Perguntas para fazer às crianças sobre a escola.
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segunda-feira, maio 12, 2014
segunda-feira, novembro 18, 2013
Agressividade normal e patológica
Fui recentemente chamada a falar
sobre agressividade numa escola, e de uma forma geral, quando falamos sobre agressividade,
é bom termos como ponto de partida que a agressividade existe em todos os seres
humanos, é natural e necessária.
Na adolescência a agressividade está muito presente no comportamento e
por isso, quando falamos para pais e professores, importa ajudá-los a
compreender a agressividade mas também a diferenciar a agressividade saudável
da agressividade patológica.
Para pensarmos em agressividade
saudável podemos pensar por exemplo na agressividade que está presente numa
equipa desportiva. É a agressividade que nos mobiliza para a ação, que está
relacionada com a nossa capacidade de nos defendermos, de lutarmos pelos nossos
objetivos, de tolerarmos a rivalidade e competitividade. É então possível
pensarmos que a agressividade pode estar ao serviço da cooperação, da proteção,
da união grupal, etc.
A agressividade pode estar ao
serviço de objetivos grupais, interpessoais, mas também é saudável quando
contribui para a construção da identidade
e diferenciação.
É assim importante a capacidade
para criarmos mudanças, ruturas, separações; para afirmarmos a nossa diferença, os nossos limites e as
nossas escolhas. Está presente na
nossa capacidade de reivindicar, de lutar pelos nossos direitos, pelo nosso
bem-estar.
Mas então quando é
que falamos de raiva, ódio, sadismo,
ciúme, inveja?
Quando falamos destas emoções,
estamos também a falar de emoções naturais e existentes em todos os seres
humanos. E podem também ser saudáveis, quando estão ao serviço da sobrevivência,
da regulação interna e da regulação das relações.
As crianças e os jovens precisam de
saber que estas emoções são saudáveis, e que podem ser sentidas e expressas–
como o amor, a alegria ou a tristeza – de forma socialmente apropriada. Mesmo a
agressividade mais destrutiva deve poder ser sentida, e até certo ponto expressa
- não necessariamente agida.
O que diferencia
então a agressividade saudável da agressividade patológica?
A agressividade patológica é
destrutiva para o próprio, para o outro e para a relação e é aquela que não
contribui para a evolução nem contempla possibilidade de reparação.
A agressividade mais patológica é
normalmente caracterizada por uma intensidade
desmedida e desajustada à circunstância. A repetição
de comportamentos agressivos e a indiferenciação
do alvo são também sinais de alerta. Outro aspeto importante é a ausência de culpabilidade e falta de empatia que podem refletir uma
frieza relacional.
A culpabilidade tem um papel fundamental na elaboração da
agressividade. A culpabilidade, normalmente associada à empatia e reforçada
pelos aspetos morais e sociais exerce um travão nos impulsos mais destrutivos.
Identificar estes aspetos deve essencialmente
contribuir para que pais e professores compreendam que a agressividade mais
patológica é sempre sinal de sofrimento e este não deve ser negligenciado.
É óbvio que os pais e os
professores têm sempre um papel que visa corrigir comportamentos, assim que são
fundamentais na necessidade de mostrar os limites morais, sociais e
relacionais. Mas não podemos nunca esquecer que um jovem agressivo não precisa
só de limites e normalmente não beneficia nada com simples censura ao seu
comportamento - precisa de alguém que o ajude a compreender e entrar em
contacto com o seu sofrimento e a encontrar mais conforto na sua relação
consigo mesmo e com os outros.
Eliana Vilaça
Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta
Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta
domingo, julho 28, 2013
FÉRIAS SÃO FÉRIAS!
Andamos a meio gás aqui no Salpicos!
Já cheira a férias e enquanto aguardo as minhas, gostava de partilhar algo
sobre as férias dos pequenotes.
Imagine que depois de nove meses
de intenso trabalho e avaliação regular de desempenho, o seu chefe lhe exigia
que, durante as suas férias, dispensasse uma hora por dia para ligar a
clientes, fazer programação, avaliar créditos, fazer limpezas, analisar
processos, servir almoços, corrigir testes… Ficaria furioso? Aborrecido?
Desmotivado? Muitos adultos selecionam as chamadas que atendem e deixam no
e-mail uma resposta automática que avisa os mais distraídos que estão de
férias. Então por que razão se insiste em obrigar as crianças a fazer trabalhos
da escola?
Férias são férias! Servem para
descansar, brincar, partilhar, socializar. Os trabalhos nesta altura pouco
acrescentam às competências e aquisições da criança, contribuindo apenas para o
cansaço, a desmotivação e o aborrecimento. Estes tendem a estender-se ao novo
ano letivo, comprometendo o entusiasmo e a expetativa uma vez que as baterias
não são devidamente carregadas.
Inscreva-a em atividades como as
Férias Desportivas ou a Ciência Viva. Muitas Juntas de Freguesia dispõem de
programas de férias diversificados e relativamente acessíveis. Algumas
instituições de apoio à deficiência apresentam também alternativas de forte
valor social, promovendo o contacto e a aceitação da diferença. Existem ainda
as Quintas Pedagógicas e muitas outras opções. Mas não tem obrigatoriamente de
recorrer a atividades externas ou que impliquem investimento financeiro. Há
muitas outras formas de estimular a curiosidade e as competências intelectuais e
emocionais da criança: passeie, converse, brinque e explore com a criança.
Responda às suas questões com outra pergunta. Brinquem ao teatro, à cabra-cega,
às estátuas.
Se pretende atividades mais
estruturadas, sugiro alguns jogos da velha-guarda, cada vez menos utilizados,
mas que muito estimulam a mente:
- Diferenças: Atenção Visual
- Labirintos: Planeamento e Organização Espacial
- Puzzles: Planeamento, estruturação espacial, coordenação óculo-motora
- Tangram: Planeamento, estruturação espacial, coordenação óculo-motora
- Palavras-Cruzadas: Vocabulário, Raciocínio Abstrato
- Jogo “Nomes, Países, Frutos, Objetos, etc”: Vocabulário, Categorização, Raciocínio Abstrato, Velocidade do Raciocínio
- Pares de Memória: Atenção Visual e Memória Visual
- Bom Dia, Senhorita: Atenção Sustentada, Atenção Seletiva, Memória, Controlo dos Impulsos
- Soletrar Palavras: Consciência Fonológica, Atenção, Planeamento, Memória de Trabalho
- Adivinhas: Raciocínio Lógico-Abstrato
- Quem é Quem?: Atenção, Planeamento, Categorização
- Jogo da Glória: Cálculo, Tolerância à Frustração
Há muitas outras opções, mas aqui
terá já várias ideias e poderá dar largas à sua imaginação. O mais importante é
que a criança se divirta com a família e os amigos.
Apesar de férias serem férias, nem
tudo pode ser boa vida! Atenção às rotinas, pois as crianças precisam de
coerência e consistência. Os padrões de sono, alimentação, higiene, regras
podem ser aliviados, mas apenas ligeiramente pois uma semana de rédea solta pode
implicar três de reorganização, com muitas birras e frustração à mistura.
Boas férias e aproveite para
partilhar aqui algumas sugestões de atividades com crianças!
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