segunda-feira, junho 09, 2008

Associação Oficinas sem Mestre - Workshop "Animanias" em Aveiro



A Associação Oficinas Sem Mestre é um grupo de trabalho formado por psicólogos, professores, técnicos de serviço social, uma jurista e um jornalista, criado com o intuito de organizar espaços para pensar, trocar experiências, aprender a trabalhar com novos instrumentos e metodologias pedagógicas e terapêuticas e intervir nas áreas da saúde mental e da educação (criando, sempre que possível, parcerias com áreas afins).

No âmbito deste projecto, terá lugar, no dia 14 de Junho (sábado) o Workshop "Animanias", dinamizado por Rui Coimbra (psicólogo clínico) que nos sensibilizará para a utilização da animação cinematográfica como instrumento terapêutico e pedagógico. O workshop decorrerá no Museu da Cidade, em Aveiro, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h. A participação no mesmo custará 30 euros (25 euros para sócios).

No mesmo dia, teremos uma tertúlia de reflexão multidisciplinar aberta a todos os interessados. O psicólogo Rui Coimbra e a psicóloga e artista plástica Joana Patrício partilharão connosco a sua relação com a animação, quer enquanto instrumento de intervenção terapêutica quer como possibilidade de projecção pessoal, criação de narrativas íntimas e, como tal, consolidação da identidade


14 de Junho - Sábado - Museu da Cidade, Aveiro

workshop "ANIMANIAS" (9h30 - 12h30 / 14h-17h)
dinamizado por Rui Coimbra
(psicólogo clínico que utiliza a animação cinematográfica como instrumento terapêutico e pedagógico).


INSCRIÇÕES ATÉ DIA 13 DE JUNHO ATRAVÉS DO EMAIL: oficinasemestre@gmail.com
preço sócio: 25€ / preço para não sócios: 30€


TERTÚLIA (17h30 - entrada livre)
dinamizado por Rui Coimbra e Joana Patrício (psicóloga e artista plástica)

quarta-feira, junho 04, 2008

e eu que há tanto tempo só olho a eternidade


CRÓNICA
Ser Pai(s) hoje


Hoje em dia os pais questionam-se constantemente sobre seus papéis. Os livros e guias de pais crescem de forma abrupta e, paralelamente, as dúvidas do que é ser um bom educador também se tornam cada vez mais evidentes.
Os pais mais velhos/avós apresentam por vezes um discurso saudosista, dizendo que no tempo deles “é que era. Agora, esta juventude…”, “têm tudo facilitado”, “Eu eduquei-os … sozinha…”, etc. Nem todos, claro! Mas de forma generalizada, na rua, nos transportes, nas escolas, infantários, cabeleireiros e afins, vão-se ouvindo muitos comentários destes. Os pais, por outro lado, vão eles próprios absorvendo tais ditos e indubitavelmente reagem. Uns não aceitam, e podem reagir de forma a ir contra tais comentários e distanciando-se dos próprios pais “mais sabidos”. Outros, mais aflitos, culpabilizam-se e tentam tudo para serem igualmente tão bem capazes como foram os seus e “colam-se” às mezinhas educadoras. Outros ainda, vão sendo pais à sua maneira e seguindo seu “instinto”, aproveitando alguns dos ditos e dicas ancestrais e inovando com as suas próprias experiências, vivendo no seu tempo presente agora a sua parentalidade singular.
É verdade que nos tempos modernos, nesta tal “aldeia global”, tecnocrata e competitiva, os pais não possuem tarefa fácil. Afinal, têm de ser óptimos pais, óptimos profissionais, óptimos maridos e mulheres, óptimos filhos, óptimos, óptimos, óptimos… Outra questão que se poderia colocar, mas neste contexto só iria dispersar, seria qual o valor que a falha ocupa nas nossas cabeças, corações, vida… mas continuando em torno dos “super pais”, não devemos esquecer o valor real dos filhos, pois eles também terão o direito de igual estatuto de super, eles são afinal os super filhos dos super pais!
Talvez correndo o risco de se ser abusivo, estes super filhos são uns coitados! Coitados por caírem na teia dos super. É que até os super heróis ganharam um carácter tão omnipotente que é deveras difícil alcançá-los em valentia. Estes super filhos acabam por sofrer por ter também de ser super bem comportados, super bons desportistas, super giros, super bons alunos, super bons seres sociais, etc e tal.
No meio de tantos super tudo, onde vamos parar?!...

terça-feira, junho 03, 2008

Storytelling

Contar histórias às crianças.

7 de Junho, Sábado das 9.30h às 12.30h e das 14.00h às 16.00h
Na sala 3 da APTCC
(Rua da Misericórdia, 76 Lisboa)

Professora: Marianne Decroes
O seminário decorrerá em Inglês

O seminário centra-se no “storytelling com objectivos pedagógicos, utilizando histórias para ajudar as crianças em situações específicas e para desenvolver a sua imaginação, apresentando diversas experiencias concretas.
Adicionalmente, as histórias estimulam o desenvolvimento de sentimentos saudáveis e ajudam as crianças e adolescentes a ultrapassar a ansiedade. As crianças e jovens criam um contexto para as suas experiencias do dia-a-dia, desenvolvem uma compreensão das situações sociais e imaginam-se a si próprias como indivíduos que conseguem ultrapassar as suas dificuldades e ganhar auto-confiança para lidar com uma diversidade de situações sociais. O seminário procura demonstrar como se podem utilizar histórias tradicionais para atingir estes objectivos, bem como criar histórias para necessidades específicas.

Preço:
Sócios ou formandos da APTCC 50 euros
Não sócios 69 euros
As inscrições podem ser efectuadas no secretariado da APTCC (tel. 213210100) e-mail: aptcc@cognitivas.org

domingo, junho 01, 2008

A alegria e a dor!

"A alegria ou euforia é o encontro festivo com o outro. É o prazer da inundação do ser no abraço libidinal.
E assim, definimos o investimento do objecto como um movimento da líbido para o outro, que, no seu percurso, investe o próprio.
O prazer vem portanto da actividade de estar com... Nasce do exercício da relação libidinal.
Por outras palavras: o investimento objectal acompanha-se de um investimento narcísico. É o estado amoroso.

A dor, a tristeza, é o deserto relacional. A ausência do outro para investir; o que reflexamente desinveste o próprio.
É a hemorragia da líbido através da ruptura da relação. Rompido o sistema relacional Self-objecto, o indivíduo sangra e sofre.
Perdido o objecto, não há apelo ao movimento libidinal. É então a queda da líbido, que, para não se esgotar na sangria da tristeza, abandona o Self e se refugia no Id (como a seiva das árvores, durante o Inverno: reflui para as raízes).
Para não cair na apatia, na impotência e no desespero, pela certeza da irreversibilidade da perda e a possibilidade da construção imaginária de um novo alvo. E, deste modo, sair do investimento nostálgico do objecto perdido.

A elaboração da perda faz-se, assim, pela mentalização do desprazer.
Fazer algo da dor: criar, pela invenção do imaginário, no espaço dolente da falta.
Sonhar... enquanto não se pode realizar.
Jamais desistir. Porque a "morte", essa, é "vazia; nem dor nem alegria".
Viver, apesar de... apesar da perda, apesar de tudo."


Parte de um texto de António Coimbra de Matos in "A Depressão"

quarta-feira, maio 28, 2008

Seminário sobre Psicologia em Portimão




Hoje, quarta-feira, vai-se realizar um seminário sobre psicologia intitulado: "Os múltiplos olhares da Psicologia"

A entrada é gratuita

Auditório da Biblioteca Municipal de Portimão





sábado, maio 24, 2008

Hoje: Congresso de Psicanálise

CONGRESSO DE PSICANÁLISE

"Rir é o melhor Remédio?"


24 e 25 MAIO 2008
AUDITÓRIO DA REITORIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

INSCRIÇÕES ATÉ SÁBADO, 24 MAIO, NO SECRETARIADO



Hoje e amanhã, Sábado e Domingo, realizar-se, no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, um Congresso de Psicanálise intitulado: "Rir é o Melhor Remédio?".

Será debatida a psicanálise e o senso de humor, numa perspectiva clínica mas também cultural.
Estarão presentes diversos profissionais, onde se incluem alguns dos mais conceituados psicanalistas. Destacam-se nomes como António Coimbra de Matos, Isabel Empis, Eduardo Sá e Carlos Amaral Dias que gravará no Auditório o programa de rádio da Antena 1 "Alma Nostra", onde participa semanalmente.

De referir a presença do Psiquiatra, José Luís Pio Abreu onde falará do seu livro, que criou polémica no meio científico, premiado internacionalmente, "Como Tornar-se Doente Mental".

Estarão, também, presentes dois elementos dos "Gato Fedorento", o Ricardo Araújo Pereira e o Miguel Góis, que irão falar do seu trabalho, de estratégias para a criação e a sua relação com a psicanálise e humor.

As inscrições poderão ser feitas, ainda, no sábado, dia 24, no secretariado.

segunda-feira, maio 19, 2008

O impacto da separação dos pais nos filhos menores


A Psicronos expandiu recentemente a sua actividade clínica e passou a incluir a especialidade psicologia infantil. No âmbito da Psicologia Infantil é frequente os pais e os técnicos questionarem-se sobre o impacto que a separação do casal gera nos filhos, principalmente quando são crianças.

Durante muito tempo foi veiculada a ideia de que os pais deveriam manter-se juntos, mesmo quando a relação conjugal está bastante degradada, em benefício dos filhos. A ideia de que separação dos pais é um acontecimento potencialmente muito traumatizante para a criança, levou muitos casais a perpetuarem a relação conjugal até à autonomia completa dos filhos ou pelo menos a adiarem a separação durante vários anos. Ainda há pouco tempo, uma colega contava-me que tinha esperado 7 anos para se separar do marido porque considerava que o filho era demasiado novo para sofrer as consequências da ruptura da relação parental. Durante esses 7 anos, ela e o marido sabiam que a relação estava terminada e que viviam um embuste apenas para garantir a estabilidade psicológica do filho.

Mais recentemente foi veiculada a ideia inversa, a de que é preferível para as crianças que os pais se separem do que sujeitá-las a discussões e agressões frequentes entre o casal.

Acho que neste, como em muitos outros casos, não existem receitas exactas nem correctas. Haverá situações em que a manutenção da relação conjugal mesmo que intensamente degradada é melhor e corresponde ao desejo mais profundo da criança. Noutras situações a separação abre espaço para uma relação mais saudável com cada um dos pais e a criança recupera um sentimento de bem-estar e felicidade que lhe era impossível enquanto os pais se mantinham juntos. Contudo, talvez possamos reflectir sobre algumas reacções possíveis.

A literatura e as investigações mais actuais são praticamente consensuais em afirmarem que a separação dos pais é habitualmente vivida com profundo desgosto e que a criança é obrigada perante a separação dos pais a se reorganizar internamente o que passa, muitas vezes, pela elaboração do luto num processo de colorido dominantemente depressivo.

Não pretendendo ser exaustiva, penso que é importante referir algumas particularidades do impacto da separação dos pais na criança:

A condição principal de uma separação bem-sucedida com impacto mínimo para a criança é a forma como os pais, cada um individualmente, consegue colocar o bem-estar da criança acima da sua relação de casal. O papel de pai e mãe deve continuar intacto, mesmo quando se dissolve o papel de marido e mulher.

Quando a criança é muito pequena (até mais ou menos aos três anos) o impacto da separação dos pais pode ser bastante baixo desde que ambos os pais se mantenham atentos e próximos da criança. Nestas idades a criança ainda não tem uma compreensão muito elaborada da relação entre o pai e a mãe e a sua satisfação depende fundamentalmente do bem-estar individual dos pais e da atenção e carinho que estes lhe oferecem. O grande risco nestas idades é que o pai que não ficou com a guarda do filho se afaste e não desenvolva um contacto estreito com o filho acompanhando-o com grande proximidade.

Entre os 3 e os 6/7 anos é, talvez, a idade mais complicada para a criança enfrentar a separação dos seus pais. A criança já interiorizou e aprendeu a aceitar e a lidar com a os pais (mesmo quando a relação entre os pais é má) e a separação é muitas vezes vivida como consequência da falta de amor de um dos pais por ele. A criança responsabiliza-se pela ruptura da relação e tem muita dificuldade em aceitar a saída e o afastamento de um dos pais. Sente-se abandonada, mal-amada e traída. Se os pais forem muito cuidadosos, falarem várias vezes com a criança, explicarem-lhe que não tem responsabilidade sobre o que está a acontecer, manterem os ritmos e os hábitos da criança e se ambos os pais se mostrarem satisfeitos com a decisão e tranquilos, as dificuldades da criança podem ser bastante amenizados.

A partir dos 7 anos até à adolescência as crianças já conseguem compreender melhor as motivações dos pais e responsabilizam-se menos pela separação; contudo vivem com muita tristeza a separação e muitas vezes acalentam para o resto da vida o desejo dos pais reatarem.

às portas do desejo: cadeados

quinta-feira, maio 15, 2008

Olhando-se




O espelho enche-se com a tua
imagem; e queria tirá-lo da tua
mão, e levá-lo comigo, para
que o teu rosto me acompanhe
onde quer que eu vá.

Mas sem ti, o espelho
fica vazio; e ao olhá-lo, vejo
apenas o lugar onde estiveste, e
os olhos que os meus olhos procuram
quando não sei onde estás.

Por que não fechas os olhos
para que o espelho te prenda, e
outros olhos te possam guardar,
para sempre, sem que tenham de olhar,
no espelho, o rosto que eu procuro?

Palavras de Nuno Júdice que retratam a saudade, os sentimentos vividos pela separação e a dificuldade que poderemos ter em manter a representação daquele que parte, ou numa outra perspectiva a procura do Eu.
Tema que a Psicologia aborda continuamente, e que aqui, na linguagem dos poetas surge de forma tão clara.

quarta-feira, maio 14, 2008

All The Invisible Children

Ontem, conheci este filme, integrado no CICLO DE CINEMA DE SAÚDE MENTAL – este ano sobre os Maus-Tratos na Infância.

São 7 curtas-metragens que retratam 7 histórias passadas em 7 cantos do mundo, em 7 realidades sociais totalmente diferentes, e que de forma esmagadora nos mostram várias formas de maus-tratos na infância.
Os maus tratos na infância podem de facto ser sobre a forma da violência física, pela privação, pelo abuso, ou por coisas tão mais subtis, como disse Teresa Goldsmith, pelo simples facto de não se ter existência dentro do outro, não se existir na cabeça de ninguém.

Faz-nos falta ver, para nos começarmos a mobilizar mais, a pensar mais, atender mais a estas realidades e ao seu impacto na saúde mental, mas não só.

Os comentários foram da pedopsiquiatra Teresa Goldsmith e do cineasta João Mário Grilo.

Para a semana (3ªfeira às 21h) há mais no Auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, sito no Antigo Solar da Nora, Estrada de Telheiras, 146, 1600-772 Lisboa.

segunda-feira, maio 12, 2008

Psicanálise e história



A Sociedade Portuguesa de Psicanálise vai realizar nos dias 16 e 17 de Maio o seu XXI colóquio. Este ano o tema do colóquio é Psicanálise e História.

Programa


Programa: Sexta-feira, 16 de Maio de 2008

08h30 Abertura do Secretariado
09h00 Sessão de Abertura:

Manuela Fleming
Presidente da Sociedade Portuguesa de Psicanálise
Luísa Branco Vicente
Presidente do Instituto de Psicanálise
João Barroso
Presidente do Concelho Cientifico Directivo da FPCE da UL
Maria da Conceição Almeida
Presidente da Comissão Organizadora

09h15 Conferência de Abertura:

A PSICANÁLISE e as CIÊNCIAS HUMANAS em PORTUGAL

Conferencistas:
Pedro Luzes

10h00 Conferência:

OS MITOS ORGANIZADORES do PENSAMENTO PSICANALÍTICO

Conferencistas:
Emílio Salgueiro
Comentário:
António Brachinha Vieira
Presidente:
Luísa Branco Vicente

11h00 Pausa

11h30 Mesa Temática:

O CONTO como ORGANIZADOR do PSIQUISMO: "CONTA-ME UMA HISTÓRIA..."

João Seabra Diniz
Ana Mourato
António Torrado
António Mendes Pedro
Moderador:
Teresa Sá

13h00 Almoço

14h30 Conferência:

O DIFÍCIL FLUXO de GERAÇÕES. MITO e PROGRESSO na CULTURA GREGA

Conferencistas:
Maria de Fátima Sousa e Silva
Comentário:
Deolinda Santos Costa
Presidente:
Maria Custódia Vinagre

16h30 Mesa Temática:

O ROMANCE na HISTÓRIA e a HISTÓRIA no ROMANCE

Miguel Serras Pereira
José Sobral
Miguel Real

Moderador:
Luísa Branco Vicente


Programa: Sábado, 17 de Maio de 2008

09h00 Conferência:

PSICANÁLISE e MÉTODO HISTÓRICO

Conferencistas:
Carlos Amaral Dias
Comentário:
Manuela Fleming
Presidente:
Rui Coelho

10h30 Pausa

11h00 Mesa Temática:

HISTÓRIA, PSICANÁLISE e EXPRESSÃO ARTÍSTICA

Cucha Carvalheiro
Maria do Carmo Sousa Lima
Ana Marques Gastão
Moderador:
Orlando Fialho

13h00 Almoço

14h30 Conferência:

"POR QUÊ TANTAS HISTÓRIAS". O LUGAR do FICCIONAL na AVENTURA HUMANA

Conferencistas:
João Maria Mendes
Comentário:
Rui Aragão
Presidente:
Maria da Conceição Almeida

16h00 Pausa

16h30 Mesa Temática:

VICISSITUDES NA CONSTRUÇÃO CLÍNICA DA NARRATIVA

Maria do Rosário Belo
Isabel Margarida Pereira
Maria Antónia Carreiras
Moderador:
Maria Fernanda Alexandre

18h00 Sessão de Encerramento

Veja mais detalhes no site da SPP

Livro

Um livro com páginas de vida a ser vivida.
Lê o livro que sempre lhe coube ler, vai lendo, vivendo, uma após a outra, outra após uma, lê, lê-se e revê-se.
De repente, sem o susto de um susto que se sente medo, de repente, sem medo – o que não se espera só se sente depois – as páginas em branco.
Não pode ser, tudo branco, como branco é o que vê antes que algo apareça. Branco de branca que é a parede que a luz fria da tarde ilumina, e nada acontece. Nada. Procura página a página, agora depressa, mais depressa, nada. O preto que define letras, e letras que definem percursos, nada.
Homens pegariam em toda a força do pensamento e pelo punho, escreveriam continuando o que se interrompeu, outros ousariam viver outra história.
Este, repete as páginas que sempre leu.
Fecha o livro que perde o sentido de livro, não sendo mais que um conjunto de folhas brancas, volta ao princípio. E conta, lê-se, reconta-se sempre pelas mesmas letras, palavras, frases, sentidos que de serem sempre o mesmo perdem o sentido de palavras, frases, de livro.

Conferência "Género e Somatização".

Realizar-se-á no próximo dia 21 de Maio, pelas 21h30, no Anfiteatro 52 do edifício Egas Moniz da Faculdade de Medicina de Lisboa (Hospital deSanta Maria) uma conferência subordinada ao tema "Género e Somatização" proferida pelo Professor Dr. João Alberto Carvalho* e que será comentada pela Professora Dra. Luísa Branco Vicente (Presidente do Instituto de Psicanálise) e pelo Dr. José António Barata (Presidente da Sociedade Portuguesa de Psicossomática). A iniciativa cabe à Faculdade de Medicina de Lisboa e ao Instituto de Psicanálise; a entrada é livre.
Programa
1. Introdução - Pressupostos: Breves considerações sobre a questão mente/corpo; O sujeito e a linguagem; O sintoma é uma linguagem? O diagnóstico(s) - Possibilidades e cuidados (um diálogo entre a psicanálise e a medicina).
2. O corpo e a psicanálise/O corpo e a cultura.
3. Conversão, somatização e psicossomática - Uma trajectória conceptual; a metapsicologia freudiana e as abordagens na medicina.
4. Dados referentes à prevalência e à incidência de doenças podem-nos apontar caminhos. Dados sobre mulheres e homens.
5. A noção de género. Género e sexualidade.
6. A retomada metapsicológica: a questão feminina e a questão masculina. Diferenças? Os “ideais” e os papeis sociais. As doenças.
7. A somatização e a prática médica - Importância, definições,classificações diagnósticas. A relação com a noção de género.
8. A somatização e a psicanálise. Psicanálise e hospital geral. Condições que podem interferir no curso dos sintomas.
9. Sintomas actuais e o corpo. Retomar a condição feminina.
10. Conclusão.
*Médico Psiquiatra; Psicanalista; Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria; Professor Adjunto do Departamento de Neuropsiquiatria da Universidade Federal de Pernambuco; Doutor em Medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Preceptor da Residência Médica de Psiquiatria da Universidade Federal de Pernambuco; Mestre em Antropologia Cultural – Universidade Federal de PE, Curso deEspecialização – Universidade de Londres; Ex-conselheiro do ConselhoRegional de Medicina de Pernambuco.

sábado, maio 10, 2008

Seminário "Teoria das Transformações - impacto do conceito de Transformação na Clínica Psicoterapêutica e Psicanalítica"



Nos próximos dias 31 de Maio e 1 de Junho realizar-se-á no Auditório do Centro Cultural Casapiano, na Av. Dos Jerónimos, 7A, em Lisboa, o Seminário subordinado à temática "Teoria das Transformações - impacto do conceito de Transformação na Clínica Psicoterapêutica e Psicanalítica - Parte II", ministrado pelo Professor Doutor Carlos Amaral Dias.
Para qualquer esclarecimento contacte Célia Guilherme ou Fernanda Gil na CLINIPINEL pelo telefone 21 330 48 51 ou pelo endereço electrónico clinipinel@mail.telepac.pt .
Wilfred Ruprecht Bion

sexta-feira, maio 09, 2008

Ciclo de Cinema de Saúde Mental - Maus-Tratos na Infância


O Departamento de Acção Social da Câmara Municipal de Lisboa, em colaboração com a Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e com a Associação das Mulheres contra a Violência, organiza o CICLO DE CINEMA DE SAÚDE MENTAL – Maus-Tratos na Infância.

Este tem como principal objectivo a promoção de debate sobre as questões da Saúde Mental e dos Maus-Tratos na Infância, fomentando a interacção e o cruzamento das perspectivas da Saúde Mental e do Cinema.

A entrada será livre e a exibição dos filmes realiza-se no Auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, sito no Antigo Solar da Nora, Estrada de Telheiras, 146, 1600-772 Lisboa.



PROGRAMA


Dia 13 de Maio de 2008 – 21h00 – "Crianças Invisíveis" de Mehdu Charef, Emir Kusturica, Spike Lee, Kátia Lund, Jordan Scott e Ridley Scott, Stefano Veneruso, John Woo;

Comentários:
Teresa Goldsmith
João Mário Grilo



Dia 20 de Maio de 2008 – 21h00 – "Os Coristas" de Christophe Barratier

Comentários:
Daniel Sampaio
Ana Paula Torres Carvalho



Dia 27 de Maio de 2008 – 21h00 – "Má Educação" de Pedro Almodóvar

Comentários:
João Seabra Diniz
Mário Augusto



O primeiro filme, dia 13 de Maio, próxima Terça-Feira, às 21h00.

Sinopse:
«Crianças Invisíveis», é uma colectânea de sete curtas-metragens, dirigida por cineastas de prestígio internacional, que narram, através da sua perspectiva pessoal, histórias únicas sobre as condições de vida das crianças na região do mundo de que são originários.
«Tanza», de Mehdu Charef, com Adama Bila e Elysee Rouamba, retira o seu nome do herói do filme, um rapaz de 12 anos que se alista num exército de lutadores pela liberdade;
«Blue Gypsy», de Emir Kusturica, com Uros Milovanović e Dragan Zurovac, conta a história de um jovem cigano prestes a sair de um reformatório;
«Jesus Children of America», de Spike Lee, com Hannah Hodson, Rosie Perez e Andre Royo, conta a luta de uma adolescente de Brooklyn que descobre ser a filha seropositiva de um casal de toxicodependentes;
«Bilu & João», de Kátia Lund, com Vera Fernandes e Francisco Anawake de Freitas, retrata um dia na vida de duas crianças com espírito de iniciativa, nas ruas de São Paulo;
«Jonathan», co-dirigido por Jordan Scott e Ridley Scott a partir de um argumento do primeiro, com David Thewlis, Kelly MacDonald e Jack Thompson, descreve a vida de um repórter fotográfico, cuja desesperada necessidade de escapar ao seu tormento pessoal o permite regressar à sua infância;
«Ciro», de Stefano Veneruso, com Daniele Vicorito e Emanuele Vicorito, é a história de um jovem a viver entre o crime e as brincadeiras próprias da sua idade, nos bairros pobres de Nápoles;
«Song Song & Little Cat», de John Woo, com Zicun Zhao, Ruyi Qi e Bin Wang, segue o laço muito especial entre um órfão sem dinheiro e uma jovem rica mas perturbada.

Filme feito para beneficiar a UNICEF e o Programa Mundial de Alimentação, tem como tema a vivência das crianças desde o Burkina Faso à Cina, desde as favelas do Brasil a Brooklyn nos Estados Unidos, passando pela Europa. Os realizadores doaram o seu trabalho e tiveram total liberdade artística.
A canção dos créditos finais, "Teach me again", é interpretada por Elisa e Tina Turner.



Para eventuais esclarecimentos contactar Equipa da Saúde/ Saúde Mental através dos números de telefone: 213944410/11/17.

quinta-feira, maio 08, 2008

CAFÉ PHILO

DIA 13 de MAIO 2008 às 21H00
Na Cafetaria do INSTITUTO FRANCO-PORTUGUÊS
TEMA: O IMPENSÁVEL / L’IMPENSABLE

Debate em francês e português animado por

Jean-Yves Mercury
Dominique Mortiaux
Nuno Nabais


O próximo « café-philo » terá lugar a 13 de MAIO de 2008 às 21 horas na cafetaria do Instituto Franco-Português.
Tema: O Impensável.

Domique Mortiaux , Jean-Yves Mercury e Nuno Nabais animam o debate e provocam a reflexão.

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Parece extremamente interessante e enriquecedor outras perpespectivas para pensar o Impensável que paradoxalmente somos levados a Pensar.

Humor

Se por um lado, o humor pode ser um dos medidores do bem estar psicológico, o mau humor, pode ser, só por si, um gerador de mau estar a este nível.

Encontrei um artigo no sapo, que descreve de forma muito simples, as implicações do "mau-humor" no trabalho, e até dá algumas sugestões mais comportamentais que achei engraçadas para partilhar.

O mau humor é uma das piores pragas no local de trabalho. Além de ser altamente contagioso e contaminar com facilidade quase todos os que com ele contactam, pode chegar a ter efeitos devastadores na produtividade de uma equipa. Uma discussão familiar, as horas passadas no trânsito ou mesmo uma preocupação no trabalho, podem deixar qualquer um de “candeias às avessas”, mas são situações pontuais, passageiras, que acabam por se resolver com o tempo e alguma paciência. Mas o que fazer para aqueles casos em que o mau humor se torna persistente?

Como evitar tornar-se naquele tipo de pessoa que, em todo o lado e a todo o momento, está de mal com o mundo e tudo mais o que o rodeia? Deixamos-lhe algumas recomendações essenciais, para não se tornar um “mal-humorado” crónico.

- Deixe de ser do contra! Em vez de estar constantemente a pôr em questão cada situação da vida e as atitudes de quem o rodeia, procure ser mais tolerante. Uma empresa precisa de colaboradores com energia, envolvidos com o grupo e motivados, e não de alguém que constantemente entra em conflitos… Tem a certeza que quer tornar o ambiente de trabalho ainda mais pesado do que a própria rotina?

- Comprometa-se. Faça um acordo consigo próprio de não se deixar aborrecer com nada durante duas horas. Vencida a primeira etapa, vá renovando esse acordo regularmente. Verá que é cada vez mais fácil manter-se um pouco alheio às pequenas tricas do dia-a-dia.

- Ponha o perfeccionismo de lado. Se é daqueles que procura sempre a perfeição em tudo o que faz fique a saber que esse é um passo certo para a frustração e um bloqueio à boa disposição. Assuma que é suficiente fazer um bom trabalho e cumprir os seus objectivos, mesmo quando não atinge a tal perfeição que ambiciona.

- Espalhe simpatia. Não custa nada sorrir e saber retribuir um cumprimento com simpatia. Verá que a boa disposição é, também ela, contagiosa e uma eficaz arma contra a irritação e intolerância.

- Controle-se. Descarregar a raiva nos seus colegas ou passar um dia inteiro de “cara feia” para o mundo não vai ajudá-lo a resolver seus problemas. Aprenda a controlar as suas emoções.

- Abrande o ritmo. Muitas vezes, o facto de permanecer muitas horas na empresa e dar resposta às constantes solicitações diárias são factores suficientes para quebrar a sua boa disposição. É preciso saber desacelerar um pouco e aligeirar a tensão habitual.

- Racionalize. Perca alguns minutos a pensar se haverá mesmo motivos válidos para o seu mau humor… Na maior parte dos casos, pôr as coisas numa outra perspectiva é suficiente para eliminar parte dos problemas e sentir-se muito menos amargurado.

Notícia retirada
daqui