dói-me ser a Flor do Cardo
não ter a mão de ninguém
tenho a estranha natureza
de florir com a tristeza
e com ela me dar bem
dói-me o Tejo e dói-me a Lua
dói-me a luz dessa aguarela
tudo o que foi criação
se transforma em solidão
visto da minha janela
o tempo não me diz nada
já nada em mim se consome
não sou principio nem fim
já nada chama por mim
até me dói o meu nome
dói-me ser a Flor do Cardo
não ter a mão de ninguém
hei-de ser Cravo Encarnado
que vive em pé separado
e acaba na mão de alguém
letra joão monge, o silêncio da escuta, ou a voz de aldina duarte
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3 comentários:
É sempre bom imaginar/ ouvir palavras tão bonitas na voz da Aldina.
Lindas, as flores do cardo!...
OLá BDIA! Têm um selo da Cleopatra apenas pelas razões da Cleopatra.
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