Mostrar mensagens com a etiqueta online. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta online. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, fevereiro 18, 2014

Net-Psi dos portugueses emigrantes



Foi lançada recentemente uma página do Facebook destinada a apoiar os emigrantes portugueses espalhados pelo mundo. O objetivo é apoiar esta nova vaga de emigração disponibilizando serviços de apoio psicológico profissional. A página procura também agregar experiências, partilhas e informações/notícias sobre a emigração, assim como, sensibilizar para a importância do desenvolvimento pessoal e emocional, sobretudo em situações de crise.

A emigração, propiciando uma nova perspetiva de vida, em princípio para melhor, é também uma experiência de uma grande transição que pode colocar os seus problemas. Muitas vezes o emigrante pode ver-se numa situação de algum desamparo, quer do ponto de vista económico-laboral, quer do ponto de vista relacional-emocional.

O atendimento à distância surge nestes casos como um meio privilegiado de apoio, concretizado através da video-conferência (ex. Skype), telefone, conversação por chat ou por mail.

Visite-nos em: https://www.facebook.com/net.dos.emigrantes.portugueses

http://www.psicronos.pt/consultas/atendimento-a-distancia-onlinetelefone_7.html

segunda-feira, dezembro 09, 2013

O que te faz sentir VULNERÁVEL?



A vulnerabilidade é o que nos faz sentir em perigo. Psicologicamente, é o que nos faz temer essencialmente não ser aceites ou mesmo rejeitados.

Sentimento de vulnerabilidade a mais pode levar alguém que precisa de ajuda a nem sequer conseguir pedi-la pela exposição que esse passo exige. Uma ajuda mediada por um atendimento à distância como telefone, Skype ou chat pode ser uma boa solução nestes casos.

Sentimento de vulnerabilidade a menos pode levar alguém que também precisa dessa ajuda a procurar essa ajuda mas a poder estar tão ou mais distante dessa mesma ajuda do que alguém que nem sequer consegue procurar ajuda por se sentir demasiado vulnerável! Na verdade o sentimento de vulnerabilidade "a menos" a que fazemos menção é fruto de um sentimento subjetivo que resulta precisamente de um movimento defensivo compensatório relativamente a sentimentos profundos, intensos e não tolerados (conscientemente) de grande vulnerabilidade.

Gerir esta vulnerabilidade aprendendo a tolerá-la é o caminho para a conexão com os outros, connosco mesmos e com a vida! (ver vídeo)

quinta-feira, novembro 07, 2013

ATENDIMENTO À DISTÂNCIA - uma vantagem das tecnologias de comunicação



Um dos temas que temos falado aqui no nosso Blog Salpicos, é a forma como as "novas" tecnologias de comunicação têm revolucionado o nosso mundo. As dimensões do espaço e do tempo, nomeadamente, têm sido consideravelmente modificadas no que respeita ao mundo das relações humanas e da troca de informação.

Tudo tende a ser imediato e omnipresente (contração ou condensação subjetiva do tempo e do espaço): o telefone, as redes sociais, a internet, a televisão, permitem-me estar ligado virtualmente a todo o mundo, quer no momento (online), quer em diferido através de mensagens em diferido ou da capacidade crescente dos meios de comunicação de armazenamento de informação (offline) (veja-se, por exemplo, a possibilidade recente de aceder a toda a programação televisiva dos últimos 7 dias).

Vantagens

Uma das vantagens que aqui me interessa salientar neste post, é a possibilidade do atendimento à distância. O atendimento à distância consiste em ajudar psicologicamente uma pessoa sem que para isso tenha de haver um encontro num local físico, geograficamente determinado (e condicionado). Esta é uma das vantagens, não só da evolução das tecnologias de comunicação, como do meio privilegiado de intervenção em psicologia e psicoterapia: a palavra inscrita no discurso e contexto comunicacional entre 2 (ou mais) pessoas. 

O discurso e a troca comunicacional mantém-se em todas as modalidades de comunicação, incluindo chat e mail onde pode haver uma troca em direto ou em diferido de mensagens. O contexto comunicacional de base é que varia muito. Por exemplo, no interior da comunicação presencial mais comum (por enquanto...) existe um contexto comunicacional constituído pela comunicação não-verbal, muito importante no contexto clínico. Permite um feedback praticamente constante sobre as reações emocionais do interlocutor que permite ouvir para além das palavras, ajudando a contextualizá-las e compreendê-las melhor. 

Com a comunicação por video-conferência, por exemplo, é mantido este tipo de comunicação, verbal, não verbal (e para-verbal) pela possibilidade de ver e ouvir o interlocutor. Noutras modalidades como o telefone, perde-se a comunicação não-verbal mas acentua-se e releva-se a comunicação para-verbal (entoação, silêncios, ritmo, etc.). Intuem-se sorrisos, imaginam-se posturas, fantasiam-se expressões faciais. 

O que se perde em riqueza comunicacional por outras vias, ganha-se através de um aprofundar e intensificar da comunicação verbal e para-verbal, bem como, através da expansão do "espaço potencial" de encontro e desencontro (alternado) que o mistério da comunicação "às cegas" incita. É pois uma oportunidade para explorar fantasias e sentimentos que este setting relacional fomenta, à semelhança do uso do divã em psicanálise (onde ambos, analista e analisando, ficam também fora do alcance da vista um do outro). 

Concluindo e abreviando, cada modalidade de comunicação tem os seus prós e contras mas o que a investigação científica sistemática tem vindo a demonstrar há mais de uma década, é que, praticamente todas elas (as modalidades de atendimento) têm um grau de eficácia semelhante ao do atendimento presencial convencional.

Desvantagens

Uma das desvantagens ou perigos desta mudança difícil de assimilar em tão pouco tempo, é a perda de valores mais básicos sobre as capacidades e limites humanos, bem como, as prioridades e o próprio sentido da vida. O que é que isto quer dizer? Quer dizer que estamos expostos e sujeitos a uma quantidade de informação proveniente do exterior muito difícil de gerir e filtrar. 

As questões básicas da existência humana sobre o sentido da vida e os valores da mesma dificilmente conseguem permanecer em aberto - como questões que são, em constante re-equacionamento - perante uma quantidade enorme e constante de informação-barulho, cujo objetivo é, frequentemente, criar reações, neo e pseudo-necessidades, distrair e ocupar. Os interesses do mercado e dos poderes politico-económicos estão por trás de quase toda a comunicação e informação a que estamos expostos de uma forma, cada vez mais, passiva, inconsciente e reativa. Ou seja, o espaço e tempo de reflexão, de liberdade e de dúvida tende a ser tamponado com o enxorilho de distrações, pseudo-soluções e respostas para todo e qualquer problema (sobretudo problemas criados a pensar nas soluções que nos querem vender). 

Always in touch  pode também revelar-se um problemático never in touch com o que de íntimo, profundo e verdadeiro há em cada um de nós. É neste contexto que se sente uma vaga generalizada no mundo ocidental de sentimentos de vazio, tédio e paradoxalmente (ou não) de solidão. Permanentemente em contacto com os outros (aparentemente) sempre presentes, pode descambar numa ausência de tempo e espaço "verdadeiros" para encontros íntimos e profundos, única forma de nos sentirmos preenchidos e satisfatoriamente in touch connosco mesmos, com os outros e com o mundo.