E porque a vida é feita de verdade e de ilusão, há quem há muito tenha reflectido sobre a sua natureza... Aqui fica um texto a este propósito proveniente da sabedoria oriental:
O tipo de compreensão expressa
pelo conhecimento do espelho é uma forma de visão mística muito particular dos
indianos. Ela é encontrada de maneira muito intensa na doutrina hindu de
“maya”, que é o poder criativo e mágico da ilusão.
Algumas vezes as pessoas
consideram o conceito de “maya” niilista, porque supõem que ele signifique que
tudo é totalmente irreal e, portanto, sem valor. Mas a natureza essencial de
uma ilusão é que ela, na verdade, aparenta ser totalmente real; tem de ser
convincente ou não poderá ser chamada de ilusão.
No budismo, isso é conhecido como
verdade relativa ou convencional. Enquanto permanecermos sob seu poder, devemos
respeitar seu nível de realidade e obedecer às suas leis, ou faremos mal a nós
mesmos e aos outros. É somente à luz de uma compreensão mais elevada e mais
abrangente que finalmente a reconheceremos pelo que ela é.
Então, sabendo que ela não é real
em última instância, podemos tomar parte nela sem que sejamos tomados por ela.
Podendo ser plenamente desfrutada como a expressão espontânea de uma realidade
maior. Aquela aparência vívida da peça da ilusão é o que percebemos com o
conhecimento do espelho (http://samsara.blog.br/2007/06/iluso-de-maya/).
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