É frequente falarmos de transferência e contra-transferência num contexto psicoterapêutico, mas é menos frequente pensarmos nos aspectos da transferência quando fazemos avaliação psicológica.
Ainda que pensemos nesse factor quando interpretamos os dados da entrevista, raramente o fazemos no que diz respeito aos resultados das provas, e até à forma como elaboramos o relatório.
A transferência influencia-nos desde a escolha das provas e pode interferir significativamente nos resultados.
Se uma avaliação psicológica é um método que procura a exactidão, nós, técnicos envolvidos devemos estar também atentos à subjectividade e considerar a interferência destes aspectos.
Não quero com isto dizer que devemos analisar e utilizar a transferência como mais um método de avaliação e de diagnóstico, mas sim atender à sua influência no nosso trabalho, que se pretende que seja rigoroso e exacto.
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2 comentários:
“Se o profissional de saúde não souber que traz consigo o lado destrutivo do arquétipo siamesamente colado ao lado do curador, poderá ferir o paciente por descuido, por desconhecer seu próprio potencial nocivo. A maioria das feridas míticas na relação profissional-paciente se dá por descuido de contato, da sensibilidade à sua própria parte negada e reprimida. ’Primum non nocere’ é um quesito de um juramento. Precisamos jurar não ferir, não provocar nada de nocivo ao outro porque o que separa curar de ferir é uma lâmina imaginária”.
Essa frase tirada de um texto, demonstra o quanto o profissional de saúde deve ser atento desde o início do tratamento. Penso que, se o profissional na entrevista conseguir ver o seu limite para cada caso, aceitará com mais confiança e exatidão para aquele determinado caso, grave ou menos grave. O fio é muito fino terapeuta /paciente. Na entrevista há certamente limite lógico, pois não há conhecimento da pessoa em si, profundamente. Mas há uma queixa inicial significativa para aceitar ou não o caso. O terapeuta estará preparado para esse caso? Perguntas como essa devem ser feitas o tempo todo pelo profissional de saúde e principalmente o profisssional de saúde mental.
“Se o profissional de saúde não souber que traz consigo o lado destrutivo do arquétipo siamesamente colado ao lado do curador, poderá ferir o paciente por descuido, por desconhecer seu próprio potencial nocivo. A maioria das feridas míticas na relação profissional-paciente se dá por descuido de contato, da sensibilidade à sua própria parte negada e reprimida. ’Primum non nocere’ é um quesito de um juramento. Precisamos jurar não ferir, não provocar nada de nocivo ao outro porque o que separa curar de ferir é uma lâmina imaginária”.
Essa frase tirada de um texto, demonstra o quanto o profissional de saúde deve ser atento desde o início do tratamento. Penso que, se o profissional na entrevista conseguir ver o seu limite para cada caso, aceitará com mais confiança e exatidão para aquele determinado caso, grave ou menos grave. O fio é muito fino terapeuta /paciente. Na entrevista há certamente limite lógico, pois não há conhecimento da pessoa em si, profundamente. Mas há uma queixa inicial significativa para aceitar ou não o caso. O terapeuta estará preparado para esse caso? Perguntas como essa devem ser feitas o tempo todo pelo profissional de saúde e principalmente o profisssional de saúde mental.
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