Receio que se leia muito mal o programa que acabei de postar, o do Encontro sobre Esquizoidia e Sociedade Actual (não consigo fazer aumentar, ctrtamente por ignorância).
Vai ter lugar no próximo dia 18 de Abril e pode ser consultado no site da AP (www.apppp.pt).
A esquizoidia pode ser mais ou menos grave e tanto pode constituir um traço de personalidade como poderá, nalguns casos, ser uma patologia. Os sintomas são uma retirada emocional, que pode ir da introversão até a um fecho ao mundo e aos outros. As pessoas queixam-se de sentimentos de artificialidade, de estarem a ver as situações através de um vidro, como se não estivessem lá, de dificuldades de relacionamento, tanto afectivo como na vida professional, de isolamento.
Vou fazer uma comunicação nesse Encontro sobre a relação que poderá existir entre este traço de personalidade/tendência/patologia e a acual crise económico-social que vivemos. A hipótese de trabalho, muito resumidamente, é de que, em momentos como este, algumas pessoas tenderão a fechar-se mais nelas próprias e a isolar-se mais, agravando a situação já existente.
Gostava de saber o que pensam os leitores do Salpicos. As conferências hoje em dia perderam o ar académico e esotérico que terão tido em tempos, é importante cruzarmos ideias e experiências, é nesse sentido que estou a recolher opiniões e experiências que sejam úteis para discussão do assunto. É essa uma das grandes vantagens da web, a de ser um espaço alargado de discussão, e que, em vez de reforçar o nosso isolamento, pode contribuir para a melhoria da nossa comunicação.
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8 comentários:
eu diria q certos políticos tem tendência ao "autismo", ou seja n ouvem e o mesmo acontece c patrões, etc.
Apesar de poucas vezes comentar, sou leitora assídua do Salpicos ou não fosse eu uma apaixonada pela psicologia e pelas suas múltiplas aplicações na vida real. A psicologia é muito esquecida e bastante preterida por outras áreas do saber para explicar muitos dos fenómenos da actualidade. O tema da esquizoidia e sociedade actual é de uma relevância enorme e teria muito gosto em poder assistir, ainda mais com brilhantes oradores. Infelizmente ser-me-a dificil conciliar com a agenda profissional.
A esquizoidia é um tema que para mim tem alguma pertinência a nível pessoal pois convivi de perto com alguém que sempre desconfiei poder ter personalidade esquizóide embora nunca tivesse havido qualquer diagnóstico. Seria mais um motivo para gostar de assistir ao encontro.
Se puderem depois colocar alguns highlights finais, agradecia.
Continuação do excelente trabalho e de preferência com maior frequência de salpicos.
Um abraço
Amora,
Assim farei. Depois faço um pequeno resumo das conclusões para os participantes do Salpicos.
A Internet foi concebida como um espaço de liberdade. Dos fóruns aos blogues, e naturalmente, às caixas de comentários destes. Quem quer isolar-se em corporativismos esquizóides apaga comentários. Quem quer discutir tem de estar disposto ao nonsense. A frase que escrevi, e que foi apagada por um administrador deste blogue, “Perguntem à Teresa Guilherme”, é apenas uma provocação inofensiva feita de nonsense (ou a Teresa Guilherme achou-se ofendida?). O facto de ter sido apagada demonstra o carácter dessa pessoa. Mantenho o anonimato porque também não sei quem apagou o meu comentário.
Clara,
Se a o dono do blog é responsável juridicamente por tudo o que se lá publica, incluindo os comentários, tem de ter o poder de apagar comentários que considere inadmissíveis... e tem também o dever de o fazer. No problems!
Quanto a tendências esquizóides, será má ou boa a tentação de passar a nadar debaixo de água perante coisas más, insuportáveis ou apenas desagradáveis? Passar a não votar nas eleições em Portugal terá a ver com isso? a não ver telejornais, a não ouvir o Ministro Pinho? os políticos Portas, Sócrates, F. Leite, et all?
ou será uma manifestação de escolha e recusa saudável. A opção do eremita é equizóide? e conversar consigo mesmo, inventar sonhos e viver neles?
Há tantas dúvidas que eu tenho sobre isto...
Ainda bem que alguém se preocupa e, já agora, em vez de guardar para si, comunica num blog.
Boa Páscoa
Commonsense,
Eu acho que esse éum dos maiores problemas, perceber até que ponto uma maior isolamento pode ser uma eficaz defesa em determinadas alturas da nossa vida ou algo de patológico, por ser excessivo e poder impedir os laços afectivos ou mesmo sociais. A retracção exagerada dificulta a comunicação, corta laços, dá lugar a mal-entendidos, como todos sabemos. Pode chegar ao autismo,como diz a Conceição.
Seráque há conjunturas económicas e sociais que levem a uma maior incidência destes comportamentos?
No fundo, todos nós nos defendemos como podemos, e que seria de nós sem as nossas defesas psicológicas... Algumas são é muito caras em termos psíquicos. Em termos económicos, que também se podem aplicar à chamada economia psíquica, a relação custo/benefício não é favorável nesses casos. Aí é que a porca torce o rabo, para usar uma expressão bem portuguesa.
Prof. Fernando, eu sou um equizóide, confirmado por análise da universidade... meu problema é agravado pela depressão. Tenho sintomas de anulação social, sinto minha vida sumir, recentemente sai de um casamento por causa da doença. Procurei tratamento psicológico mais me sinto ausente nas consultas. Posso relatar, mas estou vivo ainda mais me boicoto o tempo todo. Tenho medo de sumir, derreter, desaparecer. Qual é a solução.
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