Freud manifestou várias vezes a esperança de que a neurociência viesse, no futuro, confirmar as suas teorias. O texto que se segue foi tirado de uma recente entrevista no jornal Times, que me pareceu ser interessante para os leitores deste blog.
O prof. Chris Firth, neuropsicólogo, sustenta que o nosso cérebro opera a maior parte das vezes inconscientemente. O nossos cérebros estão constantemente a absorver, a processar e a moniterar informção, a maior parte da qual nunca chegará à nossa consciência. Em vez disso, o cérebro parte dessa matéria prima e cria um modelo do mundo; esse é o mundo mental em que cada um de nós vive.
Utilizando equipamentos para scanerizar o cérebro, os cientistas “espreitam” para a parte do cérebro que produz o self.
Se usássemos toda a informação disponível, diz o Prof. Firth, os nosso mecanismo da consciência “derretia-se”. Inconscientemente, juntamos informação de várias fontes, sem pensar nisso.
O Prof. Frith, autor de “Making Up the Mind: How the Brain Creates our Mental World”, afirma que se começássemos a pensar como é que fazemos aquilo que fazemos, ficaríamos confusos.
A capacidade do cérebro para trabalhar em modo automático pode ser um exemplo de como funcionou a evolução, protegendo-nos dos perigos externos.
Somos capazes de fazer muita coisa ao mesmo tempo – por exemplo guiar um carro enquanto pensamos em algo de completamente diferente. O Prof. Firth afirma que o nosso cérebro possui vários níveis de consciência, o que é confirmado pelas ressonâncias magnéticas.
Se só temos conhecimento de parte da informação, será que o nosso cérebro contém partes conscientes e inconscientes?
De uma forma esquemática, sim. A parte de trás do cérebro lida com a percepção e a parte frontal com a acção.
Os cientistas acreditam que a nossa consciência resulta da interacção entre estas duas partes do cérebro. As nossas personalidades são criadas pela parte da frente (memórias e intenções). A parte de trás monitoriza o mundo externo e extrai a informação. Mas só a comunica à parte consciente se algo fora do normal merece atenção.
Nas pessoas debaixo de anestesia, embora os seus cérebros estejam activos, só o está a parte inconsciente. Quando falamos com alguém anestesiado, a parte inconsciente do cérebro que reconhece a fala activa-se. No entanto, a área que a compreende e processa não mostra actividade. O cérebro ouve, mas não processa a informação.
A quaquer momento, o nosso cérebro está a receber 100 milhões de informações através dos ouvidos, olhos, nariz, língua e receptores da pele. Consome 10 watts por dia. Se estendêssemos todas as suas conexões nervosas, elas prolongar-se-iam por 3,2 milhões de kilómetros.
Até há cerca de vinte anos, não se fazia nenhuma ideia da dimensão da parte inconsciente do cérebro.
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1 comentário:
Após ler esta postagem fico com ideia
do quanto o seu autor se esforçou no intuito de classificar a Neurociência
anos-luz à frente do que no século passado, mas na verdade não existem dados concretos e credíveis quanto a essa evolução.
Onde se encontra as fontes de informação que justifiquem essas teorias?
Gostaria de fizessem os uploads dos videos com as experiências realizadas
no âmbito desse estudo.
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