou seja, a convicção de que algo vai curar não é imprescindível havendo casos, como estes últimos, em que parece haver efeito curativo pelo facto de "uma parte da mente simplesmente desejar que a cura aconteça"!
Outra experiência foi ainda feita, não com o efeito placebo (profecia auto-confirmatória de cura) mas com o efeito oposto, nocebo (profecia auto-confirmatória de dano), onde se verificou um fenómeno ainda mais extenso: desta vez puseram-se substâncias quentes no braço de pessoas e mostraram-se imagens de rostos de pessoas com uma expressão de dor ligeira e depois de dor elevada. Como esperado as pessoas, que não sabiam que o calor que estavam a sentir era sempre o mesmo, expressaram maior dor quando viam as expressões das caras com maior dor. O interessante foi a segunda fase desta experiência: repetiu-se o aparato mas desta vez as imagens das caras foram mostradas durante escassos milisegundos; ou seja, os sujeitos não tinham acesso conscientemente às imagens. O intrigante foi que, ainda assim, o mesmo efeito foi obtido, parecendo haver um efeito semelhante ao placebo (neste caso nocebo) sem que as informações tenham de passar pela consciência!
Mais informações ver site: http://blog.slate.fr/globule-et-telescope/2012/09/10/leffet-placebo-fonctionne-aussi-sans-passer-par-la-conscience/
domingo, outubro 14, 2012
Ansiedade social
Conheço jovens, sobretudo raparigas, que evitam sair à noite ou aos fim de semana, com medo de não se sentirem bem. Depois inventam-se desculpas e racionalizam-se os medos: "as conversas não são interessantes, nem sei o que lhes hei-de dizer". "Aborreço-me, só me quero vir embora".
Questionadas sobre se não será possível serem elas próprias a iniciar conversas mais interessantes, torna-se obvio que o argumento é apenas uma defesa, e bem fraca, contra um medo enorme e paralisante.
Fraca auto-estima, falta de confiança, sentir-se mal na pele, má auto-imagem, medo de não se ser devidamente apreciado. Trata-se normalmente de jovens que não sentiram um genuíno afecto e apreço por parte dos pais em criança ou que, pelo contrário, foram demasiadamente protegidas.
A Psicoterapia pode ser uma grande ajuda nestes casos, permitindo reconstruir uma situação de genuína confiança e apreço.
Entretanto, e para aligeirar o tom, deixo-vos uns engraçados conselhos sobre como actuar nalgumas situações. Rir também é importante.
http://www.buzzfeed.com/katienotopoulos/an-illustrated-guide-to-conquering-social-anxiety
sábado, outubro 13, 2012
Coitadinhas! (O orçamento de Estado ensinado às crianças)
O orçamento de Estado é um dos documentos mais importantes para os cidadãos portugueses, porque é ele que vai definir o nosso quotidiano.
Infelizmente, a sua leitura é tão fastidiosa e cheia de alçapões, que poucos se dispõem a fazê-lo.
Fazemos mal, porque ele está presente nos nossos mais pequenos gestos. Beber um café na pastelaria significa IVA e IRC para o estado. Estar sentado num sofá num gabinete a receber um cliente em psicoterapia envolve pagamentos de IRS, IRC, Seg. Social, IMI, Taxa de Esgotos, IVA. Ir à casa de banho, mais IVA. Se for preciso acender a luz, mais do mesmo, a acrescer às misteriosas taxas que constituem mais de metade das contas de electricidade. Sai-se para a rua e põe-se o pé no passeio esburacado, lá vêm as taxas municipais (pagamos todos, também). Meto-me no metro, idem, idem.
Até no ar que respiramos e pensamos que é de graça, lá está a taxa escondida nas nossas contas de electricidade, disfarçada com outro nome, inventado oportunamente e de forma pouco clara. Experimentem olhar com atenção para a ultima factura de electricidade, e é como se fosse chinês. Ou pior, porque já há quem esteja a aprender mandarim.
O Estado é necessário numa sociedade moderna. Há serviços que os privados não podem nem devem assegurar. Mas um estado-ladrão, que tem vindo ao longo de décadas a apropriar-se dos nossos recursos e do nosso trabalho para sustentar desvarios, incompetência, negócios ruinosos, corrupção, amiguismos, demagogias, inépcia?
As nossas criancinhas deviam ser obrigadas no inicio de cada ano lectivo a estudar o orçamento de Estado. "Coitadinhas!", já estou a ouvir o coro indignado de mães e de avós. Pois eu acho que não haveria melhor forma de as educar para a vida. Viriam a ser mais conscientes e mais exigentes na escolha de quem as governará no futuro. Saberiam de onde vinha e onde era gasto o dinheiro ganho pelo pai e pela mãe, que todas as manhãs vão trabalhar depois de os deixar nas escolas. Ficariam a saber a diminuta percentagem que resta dos proventos de cada dia de trabalho dos pais. E que é disso que têm de comer e pagar cadernos, livros e jogos.
Ao contrário das gerações actuais, ignorantes ou coniventes com os políticos a quem pagamos para nos (de.s)governarem e nalguns casos governarem-se a eles próprios e aos amigos, os nossos filhos e netos teriam condições para serem donos do próprio destino.
Infelizmente, a sua leitura é tão fastidiosa e cheia de alçapões, que poucos se dispõem a fazê-lo.
Fazemos mal, porque ele está presente nos nossos mais pequenos gestos. Beber um café na pastelaria significa IVA e IRC para o estado. Estar sentado num sofá num gabinete a receber um cliente em psicoterapia envolve pagamentos de IRS, IRC, Seg. Social, IMI, Taxa de Esgotos, IVA. Ir à casa de banho, mais IVA. Se for preciso acender a luz, mais do mesmo, a acrescer às misteriosas taxas que constituem mais de metade das contas de electricidade. Sai-se para a rua e põe-se o pé no passeio esburacado, lá vêm as taxas municipais (pagamos todos, também). Meto-me no metro, idem, idem.
Até no ar que respiramos e pensamos que é de graça, lá está a taxa escondida nas nossas contas de electricidade, disfarçada com outro nome, inventado oportunamente e de forma pouco clara. Experimentem olhar com atenção para a ultima factura de electricidade, e é como se fosse chinês. Ou pior, porque já há quem esteja a aprender mandarim.
O Estado é necessário numa sociedade moderna. Há serviços que os privados não podem nem devem assegurar. Mas um estado-ladrão, que tem vindo ao longo de décadas a apropriar-se dos nossos recursos e do nosso trabalho para sustentar desvarios, incompetência, negócios ruinosos, corrupção, amiguismos, demagogias, inépcia?
As nossas criancinhas deviam ser obrigadas no inicio de cada ano lectivo a estudar o orçamento de Estado. "Coitadinhas!", já estou a ouvir o coro indignado de mães e de avós. Pois eu acho que não haveria melhor forma de as educar para a vida. Viriam a ser mais conscientes e mais exigentes na escolha de quem as governará no futuro. Saberiam de onde vinha e onde era gasto o dinheiro ganho pelo pai e pela mãe, que todas as manhãs vão trabalhar depois de os deixar nas escolas. Ficariam a saber a diminuta percentagem que resta dos proventos de cada dia de trabalho dos pais. E que é disso que têm de comer e pagar cadernos, livros e jogos.
Ao contrário das gerações actuais, ignorantes ou coniventes com os políticos a quem pagamos para nos (de.s)governarem e nalguns casos governarem-se a eles próprios e aos amigos, os nossos filhos e netos teriam condições para serem donos do próprio destino.
quinta-feira, outubro 11, 2012
terça-feira, outubro 09, 2012
GRAVIDEZ TARDIA (III): Vantagens no Estilo Parental?
A parentalidade “tardia” mobiliza essencialmente informação
pouco otimista, apesar das estatísticas serem cada vez mais animadoras. À parte
dos fatores associados à saúde, vários estudos referem vantagens no casal que
concebe tardiamente: maior maturidade e capacidade de decisão, maior segurança
sócio-económica, menor receio e maior controlo no momento do parto, maior
confiança nas equipas de saúde, experiência de vida e identidade melhor
consolidada, que poderá ajudar a uma melhor adaptação. No entanto, este último
aspeto tende a ser mais controverso uma vez que com a idade pode haver uma
tendência a uma maior resistência à mudança de rotinas e à alteração de uma
vida à partida mais estruturada.
Filhos de pais mais velhos referem frequentemente que os
pais são mais rígidos, mas mais justos, que têm mais sabedoria e maior
consciência dos valores. De uma forma geral, o casal mais jovem parece
manifestar uma maior fragilidade e vulnerabilidade, com maior enfoque nas suas
próprias angústias e nos seus conflitos, podendo ter menor disponibilidade
emocional para o bebé do que o casal mais maduro.
Em qualquer dos casos, o mais importante será a
personalidade e a saúde mental prévias, bem como a rede de suporte do casal, e
estes são fatores a que os profissionais de saúde devem estar atentos, para que
possam despistar sinais de alerta que requeiram intervenção psicoterapêutica:
depressão materna (ou paterna), comportamentos obsessivo-compulsivos, medos
exacerbados relativamente à saúde, divisão de papéis entre o casal, conflitos
do casal.
Alguns estudos referem que os filhos de pais mais velhos
serão menos inteligentes, embora não existam dados que confirmem ou justifiquem
esta hipótese. A ser verdade, podemos colocar a hipótese de problemas no
neurodesenvolvimento, associados ou não à idade dos pais, mas podemos também
avançar com o impacto do estilo parental; a tendência à sobreproteção (no
contexto das angústias referidas no post Gravidez Tardia II) pode dificultar
experiências mais estimulantes e confinar a criança a um ambiente mais fechado
e com menos contacto com experiências novas.
A condição física dos pais também poderá ser um fator de
influência, observando-se uma menor resistência física ou predisposição para se
sentarem no chão para brincar. Se, do ponto de vista psicomotor e do
imaginário, esta possa ser uma desvantagem, poderá ser benéfica a outros
níveis, com uma maior aposta em atividades culturais e intelectuais. Mas também
é verdade, que existe uma maior tendência a manter a atividade física, que poderá
contrariar este aspeto.
A tolerância é também um fator que suscita alguma
ambivalência no que respeita às vantagens e desvantagens da idade. Se por um
lado são pais eventualmente mais maduros e, por isso, mais tolerantes, por
outro, a maior resistência à mudança pode levar a uma maior irritabilidade e
tendência à punição. Estas características irão desempenhar um papel
fundamental nas práticas mais permissivas ou mais autoritárias que se adotam e
que terão grande influência no desenvolvimento sócio-emocional da criança.
Em qualquer idade, o principal é o equilíbrio, a coerência e
a consistência, questões que estão muito dependentes das próprias relações
familiares vivenciadas pelo pai e pela mãe, e pelas suas histórias individuais.
segunda-feira, outubro 08, 2012
sábado, outubro 06, 2012
Um estudo de uma investigadora chilena chegou a interessantes conclusões sobre as diferenças entre homens e mulheres em relação ao ciúme. Nomeadamente o estudo alega que:
"Embora existam diferenças, dependendo da cultura, a psicóloga defende que geralmente os homens sofrem mais de ciúme sexual e as mulheres de ciúme emocional. No entanto, ambos, homens e mulheres, sentem ciúme sexual e emocional – a proporção relativa de cada tipo é que varia.
O sexo masculino sente-se mais motivado por sentimentos de agressividade e a vontade de manter a relação por competição, mas o lado feminino aproxima-se mais da dor e tristeza, mas ambos sentem sentimentos de possessividade em relação ao outro."
Para ver a notícia completa consultar http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=55293&op=all
sexta-feira, outubro 05, 2012
Arte e fotografia: o avião e a lua
A fotografia é a arte do momento. Do efémero, daquilo que nunca mais se repetirá, pelo menos daquela forma.
Não sabemos quem é o autor deste maravilhoso "instantâneo", como se dizia antigamente, mas encontrei-a via Likecool.com.
Não sabemos quem é o autor deste maravilhoso "instantâneo", como se dizia antigamente, mas encontrei-a via Likecool.com.
quinta-feira, outubro 04, 2012
Formação em psicoterapia EMDR - Novembro 2012
Formação
em psicoterapia EMDR - 2012
Desenvolvida
a partir de 1987 por Francine Shapiro (USA), é uma terapia inovadora que descobriu
os efeitos metabolizadores, apaziguadores e criativos da Estimulação Bilateral através dos movimentos oculares.
Recorrendo
à integração de diferentes modelos psicoterapêuticos, passando pela psicologia
cognitiva e pela psicanálise, a criação do EMDR veio revolucionar a
prática clínica. Fornece um modelo teórico completo integrando conhecimentos
essenciais da psicopatologia e da saúde mental e oferece uma articulação
precisa entre a teoria e a prática com os resultados psicoterapêuticos estrondosos
que se destacam pela rapidez e eficácia da intervenção.
Começou
por ser uma terapia vocacionada para a resolução/ desbloqueio de traumas
para, pouco tempo depois, evoluir numa prática abrangente e completa, podendo resolver/trabalhar
as mais variadas “experiências emocionalmente negativas” (sentido lato
de trauma) e simultaneamente é uma ferramenta muito eficaz para aumentar e
fortalecer recursos psicológicos que anteriormente não estavam disponíveis para
lidar com situações potencialmente stressantes.
EMDR e integração em psicoterapia
No
momento atual de contínuos avanços científicos das neurociências e das
ciências psicológicas, o EMDR é uma psicoterapia que integra o que de melhor e
útil se foi desenvolvendo no campo das psicoterapias.
Integra
hipóteses arrojadas sobre os processos neurofisiológicos associados aos
movimentos oculares, a importância fulcral das experiências precoces e da
associação livre sublinhadas pela psicanálise; a importância
determinante dos modos de aprendizagem condicionada (comportamentalismo),
a inquestionável existência de distorções cognitivas mais ou menos implícitas (cognitiva),
o potencial transformativo da vivência emocional profunda descoberto pelas terapias
experiênciais e por ultimo o trabalho imagético essencial na hipnoterapia.
O EMDR fornece um modelo coerente e harmonioso entre várias abordagens, através
da conceptualização de um “meta-modelo” designado de Processamento
Adaptativo de Informação. Este modelo preconiza que o nosso cérebro tem, na
maioria dos casos, a capacidade de encontrar soluções adaptativas para lidar
com todas as experiências emocionais negativas.
Acompanhe
os avanços da ciência e continue a sua formação em psicoterapia tornando-se
psicoterapeuta EMDR!
A
próxima formação em Psicoterapia EMDR, para o nível 1 irá realizar-se nos dias
8, 9 e 10 de Novembro, para o nível 2, irá realizar-se nos dias 11, 12 e 13 de
Novembro.
Informações
sobre EMDR em: http://www.psicronos.pt/emdr.htm
quarta-feira, outubro 03, 2012
DE GAZELA A GISELA(E)
Há já alguns dias que tenho estado para escrever este post, e agora senti o repto, através do assunto levantado pelo post da minha cara colega Alexandra.
Em consulta com adolescentes, especialmente do sexo feminino, somos levados a debater e desvendar muitos conflitos e complexos relacionados com a esfera corporal; não fosse esta uma fase de afirmação, e, como tal, a aparência física um dos seus expoentes máximos.
Ainda outro dia uma jovem dizia-me como se sentia infeliz, maltratada pelos colegas, inferiorizada, pois todas as outras jovens eram mais bonitas e com curvas e ela era uma vara de tão magra, lisa e alta, o que levava que fosse apelidada de gazela.
Por entre os seus longos cabelos, humedecidos pelas lágrimas, conseguiamos ver o seu rosto delicado, lábios bem delineados, carnudos e uns olhos verdes e grandes. Ora, com uma descrição destas, pensamos, possui todos os atributos para chegar a uma carreira promissora no mundo da moda.
A sua alta estatura era contrariada por uma postura incorreta, defensiva, tentando ao máximo diminuir uns centímetros para se tentar igualar aos demais da sua idade.
Vale pensar que a adolescência é um período muito conturbado e difícil na vida dos adolescentes (mais em especial nuns que noutros) e que devemos trabalhar com eles estas questões de identidade e identificação, promovendo sempre a diferença e fazendo-os perceber que essa pode ser uma mais valia.
Ora em cada top model existem relatos de que se sentiam diferentes, feias, magras e que todos estes atributos tinham conotações negativas, mas anos mais tarde o que parecia assustador se transforma em atributos verdadeiramente apetecíveis e é essa diferença que é procurada.
Portanto vale trabalhar com estes jovens que tudo é uma questão de perspetiva e promover a sua capacidade de libertação desta espiral destrutiva e corrosiva.
Este assunto acerca da diferença pode ser aprofundado em dois post´s por mim escritos
Em consulta com adolescentes, especialmente do sexo feminino, somos levados a debater e desvendar muitos conflitos e complexos relacionados com a esfera corporal; não fosse esta uma fase de afirmação, e, como tal, a aparência física um dos seus expoentes máximos.
Ainda outro dia uma jovem dizia-me como se sentia infeliz, maltratada pelos colegas, inferiorizada, pois todas as outras jovens eram mais bonitas e com curvas e ela era uma vara de tão magra, lisa e alta, o que levava que fosse apelidada de gazela.
Por entre os seus longos cabelos, humedecidos pelas lágrimas, conseguiamos ver o seu rosto delicado, lábios bem delineados, carnudos e uns olhos verdes e grandes. Ora, com uma descrição destas, pensamos, possui todos os atributos para chegar a uma carreira promissora no mundo da moda.
A sua alta estatura era contrariada por uma postura incorreta, defensiva, tentando ao máximo diminuir uns centímetros para se tentar igualar aos demais da sua idade.
Vale pensar que a adolescência é um período muito conturbado e difícil na vida dos adolescentes (mais em especial nuns que noutros) e que devemos trabalhar com eles estas questões de identidade e identificação, promovendo sempre a diferença e fazendo-os perceber que essa pode ser uma mais valia.
Ora em cada top model existem relatos de que se sentiam diferentes, feias, magras e que todos estes atributos tinham conotações negativas, mas anos mais tarde o que parecia assustador se transforma em atributos verdadeiramente apetecíveis e é essa diferença que é procurada.
Portanto vale trabalhar com estes jovens que tudo é uma questão de perspetiva e promover a sua capacidade de libertação desta espiral destrutiva e corrosiva.
Este assunto acerca da diferença pode ser aprofundado em dois post´s por mim escritos
terça-feira, outubro 02, 2012
DEPRESSÃO INFANTIL: SINAIS DE ALERTA
A propósito do Dia Europeu da Depressão, que se assinalou ontem, dia 1 de Outubro, deixamos hoje alguns sinais de alerta sobre a Depressão Infantil. Durante muitos anos discutiu-se a aplicação de diagnósticos
dos adultos na infância. A depressão foi alvo de grande discussão, apesar de
hoje ser amplamente reconhecida (e frequente) a incidência desta problemática
nas crianças e nos adolescentes.
Apesar da especificidade das manifestações, a
depressão na infância partilha o afeto perturbado, o sentimento de perda e as
consequências devastadoras que se verificam nos adultos. O impacto tende a ser
generalizado, ao nível do bem-estar físico, do funcionamento cognitivo, do
estado emocional e do comportamento.
Coloca-se a hipótese de depressão ou outra perturbação do
humor quando existe um humor depressivo persistente ou uma quase incapacidade
de retirar prazer dos reforços e das recompensas habituais. Considera-se
persistente um período de pelo menos duas semanas, que represente uma alteração
do funcionamento anterior.
Nas crianças, os sintomas de depressão aparecem muitas vezes
disfarçados de insucesso escolar, inibição ou isolamento social, ou através de
manifestações mais subtis como a baixa auto-estima e auto-confiança. Pelo
contrário, pode verificar-se um aumento da agressividade e da atividade motora
(muitas vezes confundida com a hiperatividade). Em crianças mais pequenas, pode
haver uma exacerbação da ansiedade de separação ou do medo dos estranhos, bem
como alterações do comportamento. Crianças mais velhas, habitualmente mais
sociáveis, podem passar a demonstrar maior inibição ou evitamento social. São
ainda frequentes alterações do sono e/ou da alimentação, bem como queixas
somáticas persistentes (vómitos, dores de barriga ou cabeça).
Tendo em conta o mito (e talvez a esperança) de que a
infância é um período de inocência e êxtase, os sinais de alerta são muitas
vezes desvalorizados ou encarados como uma fase que vai passar. Esta negação
pode levar a um sentimento, por parte da criança, de que ninguém a compreende
e/ou acredita na sua tristeza, acentuando a vivência de desamparo. A angústia
inibe o sentimento de competência, a capacidade de auto-controlo e a diversão
espontânea, pelo que a criança vê diminuída a sua predisposição para
relacionar-se, para brincar e para aprender. É quase como se pensasse “Não vou
ser capaz, porquê esforçar-me?”. Pais e professores, sem conhecimento destes
sinais de alerta, tendem a considerar a criança como pouco esforçada,
desatenta, preguiçosa, birrenta e algumas vezes a castigá-la, acentuando mais o
sentimento de incapacidade e a baixa auto-estima.
Ao contrário do adulto, a criança tem dificuldade em
expressar-se pela palavra, sendo mais capaz de o fazer pelo comportamento, daí
a importância de estarmos atentos a estes sinais de alerta.
sábado, setembro 29, 2012
André Green - Eros e Thanatos
Conceitos fundamentais explicados por um dos maiores Psicanalistas de sempre: ANDRÉ GREEN
O TEMPO DA MUDANÇA E A MUDANÇA DO TEMPO
Também na mudança e evolução espiritual não há elevadores... passo a passo se faz o caminho; caminho esse que se faz caminhando...
terça-feira, setembro 25, 2012
GRAVIDEZ TARDIA (II): DEPOIS DOS 35 = RISCO?
Pelo menos até há bem pouco tempo
(na verdade, penso que ainda é assim), uma gravidez depois dos 35 anos era
automaticamente considerada de risco. Não descurando a maior incidência de
alterações e complicações a partir desta idade, esta classificação sem a
verificação de fatores pré-existentes pode trazer um risco acrescido: o da
ansiedade.
A gravidez requer adaptação a vários
níveis e traz consigo ansiedade e angústias normais. À partida, mesmo nos
casais que optaram (em contraposição à decisão forçada) por adiar a
parentalidade, existe uma ansiedade face à possibilidade ou não de conceberem e
face aos receios inerentes ao decorrer da gravidez e do desenvolvimento do bebé.
Ao verem a sua gravidez conotada como “de risco”, a ansiedade e os receios
podem aumentar exponencialmente e influenciar de forma negativa o processo.
Por um lado, passa a haver uma
perceção e uma crença de que o bebé será mais vulnerável e correrá mais riscos,
mesmo não tendo havido qualquer problema ou complicação. Por outro lado, esta
crença pode levar a uma culpabilidade e a um sentimento de responsabilidade
direta sobre a saúde do filho. Este aspeto pode não só afetar a gravidez, como
o estilo parental após o nascimento, que poderá ser excessivamente protetor
devido a angústias de doença ou mesmo de morte. No extremo, a mãe (e obviamente
o pai) pode mobilizar mecanismos de defesa que a impedem de se ligar ao bebé
durante a gravidez, e depois, devido ao receio de que não sobreviva. Estes
movimentos podem ter consequências devastadoras na saúde mental dos pais e da
criança.
Este aspeto implica, portanto, a
necessidade dos profissionais de saúde serem sensíveis aos fatores psicológicos
e acompanharem o casal não só do ponto de vista médico, mas também no que toca às
expetativas e aos receios.
A gravidez tardia (talvez também
esta expressão deva ser repensada) é o resultado de mudanças sociais e dos
progressos médicos, obrigando por isso a uma mudança nos paradigmas de
intervenção.
sábado, setembro 22, 2012
O caminho
Esta ilustração tirada do site massivemov é tão expressiva que não é preciso dizer mais nada.
Ponhamos realização onde está sucesso, e fica melhor ainda.
A curiosidade
Não é frequente vir nos manuais como sendo uma "soft skill". As é.
A curiosidade, ou seja, a capacidade de nos interessarmos pelas coisas, de querer saber mais, de ir maIs longe, é essencial. Perguntar, inquirir, interrogar. Constantemente, sem medo das criticas dos outros. Uma mente que quer saber é uma mente aberta e com desejo de aprender. Não há melhor garantia para o progresso de uma pessoa.
Seth Godin é um homem com uma mente "fora da caixa", como agora se diz. Vale a pena acompanhar o blog dele. Este é justamente sobre a curiosidade:
http://sethgodin.typepad.com/seths_blog/2012/09/curiosity-was-framed.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+typepad%2Fsethsmainblog+%28Seth%27s+Blog%29
A curiosidade, ou seja, a capacidade de nos interessarmos pelas coisas, de querer saber mais, de ir maIs longe, é essencial. Perguntar, inquirir, interrogar. Constantemente, sem medo das criticas dos outros. Uma mente que quer saber é uma mente aberta e com desejo de aprender. Não há melhor garantia para o progresso de uma pessoa.
Seth Godin é um homem com uma mente "fora da caixa", como agora se diz. Vale a pena acompanhar o blog dele. Este é justamente sobre a curiosidade:
http://sethgodin.typepad.com/seths_blog/2012/09/curiosity-was-framed.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+typepad%2Fsethsmainblog+%28Seth%27s+Blog%29
sexta-feira, setembro 21, 2012
EMDR em expansão e divulgação
O EMDR é uma forma de terapia recente e inovadora em constante expansão. Na Psicronos são já vários os psicólogos formadas nesta abordagem devido à sua grande eficácia em certos casos como por ex. pessoas vítimas de traumas. No Brasil foi divulgado mais um artigo sobre esta psicoterapia contribuindo para a sua compreensão:
quinta-feira, setembro 20, 2012
Cada mente
terça-feira, setembro 18, 2012
GRAVIDEZ TARDIA: OPÇÃO, NECESSIDADE OU IMPOSIÇÃO? (I)
Uma em cada cinco mulheres adia a
gravidez para depois dos 35 anos. Vários fatores contribuem para este aspeto:
dificuldades financeiras, aposta na consolidação da carreira, estatística mais
animadora no que respeita aos cuidados médicos e a complicações nesta faixa
etária, maior índice de divórcios e de instabilidade nos relacionamentos
afetivos.
A maior parte das gravidezes
tardias são em mulheres com estudos superiores ou, pelo contrário, em níveis
sociais mais desfavorecidos, neste caso devido à falta de planeamento familiar.
Há que distinguir a mulher que
adia voluntariamente a gravidez, da que “decide” engravidar tardiamente por
fatores alheios à sua vontade. Mesmo quando a mulher decide engravidar mais
tarde, por exemplo por motivos profissionais, não significa que não tenha esse
desejo mais cedo e que não vivencie a pressão social, biológica e
intrapsíquica, com ansiedades e angústias relacionadas com a possibilidade de
conceber.
Também se assiste a um aumento do
número de casais que não consegue conceber, sem que haja condições médicas
associados. As mulheres ouvem cada vez mais que irão engravidar quanto
abrandarem o ritmo de trabalho, havendo portanto fatores de stress associados.
Mas quem se pode dar ao luxo de trabalhar menos nos dias de hoje?
É sabido que a partir dos 35 anos
há uma diminuição da fertilidade e que acrescem os riscos para a saúde da mãe e
do bebé: maior incidência de abortos, maior risco de diabetes e hipertensão
maternas, maior índice de baixo peso à nascença e de sofrimento fetal, maior
incidência de anomalias fetais e maior taxa de complicações obstétricas. Há
também dados que referem riscos relacionados com a idade do pai, embora a este
nível existam menos informações.
Contudo, e apesar de a partir dos
35 anos a gravidez continuar a ser conotada como sendo de risco, existem também
cada vez mais dados que indicam que se a mulher for saudável e assegurar os
cuidados pré-natais, os riscos são semelhantes aos de uma mulher mais jovem. Assim, os riscos estarão mais associados a fatores pré-existentes, que parecem
ser mais frequentes em mulheres mais velhas.
Este é o primeiro post de uma
série de reflexões que pretendemos desenvolver. Nos próximos, iremos abordar as
vivências e expetativas associadas ao rótulo “de risco”, bem como as
particularidades que são descritas no estilo parental dos casais que têm filhos
mais tarde.
sábado, setembro 15, 2012
Políticos
Não é só cá que a imagem dos políticos infelizmente se degrada. Este é um engraçado cartoon da Times.
sexta-feira, setembro 14, 2012
quinta-feira, setembro 13, 2012
"O INÍCIO DO ANO LECTIVO" - (VMT)
Na edição de ontem do jornal i li um pequeno artigo de opinião de um jornalista que falava acerca do regresso das nossas crianças à escola e das notícias divulgadas, ou pelo menos mais noticiadas pelos jornalistas. Referiu que por esta altura de regresso às aulas as notícias são sobre as colocações dos professores, as despesas das famílias mas quase nunca colocam o enfoque nas alterações das rotinas das crianças e jovens.
Este senhor colocou a tónica numa questão que, a meu ver, assume importância fundamental - "...o sentimento de desagrado com que algumas crianças encaram o recomeço das aulas..."
Podemos ler "E espanto-me com os comentários de alguns pais que aceitam com naturalidade e até incentivam o sentimento de desagrado ... e até reconhecem que eles enquanto jovens abominaram a escola, as aulas, os professores, a disciplina.... Já adultos e ainda não perceberam aonde nos conduziu a falta de exigência que invadiu o sistemande ensino das últimas décadas?"
E termina referindo que felizmente conhece muitas crianças que vão para a escola com entusiasmo e ávidos de conhecimento e que são crianças e jovens alegres e, acrescento eu, com objectivos!
Gostar de aprender, sentir-se realizado a querer saber mais são dois dos pilares que devemos tentar cimentar em todos os jovens.
inércia, apatia, falta de vontade são questões transversais na adolescência, mas não têm que se transformar numa "forma de vida"!!
Todo o ser humano necessita de pessoas de referência e os pais e os professores são pessoas por excelência para assumirem este papel. Quem não teve um professor (seja do 1º, 2º, 3º ciclo, secundário ou ensino superior) que assumiu um papel importante na nossa vida, mudou rumos, alterou forma de pensar, estar, ou pelo menos, faz-nos recordar com saudade aquela época...!!!
Eu tive/tenho!!
Este senhor colocou a tónica numa questão que, a meu ver, assume importância fundamental - "...o sentimento de desagrado com que algumas crianças encaram o recomeço das aulas..."
Podemos ler "E espanto-me com os comentários de alguns pais que aceitam com naturalidade e até incentivam o sentimento de desagrado ... e até reconhecem que eles enquanto jovens abominaram a escola, as aulas, os professores, a disciplina.... Já adultos e ainda não perceberam aonde nos conduziu a falta de exigência que invadiu o sistemande ensino das últimas décadas?"
E termina referindo que felizmente conhece muitas crianças que vão para a escola com entusiasmo e ávidos de conhecimento e que são crianças e jovens alegres e, acrescento eu, com objectivos!
Gostar de aprender, sentir-se realizado a querer saber mais são dois dos pilares que devemos tentar cimentar em todos os jovens.
inércia, apatia, falta de vontade são questões transversais na adolescência, mas não têm que se transformar numa "forma de vida"!!
Todo o ser humano necessita de pessoas de referência e os pais e os professores são pessoas por excelência para assumirem este papel. Quem não teve um professor (seja do 1º, 2º, 3º ciclo, secundário ou ensino superior) que assumiu um papel importante na nossa vida, mudou rumos, alterou forma de pensar, estar, ou pelo menos, faz-nos recordar com saudade aquela época...!!!
Eu tive/tenho!!
quarta-feira, setembro 12, 2012
JARDIM DE INFÂNCIA: CHEGOU O DIA!
Por esta altura, muitos pais se deparam com os primeiros
dias de adaptação ao Jardim de Infância. Esta é, na maior parte das vezes, a
primeira oportunidade (e uma das principais) de adaptação ao mundo exterior.
Muitos são os receios e as angústias nesta nova fase,
sobretudo no que respeita à segurança da criança durante o dia. A separação é,
frequentemente, um momento doloroso, muitas vezes mais para os pais do que para
a criança. “Chora ele/a e choro eu”, dizem muitas vezes. Os pais tendem a
sentir-se culpabilizados por acharem que a criança se vai sentir abandonada e
esta ansiedade acaba por ser transmitida aos mais pequenos. A criança precisa
de sentir que vai ficar num local seguro, com uma educadora que vai cuidar de
si durante a ausência dos pais. Daí que uma relação aberta e tranquila com a
educadora, bem como a demonstração da confiança que depositam na mesma sejam
fatores importantes para que a criança a encare da mesma forma.
Prolongar o momento da separação não será recomendável. É
importante despedirem-se com um beijo e um abraço e com a mensagem clara de que
os pais voltarão para buscar o filho no final do dia. Depois, respire fundo e
não olhe para trás! Por outro lado, sair às escondidas é totalmente
desaconselhado. A criança precisa de previsibilidade e o desaparecimento súbito
dos pais pode deixá-la bastante assustada e com sentimento de abandono.
No final do dia, há que felicitar a criança e reforçar o
facto de terem cumprido a promessa de voltar no final do dia. Algumas crianças
correm para os braços dos pais, outras tendem a ignorá-los.
A maior parte das crianças pode chorar nos primeiros minutos
da separação, mas depois ficam bem. Por outro lado, muitas crianças têm uma boa
adaptação, mas apresentam alguns sinais de regressão, sobretudo em casa. É
normal haver algumas alterações no sono e na alimentação, sintomas da
reorganização e do processo de autonomização pelo qual a criança está a passar.
domingo, setembro 09, 2012
Toca a andar de bicicleta!
A bicicleta está presente em grande número nas principais capitais do mundo e aqui no burgo vai havendo cada vez mais.
É barato, bom para a saúde e emagrece. Só vantagens. Tem os seus perigos, claro, mas em tudo é preciso cautela.
Muitas vezes as pessoas gostariam de experimentar mas nem sabem por onde começar. Eu uso uma bicicleta dobrável, como a que está na ilutração, mas que nao dá para grandes distancias. Tem a vantagem de ter um centro de gravidade baixo, o que a torna mais segura em termos de equilíbrio. Também dá para meter na mala do carro ou levar no autocarro e, claro, meter no elevador ou num canto do escritório.
Na imagem podem ver os vários tipos de bicicleta, vantagens e desvantagens de cada modelo. O meu conselho é o de começarem por pedir uma emprestada para perceberem se querem comprar uma semelhante ou outro modelo.
Mais informações úteis em:
http://www.biketoworkblog.com/your-many-bicycle-choices/
sexta-feira, setembro 07, 2012
Frase humana do dia
Not the ones speaking the same language,
but the ones sharing the same feeling understand each other.
Rumi
sexta-feira, agosto 31, 2012
Mensagem do dia de uma pessoa em análise
"O meu unico conselho é: aceita o que não podes mudar e luta por tudo o
que podes mudar até ao teu ultimo fôlego.....se não conseguires não há de ser
por não tentares....e chora muito mas depois limpa as lágrimas, põe um sorriso e
continua porque a tristeza chega com facilidade mas a alegria e a felicidade
temos de lutar por elas....força."
sábado, agosto 25, 2012
Fotografia do gelo
Foto: Olaf Otto Becker
A vontade humana parece que não tem limites. Mesmo em condições extremas, há pessoas que conseguem encontrar motivação e forças para concretizar os seus objectivos.
Olaf Otto Becker esteve durante meses num dingy (um pequeno bote) na costa oeste da Gronelandia, a tirar fotografias. O resultado é uma maravilha e pode ser visto em:
http://f56.net/en/artists/olaf-otto-becker/olaf-otto-becker-broken-line/
A vontade humana parece que não tem limites. Mesmo em condições extremas, há pessoas que conseguem encontrar motivação e forças para concretizar os seus objectivos.
Olaf Otto Becker esteve durante meses num dingy (um pequeno bote) na costa oeste da Gronelandia, a tirar fotografias. O resultado é uma maravilha e pode ser visto em:
http://f56.net/en/artists/olaf-otto-becker/olaf-otto-becker-broken-line/
quarta-feira, agosto 22, 2012
O lado bom do conflito
Margaret Heffernan, numa excelente Ted Talk, faz-nos perceber que o conflito também é necessário para que possa haver mudanças.
O facto é que todos nós gostamos mais de estar rodeados por pessoas que concordam connosco. A médica de que fala Margaret Heffernan era uma excepção e isso permitiu-lhe fazer uma descoberta importante para a humanidade.
http://www.ted.com/talks/margaret_heffernan_dare_to_disagree.html
O facto é que todos nós gostamos mais de estar rodeados por pessoas que concordam connosco. A médica de que fala Margaret Heffernan era uma excepção e isso permitiu-lhe fazer uma descoberta importante para a humanidade.
http://www.ted.com/talks/margaret_heffernan_dare_to_disagree.html
domingo, agosto 19, 2012
OBSERVAR
Muitas vezes, quando estou numa cidade nova, gosto de observar a
multidão que segue a sua vida, caminhos distintos que se cruzam,
culturas que se passeiam, formas de estar e pensar que lado a lado vão
inebriando a visão e criando uma sinfonia singular.
É num observar, livre de interferências e de juízos, que somos capazes de aceder ao outro - já nos dizia o mestre da mímica
“Sem a minha mãe, acho que jamais me teria saído bem na mímica. Ela possuía a mímica mais notável que já vi. Por vezes, ficava durante horas à janela a olhar para a rua e reproduzindo com as mãos, os olhos e a expressão de sua fisionomia, tudo o que se passava lá em baixo. E foi observando-a assim que eu aprendi não somente a traduzir as emoções com as minhas mãos e meu rosto, mas sobretudo a estudar o homem.”
CHARLIE CHAPLIN
É num observar, livre de interferências e de juízos, que somos capazes de aceder ao outro - já nos dizia o mestre da mímica
“Sem a minha mãe, acho que jamais me teria saído bem na mímica. Ela possuía a mímica mais notável que já vi. Por vezes, ficava durante horas à janela a olhar para a rua e reproduzindo com as mãos, os olhos e a expressão de sua fisionomia, tudo o que se passava lá em baixo. E foi observando-a assim que eu aprendi não somente a traduzir as emoções com as minhas mãos e meu rosto, mas sobretudo a estudar o homem.”
CHARLIE CHAPLIN
sábado, agosto 18, 2012
Interpretação do desenho infantil
As crianças, tal como os adultos, estão em permanente contacto com o seu mundo interno e este está por sua vez num permanentemente esforço de elaboração dos estados emocionais vivenciados. Consciente e inconsciente trabalham em sintonia para promover o desenvolvimento emocional e permitir o amadurecimento da criança. Comunicar o que sentimos nas partes mais escondidas de nós próprios e das quais muitas vezes nem temos consciência é tarefa da arte nas suas mais variadas formas e expressões. A criança encontra no desenho uma via fácil de expressão da suas emoções, sensações, ideias e conceções do mundo, das pessoas e das relações.
Os desenhos servem tanto para elaborar emoções e situações complicadas de digerir como para dar expressão a desejos, fantasias e modos de apreensão da realidade emocional. Olhar, analisar e interpretar um conjunto de desenhos de uma criança é olhar para o seu mundo interior, para as suas emoções e tentar compreender a sua conceção da realidade. É uma das formas mais ricas de penetrar no mundo interno (por vezes, inconsciente) de uma criança e precisamente porque é olhar indiscreto sobre o mundo mental deve ser feito SEMPRE com o maior respeito pela criança e pela sua vida mental.
PRESENTES
Quem não gosta de ser supreendido por um presente ou um ramo de flores, sobretudo por quem não tem como hábito fazê-lo?
Há aqui duas questões curiosas: a primeira é sobre quem não costuma dar presentes. Dar um presente é uma forma de dizer: "penso em ti". Dir-se-ia que as pessoas que não dão presentes sofrem de falta de empatia (não sabem colocar-se na cabeça do outro) e é bem capaz de ser verdade. Quantas vezes não ouvimos dizer: "não faço a mínima ideia do que hei-de dar-lhe". Falta de imaginação ou falta de atenção?
Uma pessoa contou-me há dias que o namorado, em três anos, nunca lhe tinha oferecido nada. O quê, nem um chocolate, um ramo de rosas, um livro, um gelado? É caso para tocar uma campaínha de alarme, de facto...
A outra questão prende-se com aqueles que cobrem o outro de presentes. Às vezes - mas nem sempre - o excesso pode significar uma culpabilidade subjacente, um querer compensar outras faltas, reais ou imaginadas. Assim fazem alguns pais separados com os filhos, não cuidando às vezes de comunicar com eles devidamente.
Mas nem sempre é essa a razão. Há quem goste genuinamente de dar presentes e ver os outros surpreendidos e contentes. Felizmente que estas pessoas existem e tornam as nossas existências mais agradáveis.
sexta-feira, agosto 17, 2012
RELAÇÕES COMPLICADAS...
Às vezes podemos queixar-nos de que a nossa parceira ou parceiro não nos trata como gostaríamos ou como achamos que merecemos; mas o que é facto é que, não raro, é um "lápis", que escolhe um "afia" para dormir ao seu lado! É uma relação destinada a ser desgastante e, no limite, anuladora do outro; mas também é a que encaixa melhor!
quinta-feira, agosto 16, 2012
HUMOR NEGRO
O humor negro, tal como o chocolate, é o melhor (para mim, claro)
Este é um genial cartoon de Tom Gauld (do The Guardian) com conselhos para tempos difíceis dados por...
terça-feira, agosto 14, 2012
CONDUZIR E ESCREVER SMS: (IN)CAPACIDADE MULTITASKING?
Muito se fala sobre os riscos de falar ao telemóvel e,
sobretudo, de ler/escrever mensagens enquanto se conduz. Mas grande parte das
pessoas insiste em desafiar a capacidade do cérebro para gerir diferentes
tarefas em simultâneo.
Segundo os investigadores, o “multitasking” é facilitado se
houver dois estímulos diferentes, como ver e ouvir, em detrimento de estímulos
do mesmo tipo, principalmente visual.
Conforme pode ler-se no artigo que sugerimos, um estudo
evidenciou o declínio do desempenho dos sujeitos perante duas tarefas visuais:
concentrar-se nas imagens do computador enquanto escreviam mensagens, havendo
uma sobrecarga visual. O desempenho piorou também na tarefa em que falavam ao
telefone enquanto observavam as imagens (dois estímulos diferentes:
auditivo/sonoro), mas não tanto como na situação em que se deparavam com duas
tarefas visuais.
O mais preocupante é que, em ambas as situações, os sujeitos
consideraram ter tido um bom desempenho, apesar do declínio de 50% e 30% nas
duas tarefas, revelando uma perceção distorcida do desempenho real.
Vale a pena ler e refletir sobre a tendência humana (e cada
vez mais atual) de desafiar os próprios limites e de satisfazer as necessidades
e os desejos de uma forma imediata.
Como ouvia há uns anos num programa de rádio “Mais vale
perder um minuto na vida, do que a vida num minuto”.
Até Setembro!
sexta-feira, agosto 10, 2012
A DEPRESSÃO PÓS-PARTO NEGLIGENCIADA
O assunto continua a ser tabu. Como é que se pode conceber que não se esteja feliz e contente durante ou após o nascimento de um filho? As expectativas da sociedade sobre a natalidade impõem muitas vezes o silêncio às mães. Não é um fenómeno raro: 15% dos pais sofre actualmente desta perturbação. O que se julgava ser de natureza biológica e exclusivo do sexo feminino - a depressão pós-parto como consequência das oscilações hormonais no período puerperal - é, afinal, um fenómeno também vivido no masculino e que decorre de causas muito diversas.
Os sinais revelam-se, em regra, mês e meio depois do parto. É nessa altura que os pais começam a ressentir-se do cansaço, das mudanças na rotina e da falta de disponibilidade para outras actividades de casal.
É importante estar alerta para variações marcadas de humor, quer no sentido depressivo, quer no sentido eufórico (por ex., redobrar da energia, pouca necessidade de dormir), e tanto antes como depois do nascimento de um filho.
Acima de tudo, procurar ajuda o mais cedo possível pois este é um problema que, para além de afectar intensamente o próprio, prejudica a relação conjugal e influencia muito negativamente o desenvolvimento afectivo e vinculativo do bebé (na maioria das vezes com repercussões crónicas na personalidade, crescimento e saúde física e psicológica).
sexta-feira, agosto 03, 2012
HUMOR
Dizem os estudos científicos que rir faz bem. Eu acredito que sim. Assim consigamos encontrar motivos para rir. Para isso não nada como ter amigos inteligentes, divertidos e bem dispostos.
Mas às vezes encontramos o humor onde menos se espera.
Este cartoon vem na edição de Agosto do jornal A União, publicado na Ilha Terceira.
O humor (negro) no seu melhor.
Boas férias! (para quem está de férias)
MEDITAÇÃO E SAÚDE MENTAL
A saúde, hábitos de vida e cultura são 3 dimensões da nossa vida ocidental difíceis de dissociar. A saúde bem como a psicopatologia são, pois, muito influenciadas pelas actividades, estilos de vida, valores vigentes, postura perante a vida que nos é imposta ou, pelo menos, vendida pelos mass media e pela sociedade em geral.
A meditação, muitas vezes associada a práticas orientais, é uma das actividades que tem sido importada de outras culturas por todas as consequências positivas que advêm da sua prática. No entanto, a cultura resiste e o seu cariz exótico e às vezes associado também ao transcendente, afasta-nos, quer teoricamente, quer na prática de experimentarmos e exercitarmos este tipo de actividades altamente saudáveis.
Um artigo de Ana Margarida Nunes ajuda-nos a explicar o que é a meditação e de que forma é que pode ser útil ao bem estar psicológico, corporal e cerebral. Recomendo a leitura: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=55082&op=all
terça-feira, julho 31, 2012
AJUDAR A VENCER O "MONSTRO HOSPITAL"
As hospitalizações e os cuidados médicos são frequentemente um grande receio das crianças, sendo a bata branca muitas vezes causadora de medos muito perturbadores. Recordo-me de quando estagiei no Serviço de Pediatria do IPO, uma das frases que trazia alguma tranquilidade nos momentos (repetidos) de exames e tratamentos dolorosos era "Se fores muito, muito nervoso/a, a dor é do tamanho de um elefante. Se fores só um bocadinho nervoso/a, então a dor vai ser do tamanho de uma formiguinha". Continuo a utilizar esta frase não só associada ao contexto médico, mas também a outras situações, com algumas adaptações. E será importante acrescentar que, mesmo quando dói, não vai doer para sempre... Deixo uma animação para os super-heróis que enfrentam o monstro "hospital":
quinta-feira, julho 26, 2012
Qualidade da relação e desenvolvimento do cérebro
Os avanços nas neuro-ciências têm sido enormes nestes últimos anos. Num paradigma positivista e materialista - muitas vezes, demasiado reificado e reducionista - tem-se vindo a descobrir cada vez mais como o cérebro funciona, influencia o comportamento e é influenciado.
Na interface com as ciências das relações humanas - como a Psicologia - compreende-se cada vez mais o poder da influência da relação humana no desenvolvimento do cérebro (e não só a influência do cérebro nas relações humanas!). Um estudo norte-americano ajudou a perceber de que forma é que as vivências emocionais e de vinculação nas crianças pode (e se afecta realmente) afectar o seu desenvolvimento cerebral.
Ver link: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=54971&op=all
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