quarta-feira, outubro 07, 2009

ARTIGO DO NEW YORK TIMES SOBRE OS BÈBÉS ANSIOSOS



http://www.nytimes.com/2009/10/04/magazine/04anxiety-t.html?_r=1&src=tptw


Vale a pena ler na íntegra este artigo do New York Times sobre a anxiedade e a tendência inata que alguns bébés têm para ficar mais facilmente ansiosos. A ansiedade é descrita neste estudo como não propriamente um medo de algo objectivo, mas um medo que "descarrila", uma sensação generalizada de ameaça.

As experiências do Prof. Kagan, um estudo longitudinal, tiveram início há 20 anos e foram observados centenas bébés. Alguns deles exibiam desde muito cedo uma espécie de inquietação, uma tendência para ficarem rapidamente ansiosos. Entretanto, o estudo do cérebro humano avançou muito, e hoje sabe-se que as reacções destes bébés estão ligadas à actividade da amígdala. A espessura do cortex cerebral também aparece afectada a médio prazo, embora ainda não se saiba se como causa ou consequência. O mais provável é que a ansiedade exagerada tenha, também ela causas múltiplas (internas e externas) e que a experiência vivenciada venha por sua vez reforçar a tendência de algumas crianças para estarem sempre demasiado vigilantes, preocuparem-se demasiado, ficarem a ruminar à volta dos medos, tornarem-se mais introvertidas, mais receosas, num processo de feddback que pode durar uma vida inteira. Algumas das crianças estudadas demontraram, no entanto, que era possível romper esse ciclo vicioso e transformar a ansiedade em algo de vivível com menos sofrimento. A experiência de vida, e a forma com esta é integrada, é determinante.
Mas vale a pena ler este artigo do New York Times por inteiro. São 12 paginas muito interessantes para percebermos os nossos bébés - e os adultos, claro, a começar por nós mesmos.

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