segunda-feira, fevereiro 10, 2014

Perseguição do governo chinês aos seguidores de Falun Gong


Ontem vi um documentário na Sic Noticias, no programa Toda a Verdade que me deixou particularmente chocada e sensibilizada. Estive o resto da tarde (ou mesmo dia) a tentar descobrir na net informações adicionais sobre a questão e a informar-me sobre a corrente filosófica/religiosa que deu origem a tamanha perseguição iniciada em 1999 e que se prolonga até à actualidade.

Segundo consegui perceber os adeptos e praticantes de uma disciplina mental que corresponde a uma filosofia de vida e à pratica de uma sequência de exercícios, do género do Tai Chi Chuan ou Chi Cung, denominada pelo seu criador Mestre Li Hongzhi de Falun Cong. Esta prática, considerada como uma prática avançada de cultivo da mente e do corpo, teve inicio em 1992 e em 1999 já tinha ganho 100 milhões de adeptos na China. Espalhou-se muito rapidamente e foi muito facilmente absorvida pela população chinesa. Segunda alguns estudiosos e divulgadores das atrocidades praticadas pelo governo chinês sobre os seus praticamente, foi esta rápida expansão que gerou no governo uma sensação de ameaça e a necessidade da sua extinção. Em 1999 por decreto a prática do Falun Cong foi considerada ilegal e os seus praticantes e adeptos perseguidos, presos e torturados. Milhares de pessoas foram presas, o governo constitui campos de prisioneiros específicos, semelhantes a campos de concentração para alojar estas pessoas, submetendo-as a torturas arrepiantes e a trabalhos forçados. Sob tortura os praticantes são (o verbo está propositadamente no presente porque é algo que continua a acontecer) obrigados (a única saída possível) a renunciarem à pratica do Falun Cong e são sujeitos a uma lavagem cerebral para se tornarem opositores do Falun Cong.

Em 1994, 5 anos antes do inicio da perseguição dos adeptos do Falun Cong (pratica inicialmente estimulada pelo próprio governo) o Mestre Li Hongzhi resolveu divulgar a pratica pelo mundo e acabou por ficar a residir nos Estados Unidos (onde vive atualmente), tendo adquirido direitos de cidadão americano. Enquanto cidadão americano ficou protegido e não foi sujeito a extradição como exigia o governo chinês. Desde o inicio da perseguição que a actividade do Mestre é muito discreta aparecendo apenas algumas comunicações deles no site americano da prática Falun Cong - http://en.minghui.org/.

Os praticantes de Falun Gong prisioneiros para além de serem sujeitos às praticas habituais de tortura - espancamento e privação de sono, são sujeitos a mutilações várias e a serem preservados como dadores de orgãos vivos. Existem relatos tenebrosos só inimagináveis em filmes de terror ou associados à segunda guerra mundial e aos nazis. Há relatos de mulheres gravidas de 8 meses obrigadas a abortar após ambos (feto e mãe) terem sido sujeitos às mais diversas torturas. Relato de uma mulher cujo o coração foi retirado do corpo sem anestesia e ainda em vida (segundo o medico testemunha morreu quando lhe cortaram a artéria ou a veia do coração, directamente no coração), relato da mulher de um medico que dizia ter retirado mais de 2 mil córneas para transplante. O comercio de transplante de órgãos vitais e não só tem subido muito rapidamente nos últimos anos graças a estes prisioneiros que são mortos nas salas de operações por remoção de todos os seus órgãos passiveis de serem vendidos e transplantados para os europeus e americanos sedentos de transplantes fáceis, rápidos e de doadores saudáveis. A pratica do Falun Cong parece deixar os seus praticantes particularmente saudáveis e que, por isso mesmo, são excelentes "dadores compelidos" de órgãos.

Isto passa-se agora! Na Actualidade!

O grupo de praticantes perseguido de forma selvagem e sujeitos a tratamentos totalmente desumanos tem como lema: Verdade, Tolerância e Benevolência.

O Mestre Li Hongzhi  já foi proposto várias vezes para prémio Nobel da Paz

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