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sexta-feira, agosto 09, 2013

O homem tribal em nós

Nos velhos tempos, quando vivíamos em cavernas e nos encostávamos uns aos outros à procura de calor, atentos ao menor ruído que indicasse a presença de um predador, a sobrevivência dependia de quão rapidamente os indivíduos passavam ao modo de "ataque ou fuga".

Aquilo a que hoje chamamos stress era um mecanismo precioso. O sangue afluía aos músculos permitindo a corrida, a respiração acelerava permitindo uma maior oxigenação, a força nos braços e as pernas aumentava. Imagino que ninguém se queixasse de stress - era essencial à vida.

Nesse tempo, o funcionamento tribal era também essencial, assim como o princípio "ou nós ou eles". As tribos guerreavam-se, roubavam as fémeas, os inimigos chegavam a ser devorados.

Quando terá começado a cooperação entre grupos distintos? Sabemos que os chimpazés cooperam em determinadas circunstâncias. É possível que tivéssemos percebido muito cedo as vantagens da cooperação. Mas às vezes o primitivo vem ao de cima e parece que nos esquecemos. Vezes demais.

O esquema "se não pertences à minha tribo és meu inimigo" é pouco propício ao raciocínio, ao pensamento, ao trabalho inteligente. Limita-nos e arrasta-nos séculos para trás. Alguém quer parecer um neardantal ou mesmo um homo habilis?