sexta-feira, agosto 10, 2012

A DEPRESSÃO PÓS-PARTO NEGLIGENCIADA

O assunto continua a ser tabu. Como é que se pode conceber que não se esteja feliz e contente durante ou após o nascimento de um filho? As expectativas da sociedade sobre a natalidade impõem muitas vezes o silêncio às mães. Não é um fenómeno raro: 15% dos pais sofre actualmente desta perturbação. O que se julgava ser de natureza biológica e exclusivo do sexo feminino - a depressão pós-parto como consequência das oscilações hormonais no período puerperal - é, afinal, um fenómeno também vivido no masculino e que decorre de causas muito diversas.


Os sinais revelam-se, em regra, mês e meio depois do parto. É nessa altura que os pais começam a ressentir-se do cansaço, das mudanças na rotina e da falta de disponibilidade para outras actividades de casal.

É importante estar alerta para variações marcadas de humor, quer no sentido depressivo, quer no sentido eufórico (por ex., redobrar da energia, pouca necessidade de dormir), e tanto antes como depois do nascimento de um filho.

Acima de tudo, procurar ajuda o mais cedo possível pois este é um problema que, para além de afectar intensamente o próprio, prejudica a relação conjugal e influencia muito negativamente o desenvolvimento afectivo e vinculativo do bebé (na maioria das vezes com repercussões crónicas na personalidade, crescimento e saúde física e psicológica).  

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