João, Julgo que a demografia é uma questão determinante mas que tem de ser vista a longo prazo. Com as actuais taxas de natalidade (acontece em todos os países da Europa, uns mais outros menos) iremos ter cada vez mais dificuldade em assegurar precisamente o estado social de que falas: não haverá um número suficiente de pessoas a descontar para assegurar as reformas do número crescente de reformados a viver até muito tarde. Este processo já está em andamento e demoraria, a ser possível, muito tempo a inverter. Com a demografia é assim: quando damos por ela já vai adiantada. As pessoas têm dificuldade em ver décadas para a frente.
Há algo que não percebi, alguém me explique . S.Cabral, diz : “Por isso o programa português anti--crise foi modesto – nada que se compare com o espanhol e menos ainda com o britânico. Só em grau limitado afectou as contas do Estado português. E a seguir diz : A crise internacional deu ao Governo uma desculpa para gastar sem limites. Afinal se não fosse a crise as coisas prosseguiriam “normalmente” (embora com uma dívida relativamente grande) ou não ? Compreendo que a oposição tenha todo o interesse em desvalorizar ao máximo o papel da crise internacional como (se calhar) determinante do ponto a que chegámos .
GUST99, Julgo q há q ter em conta vários momentos da crise. no seu princípio, em 2007, foi possível "surfar" a onda, sem q se desse mto por isso pq somos pequeninos (e ladinos). Repare no q o FSC escreve: "Nos dois primeiros anos de governo, Sócrates reduziu significativamente o défice orçamental, mas depois mudou de agulha – havia eleições em 2009". A derrapagem torna-se óbvia dp das eleições - mesmo para quem nao é economista e/ou anda mto distraído. Era mais um caso de gato escondido com rabo de fora. Ele aí está, e nao é um gato, parece mais o Diabo da Tasmânia!
Embora concorde consigo a propósito das habilidades do PS em 2009 nas eleições, não me respondeu .Agradeço de qualquer modo o seu empenho . A minha questão é mesmo se, como diz, a óbvia derrapagem pós-eleições que o Sarsfield Cabral denomina de programa Português anti-crise modesto, ´se torna ao mesmo tempo num gasto sem limites . Em que ficamos ? Provavelmente, tem aqui um bom exemplo de como as "motivações profundas" "inconscientes" dão uma certa irracionalidade aos nossos comportamentos .
Eu nao posso responder pelo FSC, mas embora a redacção da parte do texto q v invoca seja ambígua e o português pouco feliz, acho - repito, acho - q o q ele queria dizer é q aqui n houve bolhas especulativas q fizessem soar os sinais de alarme tanto para os investidores (os famosos mercados) como para o cidadão comum. E assim se continuou a gastar acima das nossas posses. Repare q eu penso q todos nós lucrámos (no curto prazo) com isso, mais uns do q outros. A factura tinha de chegar, mais tarde ou mais cedo, mas quem se ralava? E certo modo, até podemos dizer q andámos em contraciclo (redução do IVA em 2008, subida dos salários na função publica em 2009). O importante, parece-me a mim, é q o nosso problema é, infelizmente, estrutural e nao de bolhas. Temos de produzir mais, exportar mais. Como, é q era interessante pensar-se. Chegados onde chegámos, nao interessa mto chorar sobre o leite derramado. É preciso é começar a construir um futuro. E isso compete a todos nós, nao apenas a este ou aquele governo.
6 comentários:
Só não percebo como é que a baixa natalidade portuguesa é algo de negativo,
quando actualmente não existe emprego nem estado providência para todos...
João,
Julgo que a demografia é uma questão determinante mas que tem de ser vista a longo prazo. Com as actuais taxas de natalidade (acontece em todos os países da Europa, uns mais outros menos) iremos ter cada vez mais dificuldade em assegurar precisamente o estado social de que falas: não haverá um número suficiente de pessoas a descontar para assegurar as reformas do número crescente de reformados a viver até muito tarde. Este processo já está em andamento e demoraria, a ser possível, muito tempo a inverter.
Com a demografia é assim: quando damos por ela já vai adiantada. As pessoas têm dificuldade em ver décadas para a frente.
Há algo que não percebi, alguém me explique .
S.Cabral, diz : “Por isso o programa português anti--crise foi modesto – nada que se compare com o espanhol e menos ainda com o britânico. Só em grau limitado afectou as contas do Estado português.
E a seguir diz : A crise internacional deu ao Governo uma desculpa para gastar sem limites.
Afinal se não fosse a crise as coisas prosseguiriam “normalmente” (embora com uma dívida relativamente grande) ou não ?
Compreendo que a oposição tenha todo o interesse em desvalorizar ao máximo o papel da crise internacional como (se calhar) determinante do ponto a que chegámos .
GUST99,
Julgo q há q ter em conta vários momentos da crise. no seu princípio, em 2007, foi possível "surfar" a onda, sem q se desse mto por isso pq somos pequeninos (e ladinos). Repare no q o FSC escreve: "Nos dois primeiros anos de governo, Sócrates reduziu significativamente o défice orçamental, mas depois mudou de agulha – havia eleições em 2009".
A derrapagem torna-se óbvia dp das eleições - mesmo para quem nao é economista e/ou anda mto distraído. Era mais um caso de gato escondido com rabo de fora. Ele aí está, e nao é um gato, parece mais o Diabo da Tasmânia!
Embora concorde consigo a propósito das habilidades do PS em 2009 nas eleições, não me respondeu .Agradeço de qualquer modo o seu empenho .
A minha questão é mesmo se, como diz, a óbvia derrapagem pós-eleições que o Sarsfield Cabral denomina de programa Português anti-crise modesto, ´se torna ao mesmo tempo num gasto sem limites .
Em que ficamos ?
Provavelmente, tem aqui um bom exemplo de como as "motivações profundas" "inconscientes" dão uma certa irracionalidade aos nossos comportamentos .
Eu nao posso responder pelo FSC, mas embora a redacção da parte do texto q v invoca seja ambígua e o português pouco feliz, acho - repito, acho - q o q ele queria dizer é q aqui n houve bolhas especulativas q fizessem soar os sinais de alarme tanto para os investidores (os famosos mercados) como para o cidadão comum. E assim se continuou a gastar acima das nossas posses. Repare q eu penso q todos nós lucrámos (no curto prazo) com isso, mais uns do q outros. A factura tinha de chegar, mais tarde ou mais cedo, mas quem se ralava? E certo modo, até podemos dizer q andámos em contraciclo (redução do IVA em 2008, subida dos salários na função publica em 2009).
O importante, parece-me a mim, é q o nosso problema é, infelizmente, estrutural e nao de bolhas. Temos de produzir mais, exportar mais. Como, é q era interessante pensar-se. Chegados onde chegámos, nao interessa mto chorar sobre o leite derramado. É preciso é começar a construir um futuro. E isso compete a todos nós, nao apenas a este ou aquele governo.
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