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sexta-feira, março 21, 2014

O EMDR pode ajudar a lidar com uma Traição



Lidar com uma traição é das situações mais difíceis de ultrapassar numa relação amorosa. Para algumas pessoas, uma traição é um ato imperdoável, enquanto para outras é algo que apesar de ser difícil não é o suficiente para acabar uma relação. A descoberta de uma traição numa relação conjugal causa, geralmente, na pessoa traída, um enorme sofrimento, diminuição da auto-estima, depressão, afastamento social e, em casos extremos, falta de vontade de viver.

Lidar com uma traição pode ser uma situação de tal forma dolorosa 
que podemos considerar um trauma


Independentemente da decisão que tomar: sair da relação ou permanecer na mesma, o recurso ao EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing/Dessensibilização e Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares) poderá facilitar o processo de aceitação de um acontecimento tão tóxico como uma traição e ainda a conviver com a raiva e as dúvidas associadas. 




sexta-feira, fevereiro 21, 2014

O segredo do Desejo numa relação a longo prazo




Nas relações prolongadas, geralmente, esperamos que a pessoa amada seja não só o melhor amigo como o parceiro erótico. Mas Esther Perel argumenta que o sexo bom e com compromisso leva a duas necessidades conflituantes: a necessidade de segurança e a necessidade de surpresa. Então, como se pode manter o desejo? Por que motivo o sexo falha entre casais que se dizem amar eternamente após o casamento?

A cumplicidade, intimidade, companheirismo e relação a dois fortalece-se com a união mas o desejo e o erotismo muitas vezes desvanecem-se com o matrimónio e/ou o aparecimento dos filhos, sendo a prática sexual prejudicada quando há crianças. 

Parece um contrassenso mas as novas gerações esquecem-se da parte afetiva/física e mostram-se menos predispostas a abdicarem da sua individualidade e da sua vida ligada ao materialismo.


* Esther Perel -  nascida e criada na Bélgica, é filha de dois sobreviventes dos campos de concentração nazi, estudou em Israel e terminou o estágio nos Estados Unidos. É membro da American Family Therapy Academy e da Society for Sex Therapy and Research. Convidada frequente enquanto comentadora nos media, Perel marcou presença no programa da Oprah Winfrey, The Today Show, CBC News, Good Day New York, CNN This Morning, entre outros.




quinta-feira, fevereiro 13, 2014

A Loucura e o Amor




"A Loucura resolveu convidar os amigos para tomarem um café em sua casa. Após o café, a loucura propôs:

- Vamos brincar às escondidas?

- O que é isso? -  perguntou a Curiosidade.

- É uma brincadeira. Eu conto até cem enquanto vocês se escondem. Quando eu terminar, vou à vossa procura... 

Todos aceitaram, menos o Medo e a Preguiça. E a loucura começou a contar:

-1,2,3,... 

A Pressa escondeu-se primeiro, no primeiro lugar que viu.
A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore.
A Alegria correu para o meio do jardim.
A Tristeza começou a chorar, pois não encontrava um lugar apropriado para se esconder.
A Inveja acompanhou o Triunfo e  escondeu-se perto dele debaixo de uma pedra.
A Loucura continuava a contar e os seus amigos iam-se escondendo.
O Desespero ficou desesperado ao ver que a Loucura já estava nos noventa e nove.

- CEM!  - (Gritou a Loucura) - Vou começar a procurar...

A primeira a aparecer foi a Curiosidade, já que não aguentava mais, pois queria saber quem seria o próximo a contar.

Ao olhar para o lado, a Loucura viu a Dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar para se esconder. E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez…

Quando estavam todos reunidos, a Curiosidade perguntou:

- Onde está o Amor?

Ninguém o tinha visto.

A Loucura começou a procurá-lo. Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer. Procurando por todos os lados, a Loucura viu uma roseira, pegou num pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito.

Era o Amor, gritava por ter furado o olho com um espinho. A Loucura não sabia o que fazer. Pediu desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu segui-lo para sempre. O Amor aceitou as desculpas."



HOJE, O AMOR É CEGO E A LOUCURA ACOMPANHA-O SEMPRE!
A VIDA É MUITO CURTA PARA NOS ARREPENDERMOS.




sexta-feira, janeiro 31, 2014

Como é que se esquece alguém que se ama?


"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está? 

As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar. 

É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução. 

Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha. 

Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado. 

O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar."

domingo, janeiro 19, 2014

Disfunção Eretil



A Disfunção Eréctil é a incapacidade persistente ou recorrente do homem obter e/ou manter uma ereção suficientemente rígida para uma relação sexual satisfatória. Esta dificuldade sexual pode atingir os homens de qualquer idade, tornando-se mais frequente com o avançar da idade.

As principais causas para a Disfunção Erétil devem-se a problemas físicos, psicológicos ou mistos (com ambos).

Os principais fatores orgânicos (físicos) são:
  • Cirurgias pélvicas;
  • Lesões ao nível da espinal medula;
  • Insuficiência arterial;
  • Doenças crónicas - hipertensão; aterosclerose; diabetes; alcoolismo; tabagismo;
  • Efeitos secundários de alguma medicação (por exemplo: antidepressivos);
Os principais fatores psicológicos são:
  • Stress;
  • Depressão;
  • Baixa autoestima;
  • Sentimento de culpa;
  • Medo de falhar;
  • Conflitos na relação amorosa;
  • Cansaço;
  • Receio de provocar uma gravidez à parceira;
  • Medo de contrair uma Infeção Sexualmente Transmissível;
  • Ansiedade;
Independentemente da causa da Disfunção Erétil, ser psicológica ou física, é sempre importante que o homem, ou o casal, procure apoio psicológico, de forma a saber lidar melhor com as dificuldades e angústias que o problema poderá dar origem (por exemplo: diminuição da autoestima, dificuldades relacionais no casal).

Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo Clínico/Terapeuta Sexual/Terapeuta EMDR

sábado, dezembro 28, 2013

Como manter o Desejo Sexual


 
O desejo sexual é uma equação complexa. Numa relação de longa duração, é natural que o desafio seja ainda mais complexo. Mas a solução é possível. Veja como é que um casal pode começar já a resolver esta equação.
Os relacionamentos íntimos são um aspecto central da vida adulta. Sabemo-lo não só por uma questão cultural mas também com algum suporte científico: a qualidade dos relacionamentos tem implicações não só na saúde mental, mas também na saúde física e até na vida profissional de homens e mulheres.
 
Quando pensamos numa relação a longo prazo, pensamos na possibilidade de um projeto conjunto. A procura da estabilidade é uma das grandes lutas que enfrentamos quando queremos constituir família. Mas a vida de casal não vive apenas de objetivos. E a estabilidade não pode ser o seu único suporte.

Uma relação longa é uma relação em transformação. E é natural que o nível de satisfação também varie com o decorrer dos anos de convívio. A vida sexual não é imune a isto. Num mundo em constante aceleração, por vezes torna-se difícil o casal conseguir dedicar espaço e tempo da sua vida ao erotismo. Mas é importante lutar por isso. A bem do desejo e da relação.

Uma relação em transformação

A ideia de casamento sempre serviu para piadas sobre a vida sexual. Ou a falta dela. Mas as piadas servem também para denunciar um pouco os nossos receios. Afinal de contas, quem assume uma relação de longa duração até pode estar "avisado" para as dificuldades que poderão surgir. Mas há uma genuína vontade de fazer com que a relação continue, feliz – e que a vida sexual dos primeiros tempos não se transforme em frustração.

Fernando Mesquita é psicólogo clínico e sexólogo e explica-nos que "é esperado que existam variações de desejo sexual ao longo do ciclo de vida de um casal". É frequente no início da relação, os casais sentirem uma vontade enorme de fazer amor em qualquer oportunidade. No entanto, diz-nos, "com o passar dos anos verifica-se, em muitos casais, um maior desinvestimento na componente sexual. Corre-se assim o risco de o desejo sexual ficar submerso pelas questões do dia-a-dia, como as contas para pagar ou a educação dos filhos".

O psicólogo explica-nos que os problemas no desejo sexual podem ter três origens diferentes: fisiológicas, psicológicas ou diádicas (ou seja, dizem respeito aos dois elementos do casal).
  
Entre os problemas de origem fisiológica podem contar-se fatores como alterações hormonais, como é o caso da diminuição da 'famosa' hormona associada ao desejo, a testosterona (um problema que ocorre principalmente nos homens, embora as mulheres também possam estar sujeitas à sua variação no organismo), ou de estrogénio (nas mulheres); efeitos secundários de alguma medicação; o consumo de tabaco, álcool e outras substâncias mas também doenças que podem ter impacto na vida sexual do individuo, como é o caso da diabetes ou da hipertensão arterial – cuja incidência aumenta também com a idade.

Entre os fatores psicológicos encontram-se questões tão distintas como uma baixa autoestima, o cansaço, a ansiedade, o stress do dia-a-dia, a depressão e tabus ou crenças que possam condicionar a relação de um com a sua sexualidade.

Em entrevista ao MSN Saúde, Ana Carvalheira, psicóloga e antiga presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, adiantava-nos as conclusões de um estudo que envolveu 4 mil portugueses, a propósito da sua vida sexual. Quando se questionou sobre os principais condicionantes ao desejo sexual entre os homens portugueses, o stress profissional e cansaço surgiam nos dois primeiros lugares, com as questões relacionais a serem referidas em terceiro lugar.

Estas questões relacionais fazem parte daquilo a que Fernando Mesquita designa como fatores diádicos. E neste caso podem encontrar-se questões como o desgaste da relação, a ausência de partilha de afetos, dificuldades comunicacionais ou conflitos não resolvidos na relação, a monotonia, a perda da atratividade pelo/a parceiro/a, que pode decorrer de mudanças físicas, entre outros.

Como vimos, o tempo de relação e a idade são fatores que devem ser tidos em conta. Mas convém evitar assumir generalizações. Como nos explica Fernando Mesquita, mesmo após a menopausa «algumas mulheres chegam mesmo a experienciar uma melhoria na vida sexual, pois não receiam uma gravidez indesejada e, geralmente, os filhos já saíram de casa, o que lhes permite estar mais "à vontade"».

Aprender e aceitar diferenças

Fernando Mesquita esclarece que não há diferenças significativas, entre homens e mulheres, quanto ao apetite sexual no período de paixão. No entanto, nas relações a longo prazo verifica-se por vezes uma diminuição da iniciativa sexual, nas mulheres, após o aparecimento dos filhos. Atualmente, ainda são a mulheres quem apresenta uma maior incidência de queixas devido à diminuição do desejo sexual. Ainda assim, tem-se verificado um aumento no número de homens que procura ajuda por este problema.

A satisfação de um casal (uma relação feliz, se preferirem) é, sem dúvida, um conceito subjetivo. Implica a forma como os nossos desejos e necessidades são recebidos pelo outro. Mas também o que somos capazes de dar ("Dar e Receber / Devia ser a nossa forma de viver" já cantava António Variações).

O desejo sexual é uma questão complexa. Pode até ser mais flutuante nas mulheres do que nos homens, mas o desafio existe para os dois membros do casal. Erroneamente, alerta Fernando Mesquita, "muitas pessoas pensam que a diminuição de desejo sexual é sinónimo de falta de paixão ou amor".
 
A vida atual é feita de correrias. Há uma pressão constante para nos sentirmos realizados nas mais diversas esferas da nossa vida. Assente na ideia de que é assim que as coisas são, corremos à procura da realização nas mais diversas áreas: a profissional, a económica, a social, a cultural, a intelectual... e fazemos isto tudo num mundo competitivo em que o sexo muitas vezes é falado como se de uma performance atlética se tratasse. Se em tempos o sexo era sinónimo dos mais diversos tabus, hoje em dia corremos o risco daquilo que Ana Carvalheira refere como "a banalização do sexo". Este ritmo de vida pode perturbar o erotismo de uma relação. É por isso que há que saber contrariá-lo.

 
  
O que fazer?

Manter o desejo sexual dependerá muito do tipo de relação existente. Fernando Mesquita esclarece que "com as fantasias, a vida sexual ganha uma diversidade que seria impossível no dia-a-dia e permite, em muitos casos, estimular ou recuperar a intensidade do desejo. Saber lidar e aceitar, as fantasias sexuais, pode ser o melhor afrodisíaco para estimular e recuperar a intensidade do desejo numa relação".

Não existem receitas absolutas. Mas existem conselhos imprescindíveis. A comunicação deve ser prioritária. É com ela que vamos conhecendo o outro. E no que ao desejo sexual diz respeito, é importante uma espécie de back to basics: como nos diz o psicólogo, deve-se "encarar o sexo como uma forma de ter e dar prazer". E a partir daqui temos muito que podemos fazer.

O desejo e o erotismo apreciam sempre alguma novidade. Daí que seja importante variar a vida sexual. "O casal deve partilhar fantasias e conversas que estimulem o desejo sexual", aconselha o psicólogo. "É importante que se recordem que podem haver interesses sexuais diferentes e que a razão não pertence exclusivamente a um dos elementos do casal".

A este propósito, Fernando Mesquita adianta ainda que "diversos estudos têm mostrado que a capacidade orgástica das mulheres está relacionada positivamente com um relacionamento mais afetivo com o companheiro e com a prática da masturbação".

A não obrigatoriedade do coito pode também por isso ser útil em certos momentos. A sexualidade não é apenas o momento da penetração. Não é uma questão de mecânica a precisar de afinação. Numa relação longa, a sexualidade depende de toda a envolvente. E pode começar numa simples carícia pela manhã, continuar com a conversa à hora de jantar, antes de chegar aos lençóis da cama.

Fernando Mesquita sugere mesmo que os casais "estipulem que pelo menos um em cada cinco encontros sexuais não há penetração para que tenham prazer doutras formas". É uma forma de variar a vida sexual, sem ter receio de "brincar" com a própria intimidade do casal.

A prática de exercício físico também não deve ser descurada. O exercício físico, além dos efeitos físicos que facilmente sentimos, aumenta também os níveis de energia e, consequentemente, a autoestima e o desejo sexual. O mesmo se aplica a uma alimentação equilibrada, que fortaleça a líbido.

E caso o problema seja mesmo a diminuição da atracão pelo/a parceiro/a, Fernando Mesquita aconselha os membros do casal a procurar identificar o que levou a essa diminuição, para que o problema possa ser trabalhado em conjunto. O que também nos recorda do ponto fulcral que um casal tem de desenvolver, para defender a própria relação: a comunicação.

É certo que já existem fármacos que podem ajudar. Mas na química do amor há mais a ter em conta do que a simples resposta física. Daí que o psicólogo faça questão de recordar a utilidade da terapia conjugal/sexual.

E o maior erro que se pode cometer é deixar adiar o problema, esperando que o tempo o resolva. É um passo em falso porque no que ao desejo diz respeito, o tempo nem sempre é bom conselheiro. "Os casais cujos conflitos conjugais são mais recentes são aqueles que tendem a apresentar melhores resultados na terapia conjugal", recorda o psicólogo.

Acima de tudo, é importante ir quebrando os receios e pequenas vergonhas que muitas vezes nos limitam. E isto diz respeito não só ao desejo sexual, mas também à disponibilidade para procurar ajuda. Porque se é de amor que se trata, se é o que se deseja, vai valer a pena.
  

quarta-feira, dezembro 18, 2013

Você tem o Gene da Traição?


A infidelidade está a tornar-se cada vez mais comum e não pense que só eles são peritos na arte de dar “facadinhas na relação”. Quanto mais parecido o perfil genético da mulher e do homem, mais aborrecido é o sexo e maior é a probabilidade de viverem um affair?

Quase toda a gente já passou por uma situação de infidelidade, no namoro ou no casamento, e mesmo que não tenha sido a protagonista da história que terminou mal, sabe, com certeza, de alguma amiga (ou amigo) que tenha um caso para contar.

A ciência garante que é uma tendência biológica, mas será que pode ser contrariada? Uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Nova Iorque mostrou que uma em cada quatro pessoas tem o gene DRD4, com um papel crucial no comportamento sexual humano.

Quem possui o “gene da traição”, como passou a ser denominado, apresenta uma maior facilidade para trair. Se já sentiu necessidade de seduzir alguém ou de trair o seu parceiro, isso pode estar relacionado com os genes.

Quando na mulher existe uma overdose de estradiol no sangue, a probabilidade de ter um affair é maior. Porém, para o psicólogo e sexólogo clínico Fernando Eduardo Mesquita, “a existência de um possível gene não implica, obrigatoriamente, que quem o tem seja um traidor nato. Não podemos esquecer que existem outras condicionantes para além dos fatores biológicos. Falamos, por exemplo, de fatores educacionais e socioculturais, a existência, ou não, de facilitadores da traição, e, como é óbvio, da própria relação amorosa vivenciada”, esclarece.

No caso do sexo masculino existem estudos que indicam que tem uma propensão fisiológica para ser infiel. Investigadores suecos descobriram que quanto menor o número de vasopressina que um homem tem no cérebro, mais propenso é a procurar outras mulheres.

Para além disso, se recebeu uma alta dose de testosterona quando ainda estava no útero da mãe, tem mais predisposição para ser infiel. De referir, ainda, que o homem vive muito da atração visual... Se ele pensar em fazer sexo com uma outra mulher, os seus níveis de excitação sobem ao auge.

Maneiras diferentes de sofrer

A insatisfação, quer sexual, quer com o relacionamento, pode levar um dos parceiros a procurar uma segunda pessoa. Pesquisas mostram que a infidelidade é mais comum entre casais que não moraram juntos antes de se casarem. Na realidade, a coabitação dos parceiros funciona como um teste na relação. As novas tecnologias também abriram portas para o aumento das traições.

Existem diversos sites que promovem encontros e podem representar uma escapadela para a vida rotineira que vive com o parceiro, sem que ninguém dê por nada. Para o sexólogo, “sem dúvida que a Internet é um meio facilitador para trair. Nestas situações, a traição pode começar com algo mais emocional, pois existe uma partilha de desejos íntimos e da vida privada. Pode, ou não, existir uma passagem a um ato mais físico. Para muitas mulheres, a traição emocional por parte do parceiro é vivida de forma mais penosa do que uma traição de cariz físico. Para os homens, normalmente, é o oposto, ou seja, sofrem mais quando a sua parceira o traiu fisicamente”.

Conselhos para seguir a dois

Se ainda acredita no amor e na monogamia e não pretende cair em tentação, siga os conselhos de Fernando Mesquita:

● Admirem a pessoa que está ao vosso lado. Pensem nos aspectos de personalidade de que mais gostam no parceiro. A maioria das pessoas não arriscaria, por uma aventura sexual, a perder alguém que admira;
● Comuniquem. Para o sexólogo, “a falta de comunicação é apresentada como a causa número um das traições. A existência de um afastamento progressivo (trabalho ou filhos), conflitos mal resolvidos e a monotonia são outros fatores”;
● Falem abertamente sobre o que consideram ser infidelidade emocional e/ou física;
● Troquem ideias sobre o vosso dia-a-dia, os vossos desejos e frustrações, mais do que com outra pessoa;
● Compreendam que não é por se sentirem atraídos por outras pessoas que a vossa relação não tem futuro;
● Com o passar dos anos, as relações tendem a ser cada vez menos emocionantes, mas mais amorosas.


quinta-feira, dezembro 05, 2013

Estilo Sexual e Saúde Psicológica


Quem aprecia sexo "não convencional" é mais saudável?


Segundo um estudo publicado no Journal of Sexual Medicine, os entusiastas do BDSM são psicologicamente mais saudáveis e extrovertidos comparando com os que preferem uma vida sexual mais convencional.


Um estudo elaborado pelo Dr. Andreas Wismeijer, psicólogo da Universidade de Tilburg, revela que aqueles que gostam dos estalos dos chicotes e do tilintar das correntes sobre a pele são mais saudáveis psicologicamente do que quem aprecia uma vida sexual mais convencional.

Os entusiastas do BDSM - acrónimo para Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo - tiveram melhores resultados em vários testes de personalidade e psicológicos em comparação com aqueles que não possuem fetiches sexuais. Os que apreciam este tipo de prática sexual revelaram ser menos neuróticos, assim como mais extrovertidos e abertos a novas experiências.

Os inquiridos responderam às questões através duma plataforma online sem saberem que este era o principal tema, visto que é considerado como "comportamento desviante" por muitas pessoas.

O motivo porque os adeptos das práticas fetichistas obtiveram melhores resultados pode prender-se com o facto de serem mais conscientes e comunicativos sobre os seus desejos sexuais. Outra razão seria terem de realizar um difícil trabalho psicológico para aceitar e conviver com as suas necessidades sexuais, que se afastam do que é considerado socialmente aceitável.

Fonte: Revista "Activa", Sara Viegas, 2013



terça-feira, novembro 26, 2013

Os Portugueses, o Sexo e o Desporto


"OS PORTUGUESES, O SEXO E O DESPORTO"


A prática de desporto em geral, e das corridas em particular, tem tirado cada vez mais preguiçosos do sedentarismo. Não falta informação disponível sobre os benefícios que o exercício físico regular traz para a saúde, porém, parece haver um certo constrangimento em falar sobre os benefícios para a vida sexual.

Embora pouco divulgados, são variadíssimos os estudos que comprovam as vantagens da prática de desporto na prevenção de dificuldades sexuais. Dos resultados verifica-se que nos homens melhora o desempenho sexual e nas mulheres ajuda o fluxo sanguíneo no clítoris, promovendo a sua capacidade de excitação.

Vejamos o exemplo da Disfunção Eréctil que pode ter causa psicológica e/ou orgânica. Em termos psicológicos é indiscutível que uma pessoa que se sinta bem consigo própria, e com o seu corpo, tem a sua auto-estima e disponibilidade sexual muito menos afectada que o oposto. Quanto à parte fisiológica, a causa mais comum é o mau funcionamento vascular, por exemplo devido a doença coronária. A prática de desporto activa o fluxo de sangue, nos vasos sanguíneos, e induz a produção de hormonas como a beta-endorfina e a dopamina, responsáveis pela sensação de bem-estar e relaxamento. A corrida ajuda ainda na prevenção de doenças como a diabetes e a hipertensão arterial, que, normalmente, apresentam um quadro deficitário em óxido nítrico, neurotransmissor que induz o relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos no pénis responsáveis pela produção da ereção.

Se vivemos numa época em que temos, cada vez mais, portugueses a participar em diversas “maratonas”, imaginem qual seria a adesão se esta informação fosse mais divulgada!




quinta-feira, novembro 14, 2013

Serão os homofóbicos homossexuais?





Pequeno trecho do documentário

Middle Sexes Redefining He and She

Neste pequeno vídeo podemos ver um lado menos conhecido da homofobia...

Apesar de não podermos afirmar que os homofóbicos são gays, alguns estudos apontam para alguma veracidade nesta afirmação. Baseado numa pesquisa realizada nos anos 90, o documentário Middle Sexes Redefining He and She, exibido pela HBO, procurou analizar esta questão. 

Na Universidade de Georgia, foi realizado um estudo que envolveu 64 universitários que foram divididos em dois grupos: o primeiro com rapazes que mostravam algum grau de homofobia e o segundo grupo com rapazes indiferentes à orientação sexual alheia. Em seguida, ambos os grupos assistiram a um filme gay pornográfico. Todos os rapazes foram ligados a um pletismosgrafo (aparelho que mede o nível de excitação sexual). O resultado foi, no mínimo, curioso: apesar do grupo dos homofóbicos referir que não sentiu qualquer tipo de excitação sexual, com as imagens homoeróticas, foi o que teve maiores níveis de excitação através do aparelho.

GAYS HOMOFÓBICOS

Nesta perspectiva, os gays homofóbicos "atacariam" os homossexuais para se precaverem de comportamentos sociais discriminativos. Estes comportamentos podem ser desde piadas preconceituosas a comportamentos de agressão/violência física ou à ligação a organizações políticas, grupos reacionários ou religiosos que perseguem os homossexuais.  

Apesar desta forma de agir poder limitar os comportamentos sexuais com pessoas do mesmo sexo, não consegue eliminar a sua orientação sexual.

quinta-feira, outubro 31, 2013

Um vibrador para a mente


As fantasias sexuais têm a alcunha de "vibradores para a mente" por uma boa razão: fantasiar durante o sexo pode fazer a diferença entre o sexo "OK" e o sexo "FANTABULÁSTICO".

Ter uma fantasia não é necessáriamente uma forma de planear algo com antecedência. Muitas vezes, uma fantasia não é nada mais do que um desejo caprichoso, sem a intenção de o pôr em prática.

Segundo as estatísticas, 95% das pessoas têm fantasias sexuais diárias e cerca de 85% fantasiam com terceiros durante o sexo com o parceiro. Um estudo concluiu que as pessoas que fantasiam durante o sexo sentem um maior nível de satisfação sexual e têm menos problemas sexuais, mesmo que a figura na fantasia não seja o parceiro (ou parceira). Longe de prejudicarem a vossa vida sexual, as fantasias que o parceiro tem com outras pessoas ajudam-na a permanecer activa.

Devemos, ou não, confessar as nossas fantasias?

É uma pergunta óbvia já que, se todos nós o fazemos, se é normal e até encorajador, por que razão não confessamos as nossas fantasias aos nossos parceiros?

As fantasias são privadas e às vezes giram à volta de pensamentos que esperamos com fervor e desespero que os nossos parceiros nunca adivinhem que estão a rodopiar na nossa cabeça. No entanto, em quase todos os casos, uma fantasia "estranha" não significa que se seja estranho na vida real. Quase todos nós nos sentimos atraídos pelo "lado obscuro" da sexualidade.

Felizmente ainda ninguém descobriu como ler pensamentos!!!

As fantasias podem ser comuns entre os humanos, mas há outra coisa igualmente comum: o ciúme.

Quer mesmo saber que o seu marido passa horas a sonhar com a colega de trabalho dele?

Por isso, algumas das fantasias podem e devem ser partilhadas, outras mais vale ficarem mesmo só nossas. Por exemplo, normalmente, as fantasias sobre celebridades geralmente não apresentam problemas, já que muitas vezes estas pessoas não estão acessiveis ao "comum dos mortais".

Sendo assim, há certas perguntas que não devemos fazer ao parceiro (ou parceira), porque, na maioria dos casos, serão "obrigados" a mentir. "Costumas ter fantasias com outra pessoa?" está no topo da lista.

Voltaremos a falar sobre este assunto em breve...

Texto adaptado do livro "Supersexo escaldante" de Tracey Cox

quinta-feira, outubro 24, 2013

O Sexo na Nova Era


Sexualidade e sexo são conceitos que podem andar de “mãos dadas
mas não são a mesma coisa!

A sexualidade não é “genital dependente”, envolve a capacidade de nos sentirmos seres sexuados, de manifestarmos emoções e sentimentos, e de nos entregarmos ao prazer físico e mental. Está ligada a uma energia inerente ao ser humano através de imagens, pensamentos, sentimentos, emoções, desejos e fantasias. Apoiada no Outro, a sexualidade é um precioso instrumento de auto conhecimento. Muitas pessoas preferem dizer “vamos fazer amor” a “vamos fazer sexo”, pois consideram que o primeiro não se limita ao descarregar de tensões e satisfação de desejos egocêntricos, sem se importar com quem é partilhada essa experiência. Nesta perspetiva “fazer amor” pressupõe um nível mais profundo, uma simbiose de energias, uma entrega erótica física e espiritual ao outro. “Fazer amor” seria assim, para alguns, uma espécie de “fazer sexo” gourmet!

Culturalmente, ao longo de séculos, foi-nos transmitida a ideia que a infidelidade fazia parte da natureza do homem, ao passo que, para as mulheres, o conceito de amor e sexo seriam inseparáveis. Desta forma, homens e mulheres limitaram a sua autonomia e liberdade sexual, uma vez que, por um lado as mulheres viram restringido o seu leque de oportunidades de experiências sexuais, e por outro, os homens pagaram um alto preço com a premissa de “não poderem falhar sexualmente” para se sentirem socialmente adequados.

Nos últimos anos tem-se verificado uma reformulação dos aspetos básicos das relações humanas. Com o avanço tecnológico vimos a entrada das mulheres no mercado de trabalho e a eliminação da divisão de tarefas. Este foi um passo importantíssimo na afirmação da autonomia e liberdade feminina que terá desferido, nos anos 60, um enorme golpe no sistema patriarcal, com o advento de novos anticoncecionais eficazes. Inevitavelmente, alguns valores morais, que ao longo de séculos, através dos seus códigos, julgaram e subjugaram o prazer das pessoas, começaram a ser abalados. Nos últimos anos tem emergido uma reflexão sobre as relações entre homens e mulheres, o amor, o casamento e a sexualidade.

Atualmente, o respeito da individualidade do outro e a comunicação são vistos como pilares para uma conjugalidade duradoura. Vivemos assim numa época com as devidas condições para uma maior aproximação emocional entre as pessoas. Esta pode ser uma grande oportunidade para que cada pessoa possa ver respeitadas as suas formas de expressão e particularidades, sem ter de se adaptar forçosamente a modelos impostos pela sociedade. Porém, ao mesmo tempo, com o surgimento das novas tecnologias, em que se destaca a Internet, vemos uma mudança na forma de estar com os outros e o próprio.

Passou-se a “socializar” mais com máquinas que pessoas de “carne e osso”. Consideram-se “amigos” aqueles que fazem um “like” num rol de indivíduos que apenas tem em comum uma conta aberta numa rede social (e.g. “FaceBook”). Muitas relações são alimentadas a milhas de distância, em que as pessoas acreditam faltar apenas o toque para se sentirem concretizadas, numa vinculação meramente virtual. Hoje em dia, vivem-se relações recicláveis que se constroem e destroem através de mensagens escritas, o que causa a sensação (nem que seja ilusória) de uma proteção a situações que seriam incómodas olhos nos olhos. Além disso, a oferta de sexo descartável prolifera em sites de “engate” onde se esperam momentos de prazer fugazes e, provavelmente, sem o mínimo de envolvimento emocional ou afetivo.

Naturalmente que a indústria farmacêutica não ficou alheia a este fenómeno e, após anos a “dissecar” a anatomia e a fisiologia sexual, apresenta, nos anos 90, o primeiro fármaco para a Disfunção Erétil. Estavam assim dados os primeiros passos para uma nova era no processo da medicalização da sexualidade. Em pouco meses estas drogas passaram a ser das mais faladas e vendidas de todos os tempos. Porém, atualmente, o seu consumo não se limita a quem realmente necessita, muitos jovens recorrem a este tipo de medicação para fazerem “maratonas sexuais", sem terem em conta os malefícios que daí podem advir.


A ciência conquistou a sexualidade!

Hoje em dia procura-se um comprimido “similar” para o sexo feminino. Algo que provoque o Desejo Sexual e o Orgasmo, sem respeitar a necessidade de intimidade emocional de proximidade e carinho. O polémico Ponto G, que ainda não é consensual que exista, reflete bem esta azafama em encontrar uma espécie de “botão mágico” que provoque prazer à mulher sem a necessidade de “grande esforço”. Esta perspetiva esquece-se que o corpo não é uma máquina com peças a funcionar isoladamente, mas sim como uma orquestra que tem de trabalhar em conjunto para ser bem afinada.

O que antes era proibido passou a ser quase que obrigatório. Não são raros os relatos de jovens que se sentem excluídos, pelos seus pares, se não iniciarem a vida sexual, cada vez mais cedo. Aos idosos é imposta a normatividade do sexo, para a sua idade, não lhes sendo permitido aproveitar as limitações físicas, inerentes à velhice, para se reencontrarem a um nível mais intimo e espiritual que físico.

Vivemos num mundo materialista que dá primazia à quantidade em detrimento da qualidade. Repleto de excessos, de prazeres fugazes e de relações ténues que se dissipam nas primeiras dificuldades. Uma sociedade em que as pessoas nunca se satisfazem completamente. Onde existe sempre a sensação de que se precisa de um pouco mais para se ser feliz. Em que as pessoas são tratadas como bens “descartáveis”, que se consomem enquanto libertarem “sumo” e, seguidamente, são substituídas por outras, tal como uma criança faz perante o excesso de prendas numa noite de Natal. Este fato não é mais que o reflexo do nosso dia-a-dia, cheio de estímulos em que pouco valor se dá ao que se tem, pois está-se constantemente a pensar no que se quer.

Este século é visto como um momento de rutura em que os aspetos básicos das relações humanas estão a ser reformulados. Esta mutação da história da humanidade pode não ser facilmente percetível mas está em movimento. Curiosamente, ao mesmo tempo em que vivemos num mundo repleto de soluções tipo “fast food”, são cada vez mais as pessoas que se empenham num processo de descoberta interior para a resolução das suas dificuldades inter e intra pessoais.

Os pedidos de ajuda relacionados com a necessidade de aprender a estabelecer, desenvolver, manter e aprofundar relações erótico-afetivas, começam a ter uma percentagem expressiva nas consultas de psicoterapia. Após anos em que dedicaram “corpo e alma” às novas tecnologias, muitas pessoas não sabem expressar as suas emoções, ou pior nem sequer conseguem identificá-las! Muitas sentem um enorme vazio que não conseguem preencher com bens materiais.

As novas intervenções psicoterapêuticas (conhecidas como terapias de 3ª geração) têm-se mostrado promissoras na autoaceitação e conhecimento. É uma perspetiva diferente do que se tem vindo a fazer, pois estas intervenções visam contradizer a tendência que as pessoas têm de estar desatentas ou de se perderem em julgamentos e reflexões que as alienam do mundo que as cerca.

Destas novas terapias destaca-se o Mindfulness onde se procura ajudar a pessoa a ter consciência plena do “aqui e agora” aprendendo a viver o momento. O Mindfulness é uma prática milenar com base em conceitos e princípios da filosofia Budista que visa ajudar a pessoa a desenvolver a capacidade de atenção plena, concentração no momento atual, intencional, sem juízos de valor e sem se deixar envolver em recordações ou pensamentos sobre o futuro. O seu efeito terapêutico tem sido demonstrado em variadíssimas patologias físicas e psicológicas. Esta pode ser uma importante viragem na forma de estar com os outros e com nós próprios, na forma como encaramos as relações, o dia-a-dia, a sexualidade…

No fundo, tal como referiu o filosofo, Gaston Bachelard, “Devemos olhar para o futuro não como aquilo que vai acontecer mas o que vamos fazer com ele”.


Fernando Eduardo Mesquita
Psicólogo/Terapeuta Sexual da Psicronos
(este artigo foi publicado na revista "Nova Era" 1ª edição)