"Era muito difícil conseguir levantar-me da cama de manhã.
Só queria esconder-me debaixo dos lençóis e não falar com ninguém. Não me
apetecia comer nada e perdi bastante peso. Nada tinha interesse. O cansaço era
sempre-presente e não conseguia dormir bem durante a noite. Mas sabia que tinha
de continuar em frente porque tenho filhos e um emprego. Parecia impossível,
como se nada
fosse mudar ou ficar melhor."
As pessoas com depressão não sofrem todas dos mesmos sintomas. A
gravidade, frequência e duração dos sintomas dependem da pessoa e das
particularidades da doença.
Os sinais e sintomas da depressão incluem:
- Sentimentos persistentes de tristeza, ansiedade ou sentimentos de vazio
- Sentimentos de desespero ou pessimismo
- Sentimentos de culpa, falta de valor próprio, ou desamparo
- Irritabilidade, inquietude
- Perda do interesse em atividades ou hobbies outrora prazerosas, incluindo
o sexo
- Cansaço e diminuição da energia
- Dificuldade de concentração, de recordação de pormenores, e de tomada de
decisões
- Insónia, acordar de manhã demasiado cedo, ou sono excessivo
- Ingestão excessiva de alimentos, ou perda de apetite
- Pensamentos de terminar com a vida, tentativas de suicídio
- Dores físicas, dores de cabeça, caibras, problemas digestivos que não
melhoram com o tratamento.
A psicoterapia ajuda a pessoa a lidar com as emoções penosas que alimentam e
mantêm a depressão. Muitas vezes é necessário todo um trabalho de fundo sobre a presença de
relações perturbadas na vida da pessoa que podem estar a causar ou a agravar o
quadro de depressão, sejam estas relações parte da vida presente ou da vida passada da
pessoa.
Para depressões ligeiras a moderadas, a psicoterapia pode ser a melhor
opção. Contudo, para depressões graves ou para algumas pessoas, o tratamento
poderá envolver uma combinação de psicoterapia e medicação.
Alguns estudos demonstram, por ezemplo, como adultos que se submeteram a um
tratamento combinado de medicação e psicoterapia tornavam-se menos propensos a
novas quedas depressivas após um periodo de 2 anos.
Fonte: National Institute of Mental Health (EUA)
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