De acordo com um inquérito publicado pelo jornal de saúde "Prescrire", os fumadores que decidem parar de fumar têm muito pouco sucesso. Os números apontam para que 90% dos mesmos retomem os hábitos tabágicos dentro de um ano após a sua decisão de deixar de fumar. O elevado número de produtos químicos contidos num cigarro, os "vícios de mão e de boca", bem como, a dependência à nicotina são alguns dos principais factores que contribuem para que o tabagismo seja uma das dependências (senão a mais) mais difíceis de ultrapassar.
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quarta-feira, maio 18, 2011
sábado, maio 14, 2011
DEPENDÊNCIA AMOROSA
A dependência do objecto de amor é algo que por vezes é vivido com enorme dificuldade, sobretudo para aqueles que têm aversão a dependencias. Mas há dependências e dependências, e com vários graus.
Numa coluna do jornal Le Monde o psiquiatra e psicanalista Serge Hefez responde a dúvidas dos leitores sobre esta questão:
http://www.lemonde.fr/week-end/article/2011/02/11/vivre-la-dependance-amoureuse_1474870_1477893.html
Numa coluna do jornal Le Monde o psiquiatra e psicanalista Serge Hefez responde a dúvidas dos leitores sobre esta questão:
http://www.lemonde.fr/week-end/article/2011/02/11/vivre-la-dependance-amoureuse_1474870_1477893.html
quarta-feira, abril 13, 2011
Até que ponto podemos ser tecnologico-dependentes?
Como Michel Serres, filósofo francês, referia num artigo seu (ver blog - post "o novo homem") o Homem Ocidentalis está a atravessar uma transformação socio-cultural drástica e dramática onde a continuidade do mesmo com a natureza, as raízes biológicas e com as dimensões do tempo e do espaço, está a ser quebrada, sobretudo, pela ultra-tecnologização da sociedade e da vida do dia-a-dia.
O que é que aconteceria se se impusesse o mundo de ontem à geração jovem do amanhã? Um estudo da Universidade de Maryland tentou fazer precisamente esta experiência: estudou os efeitos que a privação de tecnologia (televisão, telemóveis, smartphones, computadores, internet, redes sociais...) tem em mil jovens com idades compreendidas entre os 17 e 23 anos, de 10 países diferentes, durante um período de 24 horas.
Será que ficaram aborrecidos? Conseguiram lidar bem com a situação ocupando-se com leituras ou outras actividades?
Como pode ser lido no link do site "CiênciaHoje" (http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=48447&op=all):
"Segundo os investigadores, 79 por cento dos estudantes relataram reacções adversas que vão desde desconforto a confusão e isolamento.
Os adolescentes falaram de ansiedade enquanto outros relataram sintomas como comichões, uma sensação semelhante à dos viciados em drogas, em processo de desintoxicação. Alguns ainda relataram sintomas semelhantes a bulimia.
Um em cada cinco alunos relataram sentimentos de abstinência, enquanto 11 por cento disseram que estavam confusos ou se sentiam fracassados. Quase um em cinco (19 por cento) relataram sentimentos de angústia e 11 por cento avançaram que se sentiam isolados. Apenas 21 por cento admitiram que poderiam sentir os benefícios de ficar incomunicáveis.
Alguns estudantes relataram extrema ansiedade por simplesmente não poder tocar o telefone. Um participante relatou: "Eu sou um viciado. Eu não preciso de álcool, cocaína ou qualquer outra forma de depravação social. Esta é minha droga, sem ela fico perdido". Outro escreveu: "Não sabia o que fazer, literalmente. Ir para a cozinha procurar inutilmente nos armários tornou-se numa rotina".
Segundo Susan Moeller, da Universidade de Maryland, que liderou o estudo, "a tecnologia permite contactos sociais para os jovens de hoje e passam a maior parte do tempo ligados a qualquer dispositivo"."Alguns disseram que queriam ficar sem tecnologia durante algum tempo, mas eles não conseguiram devido à possibilidade de serem condenados ao ostracismo"."
Dá que pensar!
sexta-feira, fevereiro 04, 2011
Estudo confirma que doces podem causar dependência
Neurotransmissores que provocam o vício libertados com consumo de açúcar
2011-02-02
Mecanismo de compensação do cérebro é activado com açúcar
O vício em chocolate e noutros doces realmente existe, de acordo com investigadores doInstituto Central de Saúde Mental de Mannheim, na Alemanha, que procuraram compreender quando e por quê o açúcar pode causar dependência, da mesma forma que o álcool, o tabaco ou outras drogas.
Falk Kiefer, investigador que liderou o estudo que respondeu a estas questões, submeteu um grupo de voluntários com excesso de peso a ressonâncias magnéticas a fim de observar as suas reacções perante a exibição de imagens de doces, bolos e gelados.
Com estes testes, o cientista alemão constatou que as imagens activaram o mecanismo de compensação do cérebro em pessoas expostas às imagens de guloseimas.
Falk Kiefer, investigador que liderou o estudo que respondeu a estas questões, submeteu um grupo de voluntários com excesso de peso a ressonâncias magnéticas a fim de observar as suas reacções perante a exibição de imagens de doces, bolos e gelados.
Com estes testes, o cientista alemão constatou que as imagens activaram o mecanismo de compensação do cérebro em pessoas expostas às imagens de guloseimas.
Foi observada a libertação de dopamina, um neurotransmissor que estimula o sistema nervoso central e que também é conhecido como a “hormona da felicidade”, visto que proporciona a sensação de bem-estar. Segundo os investigadores, esta reacção é comparável aos efeitos causados pela droga e pelo álcool, cujo consumo também provoca a libertação deste neurotransmissor.
Foram ainda realizados testes com ratos “viciados em açúcar”. Quando privados deste componente, tiveram as mesmas reacções que roedores “alcoólicos” que deixaram de consumir álcool, como tremores, ansiedade e nervosismo. "Os processos que são libertados no mecanismo de compensação pelo açúcar são, de facto, comparáveis com o álcool e a nicotina", assegurou o investigador Rainer Spanagel.
Para além do mecanismo de compensação, a ingestão de grandes quantidades de açúcar promove a outros neurotransmissores, como a endorfina e opióides, responsáveis pela sensação de felicidade e pela dependência.
Rainer Spanagel acrescentou ainda que há grande probabilidade de os resultados obtidos em ratos também serem válidos para pessoas, visto que os testes com animais na área de dependência química são geralmente aplicáveis a seres humanos.
Foram ainda realizados testes com ratos “viciados em açúcar”. Quando privados deste componente, tiveram as mesmas reacções que roedores “alcoólicos” que deixaram de consumir álcool, como tremores, ansiedade e nervosismo. "Os processos que são libertados no mecanismo de compensação pelo açúcar são, de facto, comparáveis com o álcool e a nicotina", assegurou o investigador Rainer Spanagel.
Para além do mecanismo de compensação, a ingestão de grandes quantidades de açúcar promove a outros neurotransmissores, como a endorfina e opióides, responsáveis pela sensação de felicidade e pela dependência.
Rainer Spanagel acrescentou ainda que há grande probabilidade de os resultados obtidos em ratos também serem válidos para pessoas, visto que os testes com animais na área de dependência química são geralmente aplicáveis a seres humanos.
Este artigo pode ser visto em: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=47205&op=all
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