segunda-feira, abril 12, 2010

EXCERTO DE UM POEMA DE NATÁLIA CORREIA

Pusemos tanto azul nessa distância
ancorada em incerta claridade
e ficamos nas paredes do vento
a escorrer para tudo o que ele invade.

Pusemos tantas flores nas horas breves
que secam folhas nas árvores dos dedos.
E ficámos cingidos nas estátuas
a morder-nos na carne dum segredo.


Excerto de um poema de Natália Correia (O Livro dos Amantes)

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