Para mais informações sobre o Congresso e as Jornadas Clínicas:
quinta-feira, junho 12, 2014
II Congresso Luso-Brasileiro sobre o Pensamento de Donald W. Winnicott
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segunda-feira, junho 02, 2014
É difícil fazer novas amizades?
(Este post tem de ir sem imagens porque não estou a conseguir descarregá-las)
Ouço muitas vezes a queixa de que a partir de uma determinada idade é difícil fazer novas amizades. Que quando se andava no liceu era fácil, mas que agora...
Vou ser directa: não, não era fácil no liceu nem é agora, se não se tem realmente vontade, disponibilidade e algumas outras capacidades que se podem desenvolver e de que falarei a seguir.
A primeira questão é a da vontade. Quero realmente fazer um(a) novo(a) amigo(a)? Com tudo o que isso implica de disponibilidade para, não só ouvir o outro, mas também expor-se ao falar de si? E, antes disso, de ir à procura de amigos?
Os amigos, como tudo o resto na vida, excepto a chuva, granizo e neve, não caem do céu aos trambolhões. Mas há pessoas que pensam que sim, como também pensam que um "bom" emprego vai aparecer de repente, sem fazerem nada por isso.
Queremos mesmo fazer uma nova amiga? (Vou adoptar aqui o feminino por comododidade, nas é evidente que também se aplica a fazer amigos homens)
Vejamos então os passos.
1. Sair da zona de conforto, do rame-rame casa-trabalho, trabalho-casa. Frequentar uma actividade cultural que se prolongue no tempo, como um grupo de leitura, um voluntariado numa biblioteca, um ginásio, uma actividade desportiva que exija encontros regulares, um fórum na internet, aulas de línguas ou de pintura em horário pós-laboral, etc, etc.
2. Sermos nós próprias. Pensar: o que é que eu gosto de fazer? Há muita gente que não sabe responder a esta pergunta. Aqui está um exercício para fazer consigo própria: se acordasse amanhã com uma nova capacidade ou habilidade, qual seria ela? Gostava de saber dançar? Há aulas de tango disponíveis em muitas cidades e locais. Tango ou outro tipo de dança. Ocorre-lhe que gostaria de ser escritora? Há variados cursos de escrita criativo, por sinal bem divertidos, como o do Rui Zink.
3. Partindo do princípio de que venceu a fácil e confortável inércia que nos impede de experimentar coisas novas (sobre isto falarei no fim), que já fez uma busca na internet ou que perguntou a outras pessoas, resta pegar nos pezinhos e ir inscrever-se.
4. Vou hoje à minha primeira aula de ...... (preencher). Mas o que é que digo quando lá chegar? Seja verdadeira. Os outros percebem facilmente quando estamos a ser genuínos ou não. Apresente-se e diga por que escolheu aquela actividade e que quer fazer amigos que partilhem os mesmos interesses. Mostre-se curiosa e aberta a novas experiências. Tente falar com a maior parte das pessoas. Interesse-se pela vida deles que eles também se interessarão pela sua. Depois, naturalmente, vai verificar que algumas pessoas se aproximarão mais, outras não. É natural. Um dos erros mais frequentes que fazemos é pensar que todos têm de gostar de nós. Trata-se de um pensamento mágico, infantil, de uma ilusão.
Vamos supor que entre si e uma outra pessoa do grupo surge uma afinidade: pode ser um sorriso, uma "asneira" feita em comum, qualquer coisa que visto aproxime. Aproveite pequenos sinais.
4. Partilhe factos e pensamentos com uma provável futura amiga. Não vai enchê-la de informação logo não primeira conversa, mas mostre-se aberta e revele qualquer coisa sobre si própria. Qualquer coisa pessoal e mesmo ligeiramente embraçosa. É contagioso.
5. À primeira oportunidade, convide essa pessoa para almoçar no dia seguinte, ou irem à praia no fim de semana. Nada de vago e bem português tipo "temos de nos encontrar um dias destes". É o mesmo que dizer que está pouco interessada.
6. O sentido de humor é importante. Todos nós gostamos de rir, e não há nada que una mais as pessoas. Entre um homem e uma mulher, é tão importante como o sexo.
7. Depois de um primeiro encontro, quer seja uma ida ao cinema, um almoço, qualquer coisa, é sempre simpático e é uma forma de manter a conexão, mandar um email ou uma mensagem a dizer que gostámos muito (se foi o caso, claro). E depois, vem tudo o resto. Manter uma amizade é capaz de ser mais difícil do que fazer uma nova. Exige disponibilidade e também a capacidade de aceitar algumas pequenas coisas que não nos agradem muito. Mas o importante são as grandes coisas. Este já não é o assunto deste post.
Bem, agora vem a parte mais dolorosa. Alguns dos meus leitores dirão: mas eu sei isso tudo mas não consigo...
Primeiro, saberão mesmo?
Segundo: é um facto que um humor mais depressivo leva a um fecho sobre nós próprios - isto para não falar já das personalidades mais esquizoides. O depressivo sente - é essa a natureza do seu problema - que não tem nada para dizer, que ninguém gosta dele, que tem receio que os outros o interpretem mal, que tem medo dos falsos amigos...
Tudo desculpas (defesas, como dizemos em psicanálise) para não ir à luta, para adiar a vida todos os dias.
O ser humano precisa do seu espaço,próprio mas também precisa do contacto com os outros. Não é por acaso que é um ser gregário. Uma amizade, como um amor, pode trazer desgostos, claro. Mas também pode ser muito gratificante e nós precisamos dela. "No man is an island", como escreveu esse grande poeta que foi John Donne.
quarta-feira, maio 28, 2014
SEXO VIRTUAL
O vício do sexo virtual
segunda-feira, maio 26, 2014
DEIXAR A FRALDA DURANTE O DIA
- Manifesta curiosidade e interesse em ver os pais/irmãos na casa de banho
- Tem a fralda seca por mais de duas horas e/ou após a sesta
- Manifesta desconforto no uso das fraldas, procurando tirá-las, sobretudo depois de as sujar
- Revela consciência, avisando antes, enquanto faz as necessidades ou logo a seguir
- É capaz de ficar sentada na mesma posição durante cerca de 5 minutos.
- Começar a falar da ida à casa de banho, aproveitando os momentos em que a criança revela curiosidade e observa os pais, por exemplo
- Dizer que já não vai precisar de usar as fraldas quando começar a ir à casa de banho
- Encorajar a criança a sentar-se no bacio enquanto a mãe ou pai estão sentados na sanita
- Incentivar a criança a pedir ajuda quando sente que precisa de fazer xixi
- Deixar de colocar a fralda durante o dia, exceto à hora da sesta
- Vestir a criança com roupas fáceis de despir
- Perguntar de tempos a tempos se precisa de ir à casa de banho, tranquilamente e sem pressionar
- Dar alguma privacidade à criança, mas mostrando que está por perto para ajudar e limpar
- Não forçar a criança a ficar períodos prolongados no bacio ou na sanita, para evitar que se sinta castigada
- Tornar o momento divertido, cantando ou lendo uma história enquanto está no bacio ou na sanita
- Sensorialmente, a fralda pode dar algum conforto, pelo que numa fase inicial pode colocar a fralda no bacio ou na sanita
- Ensinar a criança a lavar as mãos sempre que vai à casa de banho
- Elogiar a criança sempre que avisa que precisa de ir à casa de banho, mesmo que não chegue a tempo
- Estar preparado/a para acidentes e ter paciência!
- Reforçar a criança mesmo quando acontecem descuidos. Para aprender a andar, também precisou de cair algumas vezes.
- Manter-se relaxado/a! O treino de controlo dos esfíncteres não acontece de um dia para o outro. Demasiada pressão ou castigos e repreensão aumentarão a ansiedade da criança e, consequentemente, a probabilidade de haver descuidos e de passar a haver aversão relativamente ao uso da casa de banho.
- Preparar-se para possíveis acidentes e/ou regressões quando a criança já parecia dominar a ida à casa de banho. Alterações da rotina ou fatores ansiogénicos podem provocar maiores descuidos.
sexta-feira, maio 23, 2014
Águas de Um Lago Interior
Esse pode ser um lago de águas calmas e cristalinas, de águas turvas e agitadas, ou até de águas poluídas. Pode ser um lago mais vazio ou em vias de extinção, ou mesmo a reminiscência de que outrora um lago ali existiu. Esse lugar pode ainda ser o lugar de uma paisagem assombrada, inóspita e acidentada, que jamais acolheu qualquer tipo de águas ou formou noção do que acolher algo semelhante poderia ser.
segunda-feira, maio 19, 2014
Família em Crise: Crise Económica ou Crise Afetiva?
segunda-feira, maio 12, 2014
sexta-feira, maio 09, 2014
As 20 leis sexuais mais estranhas
terça-feira, maio 06, 2014
Que fase é esta? - episódio I
No livro "Tenho medo de ir à Escola" num capítulo exclusivamente dedicado a este tema, debruço-me sobre o que os pais dizem e querem e vice-versa:
Na realidade as perspetivas dos pais e dos filhos são distintas e cada uma, à sua maneira, são válidas, mas como lá chegar? Como será possível que estas suas entidades consigam chegar a um acordo e compreenderem-se?
Nalguns casos será mesmo necessária ajuda externa, pois a comunicação já atingiu um nível tão incompreensível, que um "tradutor" terá que decifrar o discurso de cada uma das partes para que voltem a falar a mesma língua.
Se na sua família considera que já chegou a este ponto procure ajuda especializada, se ainda não aconteceu mas percebe que a relação está a mudar, então talvez seja a altura ideal para refletir e compreender o que deve mudar para que consiga manter, ainda que com dias melhores que outros, como é natural, um nível adequado de comunicação.