Como escreveu a minha colega Alexandra, parece que quando sentimos que as coisas estão a começar de novo se enceta uma oportunidade de alterar/mudar, fazer diferente, riscar, arriscar, ir em diante, traçar metas e objetivos rumo a algo que já queríamos ter feito mas que as circunstância não o permitiram ou promoveram o constante protelar.
A educação das crianças não é diferente do que se faz a cada ano. Enquanto pais debatemo-nos com o que deve ser feito, com o que se faz e com o que se gostaria de fazer. Lá estamos entre o passado, o presente e o futuro. Mas para que tudo corra da melhor forma (quer para pais, quer para filhos) tem que haver equilíbrio entre estas forças e uma garantia de que nos queremos projectar no futuro e não viver com os remorços do passado.
As crianças precisam de pais resolvidos, lutadores, que erram, mas que aprendem com isso, de modelos que sejam falíveis, mas capazes de superar, pois só assim estes entenderão que errar é humano (como popularmente se diz), mas que se pode aprender com os erros.
E a oportunidade de aprender com o erro, de experimentar, de ensaiar, de ir e voltar devem ser dadas às crianças, pois será por estas vias que estarão aptos para uma vivência salutar, aprendendo assim a lidar com os seus sentimentos; Receosos, mas sem medo de arriscar, com cautela, mas sem uma dúvida paralisante, com precaução, mas capazes de ir em diante, e isto faz-se por meio da educação, da atitude parental.
Não se esqueçam que estes pequenos seres são esponjas sociais, portanto uma atitude perseverante, confiante, segura e capaz de ir em diante com aquilo a que se propõe, ou reconhecer as incapacidades e mudar de rumo, sem "chorar" o que não se fez mas que se gostaria de ter feito, proporcionará a este jovem aprendiz muita competência pessoal.
Tânia Paias
Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta
Departamento da Infância (Faro e Portimão)
Responsável pelo Portal Bullying
Tânia Paias
Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta
Departamento da Infância (Faro e Portimão)
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