Tráfico e engarrafamentos em Lisboa. Pedro M Cruz está a fazer um doutoramento nesta área e conseguiu visualizações espantosas. Ora vejam:
Traffic in Lisbon – emphasis on sluggish areas from Pedro M Cruz on Vimeo.
segunda-feira, abril 12, 2010
sábado, abril 10, 2010
TESOURINHO MUSICAL DE FIM DE SEMANA
http://www.youtube.com/watch?v=u8cj-lAfdgg&feature=related
Chantal Chamberland: "On the street where you live"
Chantal Chamberland: "On the street where you live"
sexta-feira, abril 09, 2010
Projecto Intimidades: Divulgação da Investigação e Solicitação de Participação
A colega Luana Cunha Ferreira está a desenvolver uma investigação e solicita a participação de todos.
A investigação de Doutoramento "Projecto Intimidades", focada na intimidade conjugal e agora apoiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), já está a decorrer!
Precisamos de casais casados (não interessa há quanto tempo) ou em união de facto (que vivam juntos há pelo menos 2 anos) e que tenham pelo menos o 9º ano.
Queremos casais de várias idades (sem limite de idade), com ou sem filhos, urbanos ou rurais, de todos os espectros políticos, altos ou baixos, magros ou gordos, etc.
Agradecemos imenso a vossa ajuda na divulgação aos vossos amigos e familiares. Mesmo que não possa/não queira participar, há sempre um amigo que tem um amigo que pode conhecer alguém que queira participar.
O contacto para participar é projectointimidades@gmail.com ou o 91 330 1540.
Mais informações sobre o estudo no site do projecto: https://sites.google.com/site/intimacyanddesire/
Obrigada!
A investigação de Doutoramento "Projecto Intimidades", focada na intimidade conjugal e agora apoiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), já está a decorrer!
Precisamos de casais casados (não interessa há quanto tempo) ou em união de facto (que vivam juntos há pelo menos 2 anos) e que tenham pelo menos o 9º ano.
Queremos casais de várias idades (sem limite de idade), com ou sem filhos, urbanos ou rurais, de todos os espectros políticos, altos ou baixos, magros ou gordos, etc.
Agradecemos imenso a vossa ajuda na divulgação aos vossos amigos e familiares. Mesmo que não possa/não queira participar, há sempre um amigo que tem um amigo que pode conhecer alguém que queira participar.
O contacto para participar é projectointimidades@gmail.com ou o 91 330 1540.
Mais informações sobre o estudo no site do projecto: https://sites.google.com/site/intimacyanddesire/
Obrigada!
domingo, abril 04, 2010
Aulas e conferências pelo YouTube
Hoje em dia podemos ver e ouvir aulas e conferências sobre os mais variados temas de elevadíssima qualidade.
Esta tarde estive ouvir uma aula de Clifford Nass, da Stanford University sobre a forma como a fala é importante na interacção com pessoas e computadores. Achei muito interessante. É uma aula longa (1h20min), mas bem interessante e na minha opinião vale a pena.
Wired for Speech: Voice Interactions with People and Computers

Esta tarde estive ouvir uma aula de Clifford Nass, da Stanford University sobre a forma como a fala é importante na interacção com pessoas e computadores. Achei muito interessante. É uma aula longa (1h20min), mas bem interessante e na minha opinião vale a pena.
Wired for Speech: Voice Interactions with People and Computers

sexta-feira, abril 02, 2010
Mobbing: o bullying nas empresas

O mobbing é um fenómeno antigo - tal como o bullying - mas que está a ser olhado por novos ângulos e progressivamente vai-se alargando a consciência das enormes implicações do seu poder destrutivo. Na minha opinião - e apesar de não estudos que a possam fundamentar - o mobbing pode ser o grande responsável pela falta de produtividade no tecido empresarial português.
De acordo com Leymann o mobbing é uma forma de terrorismo psicológico que implica uma atitude hostil e não ética praticada de forma sistemática - e não ocasional ou episódica - por parte de uma ou mais pessoas, eminentemente, no confronto com um só individuo, o qual, por causa do mobbing, acaba por se encontrar numa situação indefesa e torna-se objecto de uma serie de iniciativas vexatórias e persecutórias. Estas iniciativas ocorrem com uma certa frequência (estatisticamente: pelo menos uma vez por semana) e durante um certo período de tempo (estatisticamente: pelo menos durante 6 meses). Por causa da grande frequência e da longa duração do comportamento hostil, esta forma de mau trato provoca consideráveis sofrimentos mentais, psicossomáticos e sociais. Ver The Mobbing Encyclopaedia.
As consequências do mobbing a longo prazo são profundamente prejudiciais para a integridade e bem-estar psicológica da pessoa podendo, inclusivamente, originar descompensações e desorganizações psicopatologicas de difícil recuperação. As vitimas de mobbing são muitas vezes - mas não sempre - pessoas psiquicamente frágeis, com perturbações depressivas, fóbicas e ansiosas latentes ou em estados iniciais que são fracamente agravadas pela exposição ao mobbing.
A pessoa vitima de mobbing ou mobizado é frequentemente uma pessoa que mostra falta de confiança em si próprio, desvaloriza-se sistematicamente, é desadaptado ao ambiente laboral e insuficientemente integrado. Por iniciativa própria, mesmo quando é evidente que não cometeu erros ou que não foi culpado de nada, assume para si e para os outros o erro de tudo e convence-se com facilidade que se engana sempre e que erra em tudo. As pessoas que por mérito próprio ou com qualidades pessoais e profissionais muito evidentes também podem ser vitimas de mobbing estimulado pelo ciume e pela inveja dos colegas.
Encontrei um artigo muito interessante de um advogado português - Messias Carvalho - e aconselho a sua leitura a todos os interessados neste assunto. http://www.ctoc.pt/downloads/files/1155034857_40a49.pdf
quinta-feira, abril 01, 2010
VII Conferência PSICOLOGIA NOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

LOCAL
Auditório GlaxoSmithKline
Rua Dr. António Loureiro Borges, 3
Arquiparque - Miraflores
1495-131 Lisboa
SECRETARIADO
Ana Paula Sousa / Margarida Alvadia
VII Conferência PCSP
Departamento de Formação Permanente
Rua Jardim do Tabaco, 34 | 1149-041 Lisboa
Tel.: 218 811 785 | Fax: 218 860 954
e-mail: dfp@ispa.pt | www.ispa.pt
quarta-feira, março 31, 2010
2 º ENCONTRO DA AP

A AP é uma associação sem fins lucrativos que tem como principais objectivos a divulgação científica e técnica da Psicanálise, a promoção da investigação e a formação em Psicanálise e em Psicoterapia Psicanalítica, a realização de cursos teóricos e práticos, seminários, colóquios e congressos, assim como a prestação de serviços à comunidade nestas áreas.
terça-feira, março 30, 2010
MAIS BUNKERS E BLOQUEIOS
Mãozinha amiga (outra) fez-me chegar estas duas fotografias de bunkers já domados, grafitizados, abonecados.
Não deixam de ser bunkers da segunda guerra, parte da muralha do Atlântico que Hitler mandou construir na costa atlântica da Europa. Ponham os olhos neles. São a nossa vergonha. Enfeitados ou não. Foi há 70 anos.
Não evitaram o desmbarque dos Aliados, como hitler esperava, mas morreram milhões de pessoas.
A "Europa" é uma construção recente - muito frágil. Tenhamos cuidado com ela, é o que eu desejo.
Não deixam de ser bunkers da segunda guerra, parte da muralha do Atlântico que Hitler mandou construir na costa atlântica da Europa. Ponham os olhos neles. São a nossa vergonha. Enfeitados ou não. Foi há 70 anos.
Não evitaram o desmbarque dos Aliados, como hitler esperava, mas morreram milhões de pessoas.
A "Europa" é uma construção recente - muito frágil. Tenhamos cuidado com ela, é o que eu desejo.
segunda-feira, março 29, 2010
domingo, março 28, 2010
Amanhã nas Caldas da Rainha - Jornadas da Saúde Mental
segunda-feira, março 22, 2010
ser psicanalista..
Encontrei este vídeo no site do British Institute of Psychoanalysis.
Vale a pena ver!
http://www.psychoanalysis.org.uk/audiovisualgenerations.htm
Vale a pena ver!
http://www.psychoanalysis.org.uk/audiovisualgenerations.htm
domingo, março 21, 2010
BlOQUEIOS E DEPRESSÃO
Alguém sabe o que é isto? Pois a costa da Normandia tem várias destas horríveis construções, que levaram até Paul Virilio a escrever um livro com fotografias
(ver em: http://www.infoamerica.org/teoria/virilio1.htm)
Os nazis, quando ocuparam França, construiram ao longo da costa aquilo a que chamavam a Muralha do Atlântico. São de cimento e fazem na paisagem uma mancha sinistra. Convinha que não esquêcessemos por que estão ali. O bunker onde eu andei, às escuras (são obviamente construções abandonadas), era concêntrico e assustador. Claustróbico. Não ponho uma fotografia tirada por mim porque esta do Paul Virilio é muito melhor.
A depressão, especialmente se agravada e melancólica, é como um bunker. Nada lá penetra, nem a luz do dia. As memórias são pesadas e enchem o espaço inteiro. Não há futuro, só há passado.
Toda a energia vital retirou-se para dentro do indivíduo e é posta ao serviço da auto-recriminação constante. Os outros deixam praticamente de existir. A pessoa está fortificada dentro do bunker. Julga ela. Também Hitler pensou que a muralha do Atlântico evitaria o desembarque dos Aliados.
A melancolia pode ser muito grave e levar até ao suicídio. Por outro lado, tem gozado ao longo dos séculos de uma certa aura de criatividade. Já Aristóteles falava disso.
Alguns dizem que as pessoas melancólicas têm dentro delas um ideal tão forte que o seu ego nunca consegue atingir essa perfeição e castiga-se constantemente por essa razão.
A questão é: como podemos acalentar dentro de nós um ideal tão forte, tão omnipotente e tão tirânico que nos leva a rastejar sempre que imaginamos que não estamos a corresponder às suas exigências? Pensem nisso e no extaordinário poder que demos a alguém ou a alguma coisa. Como é possível?
quinta-feira, março 18, 2010
quarta-feira, março 17, 2010
Curso de Introdução ao Pensamento Crítico Contemporâneo em Lisboa
Curso de Introdução ao Pensamento Crítico Contemporâneo
“Estética e Política”
Organização: UNIPOP (www.u-ni-pop.blogspot.com)/ Fábrica Braço de Prata
Inscrições, no valor de 25 €, através de pccestetica@gmail.com
Preço por sessão: 5 € (mediante disponibilidade de lugares)
De 10 de Abril a 05 de Junho de 2010
Aos sábados, das 18h00 às 20h00
Na Fábrica Braço de Prata
Rua da Fábrica do Material de Guerra, n.º 1
1950 LISBOA
Entre política e estética, há uma longa história de mútuas suspeitas, denúncias e incompreensões, que têm coexistido com uma intensa e fértil, ainda que por vezes clandestina, interdependência. Tomamos a ambivalência que marca esta relação como testemunho de um terreno comum que importa revisitar, longe das caricaturas habituais, mas igualmente sem elidir as tensões que o constituem. O espaço para que esta discussão seja pensável de forma simultaneamente esclarecedora e crítica permanece em construção: o objectivo primordial deste curso é, por isso mesmo, o de contribuir para a sua criação, visibilidade e alargamento.
PROGRAMA
10 de Abril
Apresentação do curso por Manuel Deniz Silva e Miguel Cardoso
Kant por Adriana Veríssimo Serrão
17 de Abril
Hegel por Miguel Cardoso
Marx por José Bragança de Miranda
24 de Abril
Nietzsche por Nuno Nabais
Freud por João Peneda
8 de Maio
Oficina de leitura:
“O inconsciente político do sublime. Em torno de Lyotard e Rancière”
Orientação: Manuel Deniz Silva
15 de Maio
Walter Benjamin por Pedro Boléo
Theodor W. Adorno por João Pedro Cachopo
22 de Maio
Gilles Deleuze por Catarina Pombo
Guy Debord por Ricardo Noronha
29 de Maio
Jacques Rancière por Vanessa Brito
Giorgio Agamben por António Guerreiro
05 de Junho
Debate de encerramento: “Estética e Política”
Silvina Rodrigues Lopes
Manuel Gusmão
Mário Vieira de Carvalho
Apresentação do Curso de Introdução ao Pensamento Crítico Contemporâneo: “Estética e Política”:
Entre política e estética, há uma longa história de mútuas suspeitas, denúncias e incompreensões, que têm coexistido com uma intensa e fértil, ainda que por vezes clandestina, interdependência. Tomamos a ambivalência que marca esta relação como testemunho de um terreno comum que importa revisitar, longe das caricaturas habituais, mas igualmente sem elidir as tensões que o constituem.
O espaço para que esta discussão seja pensável de forma simultaneamente esclarecedora e crítica permanece em construção: o objectivo primordial deste curso é, por isso mesmo, o de contribuir para a sua criação, visibilidade e alargamento. Tal trabalho preparatório implica reinscrever a estética na trajectória da nossa modernidade histórica e filosófica, com todas as contradições que isso acarreta, perceber o quanto as categorias políticas que marcam a nossa contemporaneidade devem a conceptualizações estéticas, bem como submeter o campo estético a uma análise crítica, confrontando-o com as suas exclusões e ângulos cegos.
Partimos para estas interrogações com a premissa de que a sociedade em que vivemos é atravessada por divisões e conflitos a que o estético não é imune, mas a que também não pode ser reduzido. Isto implica uma dupla rejeição: da inflação do potencial crítico da obra de arte, assente na ideia de que o estético é por si só emancipador, por um lado; e, por outro, da redução do estético ao ideológico e do recurso à sua explicação sociológica que neutraliza o seu potencial crítico.
De um ponto de vista político, a estética tem sido simultaneamente subestimada e sobrestimada. Sendo plural, contraditória – e inseparável das práticas artísticas a cujo perímetro, porém, não se restringe –, é muitas vezes reduzida ora à apreciação de obras de arte, ora a uma forma de consumo cultural privatizada que constituiria um abrigo imune às intrusões da história, aos constrangimentos do social e à vulgaridade dos interesses. Devemos entender as razões desta cristalização, trazer à luz a forma como um certo discurso filosófico estético institui tais divisões e não meramente as reflecte, e submetê-la a uma crítica feroz.
Contudo, entender a estética a partir desta versão redutora é deixar pelo caminho muitas outras definições e, desse modo, excluir as tensões que a atravessam. O estético é também o espaço que questiona os limites e esquadrias da razão, que confronta uma visão idealista do mundo com o seu substrato material e a sua imanência sensível, que trabalha nas zonas cinzentas em que a nossa experiência e a nossa praxis são ainda órfãs de um conceito que as balize. É ainda o espaço daquilo a que Rancière chamou a ‘partilha do sensível’, ou seja, da ordem que estrutura a nossa inclusão e exclusão num mundo comum, os modos de percepção, os lugares, os limites e os horizontes da nossa visibilidade e participação nele. O espaço, em suma, da nossa mundanidade.
Porque compreender o presente implica perceber a sua densidade histórica, propomos, na primeira parte do curso, um percurso arqueológico através de Kant, Hegel e Marx, Freud e Nietzsche. Partir destas figuras permitirá mapear a emergência de uma campo de reflexão sobre o estético, reconfigurar criticamente a própria noção de estética, bem como procurar pontos de contacto entre o estético e o político em lugares menos habituais. Destes autores emergirá uma constelação de problemáticas que têm estado na base de importantes debates contemporâneas. Pretendemos interrogá-los enveredando, na segunda parte do curso, pelos pensamentos de Benjamin e Adorno, Debord e Deleuze, Agamben e Rancière.
“Estética e Política”
Organização: UNIPOP (www.u-ni-pop.blogspot.com)/ Fábrica Braço de Prata
Inscrições, no valor de 25 €, através de pccestetica@gmail.com
Preço por sessão: 5 € (mediante disponibilidade de lugares)
De 10 de Abril a 05 de Junho de 2010
Aos sábados, das 18h00 às 20h00
Na Fábrica Braço de Prata
Rua da Fábrica do Material de Guerra, n.º 1
1950 LISBOA
Entre política e estética, há uma longa história de mútuas suspeitas, denúncias e incompreensões, que têm coexistido com uma intensa e fértil, ainda que por vezes clandestina, interdependência. Tomamos a ambivalência que marca esta relação como testemunho de um terreno comum que importa revisitar, longe das caricaturas habituais, mas igualmente sem elidir as tensões que o constituem. O espaço para que esta discussão seja pensável de forma simultaneamente esclarecedora e crítica permanece em construção: o objectivo primordial deste curso é, por isso mesmo, o de contribuir para a sua criação, visibilidade e alargamento.
PROGRAMA
10 de Abril
Apresentação do curso por Manuel Deniz Silva e Miguel Cardoso
Kant por Adriana Veríssimo Serrão
17 de Abril
Hegel por Miguel Cardoso
Marx por José Bragança de Miranda
24 de Abril
Nietzsche por Nuno Nabais
Freud por João Peneda
8 de Maio
Oficina de leitura:
“O inconsciente político do sublime. Em torno de Lyotard e Rancière”
Orientação: Manuel Deniz Silva
15 de Maio
Walter Benjamin por Pedro Boléo
Theodor W. Adorno por João Pedro Cachopo
22 de Maio
Gilles Deleuze por Catarina Pombo
Guy Debord por Ricardo Noronha
29 de Maio
Jacques Rancière por Vanessa Brito
Giorgio Agamben por António Guerreiro
05 de Junho
Debate de encerramento: “Estética e Política”
Silvina Rodrigues Lopes
Manuel Gusmão
Mário Vieira de Carvalho
Apresentação do Curso de Introdução ao Pensamento Crítico Contemporâneo: “Estética e Política”:
Entre política e estética, há uma longa história de mútuas suspeitas, denúncias e incompreensões, que têm coexistido com uma intensa e fértil, ainda que por vezes clandestina, interdependência. Tomamos a ambivalência que marca esta relação como testemunho de um terreno comum que importa revisitar, longe das caricaturas habituais, mas igualmente sem elidir as tensões que o constituem.
O espaço para que esta discussão seja pensável de forma simultaneamente esclarecedora e crítica permanece em construção: o objectivo primordial deste curso é, por isso mesmo, o de contribuir para a sua criação, visibilidade e alargamento. Tal trabalho preparatório implica reinscrever a estética na trajectória da nossa modernidade histórica e filosófica, com todas as contradições que isso acarreta, perceber o quanto as categorias políticas que marcam a nossa contemporaneidade devem a conceptualizações estéticas, bem como submeter o campo estético a uma análise crítica, confrontando-o com as suas exclusões e ângulos cegos.
Partimos para estas interrogações com a premissa de que a sociedade em que vivemos é atravessada por divisões e conflitos a que o estético não é imune, mas a que também não pode ser reduzido. Isto implica uma dupla rejeição: da inflação do potencial crítico da obra de arte, assente na ideia de que o estético é por si só emancipador, por um lado; e, por outro, da redução do estético ao ideológico e do recurso à sua explicação sociológica que neutraliza o seu potencial crítico.
De um ponto de vista político, a estética tem sido simultaneamente subestimada e sobrestimada. Sendo plural, contraditória – e inseparável das práticas artísticas a cujo perímetro, porém, não se restringe –, é muitas vezes reduzida ora à apreciação de obras de arte, ora a uma forma de consumo cultural privatizada que constituiria um abrigo imune às intrusões da história, aos constrangimentos do social e à vulgaridade dos interesses. Devemos entender as razões desta cristalização, trazer à luz a forma como um certo discurso filosófico estético institui tais divisões e não meramente as reflecte, e submetê-la a uma crítica feroz.
Contudo, entender a estética a partir desta versão redutora é deixar pelo caminho muitas outras definições e, desse modo, excluir as tensões que a atravessam. O estético é também o espaço que questiona os limites e esquadrias da razão, que confronta uma visão idealista do mundo com o seu substrato material e a sua imanência sensível, que trabalha nas zonas cinzentas em que a nossa experiência e a nossa praxis são ainda órfãs de um conceito que as balize. É ainda o espaço daquilo a que Rancière chamou a ‘partilha do sensível’, ou seja, da ordem que estrutura a nossa inclusão e exclusão num mundo comum, os modos de percepção, os lugares, os limites e os horizontes da nossa visibilidade e participação nele. O espaço, em suma, da nossa mundanidade.
Porque compreender o presente implica perceber a sua densidade histórica, propomos, na primeira parte do curso, um percurso arqueológico através de Kant, Hegel e Marx, Freud e Nietzsche. Partir destas figuras permitirá mapear a emergência de uma campo de reflexão sobre o estético, reconfigurar criticamente a própria noção de estética, bem como procurar pontos de contacto entre o estético e o político em lugares menos habituais. Destes autores emergirá uma constelação de problemáticas que têm estado na base de importantes debates contemporâneas. Pretendemos interrogá-los enveredando, na segunda parte do curso, pelos pensamentos de Benjamin e Adorno, Debord e Deleuze, Agamben e Rancière.
Padre Rodrigues e o fim do Celibato

A entrevista pode ser vista no link:
http://www.ionline.pt/conteudo/51474-padre-rodrigues-o-celibato-imposto-pela-igreja-acaba-ser-uma-medida-antinatural
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