A solidão, definida enquanto falta de ligação e apoio social, está frequentemente associada a sentimentos de isolamento, inutilidade e tristeza. A investigação sugere mesmo que a solidão está ligada a alterações do funcionamento cardiovascular, endócrino e imunológico, constituindo um factor de risco para tensão arterial alta, diminuição das capacidades cognitivas, dificuldades de sono e progressão de algumas demências. Como combate-la então ?
Apesar de existirem vários recursos possíveis e que passam por exemplo por ter um animal de estimação, por prestar ajuda voluntária aos outros, pelo envolvimento em actividades que cultivem a espiritualidade, entre outros, a forma mais duradoura e eficaz está relacionada coma alteração da perspectiva negativa que as pessoas têm sobre si próprias e sobre os outros. Ao mudar a sua interpretação sobre a realidade, os seus sentimentos mudam, assim como os seus comportamentos. Contudo, por ser transformativa e não apenas um recurso, esta solução pode não ser alcançada pelo próprio sem ajuda, exigindo frequentemente que a pessoa em sofrimento se encha de coragem e se atreva a sair da sua solidão, partilhando-a com alguém, neste caso um profissional qualificado, que através da relação psicoterapêutica, lhe poderá mostrar que o copo, afinal, pode estar meio cheio...
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