quarta-feira, setembro 30, 2009

Palestra-Debate: “Violência Doméstica: Gritando no Silêncio, Movendo-se entre Sombras"



Palestra-Debate: “Violência Doméstica: Gritando no Silêncio, Movendo-se entre Sombras"


A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, em co-organização com a Embaixada dos EUA e com o apoio da Fundação Eng. António de Almeida, irá promover no dia 14 de Outubro de 2009, no Porto, a palestra-debate “Violência Doméstica: Gritando no Silêncio, Movendo-se entre Sombras"

Este evento, que terá lugar na Casa Jardim da Fundação Eng. António de Almeida, entre as 15 e as 16.30, contará com a participação de Susie Johnson, especialista nesta área, e visa promover a troca de conhecimentos, de experiências e de boas práticas no âmbito da intervenção com vítimas de violência doméstica. A palestra e o debate serão realizados em inglês, sem recurso a tradução simultânea.

Susie Johnson dirige actualmente a Secção para as Mulheres do Washington Office of Public Policy, que conta com 1 milhão de sócias, empenhadas em lutar pela igualdade, justiça e transformação social. Nessa competência, lidera a estratégia de comunicação pública sobre assuntos com impacto na vida de raparigas e mulheres – não só nos EUA, como em todo o mundo. Representa a organização junto dos legisladores e junto das Nações Unidas. Ao longo da sua carreira, tem tentado contribuir para a influência da sociedade civil nas políticas públicas, de forma a realçar a integração das preocupações femininas no desenvolvimento global e a promover oportunidades para mulheres na pobreza – particularmente em África.

No final do evento, todos os participantes poderão usufruir de uma visita guiada e gratuita à Casa Museu Eng. António de Almeida.

Informamos que a inscrição, apesar de obrigatória e limitada à capacidade da sala, é gratuita e aberta a todos os técnicos que lidem directa ou indirectamente com estes fenómenos e deverá ser efectuada até ao dia 9 de Outubro, para o seguinte e-mail rosasaavedra@apav.pt.


Para mais informações:
Rosa Saavedra / Isabel Lima (228346840) ou Nuno Catarino (213587915)


Apoio:

CRIATIVIDADE



Este vídeo sobre a arte de Ilana Yahav ilustra maravilhosamente até onde pode ir a criatividade.
A criatividade é própria de uma mente saudável e aberta às experiências tanto internas como externas. É, também, uma forma de sublimação, dizia Freud, de impulsos mais primários. Viver em sociedade exige também criatividade - tal como saber comunicar.

segunda-feira, setembro 28, 2009

ORA AQUI ESTÁ UMA BOA NOTÍCIA


http://www.guggenheim.org/new-york/education/sackler-center/design-it-shelter/vote-for-shelters/project/517

A CAPACIDADE DE FAZER DIETA E A PSICOLOGIA


http://psychcentral.com/news/2009/09/28/personality-profile-important-for-diet-success/8631.html

Mais um artigo interessante da PsychCentral, desta vez sobre a questão psicológica nas dietas, designadamente a capacidade de auto-conhecimento adquirida numa psicoterapia bem feita.

A ABSTENÇÃO

Voto pelo Silêncio from Rui Pestana on Vimeo.



Talvez este vídeo explique em parte o elevado nº de abstenções.

A (BAIXA) PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÂOS

A abstenção no acto eleitoral de hoje foi a maior desde sempre. E não terá sido à falta das redes sociais falarem incessantemente sobre as eleições. Ainda não vi uma análise detalhada de quem foram esses abstencionistas (idade, sexo, etc), mas quer-me parecer que o desencanto com a política não deve ser alheio ao fenómeno.
A campanha, em lugar de discutir os gravíssimos problemas do país (e que não se resolverão com a passagem da crise, porque são estruturais), dedicou-se a esfarelar as miudezas e viu-se de tudo: calúnias (nunca esclarecidas, claro), ataques pessoais, até sobre o aspecto físico dos candidatos (uma vergonha), tabús que aparecem quando dão jeito para ir amealhando vantagens para os tempos duros que se seguem (como as proximas presidenciais).
No meio de tanta poeira para os olhos, deixo aqui três espantos meus:
- alguém sabe o que aconteceu ao apuramento das responsabilidades no caso dos ceguinhos de Sta. Maria? Parce q alguns deles irão ao EUA à procura de recuperar a visão. Têm razão, pior do que aqui é impossível. Aliás, já diz o ditado: "Ao Sta. Maria vais, do Sta. Maria não sais".
- alguém sabe do caso Freeport? Está no congelador? Ou será a justiça toda que congelou e agora já está fora de prazo?
- e as escutas? Estão no armário dos tabús?
- E quanto ao desemprego? Alguém percebeu o que os nossos candidatos se propoem - a sério - fazer?

Triste país este onde a gabarolice substitui a busca da verdade, e a insinuação torpe a oposição desassombrada. Teremos sido sempre assim, como alguns historiadores defendem?

sábado, setembro 26, 2009

Tesourinho musical de fim de semana

http://www.youtube.com/watch?v=kHMFie-BOPs

Oumou Sangaré, música do Mali.

A IMPORTÂNCIA DA RESILIÊNCIA


O novo livro de Robert Wicks trata da resiliência, no sentido psicológico do termo, assunto de que aqui já falámos várias vezes e que é tão importante para o nosso bem estar.
Um dos melhores sites da net sobre questões ligadas à psicologia a ao funcionamento psíquico é o PsychCentral, que também podem encontrar no Twitter.

Neste momento, o site exibe uma artigo de Therese Borchard sobre a questão, em que ela resume os principais "passos" para "to be able to find my balance after hitting a pot hole. To wake up with hope after enduring a series of frustrations. To look beyond the circumstances of my life in order to enjoy the moment" (cito).

O endereço do site é o seguinte - e vale a pena ir ver. Uma atenção especial à necessidade de se ter um círculo de amigos diversificados(ponto3)!

http://psychcentral.com/blog/archives/2009/09/26

sexta-feira, setembro 25, 2009

ANÁLISES EM VÉSPERA DE ELEIÇÕES

A ler, a reler e a reflectir, o artigo de António Barreto hoje no Publico, intitulado "Desastre iminente".
Assim como o de Eduardo Lourenço, "Velada de armas".
Ambos fazem uma reflexão sobre esta pouco ética e despudorada campanha eleitoral, em que tem valido tudo, e e em que a discussão das coisas importantes tem sido submersa pela maré muito negra dos escândalos e das calúnias, tudo como sempre nunca esclarecido.
Num país onde a lantável ocorrência da cegueira em Sta. Maria é só agora objecto de uma recomendação da Entidade Reguladora da Saúde, e mesmo essa com frouxidão. Vai-se a ver, e a culpa é dos auxiliares de limpeza. Ou do porteiro. O poder das classes profissionais e a sua impunidade, mete medo. Desgraçado de quem lhes caia nas unhas.

quarta-feira, setembro 23, 2009

A IDENTIDADE DOS PORTUGUESES

http://www.lavanguardia.es/lv24h/20090923/53789978228.html#coment

Artigo muito interessante, a ler absolutamente, por quem se interessa por questões de identidade.

Cursos Audio/Video no MIT



Sob o lema inspirador "Unlocking knowledge, Empowering minds", o MIT (Massachusetts Institute of Technology) disponibiliza muita informação dos seus 1900 cursos e lectures incluindo as aulas em vídeo e audio, documentos em pdf e muito mais informação!

OCW é uma publicação gratuita de materiais utilizados em cursos do MIT (Massachusetts Institute of Technology).
Há acesso a notas de leitura, situações-problema, exercícios de laboratórios, e outros documentos.
Assista vídeos e apresentações

Recomendo a todos uma vista de olhos em:
http://ocw.mit.edu/OcwWeb/web/courses/lang/br/br.htm

http://ocw.mit.edu/OcwWeb/web/courses/av/index.htm

Boas aulas no MIT! ;)

terça-feira, setembro 22, 2009

O DESNORTE NA POLÍTICA

Em política, a liderança é importante, mas não é tudo. Existe (existe?) a ética que devia regular a actividade na república que, como todos sabem, queria dizer "coisa pública" em latim. Mas não regula.
A cidadania, da qual tantos de nós andam afastados (sim, é verdade que os partidos não favorecem as iniciativas), arrasta-se pelas ruas da amargura. O espectáculo desta campanha eleitoral, cheia de malevolência e calúnia, já era por demais triste, sem ser preciso este patético episódio das escutas em Belém, que envolve aquele que devia ser o presidente de todos os portugueses.
E a nós cidadãos pensantes e com as nossas preocupações e motivações individuais, numa época particularmente difícil, que nos resta? Diante deste lamentável, generalizado e deprimente espectáculo, com quem, e com que ideias, nos poderemos identificar (reconhecer, na sua forma psicanalítica), de forma a pôr uma cruzinha no dia 27? Responda quem souber.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Tesourinho musical

http://www.youtube.com/watch?v=PPoFy5tk1qI

Hope Sandoval.

Tesourinho musical a meio da semana. Não pode ser só trabalho...
VI Encontro da FPAT – Federação Portuguesa de Instituições Sociais Afectas à Prevenção de Toxicodependências, subordinado ao tema “Criminalidade, Toxicodependência, Violência, Família e Sociedade”, que será realizado no dia 29 de Outubro de 2009, às 09H30, no Auditório da Direcção Política da Justiça, na Avenida Óscar Monteiro Torres, nº 39 em Lisboa.



domingo, setembro 20, 2009

Sobre a alucinação com Oliver Sacks



Um vídeo muito interessante onde Oliver Sacks explica de uma forma simples e clara quais as características de diferentes tipos de alucinações, chamando a atenção para um tipo particular de alucinação que aparece associada a dificuldades sensoriais especificas, nomeadamente na cegueira.

É importante que os psicólogos se mantenham actualizados em relação aos conhecimentos da neurologia. Nem todas as alucinações são psicóticas, nem todas podem ser interpretadas.

sexta-feira, setembro 18, 2009

BULLYING, MAIS UMA VEZ

Mais uma horrível notícia de bullying, desta vez em Inglaterra. Dá que pensar.

http://www.timesonline.co.uk/tol/news/uk/crime/article6838691.ece?&EMC-Bltn=ACQCFB

O regresso à Escola

Eis que a azáfama das compras escolares terminou. As grandes superfícies já não estão cheias de famílias a escolher dossiers, estojos, mochilas.

Normalmente esta é uma fase apreciada pelos alunos, que anseiam voltar à escola, os dois meses e meio de férias já se tinha tornado aborrecidos; mas e para aqueles que a escola é sentida como ameaçadora, desorganizante, não pelas aulas, pelas aprendizagens, mas pelo espaço de convivência?
Aquele friozinho na barriga, natural depois de um largo período de ausência, transforma-se em algo mais complexo e começa a aumentar para uma dor mais aguda, os intestinos começam a funcionar em demasia, algumas náuseas são sentidas, dores de cabeça, cansaço, tiques que se agravam, gaguejo que se descontrola…

Tudo isto acontece porque existe um momento de provação emocional, de começar de novo. A escola, como espaço de convivência, favorece o reencontro, as amizades, os grupinhos, mas quando os jovens não se sentem integrados neste ou naquele grupo tudo se complica. É partir da estaca zero, é o arranjar forças para se tentar integrar, ou pelo menos para não se sentir demasiado excluído. O esforço para não cometer nenhum erro, falha, gafe para que não seja gozado e abra caminho para um percurso desgastante, pautado por sucessivas gozações, impera. É o tentar fazer “aliança” com alguns dos colegas para que se sinta mais apoiado, é o tentar passar o mais despercebido para não se sentir posto à prova. É o deambular de um lado para o outro nos intervalos (aliás altura mais temida) na tentativa de arranjar alguma entretenha, pois o receio de chegar ao pé dos outros colegas é tanto que mais vale estar só e esperar pelo toque (esse salvador)...

quinta-feira, setembro 17, 2009

Robert Polidori


http://www.macm.org/en/expositions/59

Para quem goste de fotografia, um link para a obra de Robert Polidori. Gosto em especial das fotos de La Habana.

(o meu link para o URL hoje não funciona, peço desculpe pelo incoveniente de terem de fazer copy e paste)

HUMOR ELEITORAL



O humor foi introduzido na campanha eleitoral, provavelmente com resultados positivos, quem sabe.
Aqui vai o meu contributo, mandado por mão amiga.

sábado, setembro 12, 2009

A PROPÓSITO DA INOVAÇÃO

Tenho falado aqui várias vezes na questão da criatividade e do entusiasmo que pomos (ou não) nos que fazemos. A nível das organizações, mas também dos indivíduos, esta questão cruza-se com a da inovação e da mudança.
No passado dia 8 o meu amigo Fernando Gonçalves, que é professor de economia no Instituto Superior de Economia e Gestão, escreveu um artigo no jornal i sobre a "ilusão da inovação mágica".
Ele tem razão. De tanto ouvir falar em inovação, corremos o risco de pensar que é uma espécie de poção mágica que nos livrará de todos os males. Inovar só por inovar, não faz sentido. As organizações, quando inovam, devem fazê-lo num quadro estratégico bem definido (como ele refere, escolha do mercado-alvo, ampliação da quota de mercado, forma de disputar oportunidades, aperfeiçoamento da estratégia comercial e de marketing). Em caso contrário, pode ser apenas um dispêndio de energia e de recursos.
Também os indivíduos não mudam por mudar.
O processo de mudança a nível psíquico é um processo quase sempre doloroso, muitas vezes necessário, desestabilizador, por vezes essencial para o crescimento da pessoa como pessoa. Compete a cada um de nós perceber o que deve mudar, porquê, para quê, quando, como. É mais fácil de dizer do que fazer. Veja-se o seguinte caso:
Eu, por exemplo, preciso de inovar na forma de ilustrar os posts com imagens, mas tenho sempre grande dificuldade, além de me preocupar em assegurar as autorias. Nem sempre corre bem. Por que é que preciso de inovar? Porque tenho dificuldades técnicas que já deveria ter ultrapassado, porque ainda não encontrei uma boa base de dados, porque tento sempre explicitar a autoria. Será que as pessoas que me lêem dão mesmo importância às imagens? Será que elas reforçam o sentido do que quero dizer ou o contrário? Será que é mesmo importante inovar nesta matéria ou devo continuar assim e preocupar-me sobretudo com o conteúdo? Em que medida a estética dos outros é também a minha? O que eu gostaria, gostaria, era poder fotografar ou desenhar para cada post, mas isso não é exequível e tal exigência levar-me-ia a nada escrever e portanto a não comunicar. Há que fazer escolhas. Por isso, desculpem lá, mas aqui vai outro post sem imagens.

quinta-feira, setembro 03, 2009

Síndrome de Estocolmo




Fotografia do assalto ao banco, que deu origem ao nome da síndrome


Os meios de comunicação social destacaram mais um caso de rapto, seguido de um longo período de cativeiro, que a vítima viveu com uma aparente tranquilidade.

Este fenómeno designa-se como Síndrome de Estocolmo.

Documentado pela primeira vez em 1973, aquando um assalto a uma agência dependência bancária em Estocolmo, onde durante seis dias os empregados foram mantidos nas instalações pelos assaltantes. Após a sua libertação e para estranheza de todos, estes empregados bancários em vez de incriminarem os seus opressores defenderam-nos.

Este comportamento sugere a existência de um mecanismo de sobrevivência físico e psicológico.

Entre as possíveis explicações para este síndrome, destaca-mos:

- a ligação ao agressor, mecanismo psicológico adaptativo que pode possibilitar a sobrevivência;

- a identificação com o agressor, mecanismo que aumenta a probabilidade de sobrevivência;

- e a ilusão de estabilidade e controlo, onde a ligação emocional ao agressor torna a situação vivenciada mais suportável.

No sentido inverso destacamos o Síndrome de Lima, onde os raptores ficaram gradualmente sensibilizados pela situação vivida pelos seus reféns.



VOLTAR DE FÉRIAS

As férias são normalmente um corte com a rotina do resto do ano. Nisso, são óptimas, mas tornam mais difícil o “regresso”, mesmo que não se tenha ido para lado nenhum (o que pode ser também uma forma de fazer férias). Também há quem tente fazer férias de si próprio, mas isso já exigiria uma elaboração que terá de ficar para outra vez. Tudo isto para dizer que, sim - já voltei.

Está a haver este ano um acréscimo de pedidos de aconselhamento profissional. A crise económica/social está aí, e não se irá embora tão depressa, por mais que os políticos em exercício gostem de dizer que o pior já passou. Os portugueses precisam de se requalificar, como se diz agora. Temos de aumentar e melhorar as nossas competências. Atrever-me-ia mesmo a dizer que só há uma saída possível: temos de transformar esta sociedade ainda em tantos aspectos atrasada numa sociedade do conhecimento, como escreveu recentemente o Prof. João Caraça.

Temos de saber fazer mais e melhor, e mais organizadamente, nas nossas várias actividades. Mais e melhores recursos de gestão, sim, mas também de vontade e de saber. Está nas mãos do estado torná-lo possível e nas mãos de todos nós fazê-lo. No fundo, tem a ver com a motivação. Temos de a encontrar dentro de nós, para nosso próprio bem.

Nascer... partir...

"As recentes palavras de meu pai sobre o meu incompleto nascimento ecoavam em mim. E me veio à mente que eu era o culpado da minha própria orfandade. Minha mãe morrera não porque tivesse deixado de viver, mas porque havia separado o seu corpo do meu. Todo nascimento é uma exclusão, uma mutilação. Fosse vontade minha e eu ainda seria parte do seu corpo, o mesmo sangue nos banharia. Diz-se "parto". Pois seria mais acertado dizer "partida". E eu queria corrigir aquela partida."
Jerusalém - Mia Couto