sexta-feira, dezembro 28, 2012
ANO NOVO: ACREDITE E SONHE!
sábado, dezembro 22, 2012
Economia parte II: as grandes teorias
Agora, tal como no século anterior, os economistas dividem-se entre os herdeiros de Adam Smith e do mercado livre, que é suposto auto-corrigir-se (a famosa "mão invisível"), e os defensores da intervenção do Estado na economia. Shumpeter, que foi contemporâneo de Keynes e que deixou herdeiros (a "escola austríaca"), afirmava que as crises e as depressões económicas e financeiras eram naturais e até faziam bem ao sistema, como se o sofrimento fosse uma espécie de regeneração (as semelhanças com um certo discurso psicanalítico são notórias).
Dois prémios Nobel contemporâneos, Joseph Stiglitz e Paul Krugman, rejeitam esa teoria do sofrimento necessário e defendem uma intervenção dos Estados, não como Marx pretendia, mas mais na linha keynesiana (estímulo do investimento e do consumo para favorecer o crescimento).
O FMI parece favorecer a linha shumpeteriana de modo algo cego, apesar do comentário de Christine Lagarde de que alguma coisa parecia estar a correr mal na Eurolândia, logo silenciado pelas altas instâncias. Abebe Selassie, o homem do FMI que acompanha Portugal, e que é de origem etíope, parece ser um shumpeteriano ferrenho (o que demonstra que a rigidez nem sempre vem do eixo Berlim-Viena).
No meio disto tudo, os povos sofrem e agitam-se. Até quando?
sexta-feira, dezembro 21, 2012
Solidão e o Aborrecimento
- tem dificuldades em prestar atenção às informações internas (pensamentos, sentimentos...) ou às informações externas (os estímulos ambientais) necessárias para a participação numa atividade satisfatória.
- está consciente da sua dificuldade em prestar atenção
- acredita que o meio ambiente é responsável do seu estado aversivo (por ex.: "esta tarefa é aborrecida", "não há nada para fazer").
quinta-feira, dezembro 20, 2012
quarta-feira, dezembro 19, 2012
Solidão a epidemia secreta da era da hiperconectividade
Eu própria li o livro e também o achei interessante. É um relato auto-biográfico, a descrição da sua vida, a sua experiência de solidão crónica.
Partilho convosco as perguntas da Sofia Cardoso e as minhas respostas.
A solidão é, de fato, um tema bem interessante e sobre o qual a psicologia e a psicanálise nem sempre se debruçam o suficiente.
Ângulo: Em que situações pode ser saudável e a partir de que momento se pode transformar num problema psíquico
Questões:
2. Para algumas mulheres, esta solidão é encarada como uma sensação de liberdade e independência. Nestes casos, podemos falar de uma solidão saudável? Como se caracteriza a solidão saudável?
3. A partir de que momento, deixamos de estar perante uma solidão saudável? Quais são os sinais de alarme que indicam que a solidão passou a ser uma “obsessão” ou um problema psíquico, resultante da dificuldade de integração social?
- Dormir pouco (porque nunca se consegue estar em casa ou não se consegue descansar em casa) ou dormir muito (refugiar-se da consciência da solidão no sono)
4. Tendo em conta a sua prática clínica, quais são as principais causas que estão na origem da solidão nesta faixa etária?
5. Que consequências pode ter uma solidão a longo prazo?
A consequência mais grave será o suicídio (ou a tentativa de suicídio). O desenvolvimento de quadros depressivos (com maior ou menor gravidade) é frequente. Desenvolvimento de doenças do foro psicossomático (problemas de pele, alterações auto-imunes, etc.). Desinvestimento motivacional na carreira e de uma maneira geral, na vida. Perda de criatividade. Desenvolvimento de sentimentos de raiva, inveja e ressentimento que predispõe a pessoa a quezílias, querelas e litigâncias de uma maneira geral. Perda da oportunidade de criar uma família e ter descendentes.
6. Podemos falar numa «solidão crónica»? Em que casos?
7. Sentirmo-nos sozinhas com frequência pode ser o começo de um estado profundo de solidão?
8. Quem são as pessoas mais propensas à solidão?
9. Quais são os principais erros que as mulheres cometem que potenciam esta solidão?
10. O facto de comunicarmos cada vez mais pelas novas tecnologias aumenta a probabilidade de nos tornarmos pessoas mais solitárias? De que forma?
11. Há pessoas que se sentem “sozinhas” o tempo todo. Porquê? E como podem superar essa sensação?
12. Em termos de diagnóstico, a solidão pode ser confundida com a depressão. O que as distingue?
13. Quais são as terapias que existem para tratar a solidão?
14. Que conselhos/dicas práticas podemos deixar às nossas leitoras para evitar o sentimento de solidão?
terça-feira, dezembro 18, 2012
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM = PREGUIÇA?
sábado, dezembro 15, 2012
Economia parte I: o que é que correu mal?
A EXPERIÊNCIA DE VIDA E A VIDA EM EXPERIÊNCIA
domingo, dezembro 09, 2012
A jovem 'geração Prozac' em busca de identidade
A jovem 'geração Prozac' em busca de identidade
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/a-jovem-geracao-prozac-em-busca-de-identidade=f772344#ixzz2EZaiQQfq
sábado, dezembro 08, 2012
O nosso Self: como aceder a ele
http://blogs.hbr.org/bregman/2012/12/try-meditation-to-strengthen-y.html?referral=00563&cm_mmc=email-_-newsletter-_-daily_alert-_-alert_date&utm_source=newsletter_daily_alert&utm_medium=email&utm_campaign=alert_date
sexta-feira, dezembro 07, 2012
EXTROVERSÃO E LONGEVIDADE
Uma equipa internacional de investigadores estudou o papel da personalidade em 298 gorilas de zoológicos e áreas protegidas da América do Norte durante 18 anos.
Identificaram quatro traços de personalidade: dominância (posição social de relevo em relação a outros indivíduos), neuroticismo (expressão negativa), agradabilidade (sociabilidade e lealdade) e extroversão, associada a comportamentos como sociabilidade, actividade,jogo e curiosidade.
A descoberta é consistente com estudos efetuados em humanos.
sexta-feira, novembro 30, 2012
ESQUIZOFRENIA: NOVO TESTE DIAGNÓSTICO ATRAVÉS DOS MOVIMENTOS OCULARES
Foi feita recentemente uma descoberta muito importante no campo da psicologia/psiquiatria: um procedimento simples, barato e de apenas alguns minutos permite diagnosticar a esquizofrenia com uma precisão de 98%! A utilidade que um diagnóstico tão importante como a esquizofrenia possa ser feito tão fácil e fiavelmente constitui um precioso avanço nas ciências psicológicas. Por outro lado, as ligações entre os movimentos oculares e a esquizofrenia abre um importante caminho de investigação sobre os mecanismos que poderão estar por trás desta associação, ainda que já fosse sabido existir uma correlação entre a doença e movimentos anormais dos olhos.
O estudo foi publicado este mês de Novembro na revista Biological Psychiatry.
terça-feira, novembro 27, 2012
ABUSO INFANTIL
- Está abandonada ou vive entregue a si própria;
- Sofre maus tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais;
- Não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade e situação pessoal;
- É obrigada a atividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e situação pessoal ou prejudiciais à sua formação ou desenvolvimento;
- Está sujeita, de forma direta ou indireta, a comportamentos que afetem gravemente a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional;
- Assume comportamentos ou se entrega a atividades ou consumos que afetam gravemente a sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o representante legal ou quem tenha a guarda de facto, se lhes oponham de modo adequado a remover esta situação.
segunda-feira, novembro 26, 2012
Chaïm Soutine 1893-1943
Chaïm Soutine era, dizem um homem muito só. As suas paisagens de árvores e caminhos desgarrados e retorcidos dão-nos uma ideia de uma paisagem interior perturbadora - e belíssima.
Existem vários sites na net com reproduções da obra de Soutine.
domingo, novembro 25, 2012
Uma vez mais.... André Green
Queria deixar aqui uma palavra de agradecimento à colega Clara Pracana - nossa colega do Salpicos e da Psicronos - pelo seu excelente trabalho na organização do seminário (com a ajuda de outra colega - Dra Madalena Motta Veiga) e o seu empenho na divulgação do pensamento de um autor tão imerecidamente desconhecido.
A conferência do Prof. Amaral Dias e da Profª. Clara Pracana destacaram-se, na minha opinião, por apresentarem uma elevadíssima qualidade e por serem ambas de uma abrangência enorme, refletirem um pensamento psicanalítico vivo, profundo e maduro. Eu própria apresentei uma conferencia (da qual vos deixo de seguida, por curiosidade, alguns pequenos excertos) e fiquei, durante o trabalho preparatório dela, assombrada com o imenso que desconhecia de Green. Assombrada, mas desperta para ir preenchendo essa lacuna à medida que me for dedicando à leitura da sua vasta obra. Para mim - e estou convencida que para muitos como eu - André Green gerava uma resistência apriorista (leia-se preconceituosa) por ser e escrever em francês. Ah, como é cega a ignorância!
Muito obrigado, Clara!
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Partilho convosco um pouco da minha conferência: "Green e Bion
Wilfred Bion
Green afirma, com frontalidade e transparência, que o trabalho de Bion foi a musa inspiradora para uma das suas obras maiores, redigida em 1993, O trabalho do Negativo. Diz ele: “O trabalho do negativo é uma expressão que tomei emprestada de Hegel, mas a forma como a utilizei na teoria psicanalítica é análoga à forma como Bion utilizou a filosofia de Kant para o desenvolvimento do seu próprio pensamento”.
Green conheceu Bion. Foram contemporâneos e até a um certo ponto amigos, se bem que, tanto quanto é do meu conhecimento, nunca muito íntimos nem sequer próximos. Tinham respeito mútuo. Havia reconhecimento mútuo da força dos seus intelectos, da seriedade e honestidade na investigação da mente e da psicanalise que cada um empreendeu. Falaram, trocaram correspondência e enviavam um ao outro os seus livros numa partilha elucidativa dessa curiosidade, interesse e respeito mútuos. Bion era consideravelmente mais velho que Green e essa diferença etária poderá ter definido uma relação menos “íntima” e mais formal. Green afirma na sua conferência The Primordial Mind and the Work of the Negative de 98 redigida para a abertura do seminário comemorativo do centenário de Bion, que Bion é provavelmente o melhor exemplo de um pensador independente na história da Psicanálise.
Concordo com ele."
sexta-feira, novembro 23, 2012
Ainda sobre PERSPETIVAS...!
Como ajudar outra pessoa a abraçar outras perspetivas? Ou, por exemplo, a enfrentar uma perspetiva incómoda mas mais realista?
Falar alto ou gritar frequentemente não ajuda, pelo contrário! Às vezes o problema nem é a perspetiva mas o poder da perspetiva, o impacto (visceral, emocional) que ela tem para que valha a pena considerá-la ou mesmo adotá-la. Ou seja, o "como" do que é dito é muitas vezes fulcral.