Nos últimos tenho lido uma série de artigos online sobre estes dois temas, o aconselhamento profissional e a psicoterapia, e sobre o esbatimento progressivo de fronteiras entre um e outro. O que parece que está a acontecer, tanto no estrangeiro como aqui no país, é que as duas técnicas estão, por pressão dos acontecimentos ou seja, das pressões do mundo exterior (problemas profissionais que se agravm, crise, etc), a amalgamarem-se.
Como consultora e como psicoterapeuta, não vejo os dois modelos como antagónicos. São técnicas diferentes? É verdade que são. Mas parece-me que ao nível da prática clínica (que não é exactamente o mesmo da teoria) o importante é contribuir para o bem-estar da pessoa que nos procura, ou pelo menos para a redução do seu nível de sofrimento e para a sua realização.
O aconselhamento profissional, na sua perspectiva mais relacionada com o que os anglo-saxónicos designam por coaching, é mais focado numa questão profissional (ou várias). Em geral menos longo no tempo, este tipo de tratamento não irá talvez tão fundo na forma como analisa as questões psíquicas, mas é tão estimável como o modelo psicodinâmico ou mesmo a psicanálise. Tudo depende do que a pessoa pretende. O esclarecimento das expectativas e dos objectivos é aqui crucial, porque muitas vezes as pessoas não sabem do que vêm à procura, sabem apenas que se sentem mal e pretendem ajuda.
Como sou por princípio avessa a confusões, tento sempre que as pessoas percebam, tanto quanto se pode saber numa primeira ou segunda entrevista, o que poderá estar em causa e o que se pode fazer. Promessas, só pode haver uma: é a do comprometimento conjunto e cooperante das duas pessoas envolvidas: cliente e terapeuta (seja coach ou psicoterapeuta, ou psicanalista). Estou aqui a usar a palavra cliente com uma intenção declarada, que é a de desfazer o carácter vago e mesmo ambíguo da palavra paciente, de cuja conotação clínica estou bem ciente. Não se trata aqui de pôr em causa aspectos essenciais como os da neutralidade, ou do segredo médico, mas de tão só de enfatizar que se trata de uma relação mediada por um pagamento e por uma ocupação de tempo e de mente. Tão respeitável como qualquer outro trabalho, tendo o cliente o direito de saber com o que pode contar e quais as regras a respeitar no contrato entre as partes.
O aconselhamento profissional, na sua perspectiva mais relacionada com o que os anglo-saxónicos designam por coaching, é mais focado numa questão profissional (ou várias). Em geral menos longo no tempo, este tipo de tratamento não irá talvez tão fundo na forma como analisa as questões psíquicas, mas é tão estimável como o modelo psicodinâmico ou mesmo a psicanálise. Tudo depende do que a pessoa pretende. O esclarecimento das expectativas e dos objectivos é aqui crucial, porque muitas vezes as pessoas não sabem do que vêm à procura, sabem apenas que se sentem mal e pretendem ajuda.
Como sou por princípio avessa a confusões, tento sempre que as pessoas percebam, tanto quanto se pode saber numa primeira ou segunda entrevista, o que poderá estar em causa e o que se pode fazer. Promessas, só pode haver uma: é a do comprometimento conjunto e cooperante das duas pessoas envolvidas: cliente e terapeuta (seja coach ou psicoterapeuta, ou psicanalista). Estou aqui a usar a palavra cliente com uma intenção declarada, que é a de desfazer o carácter vago e mesmo ambíguo da palavra paciente, de cuja conotação clínica estou bem ciente. Não se trata aqui de pôr em causa aspectos essenciais como os da neutralidade, ou do segredo médico, mas de tão só de enfatizar que se trata de uma relação mediada por um pagamento e por uma ocupação de tempo e de mente. Tão respeitável como qualquer outro trabalho, tendo o cliente o direito de saber com o que pode contar e quais as regras a respeitar no contrato entre as partes.
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