sexta-feira, dezembro 31, 2010

quinta-feira, dezembro 30, 2010

Os riscos de uma vida sem medo

Lesão no cérebro conduz paciente a comportamento atípico


Paciente nunca reage face ao medo.
Uma equipa do Departamento de Neurologia da Universidade do Iowa (EUA) estuda, há já vários anos, o caso particular de uma mulher que sofre de uma lesão no cérebro e cuja estrutura implica a incapacidade de sentir emoções, como medo, por exemplo. Os investigadores, entre os quais se encontra o português António Damásio, já tentaram expô-la a todo o tipo de situações: cobras, aranhas, filmes de terror e até a um edifício alegadamente assombrado. Tudo em vão.

As amígdalas – pequenas estruturas arredondadas, em forma de amêndoa, localizadas muito próximas do hipocampo – desta paciente (designada pelas iniciais SM) foram danificadas por uma doença e parece ser esta a origem do seu comportamento atípico. Geralmente, as amígdalas são capazes de desencadear a ‘cascata’ bioquímica que permite ao organismo reagir face ao medo.
Os neurocientistas Ralph Adolphs, Daniel Tranel ou António Damásio foram incapazes de ler qualquer receio no seu rosto, aquando de diversas observações. Mesmo que consiga demonstrar emoções como alegria, tristeza ou desgosto, nunca se assusta.

Apesar de não gostar de aranhas e serpentes e os vendedores a alertarem sobre a perigosidade dos animais, SM consegue mesmo tocar numa cobra perigosa ou numa tarântula sem manifestar qualquer reacção negativa, segundo escreveram os cientistas na Current Biology - onde se juntou o investigador Justin S. Feinstein.

A equipa de estudo referiu ainda que a paciente não usa qualquer tipo de estratégia para evitar o medo, e que pelo contrário, é uma “sorte” ela continuar viva por se expor a todo o tipo de situações. As observações permitiram salientar a importância do papel das amígdalas na percepção do medo, concluem, mas avançam que estudar um único indivíduo é muito pouco para tirar conclusões definitivas.

sábado, dezembro 25, 2010

FELICIDADE e IDADE

A edicao de 16 de Dezembro do Economist trazia um artigo muito interessante sobre a curva da felicidade e do bem-estar ao longo da vida. Foram feitos estudos por vàrias envisages, entre elas a America’s General Social Survey, Eurobarometer e Gallup.
A conclusao é q a curva da felicidade tem a forma de um U. Nos países desenvolvidos, o pico do U ( isto é, a idade média da maior infelicidade) são os 46 anos!
Ao que parece, com a idade as pessoas passam a apreciar coisas a que não ligavam antes, a não ligarem tanto a outras e a zangarem-se menos.
Cito:
"Enjoyment and happiness dip in middle age, then pick up; stress rises during the early 20s, then falls sharply; worry peaks in middle age, and falls sharply thereafter; anger declines throughout life; sadness rises slightly in middle age, and falls thereafter".
A Prof. Laura Carstensen, da Stanford University, diz o seguinte:
"Because the old know they are closer to death (...) they grow better at living for the present. They come to focus on things that matter now—such as feelings—and less on long-term goals. When young people look at older people, they think how terrifying it must be to be nearing the end of your life. But older people know what matters most.”

Mas vale a pena ler o artigo completo. Podem encontrá-lo em: http://www.economist.com/node/17722567?Story_ID=17722567

sexta-feira, dezembro 10, 2010

SUICÍDIOS E HOMICÍDIOS

Acabei de ler em

http://www.huffingtonpost.com/marina-picciotto/depression-treatment-new-advances_b_793454.html?utm_source=DailyBrief&utm_campaign=121010&utm_medium=email&utm_content=BlogEntry&utm_term=Daily+Brief

que o numero de suicîdios nos EUA é quase o dobro do numero de homicídios.
Sabendo-se que existe uma relação intensa entre a depressão profunda e o suicidio, estes numeros dão que pensar.
Vivemos tempos difîceis, e a Europa não é excepção, antes pelo contrário. No nosso paîs, existe a agravante de uma taxa de desemprego muito elevada, com tendência para aumentar. E as perspectivas de crescimento económico, única saîda para a crise, não são brilhantes.
Devemos baixar os braços? Não. Pelo contràrio, temos de fazer melhor aquilo que fazemos e adquirir novas competências. Temos de ser exigentes com nós próprios e com quem escolhemos para governar - acho que já ninguém duvida de que a incompetência e a irresponsabilidade foram longe demais. E não é só de agora.