Cedido pelo nosso leitor Jpg, aqui temos o filme de que falei no post anterior com o mesmo tema, não deixem de ver.
"So that's how!" (1ª parte)
"So, that's how!" (2ª parte)
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Ideias às pinguinhas sobre psicologia, psicanálise e psicoterapias
3 comentários:
Agradeço à Eliana e ao JPG a oportunidade que me deram de poder ver o filme, dado que não consegui vê-lo na televisão.
Achei delicioso. Só peca por ser apenas um filme e não uma série com vários episódios, explorando tantos dos temas que ficaram aida por explorar. É ternurento, desculpabilizante e mostra a faceta lúdica da sexualidade que parece ser tão dificilmente assumida na nossa cultura. A mensagem que me passou é de que o sexo deve ser agradável e divertido, logo, implica a vontade e o prazer de duas pessoas.
Repare-se que a pedofilia é apresentada como um problema psicológico descrita com tristeza e não com repugnância. Aliás, neste filme, a sexualidade é "limpa" e bonita. Seria difícil mantê-la assim se algo apontasse para a "sujidade" ou para o carácter negro que tantas vezes lhe estão associados.
A linguagem é o que é. Está adequada. Não há cá "pipis" nem "pompbinhas", o que me parece muito bem. Já chegam os disparates que as crianças ouvem dos adultos nos mais diversos contextos. Por outro lado, nem as palavras nem as imagens estão sobrecarregadas de rigor técnico. Optaram por falar de uma coisa séria com algum humor. Os instrumentos educativos perdem grande parte do seu efeito quando o seu carácter didáctico fica demasiado óbvio.
Acho o trabalho irrepreensível. Vejo-o sobretudo como o ponto de partida para projectos mais ambiciosos do ponto de vista do audio-visual para fins educativos.
Se o filme me deixou bem disposto e optimista relativamente ao desenvolvimento sexual das próximas gerações, já os comentários no BLOG da RTP tiveram o efeito contrário em mim. Que angústia assistir a movimentações pretensamente moralistas que continuam a querer impôr os veus preconceitos aos demais cidadãos! Vejo e revejo evidências de que a nossa sociedade precisa de ser reeducada no sentido de compreender o que é que cabe no âmbito da verdadeira moralidade, o que cabe no âmbito das respostas que a ciência nos vai dando e aquilo que está socialmente estabelecido por meio de convenções e crenças socialmente partilhadas.
Quando é que os Portugueses vão compreender que este filme pode estar a violar uma série de convenções, que pode estar a pisar terreno pouco sólido no que toca à eficácia mas que é dos poucos filmes onde ouvi falar das questões morais associadas ao sexo de forma séria e absolutamente nada leviana.
Acho que já estou a sair um pouco daquilo que penso ser a intenção da Eliana em discutir o filme numa perspectiva mais técnica.
Compreendo o que quer dizer com a questão da natureza explícita da linguagem. Na minha opinião esse ajustamento pode ser feito pelos pais, da mesmíssima forma que já o fazem quando os filhos fazem perguntas sobre o significado de expressões usadas noutros programas. Honestamente, preocupam-me mais as fantasias daquela "criança-hiper-mega-ri-sexuada" que dá pelo nome de Floribela. :-)
Paulo
Baixar o Documentário - Entao é Assim, Educacao Sexual para Crianças - http://mcaf.ee/prk2h
Prezado leitor, para continuar agregando conhecimento a esta discussão, proponho a leitura do livro que acabo de lançar, intitulado "Educação Sexual no dia a dia" (EDUEL 2013). É uma ótima ferramenta para que pais e professores possam preparar-se para trabalhar o tema em casa, na escola e demais ambientes sociais. Por meio de exemplos de fatos e situações do dia a dia, acontecidos em casa e na escola, ensino os princípios básicos da Educação Sexual. Analiso cada fato e mostro pontos positivos e pontos falhos na forma como o adulto lidou com o ocorrido, deixando claro qual seria a maneira correta de agir e porquê.
Muitas são as dúvidas e perguntas que permeiam a mente dos adultos. Como falar sobre sexo com o meu filho? Quando a criança faz uma pergunta, devo responder só o que ela perguntou? Como falar para crianças de idades diferentes? Como explicar de onde vêm os bebês?
Sou psicóloga, doutora em educação e professora sênior da Universidade Estadual de Londrina. Conheça esta obra, tenho certeza de que será uma ótima oportunidade de crescimento. No link abaixo é possível encontrar mais informações:
http://www.maryneidefigueiro.com.br/publivros.php
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