Hoje comemora-se o dia internacional das famílias. Este
conceito tão abrangente faz referência a uma panóplia de sentimentos; viver na
família é o mais poderoso antídoto contra as perturbações emocionais. É no seio
desta que se adquirem interesses, vontades, segurança, amor, carinho. Podemos
já não ter, e como referiu Daniel Sampaio, duas gerações à volta da lareira,
mas certamente teremos um grupo de pessoas atentos, envolvidos emocionalmente e
capazes de responder às necessidades dos outros.
Mas nem sempre é fácil uma vivência salutar em família, se
por um lado é aqui que adquirimos segurança, bem-estar e autonomia, por outro,
e quando as famílias não estão bem organizadas, ou nelas reside medo constante,
insegurança permanente e culpabilidade dilacerante, vemos que os alicerces
sucumbem ao mais pequeno sopro de vento.
É então importante podermos ouvir os nossos medos, anseios,
incapacidades e adequá-los para que estes surjam como momentos de reflexão e
progressão e não como momentos de incapacitação e frustração, impedindo a livre
circulação dos afetos mais importantes.
Num mundo que cada vez mais está apressado, interessa
recordar que não só importa o tempo que se passa com os nossos, mas também a
qualidade desse tempo.
Amor de mãe, amor de pai, de avó, de avô, de tios, primos…
são dos afetos mais puros e grandiosos que existem. Quem nunca chorou de
emoção, ou referiu que nunca tinha sentido um amor deste tamanho? É isto que
vale recordar e é isso certamente que as crianças irão reter.
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