Tal como os paises, em tempos de crise, parecem tender para erigir à sua volta proteccionismos e nacionalismos, assim os indivíduos também erigem poderosas defesas esquizóides contra a realidade. Que às vezes podem até ser a forma mais adaptativa de sobreviver ou, como também se diz, de coping com essa dura realidade externa.
Mas pergunto-me sobre o impacto deste mecanismo no tecido social já de si frágil. Que relações sociais e humanas irão existir? Constituirá o êxito de redes sociais como o Twitter, o Facebook, etc, um epifenómeno desta tendência? O fácil acesso à conectividade entre membros destas imensas redes ena web em geral, dá que pensar. Que relação haverá entre esta hiperconectividade e a comunicação? Bem usada (mas o que é isso?), a web pode até facilitar a comunicação e ser uma oportunidade de diálogo e de troca de ideias. Mas pode também reforçar tendências esquizóides e constituir uma via para a rigidificação das mesmas, com o consequente prejuízo para a saúde do self.
É uma questão para reflectirmos todos.
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3 comentários:
Vou pensar nisso. Vou mesmo.
Commonsense, pense, pense, que o seu pensar é bom. Gostamos dos seus pensares. E diga lá o que pensa, v. que tb usa extensamente a web, as redes, os blogs, etc.
Depois de a ler, dei comigo a pensar se a minha participação em redes na internet e o estabelecimento de inúmeros contactos ciber não vêm dalgum tique esquizóide. Como o próprio nunca percebe...
Fiquei preocupado.
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