segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Colóquio em Faro: A Psicanálise no Divã
No dia 8 de Março vai realizar-se o Colóquio "A Psicanálise no Divã" na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve.
O Colóquio é de Entrada Livre e realiza-se no Anfiteatro Azul, Campus de Gambelas.
No programa destacam-se:
António Coimbra de Matos
Frederico Pereira
Eduardo Sá
Catarina Neves
Ida Lemos
Cristina Nunes
Ainda será apresentado um ciclo de cinema em colaboração com o CINECLUBE de Faro
2ª feira, 17h, 25.02.08, SHINE, Scott Hicks (1996) Comentado por Anabela Moutinho e Nuno Encarnação
2ª feira, 17h, 03.03.08, Psycho, Alfred Hitchcock (1960) Comentado por Graça Lobo e Ana Neves
2ª feira, 17h, 10.03.08, Belle dde Jour, Luis Buñuel (1967) Comentado por Mirian Tavares e Catarina Neves
sábado, fevereiro 23, 2008
Administração do Património das Pessoas com Capacidade Diminuída
A Acção Social está a promover um Ciclo de Apontamentos sobre Saúde Mental.
A quarta sessão sobre Administração do Património das Pessoas com Capacidade Diminuída vai realizar-se no próximo dia 7 de Março, das 10 às 13 horas, no auditório do Centro de Informação Urbana de Lisboa, no Picoas Plaza, sito Rua do Viriato, nº 13, em Lisboa.
O objectivo desta iniciativa é promover o debate e a reflexão sobre as questões da Saúde Mental e a sua repercussão na qualidade de vida das pessoas e comunidade.
É de entrada livre mas sujeito a inscrição prévia.
Para mais informações ligue para 21 394 44 10/11
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Luanda... até ver...
Luanda. Baía de Luanda.
Por aqui amanhece cedo, muito cedo, seis horas da manhã e o sol já queima a 26 graus.
É a terceira vez que venho a Luanda e só agora tive a coragem de fazer um passeio pela baía. Luanda aos Domingos é deserta.
As poucas pessoas que se encontram na rua ou são seguranças de lojas, bancos, seguradoras... que se encontram ao longo da marginal, ou vagabundos.
Tenho dificuldade em nomear as gentes de Luanda.
É comum encontrar gente deitada no asfalto, não por se ser vagabundo, mas apenas porque apetece uma sesta, por ser um sítio comum, normal de acontecer. Dormir na rua não é condição para se ser vagabundo.
Luanda baralha-me. Luanda é, talvez bonita, mas choca-me demasiado. Dá-me pena olhá-la. Parece perdida, descaracterizada.
Luanda permanece assim em mim... até ver...
Por aqui amanhece cedo, muito cedo, seis horas da manhã e o sol já queima a 26 graus.
É a terceira vez que venho a Luanda e só agora tive a coragem de fazer um passeio pela baía. Luanda aos Domingos é deserta.
As poucas pessoas que se encontram na rua ou são seguranças de lojas, bancos, seguradoras... que se encontram ao longo da marginal, ou vagabundos.
Tenho dificuldade em nomear as gentes de Luanda.
É comum encontrar gente deitada no asfalto, não por se ser vagabundo, mas apenas porque apetece uma sesta, por ser um sítio comum, normal de acontecer. Dormir na rua não é condição para se ser vagabundo.
Luanda baralha-me. Luanda é, talvez bonita, mas choca-me demasiado. Dá-me pena olhá-la. Parece perdida, descaracterizada.
Luanda permanece assim em mim... até ver...
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Tarde
Era de tarde, tal como tarde era a vida que se sentia viver.
Nas paredes mapas, do que é desconhecido, sítio de medo.
Folhas de jornal cobrem de coisas que acontecem, a vida onde nada de novo acontece para ser passado.
Sucessões de futuro, como quando se atira uma pedra de uma escarpa, e ela vai, tombando, caindo, tombando, caindo, mas nunca parando num momento de escarpa que pudesse ser presente e hoje para poder ser ontem e amanhã.
Um futuro demasiado rápido numa tarde de todos os mistérios antes de ser noite, antes de todo o medo.
Folhas de jornal com vidas de outros.
Folhas brancas numa luz fria de tarde que lembra.
Que mostra tudo o que são contornos de um corpo que pouco falta para não existir.
Nas paredes mapas, do que é desconhecido, sítio de medo.
Folhas de jornal cobrem de coisas que acontecem, a vida onde nada de novo acontece para ser passado.
Sucessões de futuro, como quando se atira uma pedra de uma escarpa, e ela vai, tombando, caindo, tombando, caindo, mas nunca parando num momento de escarpa que pudesse ser presente e hoje para poder ser ontem e amanhã.
Um futuro demasiado rápido numa tarde de todos os mistérios antes de ser noite, antes de todo o medo.
Folhas de jornal com vidas de outros.
Folhas brancas numa luz fria de tarde que lembra.
Que mostra tudo o que são contornos de um corpo que pouco falta para não existir.
terça-feira, fevereiro 12, 2008
Bullying/Ciberbullying/Bullying Homofóbico
No passado domingo no programa Visão Global da Antena 1, ouvimos uma repostagem sobre Bullying, conduzida pela jornalista Andreia Brito, na qual tiveram voz diversas entidades relacionadas directamente com esta problemática, testemunhos na 1ª pessoa, investigadores, professores, assim como eu própria.
O Bullying é uma das formas de violência escolar, que corre as escolas do país de norte a sul e mobiliza, cada vez mais, a comunidade educativa na procura de soluções para as suas dificuldades. É nesse sentido que vai ser criado o Centro de Apoio à Convivência nas Escolas, uma iniciativa da Associação Nacional dos Professores em colaboração com a Universidade Lusófona, no qual trabalharão vários técnicos que irão auxiliar os professores. Também está prevista a criação de uma linha telefónica.
Mas que dificuldades se deparam os adolescentes na escola hoje em dia? Para além do Bullying Escolar, quais são as variantes deste flagelo? Começámos já a ouvir falar sobre o Ciberbullying e começam a surgir estudos que incidem sobre este tipo de violência.
Este é um tipo de violência em que as tecnologias de informação e comunicação são mobilizadas para intimidar o outro e excluí-lo do círculo de amigo, tornando-se uma violência além escola. É uma violência indirecta, pautada por um mediador, que poderá ser o computador ou um telemóvel, os quais servem para ameaçar, diminuir e humilhar a imagem do outro, quer por sms ameaçadoras, por montagens fotográficas ou pela criação de páginas virtuais falsas.
Esta é uma realidade com que os adolescentes vão-se deparando cada vez mais, pautando por uma violência indirecta, que muitas das vezes oculta o seu agressor, cria um novo perfil de abusadores e um tipo de violência pública.
Temos ainda um outro tipo de violencia que se denomina por Bullying Homofóbico. Esta é uma realidade ainda pouco tratada em Portugal, mas sobre a qual já se debruçam estudos noutros países. Este tipo de violência diz respeito a alunos que saem dos padrões de género normativos.
Muito haveria a falar sobre esta temática, mas o post ficaria muito extenso...
Oportunamente debruçar-me-ei mais um pouco a escrever sobre este tema.
O importante a reter é que existe sempre um desequilíbrio de forças entre o agressor e o agredido e que este último se sente incapaz de fazer face ao outro, infligindo-lhe sérios danos ao nível da auto-estima, que se não "tratados" a tempo conduzirão a sérios danos psicológicos
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Sofrimento é chave para casamento feliz, diz pesquisa
Aceitar que relacionamentos incluem sempre dor e sofrimento é a chave para um casamento feliz, segundo um estudo publicado na Revista de Terapia de Casal e de Família, nos Estados Unidos.
Os professores da Universidade do Estado da Califórnia Diane Gehart e Eric McCollum dizem que os contos de fada e histórias de amor actuais criam uma ilusão de que é possível viver um "relacionamento perfeito", o que torna ainda mais difícil lidar com os problemas do dia-a-dia.
"A nossa cultura perpetua o mito de que, com esforço suficiente, podemos atingir um estado sem sofrimento", diz a pesquisa.
"Nos Estados Unidos, o valor que é dado à atitude pró-activa e ao triunfo sobre a adversidade cria um ambiente onde o sofrimento pode ser visto como um sintoma da derrota pessoal."
Que vos parece?
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
A Psicronos no 7.º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde
No passado dia 31 de Janeiro a Psicronos, Clínica de Consultoria e Formação, fez-se representar no 7.º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde que teve lugar no Porto. Apresentámos uma comunicação intitulada: "Desafios a uma Intervenção Integrada em Psicologia Clínica: Experiência de um Serviço de Saúde Privado". Neste âmbito, apresentámos os nossos serviços, a "filosofia de intervenção" na qual estes se fundam, e as apostas-chave da Psicronos nos últimos três anos.
Adiantámos ainda informações acerca de outras actividades que queremos implementar num futuro próximo e que, em nossa opinião, dão conta do forte desejo de continuidade que queremos imprimir a este Projecto. Para nós foi muito gratificante poder partilhar experiências com outros colegas (de diferentes nacionalidades), tendo aprendido imenso com os comentários que a comunicação suscitou e que foram, simultaneamente, um impulso muito positivo para o nosso trabalho.
Adiantámos ainda informações acerca de outras actividades que queremos implementar num futuro próximo e que, em nossa opinião, dão conta do forte desejo de continuidade que queremos imprimir a este Projecto. Para nós foi muito gratificante poder partilhar experiências com outros colegas (de diferentes nacionalidades), tendo aprendido imenso com os comentários que a comunicação suscitou e que foram, simultaneamente, um impulso muito positivo para o nosso trabalho.
terça-feira, fevereiro 05, 2008
Controvérsias contemporâneas acerca da Teoria, Prática e Aplicação Psicanalíticas.
A Editora Climepsi acaba de publicar um livro de Otto Kernberg que se intitula "Controvérsias contemporâneas acerca da Teoria, Prática e Aplicação Psicanalíticas" e que aborda o processo de de transformação e enriquecimento activo dos pressupostos fundamentais no qual a Psicanálise Contemporânea está envolvida, nomeadamente no que diz respeito ao desenvolvimento, à psicopatologia e ao tratamento. São apresentadas algumas dessas transformações e as controvérsias a elas associadas; a técnica psicanalítica tradicional é repensada, bem como as suas modalidades de tratamento em função do impacte causado por novas considerações sobre o desenvolvimento e a psicopatologia.
Leitura recomendada aos que se interessam pelo assunto.
sábado, fevereiro 02, 2008
Nutrição Infantil e Dinâmicas Parentais
WORKSHOP:
Nutrição Infantil (Dr.ª Solange Burri) e Dinâmicas Parentais (Dr.ª Rita Gameiro)
Data: dia 8 de Março
Horário: 14h-18h
Dirigido a: mães, pais, avós, educadoras (e outros preocupados com o bem-estar das crianças)
1. Alimentação e Nutrição Infantil
Objectivos:
Passar pouco tempo na cozinha!
Rentabilizar o orçamento doméstico!
Mais tempo para momentos em família!
Ideias culinárias para os mais pequenos!
Plano de Acção:
Aprender a comprar bem os alimentos
Preparar refeições com qualidade nutricional
Hábitos alimentares saudáveis
Esclarecer dúvidas do dia-a-dia.
Solange Burri: é Licenciada em Microbiologia, Pós-Graduada em Segurança Alimentar e Mestranda em Inovação Alimentar. Inaugurou o seu Projecto babySol em Nov/2007 que visa apoiar as mãmãs na dificil tarefa de alimentar os seus bébés.
2. Dinâmicas Parentais (transformações familiares com a chegada de um filho - uma perspectiva psicológica)
Temas de Discussão:
Ser pai/mãe o que mudou?(Vida a dois, relações familiares, sociais)
Expectativas anteriores/Realidade actual
Objectivos:
Fortalecimento da relação de casal
Estruturação de uma rede de suporte
Resolução de problemas práticos
Plano de Acção:
Discussão, esclarecimento e partilha de ideias.
Troca de experiências.
Rita Gameiro: é Psicóloga Clínica, Licenciada e Mestranda pelo ISPA.O seu trabalho na Clínica Infantil/Lisboa incide no diagnóstico e seguimento psicoterapêutico de crianças, no apoio aos pais e ligação às escolas.
Localização – Centro Evolution - Amadora
Inclui:
• Palestra em Nutrição Infantil
• Palestra em Dinâmicas Parentais
• Documentação e Certificado de Presença
• Crianças: Babysitter, Actividades e Lanchinho
• Chá & Café para os participantes
As inscrições são limitadas ao nº de vagas
Os pais poderão trazer os seus filhos.
Para mais informações contacte: mailto:ritagameiro@gmail.com
Blog: http://psicologiaritagameiro.blogspot.com/
Nutrição Infantil (Dr.ª Solange Burri) e Dinâmicas Parentais (Dr.ª Rita Gameiro)
Data: dia 8 de Março
Horário: 14h-18h
Dirigido a: mães, pais, avós, educadoras (e outros preocupados com o bem-estar das crianças)
1. Alimentação e Nutrição Infantil
Objectivos:
Passar pouco tempo na cozinha!
Rentabilizar o orçamento doméstico!
Mais tempo para momentos em família!
Ideias culinárias para os mais pequenos!
Plano de Acção:
Aprender a comprar bem os alimentos
Preparar refeições com qualidade nutricional
Hábitos alimentares saudáveis
Esclarecer dúvidas do dia-a-dia.
Solange Burri: é Licenciada em Microbiologia, Pós-Graduada em Segurança Alimentar e Mestranda em Inovação Alimentar. Inaugurou o seu Projecto babySol em Nov/2007 que visa apoiar as mãmãs na dificil tarefa de alimentar os seus bébés.
2. Dinâmicas Parentais (transformações familiares com a chegada de um filho - uma perspectiva psicológica)
Temas de Discussão:
Ser pai/mãe o que mudou?(Vida a dois, relações familiares, sociais)
Expectativas anteriores/Realidade actual
Objectivos:
Fortalecimento da relação de casal
Estruturação de uma rede de suporte
Resolução de problemas práticos
Plano de Acção:
Discussão, esclarecimento e partilha de ideias.
Troca de experiências.
Rita Gameiro: é Psicóloga Clínica, Licenciada e Mestranda pelo ISPA.O seu trabalho na Clínica Infantil/Lisboa incide no diagnóstico e seguimento psicoterapêutico de crianças, no apoio aos pais e ligação às escolas.
Localização – Centro Evolution - Amadora
Inclui:
• Palestra em Nutrição Infantil
• Palestra em Dinâmicas Parentais
• Documentação e Certificado de Presença
• Crianças: Babysitter, Actividades e Lanchinho
• Chá & Café para os participantes
As inscrições são limitadas ao nº de vagas
Os pais poderão trazer os seus filhos.
Para mais informações contacte: mailto:ritagameiro@gmail.com
Blog: http://psicologiaritagameiro.blogspot.com/
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
Feira de Livros na Gare do Oriente
Entre os dias 31 de Janeiro e 24 de Fevereiro, das 9:30 às 23:00, dezenas de editoras portuguesas colocam à disposição milhares de títulos em fim de edição. Podem encontrar-se livros que não se encontram no mercado a preços reduzidos. Aqui fica uma sugestão de lazer para este primeiro fim de semana de Fevereiro!
A propósito de livros, queria partilhar com todos os interessados, uma verdadeira viagem ao mundo das bibliotecas que este site nos convida a fazer:
http://curiousexpeditions.org/2007/09/a_librophiliacs_love_letter_1.html#more
Vale a pena espreitar!
domingo, janeiro 27, 2008
O Olhar de Henri Cartier-Bresson
"Ele deu-lhes o seu olhar."
"Henri Cartier-Bresson ofereceu o seu olhar àqueles que fotografou, àqueles a quem fez o retrato fotográfico. Àqueles a quem tirou o retrato, espressão que devemos entender num sentido próprio e antigo, de retirar o traço, de traçar as linhas e o desenho do retrato, quer num sentido mais moderno, de impressão fotográfica: em ambos os casos, trata-se de trazer à luz do dia, trata-se de iluminar e, por consequência, de desvendar um enigma."
Jean-Luc Nancy in Um silêncio interior: os retratos de Henri Cartier-Bresson.
quarta-feira, janeiro 23, 2008
Livro "O incesto".
Saído do seminário organizado no Collège de France por Françoise Héritier, realizado em 1994, este livro da editora Pergaminho aborda a temática do incesto sob diversos pontos de vista assentes em experiências díspares: a clínica, a jurídica e a antropológica, dando ênfase aos desgastes psicológicos que o mesmo acarreta.
Françoise Héritier, antropóloga africanista; Aldo Naouri, pediatra; Boris Cyrulnik, étologo neuropsiquiatra; Dominique Vrignaud, juíza de menores e Margarita Xanthakou, etnóloga prestam as suas contribuições a esta obra.
Leitura recomendada.
domingo, janeiro 13, 2008
A PROPÓSITO DA NEUROCIÊNCIA
Freud manifestou várias vezes a esperança de que a neurociência viesse, no futuro, confirmar as suas teorias. O texto que se segue foi tirado de uma recente entrevista no jornal Times, que me pareceu ser interessante para os leitores deste blog.
O prof. Chris Firth, neuropsicólogo, sustenta que o nosso cérebro opera a maior parte das vezes inconscientemente. O nossos cérebros estão constantemente a absorver, a processar e a moniterar informção, a maior parte da qual nunca chegará à nossa consciência. Em vez disso, o cérebro parte dessa matéria prima e cria um modelo do mundo; esse é o mundo mental em que cada um de nós vive.
Utilizando equipamentos para scanerizar o cérebro, os cientistas “espreitam” para a parte do cérebro que produz o self.
Se usássemos toda a informação disponível, diz o Prof. Firth, os nosso mecanismo da consciência “derretia-se”. Inconscientemente, juntamos informação de várias fontes, sem pensar nisso.
O Prof. Frith, autor de “Making Up the Mind: How the Brain Creates our Mental World”, afirma que se começássemos a pensar como é que fazemos aquilo que fazemos, ficaríamos confusos.
A capacidade do cérebro para trabalhar em modo automático pode ser um exemplo de como funcionou a evolução, protegendo-nos dos perigos externos.
Somos capazes de fazer muita coisa ao mesmo tempo – por exemplo guiar um carro enquanto pensamos em algo de completamente diferente. O Prof. Firth afirma que o nosso cérebro possui vários níveis de consciência, o que é confirmado pelas ressonâncias magnéticas.
Se só temos conhecimento de parte da informação, será que o nosso cérebro contém partes conscientes e inconscientes?
De uma forma esquemática, sim. A parte de trás do cérebro lida com a percepção e a parte frontal com a acção.
Os cientistas acreditam que a nossa consciência resulta da interacção entre estas duas partes do cérebro. As nossas personalidades são criadas pela parte da frente (memórias e intenções). A parte de trás monitoriza o mundo externo e extrai a informação. Mas só a comunica à parte consciente se algo fora do normal merece atenção.
Nas pessoas debaixo de anestesia, embora os seus cérebros estejam activos, só o está a parte inconsciente. Quando falamos com alguém anestesiado, a parte inconsciente do cérebro que reconhece a fala activa-se. No entanto, a área que a compreende e processa não mostra actividade. O cérebro ouve, mas não processa a informação.
A quaquer momento, o nosso cérebro está a receber 100 milhões de informações através dos ouvidos, olhos, nariz, língua e receptores da pele. Consome 10 watts por dia. Se estendêssemos todas as suas conexões nervosas, elas prolongar-se-iam por 3,2 milhões de kilómetros.
Até há cerca de vinte anos, não se fazia nenhuma ideia da dimensão da parte inconsciente do cérebro.
O prof. Chris Firth, neuropsicólogo, sustenta que o nosso cérebro opera a maior parte das vezes inconscientemente. O nossos cérebros estão constantemente a absorver, a processar e a moniterar informção, a maior parte da qual nunca chegará à nossa consciência. Em vez disso, o cérebro parte dessa matéria prima e cria um modelo do mundo; esse é o mundo mental em que cada um de nós vive.
Utilizando equipamentos para scanerizar o cérebro, os cientistas “espreitam” para a parte do cérebro que produz o self.
Se usássemos toda a informação disponível, diz o Prof. Firth, os nosso mecanismo da consciência “derretia-se”. Inconscientemente, juntamos informação de várias fontes, sem pensar nisso.
O Prof. Frith, autor de “Making Up the Mind: How the Brain Creates our Mental World”, afirma que se começássemos a pensar como é que fazemos aquilo que fazemos, ficaríamos confusos.
A capacidade do cérebro para trabalhar em modo automático pode ser um exemplo de como funcionou a evolução, protegendo-nos dos perigos externos.
Somos capazes de fazer muita coisa ao mesmo tempo – por exemplo guiar um carro enquanto pensamos em algo de completamente diferente. O Prof. Firth afirma que o nosso cérebro possui vários níveis de consciência, o que é confirmado pelas ressonâncias magnéticas.
Se só temos conhecimento de parte da informação, será que o nosso cérebro contém partes conscientes e inconscientes?
De uma forma esquemática, sim. A parte de trás do cérebro lida com a percepção e a parte frontal com a acção.
Os cientistas acreditam que a nossa consciência resulta da interacção entre estas duas partes do cérebro. As nossas personalidades são criadas pela parte da frente (memórias e intenções). A parte de trás monitoriza o mundo externo e extrai a informação. Mas só a comunica à parte consciente se algo fora do normal merece atenção.
Nas pessoas debaixo de anestesia, embora os seus cérebros estejam activos, só o está a parte inconsciente. Quando falamos com alguém anestesiado, a parte inconsciente do cérebro que reconhece a fala activa-se. No entanto, a área que a compreende e processa não mostra actividade. O cérebro ouve, mas não processa a informação.
A quaquer momento, o nosso cérebro está a receber 100 milhões de informações através dos ouvidos, olhos, nariz, língua e receptores da pele. Consome 10 watts por dia. Se estendêssemos todas as suas conexões nervosas, elas prolongar-se-iam por 3,2 milhões de kilómetros.
Até há cerca de vinte anos, não se fazia nenhuma ideia da dimensão da parte inconsciente do cérebro.
terça-feira, janeiro 08, 2008
II Congresso Luso-Brasileiro Revisitado
O Instituto de Psicanálise vai realizar nos dias 18 e 19 de Janeiro um evento que recria as participações dos Psicanalistas Portugueses no Congresso Luso-Brasileiro que decorreu Novembro de 2007 no Brasil (Salvador da Baía).
O II Congresso Luso-Brasileiro Revisitado vai ter lugar na Aula Magna da Faculdade de Medicina de Lisboa. A participação neste evento implica a inscrição (Profissionais - 50€; Estudantes e Sócios da Sociedade Portuguesa de Psicanálise - 40€).
Todos os interessados podem fazer a sua inscrições e obter informações no Instituto de Psicanálise:
Av. da Republica, 97 - 5º
1050-190 LISBOA
21 797 21 08
institutopsicanalise@gmail.com
No princípio era o afecto!
O INSTITUTO DE PSICOLOGIA E NEUROPSICOLOGIA DO PORTO, constituído recentemente no Porto, desenvolverá actividade ao nível da prática clínica de psicologia, da formação profissional multidisciplinar, da investigação e da publicação de conteúdos científicos. No dia 12 de Janeiro de 2008, será feita a sua apresentação ao públicoem geral e aos profissionais de diferentes áreas, nomeadamente psicólogos, médicos, professores, educadores, entre outros. Para o efeito, será organizado um ciclo deconferências, com o título "NO PRINCÍPIO, ERA O AFECTO", onde estarão presentes nomes de elevado prestígio científico, nomeadamente Professora Doutora Ana Bertão, Professor Doutor Carlos Amaral Dias, Professora Doutora Marisalva Fávero, Professora Doutora Milice Ribeiro dos Santos, Professor Doutor Pinto da Costa e Dr. Alberto Serra.
Este evento, decorrerá no Ateneu Comercial do Porto, com início às 09 horas e terminus às 16horas, continuandoo evento nas instalações do INSTITUTO DE PSICOLOGIA E NEUROPSICOLOGIADO PORTO.
Devido ao limite de vagas, é necessária a confirmação de presença por e-mail(geral@institutopsicologiaporto.com) ou por telefone: 222 019 839.
domingo, janeiro 06, 2008
segunda-feira, dezembro 31, 2007
Irvin Yalom - 3 livros a ler
Tenho aproveitado os últimos dias de férias para me dedicar à leitura de alguns livros de ficção e terminei a leitura dos 3 livros publicados pela Saída de Emergência de Irvin Yalom.
Irvin Yalom é psicoterapeuta e professor “Emeritus” de psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford e escreve sobre a sua actividade profissional.
Comecei por ler Quando Nietzsche Chorou. É uma história interessante: Irvin desenrola quase todo o romance centrando-se em conversas imaginadas (mas que remetem para situações descritas nos textos de Freud e Josef Breuer) entre Breuer e Nietzsche. O romance é muito cativante, com uma escrita fácil e absorvente.
A Cura de Schopenhauer faz uso da figura do célebre filósofo e de algumas das suas ideias principais para entrelaça-las com a dinâmica do trabalho semanal da grupanalise. Neste livro o psicoterapeuta, um dos personagens do livro, expõe ao leitor os seus “dramas” pessoais, as suas dúvidas, incertezas e a forma como ele próprio tenta lidar com a consciência de que vai morrer dentro de um ano (no inicio do livro é-lhe diagnosticado um tumor) e como se prepara para esse momento.
Por último em Mentiras no Divã, Irvin vai ainda mais longe e mostra como os psicoterapeutas e os psicanalistas são acima de tudo pessoas que se defrontam, como qualquer outras, com sentimentos de ciúme, inveja e ganância. Neste, mais do que nos outros romances, observa-se a exposição do psicoterapeuta/psicanalista enquanto pessoa e a alternância de papéis entre pacientes e psicanalistas. A mensagem que se destaca com mais impacto (pelo menos para mim) é a de que o psicanalista tem que estar atento para não deixar que a sua criatividade e autenticidade seja esmagada pelo peso do trabalho solitário e pela pressão do grupo de colegas de referência.
Recomendo vivamente a leitura de todos eles!
Subscrever:
Mensagens (Atom)