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quinta-feira, setembro 03, 2015

Resolver a Dependência nas Relações Amorosas (II) - Aquando e Para Além da Dependência


Contudo, muitas vezes não basta o percurso que conduz à redução da dependência. Por entre os meandros desse percurso há também que trabalhar traumas e fantasmas que habitam dentro de nós, involuntariamente estimulados e acordados quanto nos vinculamos (ou intencionamos vincular-nos) mais íntima e intensamente a alguém. Falamos das influências oriundas das nossas primeiras e mais marcantes relações com as nossas figuras principais de vinculação durante a infância e adolescência. Como estes são os vínculos mais fortes que construímos logo no início de vida, assim que nos vinculamos ou tencionamos vincular-nos mais intensamente com alguém, naturalmente toda a nossa história emocional vivida nesse registo de vinculação vem ao de cima. Quanto mais negativa for essa história, mais conflitual tendem a ser as relações íntimas na vida adulta - e mais inescapáveis tendem a ser.

São frequentes as exigências de comportamentos e atitudes nos companheiros do presente, que acabaram por faltar (ou foram insuficientes) nos cuidadores do passado. Como que num intuito (por vezes mais inconsciente) de reparação do passado através do presente, que mais não serve enquanto defesa à religação emocional com o passado. Assim, impossibilita o processamento emocional e o luto de um passado que ficou aquém do desejo, do amor e dos cuidados que nessa altura se precisou, mas não foram recebidos (ou que se tiveram, insuficientemente) nessa altura. O que ainda pode ser realisticamente vivido no presente torna-se então relativamente inacessível. Fica-se fechado ao amor que é realisticamente possível ser vivido - o amor maduro, paciente, compreensivo e não exigente das relações adultas - com quem realisticamente está ao nosso lado - e não com os fantasmas do passado que distorcem a realidade da outra pessoa, que lhe incutem características irrealistas e desadequadas e que resultam em expetativas também elas pouco adequadas às relações íntimas maduras, ainda que adequadas a outras épocas de vida e em outras relações. No presente há apenas uma repetição interminável de mais do mesmo, ainda que sempre no intuito de se conseguirem "aquelas" respostas, "aquele" amor.

Também no psicoterapeuta são frequentemente colocadas estas exigências concretas, inicialmente, ou muitas vezes durante e após um período de queixume sobre as mais diversas atitudes, comportamentos e traços de personalidade do companheiro ou companheiros. Queixas de como estes não conseguem/podem ser como a figura (idealizada) que ainda se precisa e ainda se procura. Cabe ao psicoterapeuta a responsabilidade de criar uma relação de confiança que por um lado seja diferente daquelas que não conseguem dar as respostas e cuidados adequados. Mas também uma relação em que a dor e carências do passado possam finalmente ter expressão, e em que presente e passado possam ir sendo cada vez mais separáveis, até que o passado cicatrize e passe a ser verdadeiramente passado. Assim, abre-se a possibilidade de um presente que pode ser conhecido e vivido plenamente tal como é, e de nele poderem ser encontradas e criadas novas fontes de prazer e de alegria que gratificam e preenchem plenamente. Enquanto seres humanos a verdade infeliz é que nós não precisamos relembrar o passado, porque todos nós vivemos o passado no nosso presente de uma ou de outra forma. Algumas pessoas inclusive não têm possibilidade ao longo de toda a vida de conseguirem viver verdadeira e plenamente o presente, sem as faltas, exigências ou deturpações do passado.

Para finalizar, fica a nota de que a dependência e o que fica dentro de nós enquanto precipitado de outros tempos de vida têm uma ligação íntima com a nossa autoestima (e com a nossa identidade). Este é mais um dos eixos extensivamente trabalhado durante uma psicoterapia aquando do trabalho sobre a capacidade de cuidarmos de nós mesmos, a autonomização emocional (e não só) e a identidade, entre outras áreas da personalidade.

segunda-feira, agosto 31, 2015

Resolver a Dependência nas Relações Amorosas (I) - Da Dependência à Possibilidade do Amor Maduro


"Como é que eu deixo de abdicar de mim nas minhas relações, de me submeter à vontade dele/dela e de me humilhar perante ele/ela?"

"Como é que eu consigo o amor que procuro sem ficar tão dependente?"

"Como faço para que deixem de haver tantas discussões?" 

Tudo o que mais queremos e almejamos nas nossas relações íntimas amorosas é ser amados. É poder sentir o quão importantes e interessantes somos para a outra parte e a sua vontade de estar e conviver connosco. E, a partir daí, é podermos construir uma verdadeira, sólida e profunda intimidade e cumplicidade a dois. Mas... nem sempre conseguimos isto. Por vezes não o conseguimos por mais relações que tenhamos. E assim, a vida vai passando por nós.

As relações amorosas caracterizam-se por uma interdependência normativa entre ambos os
companheiros. São duas pessoas que se interessam uma pela outra, que investem uma na outra, e cuja economia emocional de cada pessoa passa a depender em grande parte do retorno afetivo do outro amado. Nesta medida, permanecer em relações onde não há esse retorno ou ele é insuficiente, pode resultar num desequilíbrio emocional relacionado com o abaixamento contínuo da autoestima e com a depressão. Quando existem problemas emocionais de fundo (como alguma forma de depressão), com repercussão na autoestima, então as relações amorosas tendem a ser bastante procuradas no intuito de servirem como que de plataformas de salvação. Tornam-se vitais e a sua perda é de tal forma perigosa que mais vale permanecer numa má relação que sem nenhuma relação. Claro que, permanecer numa relação sem o retorno afetivo necessário é também o caminho para o agravamento da dor emocional e da depressão, e logo, da dependência. Fica-se num beco sem saída.

A dependência original remete para o período da infância. Podemos dizer que toda a infância é uma longa fase de dependência que, quando tudo correr relativamente bem, termina no acesso à autonomia ou à dependência madura nas relações com as outras pessoas. De facto, a dependência, ou necessidade de sermos cuidados, está imbuída no nosso ADN. Logo desde bebés essas necessidades requerem respostas concretas pelas principais figuras de cuidados e vinculação da infância. As consequências de tal não acontecer são, particularmente no início de vida, muito graves para o desenvolvimento psicológico.

É imprescindível, por exemplo, que no inicio de vida haja a presença de um cuidador tranquilo, disponível, consistente e sintónico com as necessidades do bebé de dormir, de ser alimentado, de que lhe mudem a fralda quando está molhada, quando tem frio ou quando está a ser hiperestimulado (muitos sons, muitas solicitações ou muitas pessoas presentes, que acabam por saturar o aparelho psíquico ainda demasiado imaturo para conseguir filtrar sozinho tantos estímulos). Do encontro entre estas necessidades e estes cuidados nasce o sentimento de existência e o prazer de existir.

As crianças pequenas sozinhas não têm a capacidade de discriminar emoções nem de entende-las e dar-lhes os devidos significados para que a partir daí possam organizar o pensamento. Ou seja, dependem dos cuidadores para que estes as ajudem a digerir (processar/elaborar) e integrar (interiorizar) as emoções e as experiências de vida ligadas a estas. Um pai ou uma mãe atentos a um filho pequeno que parece mais abatido ou demasiado irrequieto irão procurar sentar-se junto dele e, através de uma atitude tranquila e paciente, sintónica, empática e ás vezes um pouco intuitiva, irão procurar compreender o que se passa. Neste diálogo a criança, que não tem nome para o que sente, nem sabe porque o sente, irá dispor do próprio aparelho de pensar as emoções dos adultos que cuidam dela. Assim, os pais vão procurando perceber, dar nome e pensar sobre as emoções/situações que a criança está a tentar perceber e organizar dentro de si. Subitamente percebe-se que a criança não está mais abatida! As emoções difíceis foram nomeadas, pensadas e transformadas pela disponibilidade tranquila e paciente, e pela compreensão empática dos pais ou outros cuidadores.

Gradualmente uma criança vai ganhando confiança de que existem outras pessoas à volta dela junto das quais ela consegue alívio das suas angústias. Para além disso ela consegue também, através da relação e do diálogo com essas figuras, organizar o pensamento e obter novas perspetivas que lhe vão dar respostas e soluções para problemas com os quais não consegue lidar sozinha. É também esta a relação que o psicoterapeuta psicanalítico oferece e das funções mais importantes que desempenha ao longo de uma psicoterapia.

A capacidade de gerir e digerir as próprias emoções mais difíceis e conteúdos internos vai por consequência aumentando, e com isso a capacidade de fazer face a situações difíceis sem uma necessidade tão grande de depender de ajuda exterior. Ou seja, a dependência começa a enfraquecer e a autonomia a formar a sua sólida raiz com base neste incremento de robustez da personalidade e das partes saudáveis da mesma (que conferem a capacidade de lidar com emoções mais difíceis); na interiorização da função pensante e transformadora das emoções daqueles que apoiam a criança desta forma sempre que ela precisa; e na expansão da capacidade de pensar. Sendo também estes os objetivos e ganhos da psicoterapia.

Simultaneamente a confiança para viver, explorar e fazer novas experiências é reforçada pela possibilidade sempre presente do regresso para junto daqueles que oferecem o seu apoio (disponibilidade e compreensão empática) no sentido do alívio das angústias e da organização da experiência interna da criança quando ela mais precise. Reforça-se o prazer de funcionar autonomamente, com base na interiorização da disponibilidade das figuras reais de apoio. Tal como é o efeito da disponibilidade do psicoterapeuta e do espaço da psicoterapia, sempre ao dispor para regresso ao mesmo àquela(s) hora(s) específica(s) da semana.

Finalmente surge a capacidade da criança, e mais tarde do adolescente e do adulto, de construir outras relações à sua volta, com base nestas relações sanígenas capazes de apoiar e de oferecer lucidez, bem como de ajudar a organizar o pensamento sempre que necessário. Assim como também a psicoterapia procura ajudar a trabalhar as dificuldades pessoais à possibilidade de serem procuradas, criadas e geridas relações sanígenas ao longo da vida.

Assim, a dependência infantil não existe mais. Estão organizadas internamente as bases da autonomia ou da dependência madura, que nas relações amorosas permitem a liberdade para sair ou abandonar relações menos gratificantes. Isto porque no passado lá estiveram relações melhores e mais gratificantes, porque esse é o mundo interno relacional com o qual a pessoa está sintonizada dentro dela, porque existem outras relações no presente (pais, amigos, ou outros) que oferecem maior bem-estar e satisfação que a própria relação amorosa (que deve ser das mais gratificantes de todas). Por tudo isto, a esperança ou sentimento de possibilidade viável e real de serem encontradas e construídas outras relações mais em sintonia com as necessidades e desejos pessoais é também grande. A relação terapêutica é também uma nova relação que se oferece enquanto nova experiência, reparadora, sanígena e unidade de referência para a procura, refinamento e construção de outras relações ao longo da vida.

sexta-feira, abril 03, 2015

||Perturbações de Personalidade|| - Personalidade Contradependente


Podemos situar a interdependência saudável (a capacidade de nos ligarmos e nos relacionarmos com os outros) num continuum entre a dependência desadaptativa (submissão) e a independência rígida (desapego desconectado). Algumas pessoas do polo da independência rígida têm na verdade poderosas necessidades de dependência, que mantêm fora da consciência via negação. De igual modo procuram muitas vezes cuidar de outros que necessitem delas ou colocar esses outros e mantê-los dependentes desses cuidados ou apoios.

Estas pessoas têm na verdade uma perturbação dependente de personalidade mascarada por uma pseudo-independência. Nas suas relações definem-se como aquelas cujos outros dependem delas, e sentem orgulho por ser capazes de tomar conta delas próprias.

Exemplo: A filha adolescente de 17 anos de uma mãe médica carreirista e solteira vêm à psicoterapia por grandes dificuldades de autonomia e autoconfiança. A mãe que sempre cuidou da filha faz algumas queixas no sentido de se sentir por vezes sobrecarregada com a responsabilidade pela filha. À medida que a psicoterapia avança a adolescente começa a sentir-se mais capaz de cuidar sozinha dela mesma e das suas necessidades, a confiança nela própria aumenta e aproxima-se do nível adequado de autonomia para a sua idade. Em simultâneo a mãe da adolescente vai deixando de conseguir funcionar profissionalmente.

As pessoas contradependentes tendem a ser pouco tolerantes com expressões de necessidade e podem sentir desprezo pela vulnerabilidade emocional percebida nelas próprias ou nos outros.

Frequentemente as pessoas contradependentes têm uma dependência secreta, por exemplo, dependência de uma substância química, de um companheiro, de um mentor, de uma ideologia. Algumas pessoas contradependentes têm uma tendência para adoecer ou em sofrer acidentes que lhes dá um motivo "legítimo" para serem cuidados por outros.

São pessoas que raramente procuram a psicoterapia por eles próprios, sendo algumas vezes empurrados para a psicoterapia por companheiros que se sentem ávidos de uma intimidade emocional genuína.

Na psicoterapia são pessoas que precisam de ajuda de modo a aceitar as suas necessidades de dependência enquanto uma parte natural delas próprias como seres humanos. Tal é o pré-requisito para que consigam um equilíbrio posterior entre a ligação com os outros e a capacidade de funcionarem autonomamente, sem necessitarem de outros que dependam delas. Durante a psicoterapia tende também a surgir eventualmente um processo de luto de necessidades que nunca foram satisfeitas nas relações precoces com os cuidadores da infância, que posteriormente dá lugar a uma autonomia mais genuína.


Preocupação/tensão central: Manter/perder a relação
Afetos centrais: Prazer quando vinculado(a) de forma segura; tristeza e medo quando sozinho(a)
Crença patogénica característica sobre si próprio(a): Sou inadequado(a), preciso de ajuda alheia, sou impotente
Crença patogénica sobre os outros: Os outros são poderosos e preciso do cuidado deles.

Fonte: PDM - Psychodynamic Diagnostic Manual  

quarta-feira, março 11, 2015

||Perturbações de Personalidade|| - Personalidade Dependente


As pessoas que sofrem de dependência caracterológica definem-se sobretudo em relação aos outros e procuram segurança e satisfação predominantemente em contextos interpessoais - "Sou a esposa do Luís, e estou bem quando as coisas estão bem com ele.". Os sintomas psicológicos podem surgir quando algo falha numa relação primária.

A procura de tratamento tende a surgir no meio da vida ou mais tarde, após a morte do(a)
companheiro(a) ou divórcio.

Apesar de aparentemente as mulheres serem mais propensas à dependência patológica, tal pode dever-se simplesmente a uma maior facilidade por parte das mulheres para reconhecer a dependência.

Alguns estudos situam as origens desta patologia em cuidados parentais de sobreproteção ou autoritaristas, um processo de socialização ligado ao desempenho de papéis de género pré-determinados e/ou a atitudes culturais relacionadas com a orientação para o sucesso versus a orientação para as relações.

São pessoas que se sentem ineficazes quando estão por conta própria e tendem a considerar os outros poderosos e eficazes.

Tipicamente a vida das pessoas com uma perturbação dependente de personalidade é organizada com vista à manutenção de relações de cuidados e de apoio (emocional, financeiro, parental, académico, profissional, identitário, etc.) nas quais elas são submissas. Quando conseguem desenvolver este tipo de relações tendem a sentir-se satisfeitas, ao passo que quando não o conseguem vivem um transtorno agudo.

As preocupações emocionais destas pessoas envolvem frequentemente ansiedade de desempenho e medo de serem criticadas e abandonadas.

Preocupação/tensão central: Manter/perder a relação
Afetos centrais: Prazer quando vinculado(a) de forma segura; tristeza e medo quando sozinho(a)
Crença patogénica característica sobre si próprio(a): Sou inadequado(a), preciso de ajuda alheia, sou impotente
Crença patogénica sobre os outros: Os outros são poderosos e preciso do cuidado deles.

Fonte: PDM - Psychodynamic Diagnostic Manual

sexta-feira, outubro 31, 2014

PORNOGRAFIA



Estamos na inter-net.
Inter-ligados de uma maneira tão global e massificada como nunca.

Encontramos todo um conjunto de informação absolutamente impressionante - tudo é "googlavel" atualmente - mas também de pessoas e contactos para todo o tipo de efeitos.

A pornografia tornou-se algo de incrivelmente banal e acessível. Pode não ser fácil pensar sobre ela – a pornografia consome-se, não se reflecte sobre! No entanto, gostaria de expor um pouco este tabu, mencionando as problemáticas associadas a quem a produz, bem como, as razões e os efeitos de quem a consome (desde um consumo esporádico a compulsivo).

"Pornografia provém dos vocábulos gregos "pornos" (prostituta) e "graphô" (escrever, gravar). O primeiro destes vocábulos é da mesma família de outros, como "porneuô" (ser prostituta, viver da prostituição) e "pernêmi" (vender, exportar). Este último deve-se ao facto de, inicialmente, as prostitutas serem escravas."

Interessante a origem da palavra. Sobretudo se pensarmos na pornografia de uma forma mais contextual e incisiva, como "prostituição cinematográfica". Os atores ou modelos vendem literalmente a sua imagem e intimidade e, com isso, a sua dignidade e auto-estima (já para não falar nos problemas de saúde e na violência física e psicológica associados…).

A internet pode servir para LIGAR, mas nestes casos, serve para DESLIGAR: o consumo de pornografia estimula laços de uso e abuso sexual do outro sem qualquer ligação “humana” ou “emocional”. Aliás, a principal mensagem que gostaria de transmitir é que a pornografia é uma forma de SUBSTITUIR e COMPENSAR um défice ou insatisfação de LAÇOS emocionais – de LIGAÇÃO HUMANA. Comporta, pois, uma dose grande de frustração, impotência e solidão (muitas vezes inconscientes), procurando buscar um alívio rápido e desesperado na gratificação/descarga do prazer sexual. Nas fantasias sexuais associadas, há sempre uma dose mais ou menos considerável de, dominação, posse, triunfo, vingança e controlo – sadismo – ou o inverso – masoquismo. São, deste modo, fantasias que não só alimentam a violência e a intolerância à frustração, mas também substituem e dificultam ainda mais o investimento real de RELAÇÕES HUMANAS satisfatórias (íntimas) – sobretudo quando compulsivas.
São uma ponte ilusória para o outro, uma busca “de intimidade sexual forçada”, em vez de um encontro recíproco de “olhar e ser olhado” no que respeita aos sentimentos, necessidades e interesses (de onde a relação sexual pode advir como desejo mútuo de maior intimidade).

O que fazer nos tantos casos de pessoas que, pelas suas histórias pessoais de negligência ou abuso (emocional, físico ou sexual), se deixam apanhar por esta rede (“net”), quer de produção, quer de consumo de pornográfico? Como interromper o ciclo de repetição e manutenção de relações de abuso? A dependência de actividades sexuais ou de pornografia pode funcionar como uma terrível droga de uso, abuso, isolamento e degradação humanas.

O importante a sublinhar: criadas por relações patogénicas (disfuncionais), estas problemáticas podem também ser ultrapassadas através de relações sanígenas (saudáveis) igualmente continuadas, profundas e íntimas, onde a compreensão, o respeito e a aceitação imperam.


Haverá fé e coragem para arriscar investir mais neste último tipo de relações?