Qual é a pertinência do "inconsciente" no processo terapêutico?
A Psicanálise, a par da Hipnose, foram as psicoterapias que trouxeram a noção de inconsciente para a praça pública e para o campo da ciência.
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O que leva então a mente a criar lógicas dispares dissociadas? A resposta a esta pergunta está, em parte, na dificuldade em "actualizar" ou modificar aprendizagens (lógicas; padrões de relação...) que foram enraizados/gravados profundamente no nosso cérebro emocional (o chamado cérebro reptiliano - porque automatizado e partilhado com outros animais como os repteis). Por outro lado, o inconsciente representa igualmente o conteúdo mental (pulsional, emocial) reprimido, ou seja, não tolerado ou admitido na nossa educação. Nestes casos, o que fazemos acaba por ser a interiorização dessa mesma censura, empurrando desejos ou sentimentos criticados para fora da consciência - uma forma de auto-engano, responsável pela produção de sintomas psicopatológicos.
A técnica e arte da psicoterapia consiste, pois, em aceder essas memórias isoladas e ostracizadas para, de seguida, as poder trabalhar no sentido de lhes voltar a dar expressão, de as compreender e integrar no todo mental.
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