terça-feira, setembro 07, 2010


Investigadores americanos quiseram actualizar a antiga e conhecida pirâmide das necessidades de Maslow (1940). O seu estudo foi publicado na revista Perspectives on psychological Sciences e o seu autor principal, Douglas Kenrick, quis reformular a referida pirâmide à luz das mais recentes descobertas nos diversos campos da ciência como a psicologia do desenvolvimento, a psicologia evolutiva e as neuro-ciências.


Na nova pirâmide proposta por este conjunto de investigadores, podemos ver que os quatro primeiros níveis se mantêm praticamente idênticos aos da pirâmide original de Maslow. As modificações principais e também controversas reportam-se aos últimos níveis superiores onde a necessidade de realização pessoal ou auto-actualização foi substituída pela necessidade de aquisição de um parceiro sexual/amoroso, a sua retenção e, por fim, no pico da pirâmide, a necessidade de parentalidade.

Para mais detalhes pode ser consultado o artigo original ou o artigo francês que anuncia o original. Este último pode ser encontrado no seguinte link:

3 comentários:

Clara Pracana disse...
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Clara Pracana disse...

Já tinha deixado aqui um comentário há dias, mas pelo visto nao ficou registado. Se bem me lembro, manifestava a minha perplexidade por esta alteração no vértice da pirâmide e até me interrogava se não teria a ver com as baixas taxas de natalidade actuais (nos países desnvolvidos).
Mas gostava de saber a opinião das outras pessoas. Eu gostava da pirâmide como ela era, e que bastante útil me tem sido.

João Ferreira disse...

A ideia com que fiquei foi que esta reformulação da pirâmide tem fundamentalmente a ver com a psicologia evolutiva, a etologia e a neurobiologia onde motivações como o "mating" são considerados como módulos emotivo-motivacionais básicos por autores como Panksepp. Simplificando, acho que nos estão a aproximar dos animais, das pulsões e dos instintos e a afastar-nos (a nós humanos) da liberdade, criatividade e espiritualidade (se é que ainda podemos evocar tal coisa...). Enfim, tem as suas vantagens e as suas desvantagens. Ganha-se em rigor científico, perder-se-á em valor humanista.