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sexta-feira, agosto 15, 2014

FÉRIAS


O que são férias?


A resposta mais óbvia refere-se ao período em que não se trabalha. É portanto um espaço-tempo mais livre onde podemos utilizar o tempo de outras maneiras e desfrutar de experiências gratificantes.

Para os emigrantes, as férias são muitas vezes sinónimo de reencontro com as famílias, de regresso ao país de origem e à cultura onde foram criados. 

Mas consoante as condições, a personalidade e os gostos pessoais, cada pessoa escolhe à sua maneira como quer passar as suas férias. Estas podem então significar viajar, fazer praia, ir a festivais, fazer hobbies, iniciar novos projetos, fazer outros trabalhos (de verão), juntar a família, juntar amigos ou não fazer nada.

Chamo a atenção para esta última sugestão, "não fazer nada"; basicamente "PARAR". Parar como uma forma não estruturada de meditar: não fazer nada na medida do possível. É portanto relativo: pode querer dizer estar imóvel ou fazer algo que requeira pouca energia ou até algo que de que se goste muito.

Pode ser durante um grande período de tempo (ex. dias) ou pequenos intervalos de minutos. A sua essência? Respirar fundo, auscultar-se, lembrar quem é e o que quer (os seus valores).

Para quê PARAR? Para melhor prosseguir; para me recentrar, reconectar mais e melhor comigo e com o mundo à minha volta; para refletir sobre algo ou simplesmente fazer o ponto da situação ou reganhar o sentido e a vitalidade. As questões mais importantes das nossas vidas (prático-filosóficas) só as podemos encontrar dentro de nós com a serenidade que permite escutar as verdades difíceis e com a lentidão - atenção, dedicação, consciencialização -que preciso para me aperceber delas.

PARAR é deixar a vida acontecer. Não fazer nada é algo de muito profundo; é deixar de reagir compulsivamente ao mundo. É alimentar a ação (centrada e criativa) e diminuir a reatividade (automática e repetitiva).

“Milhares de pessoas que anseiam pela imortalidade não sabem o que fazer numa tarde de chuva” Susan Ertz