quinta-feira, setembro 04, 2008

O Pastor Amoroso





O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela que não sei como a desejar.

Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

Uma das coisas que as férias permitem é o descobrir de novos horizontes através da leitura de algo completamente novo como a poesia de Alberto Caeiro. Este é descrito como “ O argonauta das sensações verdadeiras” por Fernando Pessoa. A descrição efectuada por Ricardo Reis é mais extensa “A vida de Caeiro não pode narrar-se pois que não há nada nela de que narrar. Seus poemas são o que nele houve de vida.”

Será que uma vida simples é vazia de emoções? Para Alberto Caeiro as emoções eram a própria vida… mas será que a felicidade depende só das emoções?
Deixo esta provocação aos leitores!




Até breve!

2 comentários:

Eliana Vilaça disse...

:)

Está cheia de emoção a tua reflexão! E sem emoção, o que marca os nossos passos nesta vida?

Pedro Correia Santos disse...

Boa pergunta Eliana!

Para mim o que marca os passos nesta vida é a sensação de ter efectuado algo de positivo para todos... inclusivamente para mim! ;)

Existem dias que a coisa mais positiva que podemos fazer é cheirar o perfume das flores e ouvir os pássaros a cantar...